Fanfics Brasil - 32 Show De Vizinho { Vondy } Finalizada

Fanfic: Show De Vizinho { Vondy } Finalizada | Tema: CyD


Capítulo: 32

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POV Dulce


 


 


 


  — Então quer dizer que tudo isso é dessa gente? — minha avó olha em volta.


Indico para ela onde estão os outros salões de festas, mostro a piscina, o bosque... quando mostro a mansão ela quase cai para trás. Só esse salão de festas aqui é dez vezes maior do que a casa em que cresci.


— Imagino que seja uma família de setenta pessoas — ela diz abismada.


— Se minhas contas estiverem certas... acho que três ou quatro — cruzo os braços.


Ela quase cai dura para trás. Procura rapidamente um lugar para se sentar e se abana.


— Tudo isso? Para quatro pessoas? Meu Deus, quanto exagero!


— Em Nova York estamos mais acostumadas com os prédios. Mas ver toda essa paisagem natural... e imaginar que tudo isso só é desfrutado por pouca gente... é surreal...


— Os Farrah são donos de quase todas as terras aqui em Miami. E ao que me parece, pretendem expandir em breve.


— E você e suas amigas organizaram tudo isso? A comida, a decoração e o som ambiente? — minha avó continua em estado de choque.


— Em todos os salões e na mansão. 


Ela tira os óculos para limpar e não para de sacudir a cabeça em sinal positivo.


— Só não faremos o bolo de casamento, de resto, tudo está sob o controle da Sweet Show. É o maior evento que pegamos até agora!


— Parabéns, querida! — minha mãe me aperta em seus braços. — Eu sabia que você conseguiria!


— Demorou um pouco até que pegássemos algo desse porte..., mas tudo ocorre no tempo certo. Não sei como daríamos conta de uma estrutura assim no passado..., mas agora, após aprender com nossos erros e acertos,nós fizemos um bom trabalho aqui.


— Bom? Excelente! — a minha avó se levanta, decidida. — Quero ajudar. O que há para fazer?


— Calma, vovó, vocês não vieram aqui para trabalhar! Só fiquem sentadas e relaxem, as meninas e eu temos tudo sob controle!


— Você tem certeza?


— Sim.


— E os noivos, Dulce? Onde eles estão? — a vovó pergunta.


Que merda! Chegamos na parte mais difícil.


 


 


POV Christopher   


 


 


Sou pego de surpresa com essa proposta. Meus pensamentos viajam tão longe que fico paralisado na cadeira, tentando entender o que está acontecendo.


Ao sair do transe, vejo que o senhor Farrah está andando pela sala. 


— A Farrah será ainda maior do que você a deixou — ele percebe que agora tem a minha atenção e se aproxima. — Chegou a hora de ampliar a nossa influência e construir raízes na história de Miami.


— É só nisso que você pensa? Poder e dinheiro? — provoco.


— Há algo mais a se pensar? — ele retruca com tranquilidade. — Cinco anos amoleceram você, Christopher? Já não aprendeu que amor não é um investimento? Ele não te retorna nada valioso. Mas dinheiro e poder retornam cada investimento gasto!


Eu conheço essa conversa. Agora ela está mascarada com um embrulho mais bonito, mas não deixa de ser um presente de grego.


— Não estou pedindo para que ame aquela garota. Ela é desprezível.


A minha boca automaticamente se abre ao notar que enfim concordamos em algo!


— Mas o pai dela, com o meu apoio e de outros colegas, se tornará presidente dos Estados Unidos, em breve. Você não vê a oportunidade aqui, Christopher?


A oportunidade para cometer um crime? Sim, eu vejo.


— Não gostou da proposta? — o meu pai encosta na mesa e passa o punho fechado por ela. — Acabamos com o casamento da Sabrina aqui,agora mesmo. Assim que você fizer a escolha certa, acabamos com essa droga de teatro e será você a se casar.


Agora ele jogou baixo. Baixo até demais!


— Você a está usando...


— Christopher, somos homens, não seja moralista...


— Você sabe que ela está mal e adoecendo! E ainda assim você quer vender a sua filha a troco disso? De me subornar? 


— Eu sei que você voltaria por ela, já que não voltou nem mesmo por sua mãe — sua voz exala um quê de vitória. — Então eu peguei o verme mais desprezível, fi-lo acreditar que ele receberia alguma coisa com isso... mas eu estava de olho no peixe maior. Não é possível pescar sem uma boa isca, Christopher.


— E eu sou o seu peixe maior?


— Não tenho mais tempo de ter um filho às pressas e esperar que ele crie maioridade. E também não reconhecerei nenhum dos bastardos que tive, água e óleo não se misturam, é assim com o nosso sangue e o sangue dessa gentinha.


— Você é pior do que eu me lembrava — murmuro para mim mesmo.


Como pude ser tão tolo?


— O casamento ocorre em dois dias. Sabrina não precisa se casar,mas ela é uma boa filha e respeita a família. Ela está fazendo isso por mim.


— Ela está fazendo isso porque você a ameaçou! E disse que ia tirar tudo dela, como fez comigo! — agora eu me levanto e vocifero com ódio.


— Algumas pessoas não cedem à razão — ele une as mãos, mantém a tranquilidade. — Então precisam de um empurrãozinho...


— Para o abismo?


— Para onde eu quiser — ele é firme. — Porque eu sou o chefe da família e eu dou as ordens aqui.


Preciso me segurar para não cometer um crime.


— E você está me dando ordens agora? 


— Estou propondo que volte para a família e faça esse pequeno sacrifício por ela. Weiss e eu temos um trato há tempos, mas um pacto de sangue, um casamento arranjado, sempre foi a solução para coisas assim,desde antes da idade média.


— Os anos se passaram e você ficou maluco, papai.


— Não seja emocional. Somos homens, não sentimos nada, além de interesse. Não estou dizendo para que ame a filha do Weiss. Case-se com ela e procure amor em qualquer outro lugar. Mas o papel assinado é a garantia...


— De quê?


— De que Weiss vai me devolver cada investimento que fiz para que ele chegasse onde chegou e ele não se esqueça de mim, quando estiver na Casa Branca.


Cruzo os braços e é a minha vez de analisá-lo. Preciso ter certeza de que ele está falando sério.


— O que te faz pensar que eu irei cooperar com seus planos sujos agora? Não cooperei há cinco anos, você pensa que agora irei ceder?


Ele debocha da minha cara ao gargalhar.


— Tenho uma proposta boa dessa vez, Christopher. O fim do casamento da sua irmã, o seu retorno para a família e enfim você não precisará mais fugir, pois cessarei a nossa guerra. Estaremos em paz. E tudo o que você precisa fazer é dizer “sim” quando for questionado sobre a união. Depois você é livre para fazer o que quiser.


Vejo-o levantar o braço em minha direção e estender sua mão.


Ele quer a resposta agora? 


 — Eu preciso da sua resposta, Christopher. O tempo está passando rápido...


 


 


POV Dulce  


 


 


— Paco?! — a minha avó grita, de onde está, mas acho que deu para ouvir por todos os cantos da propriedade.


— Vocês não estavam juntos há pelo menos uma semana e meia? — minha mãe pega o celular. — Eu tenho uma mensagem sua aqui... é recente... como assim ele vai se casar?


— Eu pensei que ele se casaria com você! — minha avó se levanta e eu mesma a empurro de volta para a cadeira.


— Vovó, fique aí.


— Aqui? Eu vou caçar esse moleque!


— Está tudo bem agora, é melhor assim.


— Como que é melhor assim? São dez anos, Dulce! Dez anos! — minha mãe está horrorizada.


Não tanto quanto eu, é óbvio.


Preciso de um segundo para me recompor, respirar fundo e esfregar as mãos no rosto. Chamo as duas para fora da cozinha, na parte externa,para que possamos conversar livremente.


Não tratarei da minha vida pessoal na frente das minhas funcionárias.


Tudo o que menos quero é fofoca. E não estou fazendo isso por Paco, mas pela Sabrina e por mim. Nesses casos, é sempre a mulher que sai como errada.


Ninguém quer saber o que realmente aconteceu. Só quer apontar o dedo e desmerecer um lado, e nesse caso, eu levaria a pior com certeza.


— Sim. Foram dez anos — digo de uma vez quando estamos em frente à piscina.


— O que houve?


— A vida, mamãe. Houve a vida. A vida aconteceu e ela me mostrou que era melhor assim.


— Mas como ele terminou tão rápido com você e procurou outra para se casar? — minha mãe está horrorizada, coitada.


E, mesmo falando aqui fora, ela praticamente se esgoela.


— Ele te enrolou dez anos... — minha avó está chocada, parece que a ficha não caiu.


Demorou para que a minha caísse também.


— E ia me enrolar por pelo menos mais dez anos — me divirto.


— E você ainda ri? Você perdeu o juízo, Dulce!


— Mamãe — puxo ela com um braço. — Vovó — puxo ela pelo outro. — Me escutem bem. Eu sei que em grande parte vocês ficaram tranquilas com a minha vinda para Miami, por causa do Paco. Mas ele e eu não estamos mais juntos e eu sei me cuidar. Eu não estou sozinha. Eu tenho a Annie, tenho a Luna... até o Christopher e o Nicolas agora...


— Espera! — minha mãe faz uma pausa dramática. — Você está pegando o Christopher?


Faço que sim. 


— Eu não te disse? Eu não falei? Nós podemos ser tudo, mas burras nós não somos! — minha avó começa a se chacoalhar toda. — Essa menina só me dá orgulho!


— Poxa... e eu achando que tinha chances... — minha mãe lamenta.


— Mamãe! — a repreendo.


— O que foi? Você já viu o tamanho daquele homem? Dá para dividir para cinco mulheres, pelo amor de Deus!


— Mas ele é só meu — digo por impulso e imediatamente me calo.


Isso é o que eu acredito e quero. Mas Christopher e eu não temos nada declarado ou oficializado... até a última atualização, isso aqui ainda era mentirinha.


Uma boa e deliciosa mentirinha.


— Na verdade o Paco...


— Ah, foda-se o Paco! — minha avó me dá um tapa que quase me desmonta toda. — Quem liga para aquele pouca sombra?


— Ainda assim — preciso reforçar. — Não quero que joguem qualquer esperança em cima do Christopher. A minha vida vai continuar, com ou sem ele.


— Melhor com — minha mãe pensa alto.


— E sem — minha avó levanta a sobrancelha.


— E com — minha mãe faz um movimento obsceno com a mão.


— E sem — minha avó faz o movimento contrário.


— Deus me livre vocês duas! — fico chocada. — Nem precisam fazer teste de DNA, eu sei que sou dessa família — começo a rir e faço o mesmo movimento com a mão, mas bem rápido. — Com e sem com e sem com e sem...


Acabamos as três gargalhando feito três bocós e nos abraçamos.


— As coisas vão ficar bem de agora em diante, eu prometo. Não porque tem um homem no jogo...


— E que homem — minha avó pontua.


—... mas porque eu me encontrei. E eu quero lutar pela minha felicidade, pelo meu negócio e pelo que é melhor para mim. O Christopher é alguém muito importante que surgiu em minha vida, mas ela não vai acabar se ele se for.


— Dulce María! Se você deixar esse homem escapar! — minha mãe me ameaça com o olhar.


De início eu me divirto com o tom dela, mas preciso admitir.


— Christopher é um homem inteligente, mamãe. Se eu fosse ele, eu fugiria...


— Isso aí, Dulce! Autoestima está ó, lá no alto! — minha avó me reprova.


 


 


POV Christopher


 


 


  Saí da reunião com o meu pai direto para casa.


Às 22h eu fui até a casa ao lado e toquei a campainha. Aguardei que alguém me atendesse e fiquei feliz por ter sido Anahí.


— Oi, vizinho! — ela vem toda esbaforida, mas ao me notar, alisa a porta e faz uma pose. 


— Oi — a cumprimento.


— A Dulce não está — ela escancara a porta e mostra a casa vazia. — Só estamos Luna e eu.


— Ótimo, era com vocês mesmo que eu queria tratar — entro,mesmo sem ser convidado.


Anahí, atônita, me segue e chama Luna para descer. Ela se joga no sofá do outro lado e me analisa.


— O que houve? — Luna chega em seguida.


— Sente-se — indico o sofá para ela. — Já vou adiantar, Dulce sabe que sou um Farrah.


— Ah! Será que foi por isso que ela... — Luna começa a divagar.


— Não, isso foi por causa do Paco. Depois ela ficou até bem. E agora está com a família em um iate... sabia que era coisa sua...


Balanço os ombros e tento ir logo direto ao ponto, não quero demorar.


— Como vai a Sweet Show?


As duas se entreolham. Acho que de todas as coisas que acharam que eu poderia conversar, a empresa delas seria a última.


— Vai bem... — Anahí é vaga e imprecisa.


— Dívidas? — tiro o celular do bolso e abro em um bloco de anotações.


— Ainda estamos pagando um empréstimo do banco, mas... já podemos tirar um salário simbólico da empresa. E pagar as contas, aluguel,hipoteca... — Anahí ergue o pescoço para conferir o que estou escrevendo. 


— Esse casamento foi a maior coisa que pegamos até agora. E vai render um dinheirão, graças a Deus — Luna faz até o sinal da cruz.


Seguro o riso e continuo o que estou fazendo.


— Você... — Anahí aponta para mim.


— Sim?


— Você! — agora soa até em tom de acusação.


— Pois não?


— Se não foi Paco que nos convidou para fazer o evento... e sim a noiva... e ela parecia não saber nada sobre a Sweet Show... só pode ter sido...


— Eu? — coço a ponta do nariz e aceno com a cabeça.


— Estou chocada! — Luna espeta o dedo no ombro da amiga. — Como assim?


— É. Fui eu — admito. — Eu que passei tudo para a Sabrina.


— E nos fez pensar que tinha sido o Paco! Você é cruel!


— Sim, eu sou — preciso concordar.


— Por quê?


Ah, essa é uma ótima pergunta!


— Porque eu estou apaixonado pela amiga de vocês. Há muito tempo — me sinto até idiota ao dizer isso. — Mais tempo do que me orgulho... e... não sabia como conhecê-la.


— Você? — Luna quase sobe no sofá. — Um cara como você é só chegar e abrir o zíper e... — Anahí a impede de terminar.


— Não é tão fácil assim quando você já sente algo há um tempo e nunca é correspondido. 


— Não é correspondido? — Luna berra para o bairro todo ouvir.


Anahí, entretanto, me escuta de um jeito bem minucioso.


Parece que ouve até as palavras que não digo.


— Pensando bem... Dulce estava tão obcecada no Paco que ela não conseguia fazer mais nada, além de se concentrar naquele traste... — ela revira os olhos. — Ainda assim, estou surpresa com essa revelação.


— Não fique.


— Uau! Você precisa nos arranjar mais eventos que paguem seis dígitos! — Luna está quicando no sofá.


— Não seja indiscreta, Luna — Anahí tem um ar de mulher de negócios inconfundível. Mesmo feliz em descobrir o que lhe contei, se mantém austera. — Vamos escutar o senhor Farrah...


— Christopher. Só Kaleb — a corrijo.


— Sim, Christopher, diga-nos o que podemos fazer pela Dulce e por você.


— Ah! Não estou aqui pela Dulce...


— Não? — as duas perguntam juntas.


— Não. Estou aqui pela Sweet Show. Quero comprar a empresa de vocês.



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Autor(a): Lene Jauregui

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 231



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  • dayanerodrigues Postado em 09/05/2020 - 23:23:22

    ameeiiii essa fic. Principalmente a abordagem sobre o autismo. A parte que Nicolas explica por que ama as formigas é muito lindo, quase chorei. Tenho um sobrinho autista e me identifiquei muito com essa fic

  • rt1508 Postado em 24/01/2020 - 22:53:37

    Que pena que acabou, essa fic é maravilhosaa, uma das minhas preferidas, estarei no aguardo para quando você voltar

  • evil_queen Postado em 24/01/2020 - 15:24:20

    Já acabou????estou chorando kkkk amei demais a história, espero ler outra logo

  • nat.vondy Postado em 24/01/2020 - 11:54:35

    Oh que pena que chegou ao fim, com certeza é uma das minhas fanfics preferidas, lindo o final vondy

  • Annytequila Postado em 24/01/2020 - 00:52:35

    Como assim a acabou???? Ja quero uma fic nova .... amei <3

  • mari_vondy Postado em 24/01/2020 - 00:19:02

    ah, que pena que terminou, amei tanto o final e estou ansiosa pra ler outra fica sua

  • ana_vondy03 Postado em 23/01/2020 - 22:46:23

    Aaaaaa espero por outra fanfic maravilhosa como essa S2

  • carolinevondyzinha Postado em 23/01/2020 - 17:23:11

    Ai eu amo uma família o Nicolas é tão bb, vontade de guardar em um potinho <3

  • millavondy36 Postado em 23/01/2020 - 17:13:51

    Continuaa!!!!!

  • millavondy36 Postado em 23/01/2020 - 17:13:37

    Nicolas sendo o melhor desde sempre!!!Ri muito deles vestidos de formigas kkkk!!!


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