Fanfics Brasil - Capítulo 84: Como se Anahí fosse roubar um avião... Ela nem sabia pilotar! Parte 2 Pequenas Mentirosas - Vondy, Ponny, Levyrroni (adaptada)

Fanfic: Pequenas Mentirosas - Vondy, Ponny, Levyrroni (adaptada) | Tema: Vondy, Ponny, Levyrroni


Capítulo: Capítulo 84: Como se Anahí fosse roubar um avião... Ela nem sabia pilotar! Parte 2

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Quando despencou no vagão, completamente encharcada de ter corrido do táxi para o trem, sua cabeça estava pesada. Em cada reflexão, uma nebulosa quimera de si mesma no sétimo ano aparecia de volta. Ela fechou os olhos.


Quando os abriu novamente, o trem tinha quebrado. Todas as luzes estavam apagadas, exceto pelos sinais de saída de emergência que brilhavam no escuro. Só que eles não diziam mais saída. Diziam: veja isto.


À sua esquerda, Anahí viu quilômetros de florestas. A lua brilhava, cheia e clara, acima da copa das árvores. Mas não tinha caído uma tempestade, minutos atrás? O trem estava paralelo à Estrada Trinta. A rodovia, normalmente, estaria abarrotada pelo trânsito, mas, naquele momento, não havia um carro sequer aguardando no cruzamento. Ao virar a cabeça para o corredor, para ver como os outros estavam reagindo à quebra do trem, notou que todos os passageiros estavam dormindo.


– Eles não estão dormindo – falou uma voz. – Estão mortos.


Anahí pulou. Era Beau. O rosto dele estava borrado, mas ela sabia que era ele. Vagarosamente, ele levantou de seu assento e caminhou em direção a ela.


O trem apitou, e Anahí acordou com o susto. As luzes fluorescentes eram brilhantes e nada convidativas, como sempre. O trem bufou em direção à cidade; e, do lado de fora, relâmpagos estalavam e dançavam. Quando olhou pela janela, viu um galho de árvore rachar e se espatifar no chão. Duas senhoras de cabelo branco, no banco imediatamente em frente, continuaram comentando sobre os raios, dizendo:


– Ai, Senhor! Esse foi dos grandes!


Anahí pôs os pés em cima do assento, os joelhos perto do peito. Nada como uma confissão avassaladora a respeito de Beau Cavanaugh para chacoalhar seu mundo. E deixá-la paranoica.


Ela não estava certa sobre como encarar as novidades. Não reagia às coisas imediatamente, como Dulce; tinha de digeri-las por inteiro. Estava chateada com Maite por não ter lhe contado nada, sim. E apavorada por causa de Beau. Mas, naquele momento, seus pensamentos insuportáveis giravam em torno de Megan. Ela sabia, também? Soubera o tempo todo? Saberia que Beau tinha matado Angel?


Anahí tinha visto Megan depois do acidente, apenas uma vez, e nunca contou às outras. Foi algumas semanas antes de Angel desaparecer, e ela tinha dado uma festa improvisada em sua casa. Todos os alunos mais populares de Rosewood Day compareceram, até mesmo algumas garotas mais velhas do time de Angel de hóquei na grama. Pela primeira vez, Anahí teve uma conversa de verdade com Chace; eles falaram sobre Gladiador. Anahí comentou sobre quão assustador o filme era, quando Angel chegou, de mansinho, ao lado deles.


Primeiramente, Angel olhou para Anahí como quem dizia: Viva! Você finalmente está falando com ele! Mas aí, quando Anahí disse: “Quando meu pai e eu saímos do cinema, ai, meu Deus, estava tão apavorada que fui direto pro banheiro e vomitei”, Angel cutucou Anahí de leve.


– Você tem tido alguns problemas com isso ultimamente, não tem? – brincou ela.


Anahí empalideceu.


– O quê? – Aquilo tinha sido pouco tempo depois do lance de Annapolis.


Angel fez questão de atrair a atenção de Chace.


– Esta é a Anahí. – Ela enfiou um dedo na garganta, fingiu engasgar e depois soltou uma gargalhada.


Chace não riu, entretanto. Olhou para as duas, alternadamente, parecendo desconfortável e confuso.


– Eu, hum, tenho que... – Ele se calou e saiu de fininho, em direção aos seus amigos.


Anahí virou-se para Angel, horrorizada.


– Por que você fez isso?


– Ai, Anahí! – Angel se virou para ir embora. – Você não aguenta uma brincadeira?


Mas Anahí não aguentava. Não sobre isso. Ela foi pisando duro para o outro lado da varanda da casa de Angel, brava, sua respiração audível. Quando olhou para cima, se viu encarando Megan Cavanaugh.


Megan estava parada nos limites da propriedade de sua família, usando grandes óculos escuros e segurando uma bengala branca. Anahí ficou com um nó na garganta. Era como ver um fantasma. Ela ficou realmente cega, pensou Anahí. Ela meio que achava que aquilo não tivesse acontecido de verdade.


Megan estava completamente imóvel no meio-fio. Se ela pudesse ver, estaria olhando para o enorme buraco na lateral do jardim de Angel, que eles estavam cavando para construir um caramanchão que abrigaria uma mesa de vinte lugares, o exato lugar onde, anos depois, os trabalhadores encontrariam o corpo da Angel. Anahí a encarou por um longo tempo, e Megan a encarou de volta, sem expressão. Foi então que lhe ocorreu. Naquela época, com o Chace, Anahí havia tomado o lugar de Megan, e Angel tinha tomado o de Anahí. Não havia razão para ela provocar Anahí, senão o fato de que ela podia. A percepção do acontecido a pegou tão de surpresa que ela teve de segurar no corrimão para não perder o equilíbrio.


Ela olhou para Megan mais uma vez. Desculpe, falou, apenas movendo os lábios. Megan, obviamente, não respondeu. Ela não podia ver.


Anahí nunca ficara tão feliz por ver as luzes da Filadélfia, finalmente estava longe de Rosewood e de Beau. Ainda tinha tempo de voltar para o hotel antes que o pai, Charlize e Ashley retornassem de Mamma Mia! e, talvez, pudesse tomar um banho de espuma. Provavelmente, também haveria algo bom no frigobar. Algo forte. Talvez ela até contasse para Ashley o que tinha acontecido, e elas pediriam serviço de quarto e tomariam alguma coisa juntas.


Nossa! Esse era um pensamento que Anahí nunca imaginou que pudesse passar por sua cabeça.


Ela encaixou o cartão na porta do quarto, abriu-a, despencou para dentro e... Quase trombou no pai. Ele estava parado em frente à porta, falando ao telefone celular.


– Ah! – gritou ela.


O pai se virou.


– Ela está aqui – falou ele ao telefone, e desligou. Olhou friamente para Anahí. – Bom, bem-vinda de volta.


Anahí piscou. Diante do pai estavam Ashley e Charlize. Simplesmente... Sentadas lá, no sofá, lendo as revistas de turismo da Filadélfia que colocam no quarto.


– Oi – disse ela, com cuidado. Todos estavam olhando para ela. – Ashley contou pra vocês? Eu tive que...


– Ir à Foxy? – interrompeu Charlize.


Anahí ficou boquiaberta. Outro clarão de relâmpago do lado de fora a fez pular. Ela se virou desesperada para Ashley, que estava com as mãos orgulhosamente dobradas no colo e a cabeça inclinada para o alto. Ela tinha... Ela tinha contado? Sua expressão indicava que sim.


Anahí sentiu como se o mundo estivesse desabando em sua cabeça.


– Foi... Foi uma emergência.


– Tenho certeza de que foi. Eu nem acredito que você está de volta. Nós pensamos que você fosse varar a noite... Roubar outro carro, talvez. Ou... Ou, quem sabe? Roubar o avião de alguém? Assassinar o presidente?


– Pai... – suplicou Anahí.


Ela nunca havia visto o pai daquele jeito. Sua camisa estava para fora da calça, as meias não estavam completamente esticadas e havia uma mancha atrás de sua orelha. E estava enlouquecido. Ele não costumava gritar daquele jeito.


– Eu posso explicar.


O pai apertou as mãos contra a própria testa.


– Hanna... Você pode explicar isto também? – Ele procurou algo no bolso. Lentamente, abriu os dedos, um por um. Dentro, havia um pacote de Percocet. Lacrado.


Quando Anahí tentou alcançá-lo, ele fechou a mão em concha.


– Não, você não vai pegar.


Anahí apontou para Ashley.


– Ela pegou isso de mim. Ela queria o pacote para ela.


– Você me deu – disse Ashley, da mesma forma. Ela ostentava aquele conhecido olhar de te peguei, um olhar que dizia: não pense que você está conseguindo dar um jeitinho de entrar em nossas vidas. Anahí odiou a si mesma por ter sido tão burra. Ashley não tinha mudado. Nem um pouquinho.


– Para que você está usando estes comprimidos, em primeiro lugar? – perguntou o pai. Então, levantou as mãos. – Não. Esqueça. Eu não quero saber. Eu... – Ele cerrou os olhos. – Eu não sei mais quem você é, Anahí. Eu realmente não sei.


Anahí não conseguiu se conter.


– Bem, é claro que não! – gritou ela. – Você nem sequer se preocupou em falar comigo por quase quatro anos!


Um silêncio pairou sobre o quarto. Todos estavam com medo de se mexer. As mãos de Ashley estavam apoiadas na revista. Charlize ficou estática, um dos dedos estranhamente parado no lóbulo da orelha. O pai abriu a boca para falar, mas depois a fechou de novo.


Alguém bateu à porta, e todos pularam.


A sra. Portilla estava do outro lado, parecendo toda desarrumada: o cabelo estava molhado e esfiapado, ela não estava muito maquiada e vestia simplesmente camiseta e uma calça jeans, muito diferente dos terninhos que normalmente usava para ir trabalhar.


– Você vem comigo. – Ela semicerrou os olhos ao olhar para Anahí, mas nem olhou para Ashley e Charlize. Anahí estava imaginando rapidamente se aquela era a primeira vez que todos se encontravam. Quando a mãe viu o Percocet na mão do sr. Portilla, empalideceu.


– Ele me contou sobre aquilo enquanto eu estava vindo.


Anahí olhou sobre os ombros para o pai, mas ele tinha abaixado a cabeça. Ele não parecia exatamente desapontado. Apenas parecia... Triste. Sem esperança. Envergonhado.


– Pai... – grunhiu ela, desesperada, deixando a mãe para trás. – Eu não tenho que ir, tenho? Pensei que você quisesse saber.


– Tarde demais – disse ele, automaticamente. –Você vai para casa com sua mãe. Talvez ela possa botar algum juízo na sua cabeça.


Anahí teve que rir.


– Você acha que ela vai botar juízo na minha cabeça? Ela está... Está indo pra cama com o policial que me prendeu na semana passada. É conhecida por chegar em casa às duas da manhã durante a semana. Se eu fico doente e tenho que ficar em casa, diz que não tem problema ligar pra secretaria da escola e fingir que sou ela, pois está muito ocupada, e...


– Anahí – gritou a mãe, agarrando o seu braço.


A cabeça de Anahí estava tão confusa. Ela não sabia se contar aquelas coisas para o pai a estava ajudando ou machucando. Simplesmente se sentia vitimada. Por todos. Estava cansada das pessoas passando por cima dela.


– Tem tantas coisas que eu queria contar pra você, mas não posso. Por favor, me deixe ficar. Por favor.


A única coisa que se mexia no rosto do pai dela era um pequeno músculo, em cima do pescoço. De resto, seu rosto continuava imóvel e impassível. Ele deu um passo para perto de Charlize e Ashley. Charlize segurou a mão dele.


– Boa-noite, Leticia – disse ele para a mãe de Anahí. Para Anahí, não disse absolutamente nada.



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Autor(a): Dulce Coleções

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 235



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  • ana_vondy03 Postado em 11/06/2022 - 09:03:10

    Aí meu deeeeeeeus! Continuaaa amoreee S2

    • Dulce Coleções Postado em 14/06/2022 - 17:16:51

      Continuando amore

  • ana_vondy03 Postado em 12/07/2021 - 13:42:57

    Continuaaa amoreee S2

    • Dulce Coleções Postado em 04/01/2022 - 16:45:16

      Continuando amore

  • ana_vondy03 Postado em 30/06/2021 - 20:57:18

    Continuaaa amoreee S2

    • Dulce Coleções Postado em 10/07/2021 - 22:57:31

      Continuando amore

  • ana_vondy03 Postado em 03/06/2021 - 10:41:04

    Continuaaa amoreee S2

    • Dulce Coleções Postado em 18/06/2021 - 13:11:01

      Continuando amore

  • ana_vondy03 Postado em 25/05/2021 - 14:45:08

    Continuaaa amoreee S2

    • Dulce Coleções Postado em 30/05/2021 - 17:58:36

      Continuando amore

  • Dulce Coleções Postado em 25/05/2021 - 14:41:52

    jnnknjbjh

  • eimanuh Postado em 21/04/2021 - 19:54:16

    Chegueiiiiii

    • Dulce Coleções Postado em 21/04/2021 - 21:32:07

      aeh!

  • ana_vondy03 Postado em 16/04/2021 - 00:08:47

    Continuaaa amoreee S2

    • Dulce Coleções Postado em 21/04/2021 - 21:29:21

      Continuando

  • ana_vondy03 Postado em 05/04/2021 - 23:47:19

    Continuaaa amoreee S2

    • Dulce Coleções Postado em 14/04/2021 - 22:18:03

      Continuando amore

  • ana_vondy03 Postado em 03/04/2021 - 23:26:43

    Continuaaa amoreee S2

    • Dulce Coleções Postado em 05/04/2021 - 23:07:32

      Continuando amore


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