Fanfic: Pequenas Mentirosas - Vondy, Ponny, Levyrroni (adaptada) | Tema: Vondy, Ponny, Levyrroni
No final da tarde de sábado, poucas horas antes da Foxy, Maite estava sentada em frente ao computador. Ela havia acabado de enviar um e-mail para Lula Molusco com seus trabalhos anexados. Apenas envie, disse a si mesma. Ela fechou os olhos, clicou no mouse e, quando os abriu, seu trabalho havia sido enviado.
Bem, o trabalho era mais ou menos dela.
Ela não havia trapaceado. De verdade. Bem, talvez tivesse. Mas quem poderia culpá-la? Depois que a mensagem de A chegou, na noite anterior, ela passou a madrugada inteira telefonando para William, mas só caía na caixa postal. E ela deixara cinco mensagens para ele, cada uma mais frenética que a anterior. Ela havia colocado os sapatos doze vezes, pronta para dirigir até a Filadélfia para ver se ele estava bem, mas, então, se convencia do contrário. Na única vez em que seu Sidekick tocou, ela dera um pulo para alcançá-lo, mas era apenas uma mensagem do Lula Molusco para toda a turma, lembrando a todos sobre o estilo apropriado de respostas para as questões.
Quando sentiu alguém tocar seu ombro, Maite gritou.
Mila recuou.
– Ei! Desculpe! Sou eu!
Maite se endireitou, respirando com dificuldade.
– Eu... – Ela examinou sua mesa. Droga. Havia um pedaço de papel que dizia Ginecologista, Terça, 17:00. Anticoncepcional? E ela tinha os trabalhos antigos de História de Mila na tela do computador. Ela deu um chute no estabilizador, e o monitor ficou preto.
– Está estressada? – perguntou Mila. – Muito dever de casa antes da Foxy?
– Mais ou menos. – Maite juntou rapidamente todos os papéis espalhados pela mesa em pilhas organizadas.
– Quer meu travesseiro de lavanda emprestado? – ofereceu Mila. – Alivia o estresse.
– Está tudo bem – respondeu Maite, sem se atrever a olhar para a irmã. Eu roubei seu trabalho e seu namorado, pensou. Você não deveria ser gentil comigo.
Mila fez biquinho.
– Bom, não quero fazer você se estressar ainda mais, mas tem um policial lá embaixo. Ele disse que quer te fazer algumas perguntas.
– O quê? – gritou Maite.
– É sobre Angelique – explicou Mila. Ela sacudiu a cabeça, fazendo as pontas dos cabelos balançarem. – Eles não deviam te obrigar a falar sobre isso na semana do funeral. É doentio.
Maite tentou não entrar em pânico. Ela olhou para si mesma no espelho, arrumou o cabelo e aplicou corretivo sob os olhos. Então colocou uma blusa branca de botão e as calças cáqui justas. Parecia confiável e inocente.
Mas seu corpo inteiro tremia.
Sem dúvida, havia um policial de pé na sala de estar, mas ele estava olhando para o home office do pai dela, onde ele guardava sua coleção de guitarras antigas. Quando o policial se virou, Maite percebeu que não era aquele com quem ela havia conversado no funeral. O cara que estava ali era jovem. E parecia familiar, como se ela o conhecesse de algum lugar.
– Você é a Maite? – perguntou ele.
– Sim – disse ela, baixinho.
Ele estendeu a mão.
– Sou Sam Claflim. Acabo de ser designado para o caso do assassinato de Angelique Boyer.
– Assassinato – repetiu Maite.
– Sim – confirmou o oficial Claflim. – Bem, estamos investigando como assassinato.
– Tudo bem. – Maite tentou parecer calma e madura. – Uau.
Claflim fez um gesto para que Maite se sentasse no sofá da sala de estar; então, ele se sentou na frente dela, na chaise-longue. Ela percebeu de onde o conhecia: Rosewood Day. Ele havia estudado lá quando ela estava no sexto ano, e tinha adquirido a reputação de mau elemento. Uma das amigas CDFs de Mila, Liana, tivera uma paixonite por ele, e uma vez fizera Maite entregar uma mensagem de admiradora secreta para ele, na cafeteria onde ele trabalhava. Maite se lembrava de ter pensado que Sam tinha bíceps gigantescos.
Agora, ele olhava fixamente para ela Maite sentiu o nariz coçar, e o relógio de seu avô deu algumas badaladas altas. Finalmente, ele disse:
– Tem alguma coisa que você queira me contar?
O medo se espalhou pelo corpo dela.
– Contar a você?
Claflim se recostou na cadeira.
– Sobre Angelique.
Maite piscou. Havia algo errado ali.
– Ela era minha melhor amiga – conseguiu dizer Maite. As palmas de suas mãos estavam suadas. – Eu estava com ela na noite em que desapareceu.
– Certo. – Claflim olhou para um bloco de anotações. – Isso está em nossos arquivos. Você conversou com alguém na delegacia de polícia depois que ela desapareceu, não foi?
– Sim. Duas vezes.
– Certo. – Claflim apertou as mãos. – Você tem certeza de que contou tudo a eles? Havia alguém que odiasse Angelique? Talvez um policial já tenha feito todas estas perguntas a você antes, mas, como eu sou novo, talvez você pudesse refrescar minha memória.
O cérebro de Maite parou. Na verdade, muitas garotas odiavam Angelique. Até mesmo Maite nutria certo ódio da amiga às vezes, especialmente em relação ao modo com que ela sempre conseguia manipulá-la, e como havia ameaçado denunciar Maite pela Coisa com Megan, se ela algum dia contasse o que sabia. E, secretamente, sentiu certo alívio quando Angel desapareceu. Com Angel sumida, e Beau longe da escola, o segredo deles estava escondido para sempre.
Ela engoliu em seco, fazendo barulho. Não tinha certeza do que esse policial sabia. A poderia ter dado algumas dicas para os policiais, de que ela estava escondendo alguma coisa. E era brilhante, se Maite dissesse a ele: Sim, eu conheço alguém que odiava Angel, realmente a odiava, o suficiente para matá-la, ela teria que confessar seu envolvimento na Coisa com Megan. Se não dissesse nada e se protegesse, A ainda poderia punir seus amigos... e William.
Você me magoou, e eu vou magoar você.
O suor começou a escorrer pela nuca de Maite. E havia mais: e se Beau tivesse voltado só para magoá-la? E se ele e A estivessem trabalhando juntos? E se ele fosse A? Mas, se ele fosse, e tivesse matado Angel, ele iria até a polícia para se incriminar?
– Tenho certeza de que já contei tudo a eles – disse ela, finalmente.
Houve uma pausa bastante longa. Claflim olhou fixamente para Maite, e ela olhou de volta. Aquilo a fazia pensar sobre a noite depois de A Coisa com Megan. Ela havia caído em um sono agitado e paranoico, suas amigas choravam baixinho ao seu redor. Mas, de repente, ela estava acordada de novo. O mostrador do relógio marcava três e quarenta e três da madrugada e o quarto estava quieto. Ela se sentia atordoada e encontrou Angel dormindo sentada no sofá, com a cabeça de Ale no colo.
– Não posso fazer isso – disse ela, sacudindo-a para que acordasse. – Nós deveríamos nos entregar.
Angel se levantou, levou Maite para o banheiro no corredor e sentou-se na borda da banheira.
– Controle-se, Maite – disse Angel. – Você não pode abrir a boca se a polícia nos fizer perguntas.
– A polícia? – gritou Maite, o coração acelerando.
– Shhhhhh – sussurrou Angel. Ela tamborilava as unhas contra a borda de porcelana da banheira. – Não estou dizendo que a polícia vai falar conosco, mas temos que ter um plano para o caso de eles falarem. Tudo o que nós precisamos é de uma história sólida. Um álibi.
– Por que não podemos simplesmente contar a verdade? – perguntou Maite. – O que exatamente você viu o Beau fazer que te assustou tanto a ponto de você disparar os fogos de artifício por acidente?
Angel sacudiu a cabeça.
– É melhor do meu jeito. Nós guardamos o segredo de Beau e ele guarda o nosso.
Uma batida na porta fez com que elas se levantassem.
– Meninas? – chamou uma voz. Era Dulce.
– Tudo bem – disse Claflim, finalmente, arrancando Maite de suas lembranças. Ele deu a ela um cartão. – Ligue para mim se você se lembrar de alguma coisa, está bem?
– É claro – balbuciou Maite.
Claflim pôs as mãos na cintura e olhou ao redor da sala. Para a mobília Chippendale, a sofisticada janela de vitral, os quadros emoldurados nas paredes e o relógio George Washington premiado de seu pai, que estava na família desde o século XIX. Então, ele examinou Maite, dos brincos de diamantes nas orelhas e do delicado relógio Cartier em seu pulso até as luzes loiras em seus cabelos, que custavam trezentos dólares a cada seis semanas. O sorrisinho satisfeito no rosto dele parecia dizer: Você parece uma garota que tem muito a perder.
– Você vai àquela festa beneficente hoje? – perguntou ele, sobressaltando-a. – A Foxy?
– Hum, vou – disse Maite, baixinho.
– Bem. – Claflim fez uma pequena saudação a ela. – Divirta-se. – A voz dele era totalmente normal, mas ela poderia jurar que a expressão em seu rosto dizia: Ainda não terminei com você.
Autor(a): Dulce Coleções
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A Foxy era realizada em Kingman Hall, uma velha mansão campestre de estilo inglês, construída por um homem que inventara uma máquina nova de tirar leite, no início do século XX. No quarto ano, quando eles aprenderam sobre a casa na aula de história da Pensilvânia, Ale a apelidara de “Mansão Mu”. Enquan ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 235
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ana_vondy03 Postado em 11/06/2022 - 09:03:10
Aí meu deeeeeeeus! Continuaaa amoreee S2
Dulce Coleções Postado em 14/06/2022 - 17:16:51
Continuando amore
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ana_vondy03 Postado em 12/07/2021 - 13:42:57
Continuaaa amoreee S2
Dulce Coleções Postado em 04/01/2022 - 16:45:16
Continuando amore
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ana_vondy03 Postado em 30/06/2021 - 20:57:18
Continuaaa amoreee S2
Dulce Coleções Postado em 10/07/2021 - 22:57:31
Continuando amore
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ana_vondy03 Postado em 03/06/2021 - 10:41:04
Continuaaa amoreee S2
Dulce Coleções Postado em 18/06/2021 - 13:11:01
Continuando amore
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ana_vondy03 Postado em 25/05/2021 - 14:45:08
Continuaaa amoreee S2
Dulce Coleções Postado em 30/05/2021 - 17:58:36
Continuando amore
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Dulce Coleções Postado em 25/05/2021 - 14:41:52
jnnknjbjh
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eimanuh Postado em 21/04/2021 - 19:54:16
Chegueiiiiii
Dulce Coleções Postado em 21/04/2021 - 21:32:07
aeh!
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ana_vondy03 Postado em 16/04/2021 - 00:08:47
Continuaaa amoreee S2
Dulce Coleções Postado em 21/04/2021 - 21:29:21
Continuando
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ana_vondy03 Postado em 05/04/2021 - 23:47:19
Continuaaa amoreee S2
Dulce Coleções Postado em 14/04/2021 - 22:18:03
Continuando amore
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ana_vondy03 Postado em 03/04/2021 - 23:26:43
Continuaaa amoreee S2
Dulce Coleções Postado em 05/04/2021 - 23:07:32
Continuando amore