Fanfics Brasil - 1 Show De Vizinho { Vondy } Finalizada

Fanfic: Show De Vizinho { Vondy } Finalizada | Tema: CyD


Capítulo: 1

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POVS DULCE


 


 


Ha dois anos Anahí, Luna e eu moramos em Miami, numa casa bastante espaçosa. Annie e eu nos formamos em gastronomia e viemos para cá começar o nosso negócio de buffet para casamentos, formaturas e eventos no geral. Luna, uma brasileira super caliente e cheia de simpatia e entusiasmo se juntou a nossa jornada e assim o pequeno negócio gastronômico se tornou uma pequena agência de eventos para todos os públicos. Não estamos ricas ainda, mas já podemos pagar o aluguel, hipoteca, as contas e mais algum karma que apareça durante o mês.


O karma da vez se chama Paco Alváres. O cara por quem eu sempre fui apaixonada, desde o colegial.


Eu sabia que tudo isso estava sendo fácil demais e esse conto de fadas me iludiu de verdade. Acreditei que o final feliz vinha, quando na verdade o que veio foi só o final. E nesse conto de fadas a princesa-trouxa acaba infeliz.


— Sai da cama! — Luna agarra o meu pé e me puxa. Há três dias ela quer porque quer me tirar da cama.


Uma mulher adulta não pode mais ficar três dias na cama ouvindo Evanescence até desidratar?


— Eu preciso de um tempo!


— Sabe o que você precisa, Dulce? Parar de ouvir música para cortar os pulsos.


Agarro-me à cabeceira da cama de madeira, uma verdadeira raridade no meio das camas supermodernas e Luna não desiste em querer me arrancar do meu porto seguro.


— Annie!!! — Luna grita desesperada e não tarda até que a outra invada meu quarto, agarre o meu pé e comece a me puxar.


— Vocês vão quebrar a minha cama! — reclamo.


— Vai ser para o seu próprio bem, sai daí! — Luna finca as unhas no meu tornozelo.


Solto um grito de desespero e solto as mãos por reflexo e assim caímos nós três no chão. Annie toda formal com camisa social e saia preta até o joelho, um salto no pé e o outro no corredor. Luna de cropped e calça jeans. E eu toda de moletom rosa, até parece que estou empacotada para a páscoa. Olhamos, enfurecidas, umas para as outras, prontas para nos matarmos. Mas aí começamos a rir feito três idiotas que somos e nos abraçamos.


— Amiga, estou tão preocupada com você — Luna segura a minha mão. — Você nunca foi assim. Você é cheia de vida, ilumina qualquer lugar por onde passa, te ver nesse estado me deixa triste...


Abaixo o rosto e suspiro. Nunca tinha parado para pensar que ela me enxergava de modo tão positivo. Amaciava meu coração saber que além de sócia, Luna me via como uma boa pessoa.


Por que Paco não me via como uma boa pessoa? Ou a pessoa certa?


— Eu preciso de um tempo.


— Quanto tempo, amiga? As contas não se importam se você precisa de um tempo. Nem os eventos que precisamos fazer. Você é a nossa chef, ninguém lidera a cozinha igual você!


— Obrigada, Annie.


— Não é um elogio, sua vaca. É uma repreensão: se você não voltar e liderar, nós vamos perder uns contratos. Preciso ser direta contigo: eu prefiro deixar de atender nossos clientes do que fazer um serviço meia boca!


Concordo. Incrível como até nisso pensávamos igual.


Curioso como a vida é, não é? Desde que viemos morar em Miami e conseguimos alugar essa casa, mal tivemos tempo para ficar nela e apreciar o conforto, o ambiente, a paisagem... sequer conhecíamos nossos vizinhos!


Sempre saímos bem cedo para nossa loja/escritório e voltamos tarde. Do que adianta morar em um lugar super valorizado como esse e não aproveitar?


— Só preciso de mais uns dias ouvindo os pássaros cantarem na janela... — fico de joelhos e me preparo para levantar.


— Acorda para a vida, você não é a Branca de Neve, flor. Deixa para escutar os pássaros cantarem na janela da cadeia quando você um dia, queria Deus que não, usar o réu primário — Luna diz entre o deboche e a seriedade.


— Não mudei de ideia — digo resoluta. — Eu vou para esse casamento.


— Então cobra mais caro desse cafajeste para dar a festa dos sonhos dele... — Annie diz como uma verdadeira mulher de negócios.


— Mas se você vai fazer a festa e destruí-la, não é meio que quebra de contrato? — Luna me ajuda a subir e nós duas seguramos nas mãos de Annie e a puxamos para cima.


Temo em concordar. Ainda assim, darei o ar da graça naquele casamento. Chegarei ao estilo Malévola, só que convidada. Até treinei o meu sorriso de vilã no espelho.


— Acho que ela está tendo um derrame... — Annie murmura.


— Amiga, para de rir igual uma psicopata! — Luna bate em minha mão.


Faço uma careta ao sentir a batida e antes de respondê-la, agarro as duas pelo braço e as puxo com força para baixo.


— Meu Deus! — Luna reclama e fica de cócoras. — O que deu em você?


— Dulce, eu vou te levar ao psiquiatra à força! — Annie se solta também.


— Vocês já viram quem mora ali ao lado? — olho de uma para outra.


— Quem? — Luna ergue a cabeça até a janela. — Santa mãe de Deus! — ela se anima no tom e eu a puxo de volta.


— Do que vocês estão falando? Eu lá tenho tempo de ficar olhan... — Annie vai dizendo enquanto se levanta e quando pode ver nosso vizinho pela janela, ela rapidamente se abaixa e me encara, os olhos azuis arregalados. — Aquilo não é um pau, é um pincel. E eu tô pronta pra ser a obra de arte!


— Pincel? — Luna segura com os dedos no apoio da janela e sobe até ter a visão. — Marreta, você quis dizer — ela suspira e já começa abanar — Esse cara é o nosso vizinho? Como que eu nunca vi essa obra prima?


— É o que eu estou tentando dizer! — Me levanto aos poucos para espioná-lo. — Moramos aqui há tanto tempo, mas nunca ficamos em casa, só vivemos para o trabalho. Se eu não tirasse férias forçadas nunca veríamos esse deus grego.


— Amiga, dessa vez eu preciso concordar com você: deus grego. Paco é um esboço de homem comparado com esse macho alfa! — Annie chega a lamber os beiços.


— Eu vi primeiro! — belisco ela.


— Ah, então é por isso que a bonita está trancada aqui no quarto, não é? E eu pensando que você estava pronta para se jogar no precipício, mas você já quer se jogar em outra coisa, não é, dona Dulce María? Só espionando o vizinho! — Luna me provoca.


Na verdade, eu estava só curtindo minhas crises de insegurança, tristeza e impotência. Pensando se eu não era bonita o suficiente, inteligente o suficiente ou moderna o suficiente... pelo visto, para Paco, não.


Ele me enganou. Vai se casar em breve e ainda teve a cara de pau de me convidar para seu casamento e ainda me colocar para trabalhar!


Eu sei que sou a outra na história, mas me sinto enganada e irritada!


Mas falemos, por favor, desse deus grego – ou nórdico – com martelo e tudo. É o terceiro dia que o vejo e por Deus, ficaria mais umas semanas olhando sem enjoar.


Nosso querido vizinho é um homem de encher os olhos: a barba por fazer e as sobrancelhas grossas chamam atenção, sim. O peitoral largo, todo demarcado e com tatuagem também causa um suspiro imediato, é claro. Se de pé ele tem mesmo aquele tamanho, acho que nem preciso me ajoelhar para...


— Dul! — Luna me belisca.


— Ai! — belisco de volta. — O que foi?


— Amiga, mas ele está transando com aquela mulher com a janela aberta? Meu Deus! — Luna arregala bem os olhos.


Nós três dividimos o mesmo olhar: quem não queria ser aquela mulher?O homem simplesmente a jogou contra a parede e subiu a perna dela em câmera lenta enquanto deu uma lambida caprichada dos seios até o pescoço.


— Ele é bom — Annie me cutucou.


Fez a mulher ficar de quatro e implorar para ser fodida. No lugar dela eu ficava de joelhos, de quatro, de oito, até origami com o próprio corpo eu faria só para ver ele avançar em mim e acabar comigo.


— Vamos pegar uma cadeira? Ou uma almofada? — pergunto.


— Ah, ele demora? — Luna cresce os olhos novamente.


— Até a mulher não conseguir levantar da cama. Foi assim com umas cinco, pelo menos...


— Cinco??? — as duas perguntam juntas.


— Isso, falem mais alto que ele ainda não ouviu — dou um tapa no ombro das duas. — Vocês não têm que ir para o trabalho não? — Cruzo os braços.


— Então aquela não é a mulher dele? Poxa, já estava com inveja da coleguinha. Mas agora vi oportunidade! — Luna esfrega uma mão na outra.


— Eu sou a primeira da fila, vou logo avisando!


— Será que ele é garoto de programa? Ou stripper? Olha, amiga, por julgar pelo corpo, esse homem deve ser profissional mesmo e...


Ela para de falar imediatamente.


O vizinho sacana sobe a mão pelas costas da mulher e após agarrar o cabelo dela com força e puxar como se fosse o cabresto de um cavalo, ele praticamente dança enquanto mete nela.


— Segunda! — Annie levanta uma mão, com a outra se abana.


— Agora me escutem aqui vocês duas. Nem primeira nem segunda. Eu estou aqui nessa janela há três dias espiando o gostosão porque ele será meu por uma semana.


— Que gulosa! Uma semana?


— Vou levá-lo para o casamento do Paco — digo resolvida.


Se antes eu tinha dúvidas desse plano, agora eu sabia o que fazer. Aquele homem que eu nem sabia o nome era de parar o trânsito e fazer qualquer mulher ficar encharcada. Eu que não seria imbecil de perder a oportunidade de chegar no casamento do canalha do Paco ao lado daquele monumento.


Estragar o casamento dele? Que nada. Eu ia estragar era a cabeça dele mostrando quem foi que saiu ganhando nessa história!


— Sim, sou eu — Annie sorri com gentileza e muda o celular de posição. — Eu gostaria mesmo de marcar a consulta para aquela minha amiga que perdeu o juízo... não, ela ainda não concorda, mas se vocês me fornecerem uma camisa de força, eu mesma...


Tomo o celular da mão dela e desligo.


— Para de palhaçada! Eu estou bem! Eu só quero me vingar!


— Desculpa, amiga, mas levar essa delícia para o casamento do “ops, gozei porque você é muito gostosa” ao invés de estragar o buffet do cara e manchar nosso nome no mercado, parece mais sensato, não acha? — Luna diz para Annie.


Anahí não concorda de início, mas a contragosto acaba aceitando.


— Mas depois de usá-lo no casamento eu posso sair com ele? — Annie pergunta. — Amiga, se eu sentar naquele homem eu fico cinco dias fora do trabalho com atestado médico por não conseguir andar, por favor! — ela suplica.


— Sua doida, você é a sua própria chefe, não precisa de atestado! — replico. Annie segura nas laterais da minha cabeça e me força a olhar para a cena. É hipnotizante. 


Não é o tipo de coisa que se olha e se segue a vida. Não dá para esquecer. Parece que foi todo desenhado e projetado para o meu prazer.


— Ok, eu também vou querer dezessete atestados — me rendo.



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Autor(a): Lene Jauregui

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 231



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  • dayanerodrigues Postado em 09/05/2020 - 23:23:22

    ameeiiii essa fic. Principalmente a abordagem sobre o autismo. A parte que Nicolas explica por que ama as formigas é muito lindo, quase chorei. Tenho um sobrinho autista e me identifiquei muito com essa fic

  • rt1508 Postado em 24/01/2020 - 22:53:37

    Que pena que acabou, essa fic é maravilhosaa, uma das minhas preferidas, estarei no aguardo para quando você voltar

  • evil_queen Postado em 24/01/2020 - 15:24:20

    Já acabou????estou chorando kkkk amei demais a história, espero ler outra logo

  • nat.vondy Postado em 24/01/2020 - 11:54:35

    Oh que pena que chegou ao fim, com certeza é uma das minhas fanfics preferidas, lindo o final vondy

  • Annytequila Postado em 24/01/2020 - 00:52:35

    Como assim a acabou???? Ja quero uma fic nova .... amei <3

  • mari_vondy Postado em 24/01/2020 - 00:19:02

    ah, que pena que terminou, amei tanto o final e estou ansiosa pra ler outra fica sua

  • ana_vondy03 Postado em 23/01/2020 - 22:46:23

    Aaaaaa espero por outra fanfic maravilhosa como essa S2

  • carolinevondyzinha Postado em 23/01/2020 - 17:23:11

    Ai eu amo uma família o Nicolas é tão bb, vontade de guardar em um potinho <3

  • millavondy36 Postado em 23/01/2020 - 17:13:51

    Continuaa!!!!!

  • millavondy36 Postado em 23/01/2020 - 17:13:37

    Nicolas sendo o melhor desde sempre!!!Ri muito deles vestidos de formigas kkkk!!!


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