Fanfic: Amor à primeira vista | Tema: Sadstation, Geovanna Jainy, Isaque Bastos

Sim, estava frente a frente com Isaque depois de marcar com ele no ponto de encontro daquele dia. Passei literalmente a noite inteira pensando em nosso beijo, pouco me importava se era reciproco ou não, eu não guardaria esse amor só para mim... e isto foi o que eu vim fazer hoje aqui, frente a ele, olhando em seus olhos, eu iria me declarar com todo o meu coração.

- Oi - me cumprimentou com certo acanhamento, o que estranhei, Isaque não era assim.

- Oi -sorri sem mostrar os dentes- preciso falar com você -fui direta, isto é o meu maior "defeito", talvez, ser direta aos olhos do mundo geralmente era um defeito dentro de tanta gente falsa!.

- Pode falar... -Hesitou, logo se sentou ao meu lado, o silencio pesou, enquanto eu decidia o que iria dizer, o mesmo ficou brincando de balançar os pés, estavamos parecendo crianças de dez anos.

- Ok -inspirei, sabia que se eu não falasse de uma vez, nunca falaria- eu gosto de você !- declarei evitado o contato físico, ele ficou em silencio- agora que eu tive coragem de assumir diante a sua pessoa, pelo menos, me diz algo né? -Indaguei agora o olhando, meu estomago havia se contraído, parecia que 54.798 borboletas estavam voando em meu estomago, o que me dava a impressão que eu vomitaria a qualquer momento. Pensei em me levantar e ir embora, mas minhas pernas estavam bambas, minhas mãos estavam geladas igual de um defunto e minha pressão começará a brincar entre cair e subir, maldita paixão de adolescência!.

Eu não deveria ter falado aquilo, não deveria!- minha mente repetiu diversas vezes esta frase.

- Isaque, me fala alguma coisa, pelo amor de Deus! -Pedi em um ato de desesperação, em hum ato inesperado, o mesmo simplesmente colou os nossos lábios. Me surpreendi, mas logo retribui o beijo, aliás, eu queria tanto quanto ele!.
O beijo foi lento, mas ao mesmo tempo não durou quase nada, o que me deixou bem triste.

- Finalmente - levantou os seus braços em uma forma vitoriosa- devo agradecer a Jesus ou a quem? - perguntou em tom piada, rolei os olhos enquanto ria.

- Você tem noção de que eu não sou uma garota fácil, sim? - Indaguei, eu gostava de ser respeitada.

- sim, eu tenho total consciência de que minha namorada não é fácil - Sorriu leve, minha mente travou na parte "minha namorada".

Minha namorada...

Perai, só um momento, por favor.

- Você não me pediu em namoro e eu não aceitei - rebati cruzando os braços, ele me olhou sem entender.

- Aí, esqueci que a garota adora clichês - Disse ele- eu não tenho nem um anel para te dar - olhou a sua volta- Perai - se levantou bruscamente - fecha os olhos e espera eu voltar, mas não abre até eu dizer! - exclamou ele dando um passo para trás, tampei meus olhos com as mãos esperando-o voltar.

Será que ele me abandonou aqui? - Indaguei mentalmente.

Não Geovanna, você está paranoica - respondi de volta.

Logo senti o seu perfume, ele colocou as mãos sobre as minhas, me impedindo de descobrir o meu rosto.

- me dá a mão, mas não abre os olhos - exclamou, fiz o que ele pediu.

- o que... - Indaguei só ele rodar algo estranho sobre o meu dedo anelar.

-tu quer namorar comigo? - pediu ajoelhado, ri pelo nariz - o que foi? - perguntou sem entender, mostrei a minha mão com o anel no dedo anelar.

- isto é um anel de cebola - Disse.

- Cebolitos - rebateu - enfim, o que vale é a intenção - deu de ombros, continuou esperando a resposta impaciente como sempre.

- eu aceito - disse com um sorriso amplo no rosto, ele sorriu surpreso, logo levou a sua mão ao meu queixo e me puxou para um beijo carinhoso, eu sonhei por muito tempo por isso, parecia até um sonho.

E era...

Mentira, vamos prosseguir ao conto.

- Eu te amo - lhe dei diversos selinhos, ele riu.

- eu te amo mais - brincou enquanto me abraçava, esse era o único problema de ele ser mais alto, somente quando ele ajoelhava ficava do meu tamanho.

Eu estava toda bobinha, pior que cadelinha, mas esse era o sentimento que ele me transmitia, eu me sentia nas nuvens quando o beijava. Era um amor tão grande que eu sentia por ele, que a qualquer momento, explodiria o meu peito.

- eu não quero tornar público ainda... - disse enquanto afagava os seus cabelos, o mesmo estava com a cabeça afundada em meu pescoço, ao ouvir aquilo, imediatamente me olhou confuso.

- porque? - Indagou ele, o olhei como se não fosse óbvio.

- Primeiro, vão achar que eu é você namorava na época do story - lhe dei um tapa no braço, ele reclamou rindo enquanto esfregava o local ardido.

- ai sua bruta, vou te denunciar na Maria Da Penha - brincou.

- Dois, eu não sei se vai dar certo, a gente apenas está tentando - alertei. Sim, eu era delicada como uma pata de elefante em cima de um carrinho de brinquedos que tu compra no mercado.

- "Adoro sua sinceridade" - ironizou enquanto ríamos.

- Terceiro, não quero que inventem coisas da gente, tu sabe como é... - fiz uma pausa enquanto lhe roubava um beijo rápido - eu quero ter certeza de que isto dará certo - lhe dei um beijo novamente. Era tão lindo o amor que começara a sentir entre a gente, o amor era o sentimento mais lindo desse mundo, eu queria aproveitar cada momento ao seu lado.

- vamos tomar um sorvete? - Indagou Isaque, como de sempre, eu escolhi o de Creme enquanto Isaque pediu de morango.

- meu namorado - disse sorrindo, disse mais para mim do que para ele.

- vamos tirar uma foto? - Indagou assenti enquanto sorria, ele posicionou o celular enquadrando nós dois, mas antes de tirar, o afrontoso afundou o sorvete de casquinha em meu rosto, ri de nervoso ao mesmo tempo que queria esganar-lo, aquela seria uma das minhas fotos preferidas dentro de todas as fotos que eu já tirei com Isaque, observadores poderiam dizer que o meu olhar era de alguém apaixonada, e no caso, realmente eu estava apaixonada, perdidamente apaixonada por Isaque Bastos.