Fanfics Brasil - 19 Show De Vizinho { Vondy } Finalizada

Fanfic: Show De Vizinho { Vondy } Finalizada | Tema: CyD


Capítulo: 19

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POVS CHRISTOPHER


 


 


 


A primeira coisa que faço pela manhã, após chegar em casa e deixar as vizinhas sãs e salvas em sua residência, e fazer uma chamada de vídeo com Nicolas.


Ele mantém o celular bem perto do rosto, exibindo seus olhos verdes expressivos. Suas pupilas se concentram na tela ao me ver.


— Oi Nicolas! É o papai.


— Eu sei — ele aponta o dedo para a tela e começa a tocar nela.


— Me conte tudo sobre Nova York!


— Liga no jornal — ele faz uma careta e me deixa bobo com isso.


— Como é estar na casa dos seus tios sem o papai?


Nicolas demora um pouco para responder. Continua olhando para a tela, sequer pisca os olhos, parece que está tentando se concentrar.


— Nova York é frio — por fim, ele diz.


— Ah, e você gosta do frio?


Ele pisca os olhos devagar e muda de posição. Parece que deita, mas mantém o aparelho em suas mãos.


— Papai, Nova York não tem fomigas?


— Essa é uma boa pergunta, Nicolas! Formigas são animais. E animais vivem na natureza. Parques são natureza. Talvez você encontre as formigas lá — digo as frases de forma curta e pausadas para que ele entenda.


— Parques — ele diz.


— É! Você pode achar formigas por lá!


Ele volta a se mexer. Agora se levantou e sai balançando o celular enquanto corre.


— Filho? — o chamo e vou acompanhando as imagens da residência dos Evans. — Nicolas?


— Eu quero mostrar meu presente — ele diz para alguém.


— Para quem você quer mostrar? — é a voz de Ethan Evans.


— Para o meu papai — ele entrega o celular para Ethan.


— Ótimo! Vá pegar o seu presente — ele diz com calma e vejo Nicolas correndo para outro canto da casa.


Assim que Ethan coloca o celular de frente para o rosto, de um jeito meio torto, devo salientar, ele diz:


— Ah, olha só você! Essa sua barba é realmente impressionante.


— Como você sabe que estou de barba? — passo a mão por cima dela. Ethan ainda me assusta com esses comentários aleatórios sobre o que diz ver, uma vez que é cego.


— Nicolas gosta da sua barba — ele sussurra. — Mas não diga a ele que eu te disse.


— Qual é o presente dessa vez? — pergunto.


— O Noah e Anthony finalizaram a parte beta do projeto. Eles modelaram o robô em forma de formiga, para o Nicolas. Ele gostou muito, acho que terá mais avanços agora, não apenas na comunicação, mas ao lidar com tecnologia e ser mais assertivo em escolhas e palavras.


— Muito obrigado, tio Ethan.


— Você financiou parte do projeto, não tem pelo que agradecer. E o casamento da sua irmã?


— A semana intensa vai começar por agora.


— E o seu pai? — Ethan faz uma feição séria, mais do que já apresenta. Seus cabelos e barba branca já dão um ar todo pomposo para o homem que nunca tira os óculos escuros.


— Não o vi. E não sei se quero vê-lo. Nem me lembro a última vez que nos encontramos.


Ethan anui devagar e abaixa o celular quando Nicolas vem correndo com o presente em mãos.


— Ele consegue ver? — Nicolas pergunta para Ethan.


— Sim, sim, pode mostrar!


— Olha, papai. Fomiga — ele mostra o robô que cabe em suas mãos.


— Que legal, filho! Você mostrou ele para a sua terapeuta?


Nicolas pega o celular das mãos do tio e se senta no chão,posiciona-o em cima do presente. Fica quieto e começa a olhar para os cantos.


— Você mostrou o seu presente para a Beatriz? — pergunto de novo.


— Beatriz — ele diz. — Ela gosta de fomiga. 


— Ah, que legal, filho! E você vai voltar pra casa quando? As formigas sentem falta de você. E o papai também.


— Você cuidou delas? — ele instantaneamente pergunta.


Levo o celular até o quarto dele e Nicolas mostra pequenas expressões no rosto enquanto vê a nossa casa pela tela do celular. Ao entrar no quarto dele, posiciono a câmera no aquário gigante.


— Eu vou voltar para casa — ele fala.


— Ah, que bom! As formigas querem muito ver você. E o papai também.


— Você não me vê? — ele começa a passar o dedo pela câmera do celular.


— Eu vejo, sim. Mas eu quero você aqui pertinho de mim.


Nicolas encosta o celular bem próximo do rosto.


— Pertinho? — ele pergunta.


— É, tipo assim. Se comporte, obedeça aos seus tios e tenha uma boa terapia com a Dra. Mitchell, ok? O papai não vê a hora de te ver.


Nicolas abaixa o celular e se volta para Ethan.


— O papai perdeu o relógio — ele lamenta.


 


 


POVS DULCE  


 


 


“Por que você sumiu? Sinto a sua falta” é o que diz a mensagem de Paco para mim, hoje de manhã.


“Nos veremos em breve” é o que envio para ele. 


 “Não vejo a hora” é sua resposta.


Não vê a hora mesmo, seu desgraçado. Eu vou fazer picadinho de você!


— Olha só a minha amiga com cara de psicopata logo de manhã — Anahí aparece deslumbrante pela escada, já espalhando seu bom humor.


— Bom dia para você também, Annie. Que roupa bonita, hein? Onde comprou? — provoco.


— Ainda bem que temos a sorte de vestir o mesmo número. O vizinho rico deu tantas peças para você, será que essa mixaria vai fazer falta? — ela se senta à mesa.


— Estou de olho em você, dona Anahí — aponto os dois dedos para os meus olhos e depois para ela.


— Acho que todas nós deveríamos ir deslumbrantes, não? Somos donas da Sweet Show, uma empresa de sucesso. Ou só você vai aparecer glamorosa? — ela provoca.


Suspiro alto e jogo o celular nas mãos dela.


— Ah, agora entendi seu bom humor, María — ela coloca chá na xícara e bebe devagar. — A minha opinião você já tem. María, não tem nem comparação. Você antes e depois do vizinho... cara... essa é a minha amiga que eu conheci em Nova York!


— Você acha?


— Porra! Parece que Paco te castrou para a vida, menina. E mesmo recebendo mensagens desse maldito, tem um brilhinho em seus olhos. E eu aposto todas as minhas fichas que tem a ver com o gostosão que mora ao lado — ela aponta para a janela e vemos Christopher andando pela casa,parece estar falando com alguém.


— Aceitei ontem que estou em conflito. Ao mesmo tempo que quero acabar com a raça dele, também tenho, lá no fundo, alguma esperança.


— Esperança? Com aquele Chernobyl? — Anahí se levanta e esbanja o vestido longo de seda azul royal, tão soltinho e leve que me dá inveja. — Esperança eu tenho é que a minha b-u-c-e-t-a — ela soletra. — Ou seja, a minha beleza conquiste um cara podre de rico, ou bonitão, ou velho pronto para bater as botas. Aquele traste eu só quero que mandem enterrar, porque jazeu! — ela acena e começa a arrumar a bolsa.


Apresso meu passo e termino de tomar meu café, deixo todas as coisas na pia e subo para me vestir.


Só vou usar um vestido preto básico que exalta minhas curvas.


Pronta para ir ao velório do meu ex? Estou. Espero que já tenham comprado o caixão, porque senão estão perdendo tempo.


Passo maquiagem como se estivesse indo para a guerra, me pinto toda, tipo uma índia arqueira para caçar um animal muito comum na selva de pedra: o babacus mentirosoum traidor. E como a espécie não está em extinção, pode e deve ser caçada.


Quando desço, toda elegante e fina, Anahí e Luna me aguardam no hall de entrada. Dou uma última olhada no espelho e não escondo o sorriso: eu estou gata.


— Ok, Mortícia Addams, você já está pronta? — Annie pergunta. — Vamos chegar lá mais tarde, então muita calma e não mate ninguém até que eu esteja filmando com o celular — ela orienta. 


— Pode deixar.


Alguns segundos depois, a campainha toca.


Luna escancara a porta e deixa Christopher Uckermann, em seu melhor smoking azul marinho e ar de que é dono de Miami inteira, entrar. Eu estico o pescoço para espiar por cima dele e acho que vi o carro do ano. Não pode ser. Ninguém simplesmente acorda e diz: acho que vou comprar o carro do ano só para ir ali fazer ciúme em alguém.


— Comprei um carro — ele aponta para trás de si.


— Você é muito exagerado.


— Mas no dia do casamento, nós vamos de helicóptero — ele olha o relógio e sorri feito o diabo. — As meninas estão prontas?


— Pensei que nunca ia perguntar! — Annie passa a mão pelo peitoral dele e sai em direção ao carro.


 “O que você vai fazer hoje? Tem tempo para mim?”Paco é um babaca. Mas um babaca de um nível que eu sequer imaginei que poderia existir.


Antes disso tudo começar, tivemos um excelente final de semana.


Ele reconheceu que estava errando e prometeu que dali para frente tudo iria melhorar. Que nos veríamos mais vezes, que ele tinha chances de se tornar seu próprio chefe e eu receberia a atenção que merecia.


Bem... aqui estamos nós. Algumas semanas depois. E o cretino só me manda mensagens que reforçam o quanto ele é um imbecil.


“Manda foto de agora. Quero ver como você está. Saudades”. 


A vontade que eu tenho é de jogar o celular pela janela. Mas sou salva pelo gongo, Christopher deixa Annie e Luna no Sweet Show e agora vamos em direção à mansão dos Farrah.


— Em que momento você decidiu comprar um carro novo? — tento quebrar o silêncio que há entre nós.


— Hoje de manhã, quando acordei, o meu primeiro pensamento foi: por que não? — é como ele me responde.


— Você acordou e decidiu comprar esse carro que deve valer parte da vizinhança — olho ao redor.


É luxuoso, sem dúvidas e confortável também. Me sinto quase que abraçada, ninada e paparicada pelo banco confortável em que estou e o painel extremamente moderno parece quase uma inteligência artificial.


— Foi exatamente isso o que eu fiz — ele diz com serenidade.


Não precisa expor, esfregar ou se vangloriar. Dá para perceber que aquilo é bem simples para ele de acordo com a naturalidade que age.


— Dormiu bem? — ele tira as mãos do volante e eu quase tenho uma parada cardíaca e me jogo em cima do volante. — Calma. Deixa ele ir sozinho, tadinho — ele ri e vira o corpo em minha direção.


— O carro dirige sozinho — penso alto ao ver o veículo virar uma rua, com muito trânsito, e tudo na velocidade perfeita, parando no espaço correto atrás do veículo na frente e depois seguindo com toda a naturalidade do mundo.


E as mãos de Christopher estão ajeitando seu smoking caro.


— Dormi, sim. Nem vi a hora que cheguei em casa.


— Eu sei. Preferi não te acordar, você parecia estar bem serena dormindo. 


— Obrigada — continuo olhando fixamente para aquele painel do demônio.


“Poxa, eu tenho um tempinho de folga e você não me responde? Pensei que nós dois faríamos isso dar certo” é o que diz a nova mensagem de Paco.


Bufo e reviro os olhos. Assisto as paisagens ficarem para trás conforme avançamos para o nosso destino.


— Vai cozinhar hoje? — Christopher quebra o silêncio.


— Só irei supervisionar. Se precisarem da minha ajuda, sim. Mas acho que contratei gente o suficiente para dar conta e me deixar com o trabalho estressante de manter tudo no mais alto padrão.


— Desisto da ideia de guerra de comida?


Viro o rosto com força e o julgo com o olhar.


— Não no meu turno.


— Poxa, seria tão interessante ver toda aquela gente chique jogando comida uns nos outros. Só para lembrar o quão primatas ainda são.


Não contenho as risadas e me jogo para trás, o banco se inclina conforme o meu corpo desce, e mesmo em meio ao susto, não paro de rir.


— Só você mesmo para aliviar a minha tensão — suspiro.


— Creio que é o mínimo que um namorado de mentira faria — ele toma controle do volante e assume a direção.


Chegamos.


 Sabrina Farrah havia me dito que a semana que antecedia seu casamento seria um momento intimista para receber velhas amigas,parentes distantes e antigos colegas.


Bom... Se esse batalhão de gente chique metido a besta é algo intimista, quero ver só a festa de casamento! Terei de triplicar as minhas ajudantes, pois as que contratei e trabalham comigo, não darão conta.


— Me atualizem de tudo — peço assim que chego na grande cozinha e vejo todo mundo trabalhando.


Coloco a doma e amarro os cabelos com um laço, prendo-os e coloco uma touca por cima.


— Tudo sob controle — a minha segunda no comando diz. — Café da manhã foi servido e elogiado, o próprio noivo veio aqui.


— Ele veio? — rio de nervoso e começo a coçar meu pescoço.


— Sim. Agora a maioria das meninas estão ocupadas com o almoço,mas três estão concentradas na sobremesa. Assim que tudo estiver encaminhado já começaremos os preparos para o chá da tarde e jantar, como você pediu.


Examino as bancadas e as pias e está tudo impecável, do jeito que eu gosto de ver a cozinha em que trabalho.


— Parabéns, senhoritas! Mas não diminuam o ritmo, continuem assim. E se precisarem de uma força, eu já cheguei, só me procurarem, ok?


— Sim, chef! — todas dizem juntas.


Viro-me para Christopher e o agarro pelo braço para tirá-lo da cozinha.


— Eu realmente sou a CEO dos fogões — comento.


Enquanto andamos pela área da piscina e trocamos olhares tensos e confidentes, vejo um garçom vir de longe com uma bandeja, parece estar praguejando. 


Peço um minuto para Christopher e vou ao seu encontro.


— Pois não?


— O prato voltou — ele praticamente joga a bandeja em minhas mãos. — O café não está tão quente e os biscoitos estão murchos.


— Ah, mas se o café sai daqui na xícara e vai para lá — aponto com o dedo. — É óbvio que vai chegar frio — reclamo. — Quem foi o gênio? — viro-me para Christopher que só sabe rir. — Pode deixar, eu mesma levo.


O garçom sai apressado e eu retorno para a cozinha.


— Coloquem os biscoitos no forno novamente, vou preparar o café — coloco a touca na cabeça de novo e começo a trabalhar.


Faço tudo o mais rápido que posso, limpo a bandeja e coloco os biscoitos recém-saídos do forno e levo o café em uma garrafa térmica.


— Você me acompanha? — pergunto a Christopher.


Ele só agradece com as mãos, mas prefere ficar ali.


Tudo bem, vou eu mesma. Ele me ajuda a tirar a touca e daí sigo meu caminho.


Levo quase que cinco minutos para chegar no outro salão. Por que esses ricos têm tantos salões, meu Deus?


— Para quem é o café? — pergunto ao garçom que vi retornar com a bandeja.


Ele me aponta um homem sentado de pernas cruzadas, balançando o pé freneticamente. Seus cabelos castanhos são inconfundíveis e a sua postura nem por um momento me intimida.


— O seu café e biscoitos, senhor — anuncio, nas costas dele. 


— Já estava na hora! — ele rosna, áspero e bate a mão na mesa.


Pouso a bandeja com os biscoitos com todo o cuidado do mundo, ao abrir a cloche o homem vê a xícara vazia.


— Não tem café aqui! — ele se vira bruscamente para me xingar.


Mas ou esqueceu as palavras ou ficou mudo.


— Dulce? — Paco recolhe as mãos e fica engessado na cadeira.


— O seu café, senhor — abro a garrafa térmica e encho a xícara. — Já estava na hora. 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


E agora que o bicho vai comer rsrs será?



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Autor(a): Lene Jauregui

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 231



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  • dayanerodrigues Postado em 09/05/2020 - 23:23:22

    ameeiiii essa fic. Principalmente a abordagem sobre o autismo. A parte que Nicolas explica por que ama as formigas é muito lindo, quase chorei. Tenho um sobrinho autista e me identifiquei muito com essa fic

  • rt1508 Postado em 24/01/2020 - 22:53:37

    Que pena que acabou, essa fic é maravilhosaa, uma das minhas preferidas, estarei no aguardo para quando você voltar

  • evil_queen Postado em 24/01/2020 - 15:24:20

    Já acabou????estou chorando kkkk amei demais a história, espero ler outra logo

  • nat.vondy Postado em 24/01/2020 - 11:54:35

    Oh que pena que chegou ao fim, com certeza é uma das minhas fanfics preferidas, lindo o final vondy

  • Annytequila Postado em 24/01/2020 - 00:52:35

    Como assim a acabou???? Ja quero uma fic nova .... amei <3

  • mari_vondy Postado em 24/01/2020 - 00:19:02

    ah, que pena que terminou, amei tanto o final e estou ansiosa pra ler outra fica sua

  • ana_vondy03 Postado em 23/01/2020 - 22:46:23

    Aaaaaa espero por outra fanfic maravilhosa como essa S2

  • carolinevondyzinha Postado em 23/01/2020 - 17:23:11

    Ai eu amo uma família o Nicolas é tão bb, vontade de guardar em um potinho <3

  • millavondy36 Postado em 23/01/2020 - 17:13:51

    Continuaa!!!!!

  • millavondy36 Postado em 23/01/2020 - 17:13:37

    Nicolas sendo o melhor desde sempre!!!Ri muito deles vestidos de formigas kkkk!!!


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