Fanfics Brasil - Capítulo 72: Você não é capaz de suportar a verdade Parte 2 Pequenas Mentirosas - Vondy, Ponny, Levyrroni (adaptada)

Fanfic: Pequenas Mentirosas - Vondy, Ponny, Levyrroni (adaptada) | Tema: Vondy, Ponny, Levyrroni


Capítulo: Capítulo 72: Você não é capaz de suportar a verdade Parte 2

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Chace estacionou seu Audi em um local deserto e levou Dulce para um aterro. À esquerda deles, havia uma cerca de arame farpado e, à direita, uma ladeira. Acima, estavam os trilhos elevados do trem e, abaixo, podiam ver Rosewood inteira.


– Meu irmão e eu descobrimos este lugar há alguns anos – explicou Chace.


Ele estendeu o suéter de cashmere na grama e fez um gesto para que Dulce se sentasse. Então, tirou uma garrafa térmica da mochila e ofereceu a ela.


– Quer um pouco?


Dulce podia sentir o cheiro do rum através do pequeno buraco na tampa.


Ela deu um gole grande, e, então, olhou de lado para ele. O rosto de Chace era extremamente bem esculpido e suas roupas lhe caíam muito bem, mas ele não tinha aquela atitude que parecia alardear sou lindo e sei disso que os outros alunos típicos de Rosewood tinham.


– Você vem muito aqui? – perguntou ela.


Chace deu de ombros e sentou-se ao lado dela.


– Não muito. Às vezes.


Dulce supunha que Chace e sua turma, típica de Rosewood, dirigiam por aí festejando a noite inteira, ou roubavam cerveja dos pais, na casa vazia de algum deles enquanto jogavam Grand Theft Auto no PlayStation. E para terminar a noite davam um mergulho na banheira de hidromassagem, é claro. Quase todo mundo em Rosewood tinha uma banheira de hidromassagem no quintal.


As luzes da cidade brilhavam lá embaixo. Dulce podia ver a torre da Hollis, que resplandecia num tom de marfim durante a noite.


– Isto aqui é incrível. – Ela suspirou. – Não posso acreditar que nunca vim neste lugar.


– Bem, minha antiga casa não era muito longe daqui. – Chace sorriu. – Meu irmão e eu pedalávamos por toda esta mata em nossas bicicletas imundas. Nós também costumávamos vir aqui para brincar de Bruxa de Blair.


– Bruxa de Blair? – repetiu Dulce.


Ele assentiu.


– Depois que o filme foi lançado, nós ficamos obcecados em fazer nossos próprios filmes de terror.


– Eu fiz isso também! – gritou Dulce, tão entusiasmada que pôs a mão no braço de Chace. Ela a puxou de volta, depressa. – Só que eu fiz os meus no quintal.


– Você ainda tem os vídeos? – perguntou Chace.


– Tenho. E você?


– Hum-hum. – Chace fez uma pausa. – Talvez você pudesse vir assistir, uma hora dessas.


– Eu gostaria muito. – Ela sorriu. Chace estava começando a lembrá-la do croque-monsieur que ela pedira uma vez, em Nice. À primeira vista, o prato parecera um simples queijo quente, nada de especial. Mas quando ela dera a primeira mordida, o queijo era Brie e havia cogumelos Portobello picados dentro dele. Havia muito mais lá no fundo do que ela havia imaginado.


Chace se apoiou nos cotovelos.


– Uma vez, eu e o meu irmão viemos aqui e flagramos um casal fazendo sexo.


– Sério? – Dulce riu.


Chace pegou a garrafa das mãos dela.


– Foi. E eles estavam tão concentrados que não nos viram, no começo. Eu comecei a me afastar bem devagar, mas tropecei em umas pedras. Eles ficaram assustadíssimos.


– Tenho certeza de que ficaram. – Ela estremeceu. – Meu Deus, isso deve ser horrível.


Chace a cutucou no braço.


– O quê? Você nunca fez em um lugar público?


Dulce desviou o olhar.


– Não.


Eles ficaram em silêncio por alguns momentos. Dulce não tinha certeza de como se sentia. Meio que desconfortável. Mas também... Um pouco excitada. Parecia que algo estava prestes a acontecer.


– Então, hum, você se lembra daquele segredo que você me contou, no seu carro? – perguntou ela. – Sobre não querer ser virgem?


– Lembro.


– Por que você... Por que você acha que se sente assim?


Chace apoiou-se novamente nos cotovelos.


– Eu comecei a ir ao Clube da Virgindade porque todo mundo parecia louco pra fazer sexo, e eu queria saber por que as pessoas reunidas ali tinham decidido o contrário.


– E?


– Bom, eu acho que eles estão é com medo. Mas eu também acho que querem encontrar a pessoa certa. Tipo, alguém com quem possam ser completamente honestos, com quem possam ser eles mesmos.


Ele fez uma pausa. Dulce apertou os joelhos contra o peito. Ela queria, só um pouquinho, que Chace dissesse: E Dulce, eu acho que você é a pessoa certa.


Ela suspirou.


– Eu fiz sexo, uma vez.


Chace pôs a garrafa na grama e olhou para ela.


– Na Islândia, um ano depois que eu me mudei para lá – admitiu ela. Parecia estranho dizer aquilo em voz alta. – Foi com um garoto de quem eu gostava. Ele queria, e eu também, mas... Não sei. – Dulce afastou o cabelo do rosto. – Eu não o amava nem nada. – Ela fez uma pausa. – Você é a primeira pessoa para quem eu conto isso.


Eles ficaram quietos por algum tempo. Dulce sentia o coração martelando no peito. Alguém, lá embaixo, estava fazendo churrasco; dava para sentir o cheiro do carvão e da carne. Ela ouviu Chace engolir em seco e mover-se, chegando um pouco mais perto. Ela também se aproximou, sentindo-se nervosa.


– Você quer ir à Foxy comigo – deixou escapar Chace.


Dulce inclinou a cabeça.


– F-Foxy?


– A festa beneficente... Em que as pessoas usam roupas bonitas? E dançam?


Ela piscou.


– Eu sei o que é a Foxy.


– A não ser que você queria ir com outra pessoa. E nós podemos ir só como amigos, é claro.


Dulce sentiu uma pequena pontada de desapontamento quando ele usou a palavra amigos. Um segundo antes, achara que eles iam se beijar.


– Você ainda não convidou ninguém?


– Não. É por isso que estou convidando você.


Dulce olhou de lado para Chace. Os olhos dela não paravam de gravitar para a pequena covinha no queixo dele. Angel costumava chamar aquilo de “queixo de bunda”, mas era realmente bonitinho.


– Hum, bem, beleza então.


– Legal. – Chace sorriu. Dulce sorriu de volta. Só que... Alguma coisa a fazia hesitar. Você tem até a meia-noite de sábado, Cinderela. Senão... Sábado era o dia seguinte.


Chace percebeu a expressão dela.


– O que foi?


Dulce engoliu em seco. Sua boca toda tinha gosto de rum.


– Ontem eu encontrei a mulher com quem o meu pai está tendo um caso. Foi por acaso. – Ela respirou fundo. – Ou não. Eu queria perguntar a ela o que estava acontecendo, mas não consegui. Eu só tenho medo de que a minha mãe... Os pegue juntos. Não quero que minha família acabe.


Chace a abraçou por um instante.


– Você não pode tentar falar com ela de novo?


– Não sei. – Ela olhou para as próprias mãos. Estavam tremendo. – Quero dizer, eu tenho um discurso pronto para ela na minha cabeça. Eu só quero que ela conheça o meu lado da história. – Dulce arqueou as costas e olhou para o céu, como se o universo pudesse dar uma resposta. – Mas talvez seja uma ideia estúpida.


– Não é. Eu vou com você. Para dar apoio moral.


Dulce olhou para ele.


– Você... Você faria isso?


Chace olhou para as árvores.


– Agora mesmo, se você quiser.


Dulce sacudiu a cabeça com força.


– Agora eu não posso. Eu deixei, hum, o meu script em casa.


Chace deu de ombros.


– Você se lembra do que quer dizer?


– Acho que sim. – Dulce quase sussurrou. Ela olhou para as árvores. – Na verdade, não é longe... Ela mora bem ali, depois daquela colina. Em Old Hollis. – Ela sabia disso por causa das pesquisas sobre Margot no Google Earth.


– Vamos lá. – Chace estendeu uma das mãos. Antes que ela conseguisse pensar muito sobre o assunto, eles estavam descendo a colina gramada, passando pelo carro de Chace.


Eles atravessaram a rua até Old Hollis, o bairro estudantil cheio de casas vitorianas caindo aos pedaços e meio assustadoras. Velhos Volkswagens, Volvos e Saabs estavam estacionados nas ruas. Para uma noite de sexta-feira, o bairro estava absolutamente vazio. Talvez houvesse algum grande evento em algum lugar de Hollis. Dulce imaginou se Margot estaria em casa; ela meio que esperava que não.


Na metade do segundo quarteirão, Dulce parou na frente de uma casa cor-de-rosa, que tinha quatro pares de tênis de corrida arejando na varanda, e um desenho a giz na calçada do que parecia ser um pênis. Era bem adequado que Margot morasse ali.


– Eu acho que é aqui.


– Você quer que eu espere aqui? – murmurou Chace.


Dulce se enrolou no suéter. De repente, estava congelando.


– Acho que sim. – Então, ela agarrou o braço de Chace. – Não posso fazer isso.


– É claro que pode. – Chace colocou as mãos nos ombros dela. – Vou estar bem aqui, certo? Nada vai acontecer a você, eu prometo.


Aria sentiu uma onda de gratidão. Ele era tão... Doce. Ela se inclinou para a frente e o beijou na boca, gentilmente; quando se afastou, ele parecia espantado.


– Obrigada – disse ela.


Ela subiu devagar os degraus rachados da frente da casa de Margot, o rum correndo pelas suas veias. Ela havia bebido três quartos da garrafa de Chace, e ele tomara apenas alguns goles, por puro cavalheirismo. Quando tocou a campainha, ela se apoiou contra uma das colunas do pórtico para manter o equilíbrio. Aquela não era uma noite ideal para estar usando as sandálias italianas de salto alto.


Margot abriu a porta. Ela estava vestindo shorts de flanela e uma camiseta branca com a imagem de uma banana, era a capa de algum disco antigo, mas Dulce não conseguia se lembrar de qual. E ela parecia maior naquela noite. Menos esbelta e mais musculosa, como as garotas num programa de luta livre da televisão. Dulce se sentiu fraca.


Os olhos de Margot brilharam ao reconhecê-la.


– Angelique, certo?


– Na verdade, é Dulce. Dulce María Herrera Espinoza. Eu sou a filha de Robert Herrera Espinoza. Eu sei de tudo o que está acontecendo. E quero que isso pare.


Os olhos de Margot se arregalaram. Ela respirou fundo e exalou lentamente pelo nariz. Dulce quase pensou que uma fumaça de dragão estava prestes a sair.


– Você quer, é?


– É, isso mesmo. – Dulce estremeceu, percebendo que estava falando enrolado. Eissmesm. E seu coração estava batendo tão forte que ela não ficaria surpresa se sua pele estivesse pulsando.


Margot ergueu uma das sobrancelhas.


– Isso não é da sua conta. – Ela colocou a cabeça para fora da porta e olhou ao redor, desconfiada. – Como você descobriu onde eu moro?


– Olhe, você está destruindo tudo – protestou Dulce. – E eu só quero que isso pare. Ok? Quero dizer... Isso está machucando todo mundo. Ele é casado... E tem uma família.


Dulce encolheu-se ao ouvir o tom patético da própria voz e seu discurso tão perfeitamente ensaiado que escapara de seu controle.


Margot cruzou os braços sobre o peito.


– Eu sei disso tudo – respondeu ela, começando a fechar a porta. – E sinto muito. Sinto mesmo. Mas estamos apaixonados.



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Autor(a): Dulce Coleções

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 235



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  • ana_vondy03 Postado em 11/06/2022 - 09:03:10

    Aí meu deeeeeeeus! Continuaaa amoreee S2

    • Dulce Coleções Postado em 14/06/2022 - 17:16:51

      Continuando amore

  • ana_vondy03 Postado em 12/07/2021 - 13:42:57

    Continuaaa amoreee S2

    • Dulce Coleções Postado em 04/01/2022 - 16:45:16

      Continuando amore

  • ana_vondy03 Postado em 30/06/2021 - 20:57:18

    Continuaaa amoreee S2

    • Dulce Coleções Postado em 10/07/2021 - 22:57:31

      Continuando amore

  • ana_vondy03 Postado em 03/06/2021 - 10:41:04

    Continuaaa amoreee S2

    • Dulce Coleções Postado em 18/06/2021 - 13:11:01

      Continuando amore

  • ana_vondy03 Postado em 25/05/2021 - 14:45:08

    Continuaaa amoreee S2

    • Dulce Coleções Postado em 30/05/2021 - 17:58:36

      Continuando amore

  • Dulce Coleções Postado em 25/05/2021 - 14:41:52

    jnnknjbjh

  • eimanuh Postado em 21/04/2021 - 19:54:16

    Chegueiiiiii

    • Dulce Coleções Postado em 21/04/2021 - 21:32:07

      aeh!

  • ana_vondy03 Postado em 16/04/2021 - 00:08:47

    Continuaaa amoreee S2

    • Dulce Coleções Postado em 21/04/2021 - 21:29:21

      Continuando

  • ana_vondy03 Postado em 05/04/2021 - 23:47:19

    Continuaaa amoreee S2

    • Dulce Coleções Postado em 14/04/2021 - 22:18:03

      Continuando amore

  • ana_vondy03 Postado em 03/04/2021 - 23:26:43

    Continuaaa amoreee S2

    • Dulce Coleções Postado em 05/04/2021 - 23:07:32

      Continuando amore


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