Fanfics Brasil - 14 Show De Vizinho { Vondy } Finalizada

Fanfic: Show De Vizinho { Vondy } Finalizada | Tema: CyD


Capítulo: 14

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POVS DULCE  


 


 


Dou um salto da cama quando vejo Anahí parada, de braços cruzados, em frente à porta do meu quarto.


— Acordou, não foi, Bela Adormecida? — ela desdenha.


— Aonde estou? O que houve? O que você está fazendo aqui? — olho ao redor.


Será que a noite anterior não passou de um sonho?


— Ah, eu que gostaria de saber — Annie pega uma lixa de unha e começa o serviço. — Não vi a hora que a princesa voltou para casa ontem.Tudo bem? Onde esteve?


— Eu... estive... — pelo visto não foi um sonho. Não mesmo.


Cadê a droga dos meus atestados?


Tento me levantar, mas minhas coxas doem. E eu estou menos tensa do que de costume, Anahí não esconde o riso e me acompanha com o olhar.


— Annie do céu! — me jogo em cima dela, com cara de horrorizada.


— Fala, amiga, me conte tudo e não me esconda nada. Nem os detalhes mais sórdidos — ela lambe os beiços.


— Amiga... que vergonha...


— O que foi? 


— Annie... — respiro fundo e tapo o rosto. — Eu acho que fiz xixi na cama do Christopher.


— Como assim, María? — ela prende o riso.


— Eu não sei... ele estava dentro de mim e parecia que ele tinha meu manual, ele me tocava em todos os cantos e eu ficava louca... me segurei até onde deu, mas quando menos percebi... acho que... eu fiz...


— Mas tinha cheiro?


— Não — afirmo. Meu Deus, seria um mico maior se tivesse.


— E tipo, saiu tudo de uma vez em um longo fluxo ou foi pausadamente, como vários jatos?


— Vários jatos — aperto as mãos contra o rosto com mais força.


— Dulce, meu amor, você esguichou. Você teve um orgasmo — ela me abraça e comemora, feito uma doida.


— Quê? Como assim? — tento acompanhar o raciocínio, mas fico até zonza.


— Você soltou jatos de prazer, meu amor. Não era xixi!


Céus... isso explica muita coisa... principalmente a cara de safado do Christopher depois de ver aquilo, eu sei que ele viu. E ele ficou todo manhoso e me tratou de um jeito tão fofo...


— Vai, garota! Me diz tudo logo de uma vez! Que horas você voltou ontem?


— Tarde da noite, acho que umas três da manhã.


— Três?


— Três. Da manhã. 


— Agora me dê uma notícia boa, María. Me faça ter orgulho de você.


— Eu estava no vizinho — jogo no ar e vejo-a girar onde está, ela abre os braços e abre bem a boca.


— Não?!


— Sim.


— E aí? Não me decepcione, María. Vinte e cinco anos nessa fuça, me dá orgulho, garota!


— Nós transamos — revelo.


A louca solta um grito e começa a bater com os pés no chão.


— Espera — ela põe a mão no peito e respira fundo.


Um segundo de silêncio para expandir a tensão.


— Foi bom? — ela pergunta.


A pergunta que vale um milhão de dólares.


— As quatro vezes.


— As...? — ela precisa fazer uma pausa. De verdade. Ela arregala os olhos e encara meu corpo, sobe o meu pijama e fica vendo umas marcas de chupões e tapas e apertos que não saíram até agora. — Amiga... vou até te levar na delegacia para fazer exame de agressão, o que que foi isso?


— Isso foi o paraíso — preciso dizer.


— Ele pelo menos durou? Ou é borracha fraca também? Goza rápido? Ai amiga, não me diga que foram 3 minutinhos... — ela está buscando algum defeito, porque deve estar com inveja, a coitada.


— E eu lá tenho cara de que cronometrei o sexo, menina? Eu tenho cara de quê? De protagonista de livro erótico que tem a régua na língua e quando vê o negócio do boy já diz: dezoito centímetros? Eu não cronometrei nada não. Mas a propósito, 24.


— María... — ela diz horrorizada, essa palhaça.


— Só sei que quando entrei no quarto dele, era fim de tarde. Quando saímos do banho, depois dele me... você sabe, na banheira, já era meia noite.


— María do céu... — ela tapa a boca.


— Não me arrependo de nada. Só do fato de não conseguir andar direito. Será que esse tempo que fiquei sem... você sabe... eu fiquei virgem de novo?


— Só se for virgem psicologicamente, né? — ela me dá um tapa. — Amiga, estou feliz por você! O vizinho é um partidão.


— Eu sei — afasto a cortina para ver se o encontro por ali, dando sopa, naquele quarto maravilhoso, mas nenhum sinal.


— Falando em partidão... acho melhor você descer... — ela sorri de um jeito malévolo.


— O que foi? Paco está aqui?


— Só por cima do meu cadáver! — ela torce o nariz. — Amiga,veste uma roupa e desce. É sério.


— O que houve? — começo a ficar aflita.


— Só faz o que estou te mandando — ela arregala os olhos de um jeito imperativo.


Asseio os cabelos e vou até o banheiro para fazer minha higiene matinal. Visto uma roupa bem básica, de ficar dentro de casa mesmo, não estou com cabeça para vestir a roupa do trabalho. 


Ao descer...


Ué? Será que eu desci no lugar errado? Essa é mesmo a minha casa?


Tem um monte de gente aqui. Não, espera, não é só um monte de gente. Tem manequins, araras abarrotadas de roupas, caixas gigantes e pequenas, um biombo no canto da sala e Luna, perplexa, tentando dizer para as pessoas onde elas devem ficar. Não há tanto espaço assim para tudo e todos ali embaixo.


— Ela acordou — Annie anuncia.


O que está havendo, meu Deus do céu?


— O que é tudo isso? — pergunto.


— Ainda estou me fazendo a mesma pergunta, mas na dúvida, boba,aceita — ela diz.


— Aceitar o quê, maluca? — olho ao redor. — O que é tudo isso?— repito, aflita.


— Bom, acho que você arranjou um anjo da guarda — Luna diz e segura minha mão. Ao chegar na sala vejo caixas luxuosas de marcas caríssimas.


Agora é sério, o que é tudo isso e se for uma pegadinha eu ficarei muito irritada!


— Quem são vocês? — pergunto para toda aquela gente.


— Estilistas, é claro — o careca com óculos redondo, cruza os braços. — Agora, vamos! Não temos o dia todo, vamos tirar suas medidas!


— Mas de onde vocês vieram? 


— Da Prada?! — a moça com ar de modelo de passarela pergunta,ofendidíssima.


— Gucci? — ouço outro. — Armani? Givenchy? Chanel? — cada um vai dizendo, como se fossem seus nomes.


— Que piada é essa?


— Vamos, docinho, não temos o dia todo. Você tem uma semana de casamento para ir e nós precisamos deixar sua indumentária impecável — o homem de terno xadrez e óculos redondo vem em minha direção.


— Mas não sou eu quem vou casar... — olho tudo aquilo,desesperada.


Definitivamente eu não tenho como pagar nada disso, nem mesmo se eu trabalhar a vida inteira e reencarnar e quem sabe reencarnar mais sete vezes só pra dirimir o karma e os juros dessas roupas de alto padrão.


— Mas é você quem vai destruir o casamento — ele mexe nos óculos. — Jimmy, a propósito.


— Dulce María — fico tão desnorteada que dou meu nome. — Mas ninguém me chama assim... Só... Dulce.


— Certo, Dulce — Jimmy sorri. — Precisamos tirar suas medidas para ajustar as roupas, depois confira se as bolsas são de seu agrado, são as melhores da última e nova coleção. Tem até coisa que ainda não foi apresentada, uns sapatos de salto alto exclusivos que talvez não cheguem esse ano às lojas... — ele começa a dizer sem parar, o que me deixa ainda mais zonza.


Será que eu fiquei bêbada ontem e banquei a rica para comprar tudo isso?


Não faz parte do meu feitio. 


— Moço, eu não tenho como pagar — digo desesperada.


— Ainda bem que já estão pagas — ele diz, tão suave que parece que flutua.


— Mas por quem?


Teria sido Paco? Não faz sentido algum isso!


— Estamos no endereço certo? — a azeda com cara de top model pergunta.


— Dulce María, é o número... bom... é, estamos no endereço certo — Jimmy confere.


— Tá, mas quem pagou por tudo isso?


— Christopher Uckermann... — Jimmy pisca os olhos com demora. — É claro.


 Tive até a impressão de ver o desgraçado pela janela da cozinha.


Saí de casa deixando um rastro de fogo e fui até a mansão do vizinho gostosão. Sim, aquele que fez um show particular para mim ontem e me deixou assim, nesse estado, em que não consigo nem chegar na voadora. Eu queria. Dar uma chave de perna nesse desgraçado!


Isso é algum tipo de piada?


Bato bem forte na porta da casa dele. Ou ele abre isso ou eu coloco abaixo!


Na segunda vez que pego impulso para bater mais forte, a porta se abre. E eu, é claro, pendo para frente, dou um soco na direção do abdômen dele e quase caio. Christopher me segura, mas leva a pancada na barriga.


— Nossa, desculpa, não foi a intenção — tento massagear no lugar. 


Na verdade, era a intenção até metade do caminho. Depois eu pensei: será mesmo que a melhor forma de agradecer alguém que te dá tantos presentes é com um soco no estômago? E cá estamos nós.


E esse cretino está incrivelmente lindo. Usa uma camisa social branca de mangas compridas, ressaltando os atributos do seu corpo tão grande e suculento. Espera. Eu disse suculento?


O que está havendo comigo?


E calça azul marinho, sapatos italianos finíssimos e um cinto que deve ter custado metade do meu guarda-roupa. O relógio no pulso deve custar apenas uns dez anos do meu trabalho, acho. Coisa pouca.


— Uau.


— O que foi? — ele pousa uma das mãos no abdômen e me afasta com a outra.


— Christopher Uckermann, você pode me dizer o que é isso? — pego a bolsa na outra mão e quase bato na cara dele.


— É uma Prada — ele se desvia, o que me faz querer rir.


— Desculpa, os golpes não estão sendo intencionais. Só estou um pouco alterada.


— Um pouco?!


— Christopher, o que significa tudo isso? — fecho a porta e o empurro para dentro da própria casa.


— Ah... eles chegaram... — ele levanta a sobrancelha. — Te acordaram? Pedi que não a incomodassem, mas...


— Me responde! O que é tudo aquilo? 


Christopher respira fundo e me olha no fundo dos olhos. Pousa as duas mãos em meus ombros. Esse é o momento em que ele me chacoalha e pede para eu parar de ser louca, tipo a Anahí?


— Você quer chamar a atenção do seu ex. E eu vou te ensinar, passo a passo, como destruir o coração de um homem. Então, aproveite, bebê.


— Você... — digo no automático, irritada. Mas depois processo o que ele disse. — Espera. Você fez isso por mim? Para a minha ideia louca de atazanar o meu ex?


— É o que parece — ele anui com calma.


— Mas... como você vai pagar? Christopher, você sabe quanto custa uma bolsa dessa? — puxo o objeto com tanta intensidade que quase acerto o rosto dele de novo.


— Na verdade, eu sei — ele desvia, toma a bolsa das minhas mãos e não me devolve até que eu recobre o mínimo de juízo.


— Isso... Essa bolsa, só essa maldita bolsa deve custar, sei lá, mais do que eu ganho por ano?


— Nossa — ele suspira. — Você ganha tão mal assim? — ele lamenta.


— Seu idiota! — dou um tapa no ombro dele. — Como você vai pagar por isso?


Ele parece estar se divertindo com a minha cara, esse cretino.


Esse delicioso e cremoso cretino, suculento e crocante. Vontade de morder o ombro dele, igual ontem à noite. Eu sei, eu sou muito carnívora. Minhas ancestrais não aprimoraram a lança e arco e flecha para ir caçar qualquer carne. Só a de primeira linha. 


Christopher segura a minha mão e me leva mais adentro da sua casa, me senta no sofá e se senta na poltrona à frente.


— Dulce...


— Meu Deus. Esse é o momento — me arrepio toda.


— Que momento? — ele pergunta, confuso.


— Aquele. Você sabe.


Christopher arqueia a sobrancelha e eu aponto o indicador para ele.


— Eu sei. Eu sei o que você é — tapo a boca.


— Pois é... eu...


— Não. Você precisa dizer: “diga. Diga em voz alta”.


— Espera. Isso parece muito confuso para mim, não sei do que estamos falando — ele coça a ponta do nariz.


— Você é um... vampiro — arregalo os olhos.


Christopher olha ao redor, em completo silêncio. Depois seu olhar retorna para mim, completamente intrigado. Ele permanece em silêncio por mais algum tempo e eu espero que ele me diga a verdade.


— Desculpa, eu sempre quis ser a Bella Sw...


— Eu sou bilionário — ele diz.


Caralho. Era mais fácil ele ser vampiro! Como assim?


— Quê?


— É. Muitos zeros na conta em frente a um número. É isso. Esse é o meu segredo. Tcharam! — ele abre as mãos na última palavra e abre um sorriso de “surpresa!”. 


E eu estou mesmo surpresa. De verdade. Então acho que esse é outro filme.


— Meu Deus... você tem gostos peculiares... — tapo a boca.


— Ok, vamos retornar para o papo real, porque você está me deixando confuso, eu não entendo o que você está falando.


— Você se chama Christian, na verdade?


— Christopher — ele responde. — Uckermann.


— Tá — tento acompanhar. Mas está difícil. — Espera, você ganhou um bilhão de dólares sendo stripper? Então está valendo mesmo a pena vender o corpo!


Agora ele realmente ficou curioso. Christopher cruzou as pernas e uniu as duas mãos em cima do colo e me analisou dos pés à cabeça.


— Você não faz mesmo ideia de quem eu sou — ele levanta a sobrancelha.


— Christopher Uckermann — digo. Ou não? Será que o nome dele é Christian mesmo?


— Espera, você disse que eu era o quê?


— Stripper. Acompanhante de luxo... você sabe, garoto de... não?


NÃO!?


Eu estou passada, engomada, colocada no cabide, retirada, usada e jogada no balde de roupa suja. O mundo deu tantas voltas aqui que eu acho que o meu ponto passou e eu não desci do ônibus. O que está acontecendo?


Não, é sério, essa pergunta resume a minha existência: o que está acontecendo?


— O que te faz pensar que eu seja stripper? 


— O seu corpo. Delicioso, por sinal — preciso pontuar, com um sorriso que chega a queimar minhas bochechas.


— Quê isso, você que é, bebê — ele pisca.


— Mas... você não é... ou é?! Por que se for... acho que estou no ramo errado — começo a coçar o queixo. — Mas se não estavam me comendo nem de graça... — murmuro para mim mesma, pensativa.


— Eu não sou stripper. Nem acompanhante de luxo. Nem garoto de programa — ele diz com tanta firmeza que ou ele realmente é e quer esconder a identidade secreta ou ele... não é.


Como assim ele não é?


— O que você é então? — pergunto, temerosa.


Será que ele sequestra pessoas e vende os órgãos delas? Meu Deus do céu, isso explica a banheira tão grande! Ou será que ele é tipo o cara por detrás do tráfico em Miami? Meu Deus, será que ainda dá para chamar a polícia?


— Eu sou um investidor.


Nossa. Que sem graça.


— Já fui CEO de uma grande empresa, mas o dono dela e eu tivemos choques de interesse. Então passei a usar o meu dinheiro para investir em empresas, projetos, pessoas... e os zeros continuam aumentando na conta. É isso.


Ok, ele é mesmo o Christian Grey.



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Autor(a): Lene Jauregui

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POVS DULCE       Levanto-me de supetão e começo a vasculhar a casa, dessa vez com fúria e mais concentração. Christopher de início fica parado, ainda com seu semblante blasé, mas não demora em seguir o meu rastro. — O que foi? — ele pergunta, atrás de mim. — Onde está? ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 231



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  • dayanerodrigues Postado em 09/05/2020 - 23:23:22

    ameeiiii essa fic. Principalmente a abordagem sobre o autismo. A parte que Nicolas explica por que ama as formigas é muito lindo, quase chorei. Tenho um sobrinho autista e me identifiquei muito com essa fic

  • rt1508 Postado em 24/01/2020 - 22:53:37

    Que pena que acabou, essa fic é maravilhosaa, uma das minhas preferidas, estarei no aguardo para quando você voltar

  • evil_queen Postado em 24/01/2020 - 15:24:20

    Já acabou????estou chorando kkkk amei demais a história, espero ler outra logo

  • nat.vondy Postado em 24/01/2020 - 11:54:35

    Oh que pena que chegou ao fim, com certeza é uma das minhas fanfics preferidas, lindo o final vondy

  • Annytequila Postado em 24/01/2020 - 00:52:35

    Como assim a acabou???? Ja quero uma fic nova .... amei <3

  • mari_vondy Postado em 24/01/2020 - 00:19:02

    ah, que pena que terminou, amei tanto o final e estou ansiosa pra ler outra fica sua

  • ana_vondy03 Postado em 23/01/2020 - 22:46:23

    Aaaaaa espero por outra fanfic maravilhosa como essa S2

  • carolinevondyzinha Postado em 23/01/2020 - 17:23:11

    Ai eu amo uma família o Nicolas é tão bb, vontade de guardar em um potinho <3

  • millavondy36 Postado em 23/01/2020 - 17:13:51

    Continuaa!!!!!

  • millavondy36 Postado em 23/01/2020 - 17:13:37

    Nicolas sendo o melhor desde sempre!!!Ri muito deles vestidos de formigas kkkk!!!


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