Fanfics Brasil - 5 Show De Vizinho { Vondy } Finalizada

Fanfic: Show De Vizinho { Vondy } Finalizada | Tema: CyD


Capítulo: 5

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POVS DULCE


 


No centro comercial de Miami, em Downton, fica localizado o escritório que minhas sócias e eu fundamos para realizar eventos.


Ao chegar no Sweet Show sou bombardeada com os olhares dos funcionários, como se eu tivesse voltado dos mortos.


É, amor, eu voltei dos mortos. Mas eu estou realmente ansiosa para ver a cara do Paco quando eu chegar no casamento dele com o pecado ao lado. Atravesso a recepção e a sala da Annie e chego à parte dos fundos onde há a nossa querida e maravilhosa cozinha. Fizemos milagre com o pouco espaço, mas os fogões, congeladores e aparatos de última geração tornam o lugar prático. Ali me sinto realmente em casa. O ambiente, o calor, o cheiro... e os gritos, é claro, fazem tudo soar como meu doce lar.


— Olha só quem decidiu vir! — Anahí já está descabelada e aparentemente alterada.


— Agora entendi todo o seu mau humor, você estava dirigindo a cozinha na minha ausência — concluo.


— Que gênia a minha amiga! — ela rebate. — Agora posso voltar para a parte dos números, me sinto livre disso aqui!


Antes de sair Annie para onde está e se vira para mim. Assim, sutilmente, como a menina do exorcista faz no filme.


— Que sorrisinho frouxo é esse no rosto? Vamos, minha flor! Temos quatro eventos para esse final de semana, os ricaços não vão esperar!


— Você pode me dar só um minuto para que eu me recomponha? Estou toda arrepiada — suspiro.


— Arrepiada você vai ficar ao ver o valor que teremos que pagar se o buffet não estiver impecável! Então, María, trate de caprichar!


— Ele aceitou — ignoro tudo o que ela diz e deixo as palavras da minha boca soarem doces e vitoriosas.


— Ele quem? Aceitou o que?


Ela se faz de desentendida.


Bem, então abro as palmas das duas mãos e deixo uma distância razoável entre elas. Na verdade, é melhor distanciar um pouco mais, para fazer jus.


— Mentira! O delícia crocante? — Ela põe a mão na boca e me agarra pelo braço. Puxa-me para a porta e saímos da cozinha, de volta para o corredor.


— Quanto você ofereceu? Escuta aqui, María, eu precisei dormir com Deus e o mundo todo para conseguir esse lugar por um preço bacana. Se você colocar o nosso negócio em risco... — ela volta a me ameaçar.  Isso indica que Anahí está muito bem, obrigada. Mais lúcida e saudável do que nunca.


— Ele não cobrou nada — digo vitoriosa.


— Nada? — ela franze a testa. Depois dá umas batidinhas de leve com a ponta dos dedos e resmunga sobre verrugas precoces.


— Bom... não entramos em pormenores. Apenas tivemos um incidente com o filhinho dele que nos aproximou e eu aproveitei para jogar o anzol. O anzol, a isca, um pedido de socorro, na real. Ele deve ter me achado uma surtada e... aceitou.


— Não acredito que você não vai pagar nada para desfilar para cima e para baixo com esse homem... — ela cruza os braços.


— O Paco vai ficar morto de ciúmes e vai voltar para mim, você vai ver. Ele vai perceber que perdeu tudo isso — digo o “tudo isso” balançando os seios.


Annie começa a rir de modo espalhafatoso e assim como isso veio do nada, ela para, do nada.


— Amiga vamos deixar uma coisa clara. Primeiro que ele vai se casar com uma moça de família bilionária, deve ser casamento por interesse, deve ter coisa grande em jogo, então ele não vai voltar para você. Segundo, que eu mesma já entrei em contato para esclarecer valores e vão nos pagar alto. Bem alto. Então você não ouse envenenar a comida ou estragar a festa! Estamos falando dos Farrah, eles têm Miami na palma das mãos.


Acompanho o raciocínio dela enquanto pisco os olhos.


— E terceiro, que história é essa de que o dono dos meus atestados médicos tem filho? — Ela fica chocada.


— Você precisa ver o menino, ele é uma gracinha. Um tanto que... dentro da própria bolha, sabe? Ele é autista. Invadiu a nossa casa atrás de formigas e não parava de falar nelas. Parece que pai e filho gostaram de mim.


Annie fica em silêncio, olhando para a parede, sem dar sinal de que está acompanhando meu raciocínio.


— Annie? — a chamo.


Mas ela parece estar fora de órbita.


— Annie! — a belisco. Dessa vez ela dá um pulo.


— Já que você pretende fazer o inferno na vida do Paco para ele voltar para você... eu posso ficar com o papai?


Quando paro um instante para cogitar essa ideia, já me sinto tensa. Não tenho dúvida de que Christopher e Anahí seriam um casal explosivo. Mas... ele me fez sentir uma coisa tão estranha que só permiti que Paco fizesse antes. E dessa vez foi muito mais envolvente, intenso e só de pensar nisso fico quente.


E nos conhecemos somente há dois dias!


— Afinal de contas, essa sua aventura de levar o vizinho para exibir pro cafajeste do seu ex é só teatrinho, não é? É tudo uma mentirinha — Annie provoca. — Você não vai ligar que quando ele estiver livre...


— Não enquanto estivermos trabalhando para o casamento da filha dos Farrah, ok? Durante esse período ele é meu. Depois, se você quiser, pode abocanhá-lo.


Annie estende a mão.


— Negócio fechado. 


 


POVS CHRISTOPHER


— Filho de peixe, peixinho é! — Poncho se diverte.


Só consigo entoar um sonoro e desaprovador “tsc, tsc” e coloco o termômetro na água para garantir que ela está na temperatura ideal.


Nicolas recusou o chocolate quente anterior porque estava frio. Certo ele. Mas o meu filho não aceita que eu esquente o que ele desaprovou, ele quer tudo do zero. E lá vamos nós, mais uma vez, agradar esse garotinho exigente.


Eu também fui assim, na infância; mas não eram os meus pais que faziam a minha comida, eu tinha pelo menos uma dúzia de empregadas para me servir.


— Cala a boca, Poncho! — tento repreendê-lo, mas acabo rindo.


— O quê? — ele desdenha. — O garoto saiu de casa em busca de uma gostosa! O moleque só tem cinco anos de idade! — ele aperta as bochechas de Nicolas. — Você é o meu herói, menino prodígio!


Nicolas só faz uma careta e solta um grunhido. Depois tenta afastar as mãos do padrinho descompensado das ideias.


Poncho o solta e se vira para mim.


— Ele ainda não gosta quando eu o toco! E ele ficou grudado... grudado não, colado na mão da gostosa! Esse menino vai te dar trabalho, Christopher, escuta o que eu estou te falando!


— Ele não gosta quando você toca nele ou quando o aperta? — tento analisar a parte importante e dispenso as loucuras de Poncho.


Então, o meu melhor amigo do colégio, o herdeiro da família Herrera, coloca o dedo indicador no nariz de Nicolas.


O pequeno, em reposta, balança a cabeça freneticamente em sinal negativo. Mesmo quando o dedo não está mais lá, ele continua o movimento.


— Ele não gosta quando eu o toco — Poncho conclui.


— Para de estressar o meu filho, seu maldito! — Pego a colher de pau que é o utensílio mais próximo e jogo nele.


— Podemos falar do seu filho garanhão e caçador que vai atrás de namoradinhas? Ou podemos falar da vizinha agora? — Ele volta a provocar após desviar da colher.


— Pronto, agora a temperatura está perfeita. — Termino o achocolatado de Nicolas e coloco em sua caneca que tem rosto e antenas de formiga.Ele segura com as duas mãos e assopra para assistir a leve fumaça que sobe do líquido quente. Então ele encosta a boca e sente o calor. Em seguida ele fecha a mão e deixa o polegar estendido, faz um sinal de “joinha” e me dá as costas.


— Pronto, o caçador de mulheres se foi. Agora me conta, o que a tua vizinha queria? — ele se escora no balcão.


— Veio me convidar para um casamento aí — seguro o riso.


— Que avançada, essa aí! Não é o de vocês, espero.


— Não. Na verdade, o casamento do ex dela. Ela quer fazer ciúmes ou algo assim. — Tento não entrar em detalhes.


— E você vai? Cuidado aí, viu Christopher. Meu avô já dizia: “só há duas coisas na vida que precisamos ter medo, filho: barata e mulher maluca”.


— Por que não iria? — Tiro a panela do fogão e a levo à pia.


— É sério? — Poncho me desaprova com o olhar.


— O que você tem contra festas de casamento? São divertidas.


— É sério que você, o playboy mais cobiçado de Miami, o cara mais rico da porra dessa cidade, vai ficar lavando panela? Cara...


— Ah! — Começo a rir ao perceber a indignação dele. — Lavar pratos é... terapêutico — continuo a vasculhar a mente para ter certeza se essa é a palavra. — A empregada vem duas vezes na semana, mas eu gosto de cuidar de tudo referente ao Nicolas. Ele não come nem bebe nada se não for eu a fazer, limpar, colocar às vistas dele de que sou eu quem está fazendo. Você não entenderia...


— Tudo bem, acho que entendo. É que estava acostumado a te ver sentar com os donos do mundo, negociar com os melhores..., mas aqui está você... sendo o pai do ano — Poncho diz num tom que pode até soar ofensivo, mas há um quê de elogio.


E eu aprecio isso.


— Ser o CEO da empresa da família e ter bilhões correndo pelas contas de gente que não me interesso ou cuidar das necessidades do meu filho, que só tem a mim... não me parece decisão muito difícil, na real.


— Você mudou — ele analisa.


— Tem uma hora na vida que nos perguntamos o que é essencial, cara. E aquele carinha ali — aponto para Nicolas — ele é essencial. O resto é detalhe.


— E a vizinha? — Poncho quer retornar para esse ponto.


— O que tem ela?


— “Uh, você machucou seu dedo, entra aqui em casa para eu cuidar de você” — ele tenta me imitar.


— Pode falar, Poncho, você está com ciuminho. Conhece a minha cria desde o dia em que ele nasceu e nunca ouviu seu nome sair da boca dele. Aí uma desconhecida consegue essa proeza e você só quer me perturbar.


Poncho imediatamente se faz de desentendido.


— Eu não ouvi ele falar o nome de ninguém... — ele virou o rosto para a janela.


Aproveitei que Nicolas estava vindo entregar a caneca vazia e afastei os abafadores de ouvido dele e perguntei:


— Filho, como é mesmo o nome da moça bonita?


Ele não precisou que eu terminasse a pergunta. Imediatamente olhou para mim e disse:


— Dulce.


— Viu só? — provoquei Poncho. — E, filho, qual o nome do seu tio? O melhor padrinho do mundo? O que te enche de presentes?


Poncho até se virou para ver a reação de Nicolas.


O pequeno desviou o olhar para o chão.


— Fomigas.


Seguro o riso e não preciso dizer mais nada. Ainda assim, não custa deixar o meu melhor amigo de saco cheio.


— E o nome daquela mulh...


— Dulce — Nicolas diz e coloca os abafadores de ouvido novamente e sai andando desengonçado para a sala de brinquedos.


— Viu? — chamo a atenção do outro. — Esse menino sabe o que é essencial.



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Autor(a): Lene Jauregui

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 231



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  • dayanerodrigues Postado em 09/05/2020 - 23:23:22

    ameeiiii essa fic. Principalmente a abordagem sobre o autismo. A parte que Nicolas explica por que ama as formigas é muito lindo, quase chorei. Tenho um sobrinho autista e me identifiquei muito com essa fic

  • rt1508 Postado em 24/01/2020 - 22:53:37

    Que pena que acabou, essa fic é maravilhosaa, uma das minhas preferidas, estarei no aguardo para quando você voltar

  • evil_queen Postado em 24/01/2020 - 15:24:20

    Já acabou????estou chorando kkkk amei demais a história, espero ler outra logo

  • nat.vondy Postado em 24/01/2020 - 11:54:35

    Oh que pena que chegou ao fim, com certeza é uma das minhas fanfics preferidas, lindo o final vondy

  • Annytequila Postado em 24/01/2020 - 00:52:35

    Como assim a acabou???? Ja quero uma fic nova .... amei <3

  • mari_vondy Postado em 24/01/2020 - 00:19:02

    ah, que pena que terminou, amei tanto o final e estou ansiosa pra ler outra fica sua

  • ana_vondy03 Postado em 23/01/2020 - 22:46:23

    Aaaaaa espero por outra fanfic maravilhosa como essa S2

  • carolinevondyzinha Postado em 23/01/2020 - 17:23:11

    Ai eu amo uma família o Nicolas é tão bb, vontade de guardar em um potinho <3

  • millavondy36 Postado em 23/01/2020 - 17:13:51

    Continuaa!!!!!

  • millavondy36 Postado em 23/01/2020 - 17:13:37

    Nicolas sendo o melhor desde sempre!!!Ri muito deles vestidos de formigas kkkk!!!


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