Fanfic: Show De Vizinho { Vondy } Finalizada | Tema: CyD
POVS DULCE
Dou um salto da cama quando vejo Anahí parada, de braços cruzados, em frente à porta do meu quarto.
— Acordou, não foi, Bela Adormecida? — ela desdenha.
— Aonde estou? O que houve? O que você está fazendo aqui? — olho ao redor.
Será que a noite anterior não passou de um sonho?
— Ah, eu que gostaria de saber — Annie pega uma lixa de unha e começa o serviço. — Não vi a hora que a princesa voltou para casa ontem.Tudo bem? Onde esteve?
— Eu... estive... — pelo visto não foi um sonho. Não mesmo.
Cadê a droga dos meus atestados?
Tento me levantar, mas minhas coxas doem. E eu estou menos tensa do que de costume, Anahí não esconde o riso e me acompanha com o olhar.
— Annie do céu! — me jogo em cima dela, com cara de horrorizada.
— Fala, amiga, me conte tudo e não me esconda nada. Nem os detalhes mais sórdidos — ela lambe os beiços.
— Amiga... que vergonha...
— O que foi?
— Annie... — respiro fundo e tapo o rosto. — Eu acho que fiz xixi na cama do Christopher.
— Como assim, María? — ela prende o riso.
— Eu não sei... ele estava dentro de mim e parecia que ele tinha meu manual, ele me tocava em todos os cantos e eu ficava louca... me segurei até onde deu, mas quando menos percebi... acho que... eu fiz...
— Mas tinha cheiro?
— Não — afirmo. Meu Deus, seria um mico maior se tivesse.
— E tipo, saiu tudo de uma vez em um longo fluxo ou foi pausadamente, como vários jatos?
— Vários jatos — aperto as mãos contra o rosto com mais força.
— Dulce, meu amor, você esguichou. Você teve um orgasmo — ela me abraça e comemora, feito uma doida.
— Quê? Como assim? — tento acompanhar o raciocínio, mas fico até zonza.
— Você soltou jatos de prazer, meu amor. Não era xixi!
Céus... isso explica muita coisa... principalmente a cara de safado do Christopher depois de ver aquilo, eu sei que ele viu. E ele ficou todo manhoso e me tratou de um jeito tão fofo...
— Vai, garota! Me diz tudo logo de uma vez! Que horas você voltou ontem?
— Tarde da noite, acho que umas três da manhã.
— Três?
— Três. Da manhã.
— Agora me dê uma notícia boa, María. Me faça ter orgulho de você.
— Eu estava no vizinho — jogo no ar e vejo-a girar onde está, ela abre os braços e abre bem a boca.
— Não?!
— Sim.
— E aí? Não me decepcione, María. Vinte e cinco anos nessa fuça, me dá orgulho, garota!
— Nós transamos — revelo.
A louca solta um grito e começa a bater com os pés no chão.
— Espera — ela põe a mão no peito e respira fundo.
Um segundo de silêncio para expandir a tensão.
— Foi bom? — ela pergunta.
A pergunta que vale um milhão de dólares.
— As quatro vezes.
— As...? — ela precisa fazer uma pausa. De verdade. Ela arregala os olhos e encara meu corpo, sobe o meu pijama e fica vendo umas marcas de chupões e tapas e apertos que não saíram até agora. — Amiga... vou até te levar na delegacia para fazer exame de agressão, o que que foi isso?
— Isso foi o paraíso — preciso dizer.
— Ele pelo menos durou? Ou é borracha fraca também? Goza rápido? Ai amiga, não me diga que foram 3 minutinhos... — ela está buscando algum defeito, porque deve estar com inveja, a coitada.
— E eu lá tenho cara de que cronometrei o sexo, menina? Eu tenho cara de quê? De protagonista de livro erótico que tem a régua na língua e quando vê o negócio do boy já diz: dezoito centímetros? Eu não cronometrei nada não. Mas a propósito, 24.
— María... — ela diz horrorizada, essa palhaça.
— Só sei que quando entrei no quarto dele, era fim de tarde. Quando saímos do banho, depois dele me... você sabe, na banheira, já era meia noite.
— María do céu... — ela tapa a boca.
— Não me arrependo de nada. Só do fato de não conseguir andar direito. Será que esse tempo que fiquei sem... você sabe... eu fiquei virgem de novo?
— Só se for virgem psicologicamente, né? — ela me dá um tapa. — Amiga, estou feliz por você! O vizinho é um partidão.
— Eu sei — afasto a cortina para ver se o encontro por ali, dando sopa, naquele quarto maravilhoso, mas nenhum sinal.
— Falando em partidão... acho melhor você descer... — ela sorri de um jeito malévolo.
— O que foi? Paco está aqui?
— Só por cima do meu cadáver! — ela torce o nariz. — Amiga,veste uma roupa e desce. É sério.
— O que houve? — começo a ficar aflita.
— Só faz o que estou te mandando — ela arregala os olhos de um jeito imperativo.
Asseio os cabelos e vou até o banheiro para fazer minha higiene matinal. Visto uma roupa bem básica, de ficar dentro de casa mesmo, não estou com cabeça para vestir a roupa do trabalho.
Ao descer...
Ué? Será que eu desci no lugar errado? Essa é mesmo a minha casa?
Tem um monte de gente aqui. Não, espera, não é só um monte de gente. Tem manequins, araras abarrotadas de roupas, caixas gigantes e pequenas, um biombo no canto da sala e Luna, perplexa, tentando dizer para as pessoas onde elas devem ficar. Não há tanto espaço assim para tudo e todos ali embaixo.
— Ela acordou — Annie anuncia.
O que está havendo, meu Deus do céu?
— O que é tudo isso? — pergunto.
— Ainda estou me fazendo a mesma pergunta, mas na dúvida, boba,aceita — ela diz.
— Aceitar o quê, maluca? — olho ao redor. — O que é tudo isso?— repito, aflita.
— Bom, acho que você arranjou um anjo da guarda — Luna diz e segura minha mão. Ao chegar na sala vejo caixas luxuosas de marcas caríssimas.
Agora é sério, o que é tudo isso e se for uma pegadinha eu ficarei muito irritada!
— Quem são vocês? — pergunto para toda aquela gente.
— Estilistas, é claro — o careca com óculos redondo, cruza os braços. — Agora, vamos! Não temos o dia todo, vamos tirar suas medidas!
— Mas de onde vocês vieram?
— Da Prada?! — a moça com ar de modelo de passarela pergunta,ofendidíssima.
— Gucci? — ouço outro. — Armani? Givenchy? Chanel? — cada um vai dizendo, como se fossem seus nomes.
— Que piada é essa?
— Vamos, docinho, não temos o dia todo. Você tem uma semana de casamento para ir e nós precisamos deixar sua indumentária impecável — o homem de terno xadrez e óculos redondo vem em minha direção.
— Mas não sou eu quem vou casar... — olho tudo aquilo,desesperada.
Definitivamente eu não tenho como pagar nada disso, nem mesmo se eu trabalhar a vida inteira e reencarnar e quem sabe reencarnar mais sete vezes só pra dirimir o karma e os juros dessas roupas de alto padrão.
— Mas é você quem vai destruir o casamento — ele mexe nos óculos. — Jimmy, a propósito.
— Dulce María — fico tão desnorteada que dou meu nome. — Mas ninguém me chama assim... Só... Dulce.
— Certo, Dulce — Jimmy sorri. — Precisamos tirar suas medidas para ajustar as roupas, depois confira se as bolsas são de seu agrado, são as melhores da última e nova coleção. Tem até coisa que ainda não foi apresentada, uns sapatos de salto alto exclusivos que talvez não cheguem esse ano às lojas... — ele começa a dizer sem parar, o que me deixa ainda mais zonza.
Será que eu fiquei bêbada ontem e banquei a rica para comprar tudo isso?
Não faz parte do meu feitio.
— Moço, eu não tenho como pagar — digo desesperada.
— Ainda bem que já estão pagas — ele diz, tão suave que parece que flutua.
— Mas por quem?
Teria sido Paco? Não faz sentido algum isso!
— Estamos no endereço certo? — a azeda com cara de top model pergunta.
— Dulce María, é o número... bom... é, estamos no endereço certo — Jimmy confere.
— Tá, mas quem pagou por tudo isso?
— Christopher Uckermann... — Jimmy pisca os olhos com demora. — É claro.
Tive até a impressão de ver o desgraçado pela janela da cozinha.
Saí de casa deixando um rastro de fogo e fui até a mansão do vizinho gostosão. Sim, aquele que fez um show particular para mim ontem e me deixou assim, nesse estado, em que não consigo nem chegar na voadora. Eu queria. Dar uma chave de perna nesse desgraçado!
Isso é algum tipo de piada?
Bato bem forte na porta da casa dele. Ou ele abre isso ou eu coloco abaixo!
Na segunda vez que pego impulso para bater mais forte, a porta se abre. E eu, é claro, pendo para frente, dou um soco na direção do abdômen dele e quase caio. Christopher me segura, mas leva a pancada na barriga.
— Nossa, desculpa, não foi a intenção — tento massagear no lugar.
Na verdade, era a intenção até metade do caminho. Depois eu pensei: será mesmo que a melhor forma de agradecer alguém que te dá tantos presentes é com um soco no estômago? E cá estamos nós.
E esse cretino está incrivelmente lindo. Usa uma camisa social branca de mangas compridas, ressaltando os atributos do seu corpo tão grande e suculento. Espera. Eu disse suculento?
O que está havendo comigo?
E calça azul marinho, sapatos italianos finíssimos e um cinto que deve ter custado metade do meu guarda-roupa. O relógio no pulso deve custar apenas uns dez anos do meu trabalho, acho. Coisa pouca.
— Uau.
— O que foi? — ele pousa uma das mãos no abdômen e me afasta com a outra.
— Christopher Uckermann, você pode me dizer o que é isso? — pego a bolsa na outra mão e quase bato na cara dele.
— É uma Prada — ele se desvia, o que me faz querer rir.
— Desculpa, os golpes não estão sendo intencionais. Só estou um pouco alterada.
— Um pouco?!
— Christopher, o que significa tudo isso? — fecho a porta e o empurro para dentro da própria casa.
— Ah... eles chegaram... — ele levanta a sobrancelha. — Te acordaram? Pedi que não a incomodassem, mas...
— Me responde! O que é tudo aquilo?
Christopher respira fundo e me olha no fundo dos olhos. Pousa as duas mãos em meus ombros. Esse é o momento em que ele me chacoalha e pede para eu parar de ser louca, tipo a Anahí?
— Você quer chamar a atenção do seu ex. E eu vou te ensinar, passo a passo, como destruir o coração de um homem. Então, aproveite, bebê.
— Você... — digo no automático, irritada. Mas depois processo o que ele disse. — Espera. Você fez isso por mim? Para a minha ideia louca de atazanar o meu ex?
— É o que parece — ele anui com calma.
— Mas... como você vai pagar? Christopher, você sabe quanto custa uma bolsa dessa? — puxo o objeto com tanta intensidade que quase acerto o rosto dele de novo.
— Na verdade, eu sei — ele desvia, toma a bolsa das minhas mãos e não me devolve até que eu recobre o mínimo de juízo.
— Isso... Essa bolsa, só essa maldita bolsa deve custar, sei lá, mais do que eu ganho por ano?
— Nossa — ele suspira. — Você ganha tão mal assim? — ele lamenta.
— Seu idiota! — dou um tapa no ombro dele. — Como você vai pagar por isso?
Ele parece estar se divertindo com a minha cara, esse cretino.
Esse delicioso e cremoso cretino, suculento e crocante. Vontade de morder o ombro dele, igual ontem à noite. Eu sei, eu sou muito carnívora. Minhas ancestrais não aprimoraram a lança e arco e flecha para ir caçar qualquer carne. Só a de primeira linha.
Christopher segura a minha mão e me leva mais adentro da sua casa, me senta no sofá e se senta na poltrona à frente.
— Dulce...
— Meu Deus. Esse é o momento — me arrepio toda.
— Que momento? — ele pergunta, confuso.
— Aquele. Você sabe.
Christopher arqueia a sobrancelha e eu aponto o indicador para ele.
— Eu sei. Eu sei o que você é — tapo a boca.
— Pois é... eu...
— Não. Você precisa dizer: “diga. Diga em voz alta”.
— Espera. Isso parece muito confuso para mim, não sei do que estamos falando — ele coça a ponta do nariz.
— Você é um... vampiro — arregalo os olhos.
Christopher olha ao redor, em completo silêncio. Depois seu olhar retorna para mim, completamente intrigado. Ele permanece em silêncio por mais algum tempo e eu espero que ele me diga a verdade.
— Desculpa, eu sempre quis ser a Bella Sw...
— Eu sou bilionário — ele diz.
Caralho. Era mais fácil ele ser vampiro! Como assim?
— Quê?
— É. Muitos zeros na conta em frente a um número. É isso. Esse é o meu segredo. Tcharam! — ele abre as mãos na última palavra e abre um sorriso de “surpresa!”.
E eu estou mesmo surpresa. De verdade. Então acho que esse é outro filme.
— Meu Deus... você tem gostos peculiares... — tapo a boca.
— Ok, vamos retornar para o papo real, porque você está me deixando confuso, eu não entendo o que você está falando.
— Você se chama Christian, na verdade?
— Christopher — ele responde. — Uckermann.
— Tá — tento acompanhar. Mas está difícil. — Espera, você ganhou um bilhão de dólares sendo stripper? Então está valendo mesmo a pena vender o corpo!
Agora ele realmente ficou curioso. Christopher cruzou as pernas e uniu as duas mãos em cima do colo e me analisou dos pés à cabeça.
— Você não faz mesmo ideia de quem eu sou — ele levanta a sobrancelha.
— Christopher Uckermann — digo. Ou não? Será que o nome dele é Christian mesmo?
— Espera, você disse que eu era o quê?
— Stripper. Acompanhante de luxo... você sabe, garoto de... não?
NÃO!?
Eu estou passada, engomada, colocada no cabide, retirada, usada e jogada no balde de roupa suja. O mundo deu tantas voltas aqui que eu acho que o meu ponto passou e eu não desci do ônibus. O que está acontecendo?
Não, é sério, essa pergunta resume a minha existência: o que está acontecendo?
— O que te faz pensar que eu seja stripper?
— O seu corpo. Delicioso, por sinal — preciso pontuar, com um sorriso que chega a queimar minhas bochechas.
— Quê isso, você que é, bebê — ele pisca.
— Mas... você não é... ou é?! Por que se for... acho que estou no ramo errado — começo a coçar o queixo. — Mas se não estavam me comendo nem de graça... — murmuro para mim mesma, pensativa.
— Eu não sou stripper. Nem acompanhante de luxo. Nem garoto de programa — ele diz com tanta firmeza que ou ele realmente é e quer esconder a identidade secreta ou ele... não é.
Como assim ele não é?
— O que você é então? — pergunto, temerosa.
Será que ele sequestra pessoas e vende os órgãos delas? Meu Deus do céu, isso explica a banheira tão grande! Ou será que ele é tipo o cara por detrás do tráfico em Miami? Meu Deus, será que ainda dá para chamar a polícia?
— Eu sou um investidor.
Nossa. Que sem graça.
— Já fui CEO de uma grande empresa, mas o dono dela e eu tivemos choques de interesse. Então passei a usar o meu dinheiro para investir em empresas, projetos, pessoas... e os zeros continuam aumentando na conta. É isso.
Ok, ele é mesmo o Christian Grey.
Autor(a): Lene Jauregui
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POVS DULCE Levanto-me de supetão e começo a vasculhar a casa, dessa vez com fúria e mais concentração. Christopher de início fica parado, ainda com seu semblante blasé, mas não demora em seguir o meu rastro. — O que foi? — ele pergunta, atrás de mim. — Onde está? ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 231
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dayanerodrigues Postado em 09/05/2020 - 23:23:22
ameeiiii essa fic. Principalmente a abordagem sobre o autismo. A parte que Nicolas explica por que ama as formigas é muito lindo, quase chorei. Tenho um sobrinho autista e me identifiquei muito com essa fic
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rt1508 Postado em 24/01/2020 - 22:53:37
Que pena que acabou, essa fic é maravilhosaa, uma das minhas preferidas, estarei no aguardo para quando você voltar
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evil_queen Postado em 24/01/2020 - 15:24:20
Já acabou????estou chorando kkkk amei demais a história, espero ler outra logo
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nat.vondy Postado em 24/01/2020 - 11:54:35
Oh que pena que chegou ao fim, com certeza é uma das minhas fanfics preferidas, lindo o final vondy
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Annytequila Postado em 24/01/2020 - 00:52:35
Como assim a acabou???? Ja quero uma fic nova .... amei <3
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mari_vondy Postado em 24/01/2020 - 00:19:02
ah, que pena que terminou, amei tanto o final e estou ansiosa pra ler outra fica sua
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ana_vondy03 Postado em 23/01/2020 - 22:46:23
Aaaaaa espero por outra fanfic maravilhosa como essa S2
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carolinevondyzinha Postado em 23/01/2020 - 17:23:11
Ai eu amo uma família o Nicolas é tão bb, vontade de guardar em um potinho <3
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millavondy36 Postado em 23/01/2020 - 17:13:51
Continuaa!!!!!
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millavondy36 Postado em 23/01/2020 - 17:13:37
Nicolas sendo o melhor desde sempre!!!Ri muito deles vestidos de formigas kkkk!!!