Fanfic: Show De Vizinho { Vondy } Finalizada | Tema: CyD
POVS DULCE
Cinco anos atrás
— Por que essa cara? O que houve? — a indiferença de Paco me fere e isso é terrível.
Achei que estávamos avançado, mas... sempre há algo no caminho.
E eu sempre peço que não seja eu.
— Problemas no trabalho, só isso — ele me tranquiliza. Seu olhar ainda é distante e meio vago, mas ele segura em minha mão e a beija. — Estou ansioso para te ver com mais frequência e ficar mais próximo de você. Quando você vai para Miami?
— Calma, apressadinho! Anahí e eu ainda estamos juntando dinheiro.
— Só quero te ter por perto — ele me beija, dentro do carro. — Você vai amar ser a sua própria chefe. Eu não suporto o meu. O cara é simplesmente um Deus, o CEO indestrutível, fecha qualquer contrato, faz o que quer...
— Estou sentindo um ciuminho no seu tom de voz — brinco.
Paco rapidamente se afasta e apresenta um pouco de seu desprezo no olhar. Parece que toquei em um ponto frágil dele. Que estúpida! Devo tomar mais cuidado com a minha boca!
— Eu? Com inveja de Christopher Farrah? — ele desdenha em um sorriso maquiavélico, ou algo do tipo. — Ele é só um playboyzinho bilionário, metido a CEO. Eu jamais teria inveja dele! Mas me escute: um dia eu serei o CEO — diz com tanta certeza que me assusta. — Nem que eu precise vender a minha alma para isso e desbancar aquele playboy de merda!
— Por que você não abre a sua própria empresa?
— Ficou louca? — ele ri. — Eu trabalho para os Farrah! Em Miami! Estou a um passo de ser promovido, só preciso derrubar aquele mauricinho de merda! Francamente, Dulce — ele segura em meu queixo, faz de um jeito meio agressivo, que eu não gosto, mas se corrigi-lo, ele ficará sem me ligar por semanas. — Isso é coisa de homem. Essa disputa por poder. Uma mulher não entenderia...
Atualmente
— Você é tão idiota! — bato com as mãos no volante e abaixo o rosto.
O silêncio ocupa o espaço entre nós, até que eu comece a rir sem parar, feito uma louca. Christopher me acompanha, mas leva sua mão até meu queixo com sutileza e o levanta. Agora ele ri menos, fica me assistindo rir como uma adolescente tresloucada.
— O que foi agora? — tento me mostrar irritada. Mas como?
— Eu gosto quando você sorri. Parece que segurou esses risos a vida toda e agora os solta sem parar...
Umedeço os lábios com calma e o analiso, o cabelo já está seco, mas as roupas... definitivamente...
Ele foi gentil em me ceder o seu terno feito sob medida para que eu não sentisse frio e começou a soprar a minha cabeça quando falei que iria ficar gripada com aquele cabelo molhado. Que figura esse vizinho!
— Apesar dos pesares, Christopher Uckermann, hoje foi um bom dia.
Ele faz sinal positivo com os dois polegares, levantando-os ao lado do rosto.
— Mas da próxima... não me jogue na piscina! — o repreendo.
— Na cama, talvez? Ou você prefere o bosque? — ele provoca.
— Chega! — preciso detê-lo para não cair na gargalhada ou cair de boca no seu... bocão todo vermelho e sedutor, com sorriso delinquente e ar de cafajeste. — Eu separei isso para o Nicolas e para você. Espero que ele goste — apanho duas sacolas no banco detrás e entrego a ele.
— Não precisava.
— É o mínimo que posso fazer por ter você o dia inteiro ao meu lado, não? Muito obrigada, de verdade, por estar lá comigo.
— Disponha — ele tira o cinto e abre a porta do carro.
Ele balança os cabelos e segue para sua mansão, a maioria das luzes já estão desligadas. Espero que Nicolas esteja bem e que tenha se divertido hoje. Por que eu me diverti muito com o pai dele de um jeito que não esperava...
Christopher subiu alguns degraus. De vizinho gostosão e atencioso para um cara prestativo, educado e bastante impulsivo.
Que preciosidade o ter conhecido!
— Amiga, você está molhada! — Anahí anuncia para mim,para a vizinhança e quem sabe para a cidade inteira, pelo tom que usa.
— Isso, acorda todo mundo, sua louca! — a repreendo e jogo as sacolas com marmitas para as famintas em cima da mesa e corro para o banheiro para terminar de secar meus cabelos.
— Aonde você pensa que vai? Volta aqui e conta tudo! Encontrou o Paco? Ele tentou te afogar, não foi? Vamos dar parte na polícia! — ela vem em meu encalço. Com a marmita aberta na mão, comendo sem parar.
— Não tive o azar de encontrar aquele imbecil hoje. Mas espero vêlo logo e espero que ele me veja bem acompanhada.
— Ah... então isso tudo foi...
— Sim — digo e ligo o secador.
Anahí diz algo que eu não entendo. Depois ela diz mais alto e eu continuo a fitá-la sem compreender. Ela está tentando me dizer algo, mas está de boca cheia e isso não vai dar certo.
Desligo o secador e ela termina de engolir e grita:
— O vizinho que te deixou molhada assim?
Até Luna solta um grito, de lá do quarto e vem correndo.
— Gente? A essa hora? Vocês não querem anunciar no rádio não? Pelo menos só escuta quem está com ele ligado, não Miami inteira! — as repreendo.
Em seguida Luna me olha dos pés à cabeça.
— Amiga, você está molhada — ela constata.
— Junta essa aqui com o Nicolas e temos a capitã óbvia e o maior argumentador de Miami — volto a ligar o secador de cabelos e só o desligo quando termino meu trabalho.
— Conta! Vamos, bonitona! Acha que é assim? Volta encharcada e pensa que pode fugir da gente? — Luna me persegue até a cozinha,Anahí vem depois.
— Sopa ou chá? — pergunto em voz alta para mim mesma e olho para o fogão, tentando decidir.
— Vamos, garota! O que houve? O que aconteceu?
— Fui mostrar à noiva meus talentos e eles foram aprovados.Estamos contratadas e vamos receber um dinheirão — digo sem muita empolgação e procuro alguma sopa industrializada no armário.
— Não quero saber isso! Quero saber porque você está nesse estado! — Luna insiste.
— Porque aquele imbecil — aponto para fora da janela. — Me jogou dentro da piscina em frente ao salão de festas, depois se jogou, me apertou contra a parede, me deixou pegando fogo dentro da água e me tascou um beijão! — digo e aproveito para balançar o cabelo de um lado para o outro feito uma maluca.
— Nossa, amiga... — Luna suspira. — E foi tão ruim assim?
— Foi ótimo — abro um sorriso de orelha a orelha.
POVS CHRISTOPHER
Assim que entro em casa vejo Noah Evans deitado no sofá,mexendo em seu celular gigantesco. Assim que me aproximo ele me passa o relatório de como foi o dia com Nicolas:
— Nada fora dos padrões. Ele ficou no jardim, depois saímos para caminhar no fim da tarde e ele jogou vários chocolates quentes fora e pedia que eu fizesse direito.
— Desculpa aí por todo esse trabalho.
— Não se preocupe, eu gosto muito do Nicolas. E ele me ajuda bastante nos jogos que eu desenvolvo para crianças especiais, então praticamente trabalho e me divirto. É como uma pesquisa de campo, mas divertida — Noah garante.
— Fique à vontade, a casa é sua, irmão — aperto a mão dele.
— Por que você parece um cachorro molhado? — Noah não esconde a estranheza em me ver daquele jeito.
— Cara... às vezes as coisas saem do controle e...
— O vizinho que te deixou molhada assim? — ouvimos o grito vindo da casa ao lado.
Aponto para a janela.
— Acho que não tenho muito a explicar, como pode ver. A vizinhança agora toda já está a par — bato no ombro de Noah e coloco as sacolas na bancada. — Tem comida aqui!
— Valeu, irmão. Boa noite! — Noah volta a se concentrar em seu celular, parece realmente muito ocupado em algo que está fazendo.
Subo para o quarto de Nicolas e acendo a luz no corredor, para não precisar fazê-la no quarto do pequeno. Entro devagar, na ponta dos pés e o observo dormir. Parece esgotado, o que é ótimo, isso indica dias agitados,onde ele foi produtivo e fez o máximo de coisas diferentes que conseguiu.
Às vezes quando uma coisa prende a atenção dele, ele é capaz de ficar horas... dias... semanas... meses apenas naquilo. E dorme irritado,ansioso, agitado, não para de se mexer na cama. Mas em dias como os que Noah vem visitá-lo e propõe múltiplas atividades, Nicolas sai da zona de conforto e faz tudo o que está ao seu alcance e acaba assim: num sono profundo, calmo e de dar inveja no próprio pai.
Levanto a mão dele e o cubro até a altura da axila e deito a mão do lado de fora, do jeito que ele sempre dorme. E acaricio os cabelos dele e abro um sorriso bobo enquanto sinto o cheiro de banho tomado, menino limpinho e imerso em um bom sonho recompensador após um dia exaustivo.
— Te amo, filhote — beijo sua testa. — Durma bem, protegido e amado. Seu pai vai estar sempre aqui para tudo o que você precisar. É difícil passar um dia longe de você, espero que tenha sentido minha falta,porque eu senti a sua — beijo sua mão.
Deixo o meu pequeno dormir em paz e vou para o banheiro, tomar um bom banho demorado para me limpar das peripécias, do cansaço e das lembranças do passado.
Eu sei que em breve tem mais.
POVS DULCE
— Então quer dizer que por detrás daquela cara de mau, tem esse cara? — Luna se impressiona após ouvir minha história.
— Você está supervalorizando a maturidade dos homens, Luna — Anahí debocha. — Eles param de crescer mentalmente depois dos dezessete. Eu sei, é triste. Depois disso são só... homens com trinta anos...quarenta anos... sessenta anos... com a mente de um adolescente de dezessete. Esse pelo menos parece ser bem ajustado.
— Ele é bem maduro, pelo menos, das vezes que o vi cuidando do Nicolas ..., mas ele também tem esse ar rebelde, sabe? Mas não um rebelde sem causa. Parece que tem algo ali, uma ferida, um passado... eu não sei — termino de tomar minha sopa e coloco o prato na pia.
— Ele pode ser do jeito que for. Maduro, rebelde, descolado,controlador... só espero que não tenha ejaculação precoce e me dê um atestado médico! Cadeira de rodas aí vou eu! — Annie comemora e beija nossas testas e se despede, indo em direção ao seu quarto.
Luna me mostra o braço e eu fico alguns segundos olhando, sem entender.
— Estou toda arrepiada. Sei lá, esse cara mexe comigo.
— Mexe com todo mundo — preciso admitir.
— E pelo que você disse, ele deve ser um acompanhante de luxo de alto padrão. O cara é educado, gentil, um pai zeloso, habilidoso com as mãos... com a língua... Temos aí um show de vizinho — Luna levanta as sobrancelhas. — Qualquer dia desses eu vou lá pedir açúcar. Quem sabe ele não me dá isso e outras coisitas mais...
— Vocês duas... francamente! — dou um tapa na mão dela. — Dá para não ficar falando assim dele enquanto ele estiver me ajudando?
— Não fica ciumenta não, amiga. Ele é seu enquanto esse casamento durar. Depois ele é do mundo. As vizinhas todas e eu vamos fazer fila! — ela celebra e sai saltitando para o quarto.
Essas duas...
Eu estou perdida se depender delas... estou conhecendo Christopher agora e já dão sinal de que irei perdê-lo em breve.
Isso não é justo!
Após lavar os pratos e tomar um banho para tirar o cansaço, subo para o quarto, desligo as luzes e tiro o roupão.
Enfim livre das roupas! Agora posso descansar após um bom e longo dia de trabalho!
Assim que desligo o celular e me preparo para dormir, abro as cortinas da janela para dar uma espiada. E lá está ele! Quer me tentar até na hora do sono.
Está com um roupão azul marinho e anda pelo quarto enquanto arruma algumas coisas. Assisto-o, atenta e calada e vejo-o descer o roupão até ficar completamente nu.
Foi esse cara que me beijou.
Foi esse cara que passou o dia inteiro comigo, riu diversas vezes comigo e ainda me jogou na piscina para me beijar.
Agora eu sei que a pele dele é quente e bem perfumada, e em contato com a minha, mesmo por cima das roupas, me deixa ofegante e perdida em meus próprios pensamentos.
Aproveito para pegar o terno que ele deixou comigo e sinto o cheiro da roupa.
É como se ele estivesse aqui, comigo.
Christopher não olha em direção à janela, mas fica diante dela e perambula pelo quarto, completamente nu, exibindo toda aquela gostosura em forma de músculos, tanquinho, um sorriso sedutor e uma personalidade encantadora.
É impressão minha ou ele acabou de rir?
Devo estar ficando louca! E sei com certeza que ficarei piradinha da cabeça se continuar a espioná-lo. É tentador, eu sei. Mas o meu pobre coração não vai aguentar.
Ele desliga as luzes do quarto, menos uma. E vejo sua silhueta de porte atlético desfilar pela última vez, até que não há mais sinal dele.
— Você perdeu o juízo, Dulce — digo para mim mesma. — Vai mesmo dormir cheirando esse terno, mulher? — me repreendo.
Fecho as cortinas e me jogo na cama abraçada com a indumentária masculina. O cheiro dele aqui comigo me faz pensar como seria tê-lo em minha cama...
E antes de dormir penso, por um instante, que é uma pena.
É uma pena que o que Christopher e eu temos seja apenas... mentirinha.
Autor(a): Lene Jauregui
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 231
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dayanerodrigues Postado em 09/05/2020 - 23:23:22
ameeiiii essa fic. Principalmente a abordagem sobre o autismo. A parte que Nicolas explica por que ama as formigas é muito lindo, quase chorei. Tenho um sobrinho autista e me identifiquei muito com essa fic
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rt1508 Postado em 24/01/2020 - 22:53:37
Que pena que acabou, essa fic é maravilhosaa, uma das minhas preferidas, estarei no aguardo para quando você voltar
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evil_queen Postado em 24/01/2020 - 15:24:20
Já acabou????estou chorando kkkk amei demais a história, espero ler outra logo
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nat.vondy Postado em 24/01/2020 - 11:54:35
Oh que pena que chegou ao fim, com certeza é uma das minhas fanfics preferidas, lindo o final vondy
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Annytequila Postado em 24/01/2020 - 00:52:35
Como assim a acabou???? Ja quero uma fic nova .... amei <3
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mari_vondy Postado em 24/01/2020 - 00:19:02
ah, que pena que terminou, amei tanto o final e estou ansiosa pra ler outra fica sua
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ana_vondy03 Postado em 23/01/2020 - 22:46:23
Aaaaaa espero por outra fanfic maravilhosa como essa S2
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carolinevondyzinha Postado em 23/01/2020 - 17:23:11
Ai eu amo uma família o Nicolas é tão bb, vontade de guardar em um potinho <3
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millavondy36 Postado em 23/01/2020 - 17:13:51
Continuaa!!!!!
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millavondy36 Postado em 23/01/2020 - 17:13:37
Nicolas sendo o melhor desde sempre!!!Ri muito deles vestidos de formigas kkkk!!!