Fanfics Brasil - 21 Show De Vizinho { Vondy } Finalizada

Fanfic: Show De Vizinho { Vondy } Finalizada | Tema: CyD


Capítulo: 21

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Desculpem Ah Demora Amores. É que eu sou jogadora de futebol, Aí meu tempo estar um pouquinho corrido. Mas estou aqui, vou atualizar a web. Beijos.


 


 


..


 


 


 


POVS DULCE  


 


 


O almoço seguiu tranquilo. Fizemos comida para um batalhão, esse evento estava ficando maior do que eu podia esperar.


No breve descanso que tivemos para organizar a cozinha e começar os preparativos do jantar, já que o café da tarde seria servido em breve,


Christopher precisou deixar a mansão dos Farrah, ele disse que tinha algo a fazer.


Quando peguei o meu celular dentro da bolsa para ver se tinha alguma novidade, o aparelho estava pegando fogo. Dezenas de ligações perdidas e uma centena de mensagens.


Tomara que não seja... tomara que não seja... é. É ele mesmo.


— Falando no diabo... — resmungo ao ver a ligação.


Ficou esse tempo todo sem me ligar e agora não para, Paco? Que evolução, hein?


— Concentrem-se no jantar, vamos fechar esse dia com chave de ouro! — jogo o celular dentro da bolsa e retorno para as meninas. — Logo,logo esse pesadelo acaba!


— Tomara! — ouço a voz de Luna.


— Ah, olha quem chegou! — me jogo nos braços dela.


— Espera, o que é isso? — ela ignora o meu abraço e segura direto na minha mão, quase quebra meu dedo anelar e o levanta contra a luz. — Uau! 


— É bom te ver também, Luna.


Ela concorda, ainda hipnotizada com o anel.


— Depois você vai me contar tudo sobre isso — ela solta minha mão e ajeita os cabelos. — Vim conferir se tudo está em ordem em quesito de ornamentação, luzes e se os violinistas têm tudo o que precisam.


— Violinistas? — cruzo os braços.


— Foi o que eu disse. Eles estão no contrato, não sei se você o leu. Depois das 18 até as 23, o som ambiente fica por conta de violinistas — Luna vigia toda a cozinha. — Nossa, isso está impecável. Parabéns!


— É só o meu trabalho — balanço os ombros. — E a Annie?


— Ficou no escritório para resolver algumas coisas, disse que talvez não chegue aqui hoje. Mas nos vemos em casa, é claro.


— Certo. Não vou te atrapalhar com seus violinistas e tudo mais — a enxoto com as mãos.


— E o projeto de fantasma mal sepultado, onde está?


— Por aí. Boa sorte ao esbarrar com ele — ajeito o avental e volto a gerenciar o trabalho das minhas habilidosas cozinheiras, dando-lhes suporte em tudo o que precisam.


 


 


POVS CHRISTOPHER  


 


 


A campainha tocou.


Saí da biblioteca, o celular em mãos para conferir por quantas andava o novo projeto e abri a porta sem prestar muita atenção. 


— Você chegou rápido, Jacob. Entre, temos alguns detalhes a acertar — retorno para a sala.


Mas não sou acompanhado.


Viro-me devagar e abaixo o celular. Não é Jacob, definitivamente. É a amiga de Dulce, sua colega de casa. Anahí deve ser o seu nome, se não me engano.


Aceno para a loira e ela sorri enquanto balança os braços na frente do corpo.


— Estava esperando alguém? — ela levanta a sobrancelha e só depois que entra eu entendo que esse foi o gesto para “eu posso?”


— Na verdade, sim. Jacob, um amigo — escoro-me na parede e a assisto fechar a porta e vir até mim. — A que devo a honra?


Anahí caminha devagar e assim que chega diante de mim,levanta a mão com o celular. Fico imóvel, vendo a tela do aparelho do lado do meu rosto.


— O que é isso? Jeito novo de fazer tomografia?


— Eu sabia que seu rosto me era familiar — ela sorri.


— Familiar?


A loira vira o celular em minha direção e mostra uma foto. Uma foto minha, pelo menos seis ou sete anos atrás, ao lado do meu pai.


— Vocês têm os mesmos olhos — ela analisa. — É claro, nessa época você não usava barba, nem tinha o cabelo tão comprido. E também não era tão... — ela passa a mão pelo meu ombro. — Musculoso — ela sacode os ombros.


Preciso anuir com cuidado e examinar bem o que ela quer com tudo aquilo. 


Não irei mentir, não é do meu feitio. E surpreendo-me que não fui descoberto antes.


— Christopher Farrah — ela me chama.


— Eu não uso mais esse nome.


— Mas ainda é o seu nome — ela me analisa. — Agora eu entendo tudo. Ou quase tudo. Você ser rico... morar aqui do lado... esse bairro todo ser praticamente seu... seu interesse em destruir o casamento da sua irmã...


Um pouco mais sério do que de costume, mas interessado pelo que Anahí tem a dizer, indico o sofá para que ela se sente. E ela não espera nem mesmo mais um segundo, anda toda rebolativa e senta devagar,ainda me examinando.


— Você está enganando a Dulce? — ela pisca os olhos com demora.


— Enganando? Em que sentido?


— Está se aproveitando dela? — ela é bem mais enérgica e seu olhar é desafiador.


— Dulce e eu temos interesses em comum. E ela me chamou para destruir esse casamento, independente de quem eu sou ou dos meus interesses pessoais. E aceitei. Isso é tudo.


Ela passa a língua pelos lábios e confere algo no celular.


— Você era o rosto da Farrah. Como fui tola! Pesquisei tudo sobre essa empresa e sua família, mas você me passou despercebido... também...— ela me olha dos pés à cabeça. — Não tem como não ficar hipnotizada, se é que você me entende.


Aceno sutilmente com a cabeça e me sento na poltrona, de frente para ela. 


— E o rosto da Farrah... O homem que erigiu o império... foi destituído. E substituído pelo menos umas quinze vezes nos últimos cincos anos e... ao que tudo indica, chegou a vez do Paco. Foi você quem derrubou todos os anteriores, não foi? Pode dizer para mim, Christopher.


Sorrio e cruzo as pernas.


— Olha só para você... você é ardiloso. Gosto disso.


— Metade deles não caíram — a informo. — Saíram de livre vontade, porque não queriam fazer o jogo sujo que o meu pai lhes ordenou. E a outra metade se sujou a ponto de precisar sumir do mapa — é o que digo. — Não tenho nada a ver com isso. No passado eu estive sim, obcecado pela empresa, porque eu fui responsável pela ascensão dela. Mas hoje...


— Christopher... — ela parece desconfiar da minha versão.


Mas é a verdade.


— Eu estive em Nova York, a maior parte do tempo. Mas era um lugar muito caótico para o Nicolas, então resolvi retornar para as minhas origens — abro os braços e indico a casa. — O casamento da minha irmã foi um dos motivos que me fez ficar em Miami de vez. E recentemente,quando Dulce me pediu para destruir o casamento de Paco e Sabrina, eu pensei: espera. Eu conheço esses nomes...


Anahí concordou.


— Mas você ainda está omitindo alguma coisa — ela volta a me analisar. — Não me entenda mal, Christopher. Eu só quero saber se você está aqui para machucar a minha amiga, e... — ela pousa o celular no colo e passa as mãos pelo vestido. — Eu juro por Deus, se mais um homem ousar fragilizar a Dulce, eu sou capaz de mata-lo com as próprias mãos. 


 


 


 POVS DULCE  


 


 


— Você não vai mesmo atender às minhas ligações? — Paco rosna em minhas costas.


Não vou mentir, levei um susto. Mas pensei que ficaria arrepiada ou até mesmo apreensiva com a situação..., mas não. Parece só uma mosca chata azucrinando em meu ouvido.


— Vai me ignorar agora pessoalmente também?


— Você não pode entrar na cozinha sem uma touca — é o que digo,sem sequer olhar para trás.


Em resposta ele me tira do lugar. Agarra meu braço com força e me arrasta para fora da cozinha, no grande salão de eventos vazio.


Quando Paco solta o meu braço, vejo a marca vermelha de suas mãos nele.


— O que aconteceu com você? Perdeu a cabeça?


Eu não vou te dar as respostas, querido. Encontre-as sozinho, você é um homem crescido e já não precisa de alguém para trocar as suas fraldas.


— Não vai me responder? — ele rosna.


— Se você não tirar esses dedinhos de mim, eu irei tirá-los de você — digo pacientemente, olhando-o no fundo dos olhos.


Paco respira fundo, mas seus olhos ainda estão vermelhos. Ainda assim, ele me solta e se afasta um pouco.


— O que você está fazendo aqui? 


Bufo, estressada.


— Eu já te disse. Estou trabalhando para o casamento! — digo com simplicidade.


Ele balança a cabeça de um lado para o outro, desgostoso.


— É assim que me agradece? — ele rosna e avança com o rosto para cima de mim.


— Pelo quê?


— Tivemos o melhor final de semana da sua vida! Foi isso o que você disse! E aí você decide simplesmente invadir o meu mundo e a minha privacidade? Você não faz ideia do que está acontecendo aqui!


— Um casamento — pisco os olhos, devagar.


— É. É um casamento — ele suspira. — Mas eu não a amo. Eu amo você! — ele segura nas laterais do meu rosto e me olha com demora. — Você não entende? Como pode ser tão burra? Estou fazendo isso por nós dois, Dulce. Esse é o nosso passaporte para o mundo dos ricos. Depois disso, você nunca mais vai precisar trabalhar!


— Eu gosto de trabalhar — me desvencilho do toque dele.


— Você acha que mulheres com a Sabrina trabalham com isso? Na cozinha? Servindo?


— É o que eu amo fazer.


— E eu te amo, porra! Mesmo assim, não dá para viver de amor. Às vezes é preciso sacrificar o amor para ter sucesso e é isso o que estou fazendo. Por você, por mim, por nós dois, Dulce. Depois desse casamento,as nossas vidas não serão mais as mesmas...


— Não mesmo. 


— Você vai viver bem, como uma rainha. Sem precisar trabalhar um dia sequer em uma pequena empresa que vive para dar felicidade e satisfação. E a sua felicidade e satisfação? É nisso o que estou pensando. Eu te prometi, você se lembra? Eu vou te dar o mundo.


— Eu não quero o mundo, obrigada. E eu mesma posso me preocupar com a minha felicidade e satisfação, Paco, novamente, obrigada. Agora, se isso é tudo... — me despeço dele.


Tipo: “fala aqui com a minha mão, seu babaca”.


— Eu entendi — ele balança a cabeça num gesto positivo. — Você tem outro — ele comprime os lábios e no avanço que faz em minha direção,eu dou uma joelhada na virilha dele.


— Eu posso explicar — é a minha vez de dizer. Dou um passinho para o lado e deixo ele se contorcer o quanto quiser de dor.


— Eu não acredito que você é uma puta egoísta que só pensa em você. Não acredito que estou perdendo tempo vindo aqui explicar...


— Se já acabou, a puta egoísta precisa trabalhar.


Paco levanta a cabeça, furioso. E, bebê, não importa quantas vezes ele vai se levantar, mas quantas vezes eu irei derrubá-lo.


Acho que essa era uma frase de autoajuda, mas acabei de deturpá-la em graus que a vã filosofia não alcança.


— Depois que tudo isso acabar, Dulce, você vai entender. E vai voltar para mim. Vai perceber que nada vai mudar, vamos continuar os mesmos e vamos ser os mesmos.


Agora ele me assustou com essa ameaça.


Não. Não! Mil vezes não! 


Se nada vai mudar... se vamos continuar e ser os mesmos... eu prefiro é morrer. Se fosse para ser a mesma, sempre, eu tinha nascido estátua de gesso ou pintura em tela. Eu quero é mudar, aprender, quebrar a cara e nunca mais errar.


— Você sabe disso, estou vendo em seus olhos — ele afirma com alguma serenidade que lhe resta após ter um dos ovos feito de omelete. — Eu te conheço, Dulce. Eu te conheço. Eu estive com você nos bons e nos maus momentos. Eu gostei de você quando ninguém mais gostava, porque você não era bonita — ele se ergue, tentando uma pose majestosa, mas a dor no saco vai impedi-lo por mais alguns minutos.


— Você é um babaca — concluo.


Não posso esconder de mim mesma que me sinto acuada e até violada ao ouvir ele dizer isso. Mas não darei o gostinho de que ele perceba.


— Não importa se você está com uma roupa bonita ou cabelo diferente... se está com uma maquiagem melhor ou tira foto com caras boa pinta — ele me julga com o olhar. — Você ainda é aquela menina que eu conheci. Quase uma caipira, que precisa de ajuda, de alguém para te guiar nesse mundo dos tubarões, onde os maiores comem os pequenos. E você sabe que esse cara sou eu.


— Ok — é o que digo.


— Ok? — ele pergunta, confuso.


Já repararam que “ok?” responde basicamente a qualquer pergunta ou afirmação? Seja uma ofensa ou elogio, seja um comentário ácido ou provocativo. “Ok” responde.


Seria um sim? Seria um não? Seria um talvez? 


O “ok”, na verdade, quando bem usado, e isso depende muito da entonação da voz e do balanço da cabeça, tem um propósito pedagógico muito importante para os tempos atuais.


Onde somos absolutamente digitais e vivemos à mercê de comentários que não pedimos, seja em nossas fotos, nossas opiniões ou em qualquer divagação que cause estranheza para pessoas que não aceitam uma visão contrária à delas.


O-k-a-y.


Também conhecido na vida real como: visualizado e não respondido.



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Autor(a): Lene Jauregui

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 231



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  • dayanerodrigues Postado em 09/05/2020 - 23:23:22

    ameeiiii essa fic. Principalmente a abordagem sobre o autismo. A parte que Nicolas explica por que ama as formigas é muito lindo, quase chorei. Tenho um sobrinho autista e me identifiquei muito com essa fic

  • rt1508 Postado em 24/01/2020 - 22:53:37

    Que pena que acabou, essa fic é maravilhosaa, uma das minhas preferidas, estarei no aguardo para quando você voltar

  • evil_queen Postado em 24/01/2020 - 15:24:20

    Já acabou????estou chorando kkkk amei demais a história, espero ler outra logo

  • nat.vondy Postado em 24/01/2020 - 11:54:35

    Oh que pena que chegou ao fim, com certeza é uma das minhas fanfics preferidas, lindo o final vondy

  • Annytequila Postado em 24/01/2020 - 00:52:35

    Como assim a acabou???? Ja quero uma fic nova .... amei <3

  • mari_vondy Postado em 24/01/2020 - 00:19:02

    ah, que pena que terminou, amei tanto o final e estou ansiosa pra ler outra fica sua

  • ana_vondy03 Postado em 23/01/2020 - 22:46:23

    Aaaaaa espero por outra fanfic maravilhosa como essa S2

  • carolinevondyzinha Postado em 23/01/2020 - 17:23:11

    Ai eu amo uma família o Nicolas é tão bb, vontade de guardar em um potinho <3

  • millavondy36 Postado em 23/01/2020 - 17:13:51

    Continuaa!!!!!

  • millavondy36 Postado em 23/01/2020 - 17:13:37

    Nicolas sendo o melhor desde sempre!!!Ri muito deles vestidos de formigas kkkk!!!


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