Fanfic: Pequenas Mentirosas - Vondy, Ponny, Levyrroni (adaptada) | Tema: Vondy, Ponny, Levyrroni

Ale tentou relaxar. Ela e Beau caminharam em direção à tenda, apanharam duas piñas coladas e se juntaram a um grupo de garotos na pista de dança. Algumas meninas tentando dançar de um jeito supersexy, com mãos para cima, como se estivessem ensaiando para um evento da MTV. A maioria estava simplesmente pulando e cantando ao som de Madonna. Técnicos de som estavam instalando um aparelho de caraoquê em um dos cantos, e as garotas estavam escrevendo os nomes das músicas que queriam cantar.

Ale afastou-se para ir ao banheiro, deixando a tenda e caminhando por um corredor iluminado por velas e com o chão coberto de pétalas de rosa. Garotas passavam por ela, de braço dado, cochichando e rindo. Ale checou discretamente o peito; ela nunca havia usado um tomara que caia antes, e tinha certeza de que, a qualquer momento, o vestido iria escorregar e expor seus seios ao mundo.

– Quer que eu leia sua sorte?

Ale se virou. Uma mulher de cabelos escuros, usando um vestido de seda estampado, estava sentada a uma pequena mesa debaixo de um enorme retrato de Horace Kingman, o inventor da máquina de tirar leite. Ela usava uma tonelada de pulseiras no braço esquerdo e um grande medalhão em forma de cobra pendia de sua garganta. Um baralho estava à sua frente, junto com uma pequena placa na borda da mesa que dizia: A MÁGICA DO TARÔ.

– Não, tudo bem – disse Ale. A mesa de tarô era tão... Pública. Ali, em um espaço aberto, no meio do saguão.

A mulher estendeu uma longa unha na direção de Ale.

– Você precisa saber a sua sorte, mesmo assim. Alguma coisa vai acontecer com você esta noite. Algo que vai mudar sua vida.

Ale enrijeceu.

– Comigo?

– É, com você. E esse garoto que você trouxe? Não é ele que você quer. Você deve procurar quem realmente ama.

O queixo de Ale caiu, e sua mente começou a girar.

A cartomante parecia prestes a dizer alguma outra coisa, mas Amanda Seyfried passou por Ale e se sentou à mesa.

– Eu conheci você aqui, no ano passado – tagarelou Amanda, apoiando-se nos cotovelos, excitada. – Você fez a melhor previsão da minha vida.

Ale se afastou. Sua cabeça estava a mil. Algo ia acontecer com ela naquela noite? Algo... Que iria mudar sua vida? Talvez Jamie contasse para todo mundo. Ou Vanessa contasse para todo mundo. Ou A mostrasse aquelas fotos para todo mundo. Ou A tivesse contado a Beau... Sobre Megan. Poderia ser qualquer coisa.

Ale jogou água fria no rosto e saiu do banheiro. Quando ela se virou para voltar para a tenda, esbarrou nas costas de alguém. Assim que viu quem era, seu corpo ficou tenso.

– Oi – disse Jamie, em um falso tom amistoso, esticando as palavras. Ele usava um terno cinza-chumbo e tinha uma pequena gardênia branca na lapela.

– O-oi – gaguejou Ale. – Eu não sabia que você vinha.

– Eu ia dizer a mesma coisa. – Jamie se inclinou. – Gosto do seu namorado. – Ele colocou a palavra namorado entre aspas no ar. – Eu vi você com ele ontem na reunião com a Tate. Quanto você teve que pagar a ele para vir até aqui com você?

Ale o empurrou e passou por ele. Ela desceu o corredor escuro, considerando que aquela não seria a melhor hora para tropeçar nos saltos. Os passos de Jamie ecoavam atrás dela.

– Por que você está fugindo? – cantarolou Jamie.

– Me deixa em paz. – Ela não se virou.

– Aquele cara é seu guarda-costas? Primeiro, ele te protege na natação e agora aqui. E onde ele está agora? Ou você só o contratou para vir até aqui com você, para que as pessoas não descubram que você é uma grande lésbica? – Jamie deu uma risadinha.

– Rá rá. – Ale se virou para encará-lo. – Você é engraçado.

– É? – Jamie a empurrou contra a parede. Simples assim. Ele segurou os pulsos de Ale e apertou o corpo contra o dela. – Isto é engraçado?

Jamie estava sendo bruto, e o corpo dele era pesado. A apenas alguns passos de distância, alguns garotos passaram por eles, em direção ao banheiro. Será que eles não viram?

– Pare – conseguiu dizer Ale.

A mão áspera de Jamie procurou a barra do vestido dela. Ele acariciou o joelho de Ale e deslizou a mão por suas pernas.

– Só diga que você gosta disso – disse ele, no ouvido dela. – Ou eu vou contar pra todo mundo que você é lésbica.

Lágrimas encheram os olhos de Ale.

– Jamie – sussurrou ela, fechando as pernas. – Eu não sou lésbica.

– Então, diga que você gosta – rosnou Jamie. A mão dele apertou a coxa nua dela.

Jamie estava chegando cada vez mais perto da calcinha dela. Quando eles estavam namorando, não tinham chegado tão longe. Ale mordeu o lábio com tanta força que teve certeza de ter tirado sangue. Ela estava prestes a ceder e dizer a ele que estava gostando, só para fazê-lo parar, mas a fúria a invadiu. Que Jamie pensasse o que quisesse. Que ele contasse para a escola inteira. Ele não podia fazer aquilo com ela, de jeito nenhum.

Ela pressionou o corpo contra a parede, para pegar impulso. Então, levantou o joelho e acertou a virilha de Jamie com força.

– Ai! – Jamie se afastou, com as mãos na virilha. Um gemido fraco, como de um bebê, escapou de sua boca. – O que você... – engasgou ele.

Ale arrumou o vestido.

– Fique longe de mim. – A raiva corria pelas veias dela como uma droga. – Senão, juro por Deus...

Jamie cambaleou para trás, até se encostar na parede. Seus joelhos se dobraram e ele escorregou até sentar-se no chão.

– Péssima, péssima ideia.

– Que se dane. – Ale se virou para ir embora. Ela deu passos longos, rápidos e confiantes. Não o deixaria ver o quanto estava chateada. Que estava prestes a chorar.

– Ei. – Alguém segurou gentilmente o braço de Ale. Quando seus olhos se focaram novamente, ela percebeu que era Vanessa. – Eu vi aquilo tudo – sussurrou Vanessa, apontando com o queixo para o local onde Jamie ainda estava caído. – Você está bem?

– Estou – respondeu Ale, depressa. Mas sua voz estava embargada. Ela tentou se controlar, mas não conseguiu. Ela se apoiou contra a parede e cobriu o rosto com as mãos. Se contasse até dez, poderia esquecer aquilo. Um... Dois... Três...

Vanessa tocou no braço de Ale.

– Eu sinto muito, Ale.

– Não sinta – conseguiu dizer Ale, o rosto ainda coberto. Oito... Nove... Dez. Ela afastou as mãos do rosto e se endireitou. – Eu estou bem.

Ela fez uma pausa, olhando para o vestido branco de Vanessa, estilo gueixa. Ela parecia tão mais bonita do que todos aqueles clones loiros de coque e Chanel que havia visto na festa. Ela correu as mãos pelos lados do próprio vestido, imaginando se Vanessa a estaria examinando também.

– Eu... Eu provavelmente deveria voltar para o meu parceiro – gaguejou ela.

Vanessa deu um pequeno passo na direção dela. Só que Ale não conseguia se mover um centímetro.

– Eu tenho um segredo para contar a você, antes de você ir – informou Vanessa.

Ale chegou mais perto, e Vanessa se inclinou em direção a sua orelha. Os lábios de Vanessa não a tocaram, mas estavam bem perto. Arrepios percorreram a espinha de Ale, e ela se ouviu respirando pesado. Não era certo reagir daquele jeito, mas simplesmente... Não conseguia... Evitar.

Você deve procurar quem você realmente ama.

– Eu vou esperar por você – sussurrou Vanessa com a voz um pouco triste e muito sexy. – Não importa quanto tempo leve.

OBS: Vieram reclamar sobre demora de casal ficar junto, como já disse a umas amigas, essa história é pra ter paciencia, porque meus planos é ter muitas temporadas(mais de 8), então tem casal que vai demorar a ficar junto, porque as meninas antes vão fazer escolhas erradas. Se eles ficassem juntos logo eu iria ter que separar eles, fazendo eles demorarem a ficar juntos, Levyrroni mesmo vai terminar nessa pra 3 temporada, e só vai demorar e muito pra voltar, não queria fazer isso com Ponny e Vondy, quero que eles fiquem juntos por mais tempo. Sei que muita gente só vai começar a comentar quando eles ficar juntos, mas eu não vou apressar nada.