Fanfic: A escolha - Vondy - Adaptada | Tema: VONDY
Parecia ser mais um daqueles dias em que Dulce se perguntava por que havia
decidido trabalhar em uma clínica pediátrica. Ela teve a chance de trabalhar em uma unidade de cardiologia no hospital, e aquilo havia sido o seu plano durante todo o curso de assistente médica. Adorava poder auxiliar os médicos em cirurgias desafiadoras e parecia ser uma escolha perfeita até ela fazer suas últimas residências, quando trabalhou com um pediatra que encheu sua cabeça com ideias sobre a nobreza e a alegria de cuidar de crianças. O Dr. Bender, um médico veterano, de cabelos grisalhos que nunca parava de sorrir e conhecia
praticamente todas as crianças que viviam em Sumter, na Carolina do Sul, havia convencido Dulce de que, embora a área de cardiologia pagasse melhor e
parecesse ser mais glamourosa, não havia nada que pudesse deixar alguém tão realizado quanto segurar uma criança recém-nascida e observar seu
desenvolvimento durante os anos mais importantes do início da vida. Geralmente, ela apenas concordava obedientemente, mas, em seu último dia, o Dr. Bender havia forçado a questão, colocando uma criança pequena em seus braços.
Enquanto o bebê sorria, a voz do médico flutuou em direção a ela: - Na área de cardiologia, tudo é emergência, e seus pacientes sempre parecem ficar cada vez mais doentes, não importa o que você faça. Depois de um tempo, isso se torna excruciante. Você pode desenvolver um burnout muito rápido se não tomar cuidado. Por outro lado, cuidar deste rapazinho aqui… - ele fez uma pausa, apontando para o bebê. - Esta é a mais nobre vocação do mundo.
Embora tenha recebido uma oferta de emprego no setor de cardiologia em um hospital em sua cidade natal, ela acabou aceitando o emprego oferecido pelos doutores Furman e Melton em Beaufort, na Carolina do Norte. O Dr. Furman lhe pareceu ser uma pessoa distraída, o Dr. Melton lhe pareceu ser um típico paquerador, mas era a oportunidade de ficar perto de Kevin. E em alguma parte da sua consciência, ela acreditava que o Dr. Bender poderia ter razão. Ele estava certo a respeito dos bebês. Na maior parte dos casos, ela adorava trabalhar com eles, mesmo quando tinha de lhes dar vacinas e quando seus gritos a faziam gemer. Crianças um pouco mais velhas, na idade em que estavam dando seus primeiros passos e aprendiam a falar, também não eram um problema. A maioria tinha personalidades afáveis e ela gostava de observá-las se agarrando a seus cobertores ou bichos de pelúcia, enquanto olhavam para ela com expressões sinceras. Eram os pais deles que a deixavam louca. O Dr. Bender não havia mencionado um ponto crítico: na área de cardiologia, você lidava com um paciente que vinha para a clínica porque queria ou porque precisava; na pediatria, você lidava com um paciente que frequentemente tinha pais neuróticos que achavam que sabiam de tudo. Eva Bronson era um caso típico.
Eva, que estava segurando George no colo na sala de exames, parecia estar olhando Dulce com desdém. O fato de tecnicamente não ser formada em medicina, e também de ser relativamente jovem, fazia com que muitos pais acreditassem que ela não passava de uma enfermeira com um salário polpudo.
- Tem certeza de que o Dr. Furman não pode nos encaixar na sua agenda? - ela enfatizou a palavra doutor.
- Ele está no hospital - respondeu Gabby. - Ainda vai demorar para voltar. Além disso, tenho certeza de que ele concordaria comigo. Seu filho parece estar bem.
- Mas ele ainda está tossindo.
- Como eu disse antes, crianças podem tossir por até seis semanas após um resfriado nessa idade. Os pulmões deles precisam de mais tempo para se curar, mas isso é perfeitamente normal para a idade que ele tem.
- Quer dizer que você não vai lhe receitar um antibiótico?
- Não. Ele não precisa de remédios. Os ouvidos estão desobstruídos, os seios nasais também estão limpos, e eu não auscultei nenhuma evidência de bronquite nos pulmões dele. A temperatura está normal e ele parece bem saudável.
George, que havia completado 2 anos há pouco tempo, estava se contorcendo no colo de Eva, tentando se libertar, fervilhando com uma energia feliz. Eva apertou-o contra si.
- Já que o Dr. Furman não está aqui, talvez o Dr. Melton devesse dar uma olhada nele. Tenho certeza de que ele precisa de um antibiótico. Metade das crianças na creche em que ele fica está tomando antibióticos. Tem alguma coisa
no ar.
Dulce fingiu escrever alguma coisa no prontuário. Eva Bronson sempre pedia antibióticos para George. Era o tipo de pessoa viciada em antibióticos, se é que isso existe.
- Se ele tiver febre, você pode voltar aqui e eu o examinarei de novo.
- Eu não quero voltar com ele aqui. É por isso que eu o trouxe hoje. Eu acho que ele deveria ser examinado por um médico.
Dulce se esforçou para manter seu tom de voz firme. - Certo, vou ver se o Dr. Melton pode lhe conceder alguns minutos.
Ao sair do consultório, Dulce parou no corredor, sabendo que precisava se preparar. Ela não queria falar com o Dr. Melton novamente; havia passado a manhã inteira evitando o médico. Assim que o Dr. Furman saiu para o hospital para fazer uma cesariana de emergência no Carteret General Hospital, em Morehead City , o Dr. Melton havia chegado bem perto dela, perto o bastante para que ela percebesse que ele havia acabado de fazer um gargarejo com algum enxaguante bucal.
- Quer dizer que vamos tocar a clínica sozinhos na manhã de hoje - comentou.
- Talvez não haja muito movimento - disse ela, mantendo a neutralidade. Não estava pronta para confrontá-lo e não queria fazer aquilo sem o Dr. Furman por perto.
- Segundas-feiras são sempre movimentadas. Espero que não tenhamos de trabalhar na hora do almoço.
- Eu também espero - concordou ela.
O Dr. Melton pegou um dos prontuários que estavam na porta do consultório, do outro lado do corredor. Deu uma rápida olhada no documento e, assim que Dulce se virou para sair, ela ouviu a voz de novo. - Por falar em almoço, você já experimentou um taco de peixe?
Dulce piscou. - O quê?
- Eu conheço um lugar ótimo em Morehead, perto da praia. Talvez possamos dar um pulo lá. Podemos trazer alguns para o resto da equipe também.
Embora ele tivesse mantido um profissionalismo pretenso - falaria da
mesma forma se estivesse conversando com o Dr. Furman -, Dulce se sentiu
acuada.
Autor(a): wermelinnger
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Não posso - respondeu. - Eu preciso levar Molly ao veterinário. Eu marquei a consulta esta manhã. - E eles vão conseguir encaixar a sua consulta na agenda? - Disseram que sim. Ele hesitou. - Tudo bem, então. Talvez em outra oportunidade. Quando Dulce foi pegar outro prontuá ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 49
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anne_mx Postado em 23/09/2020 - 23:06:23
Que história lindaaa, fiquei apaixonada, parabéns <3
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Dulcete_015 Postado em 09/03/2020 - 13:12:15
Ameii a web,fiquei feliz por Dulce ter acordado
wermelinnger Postado em 27/03/2020 - 16:09:48
oii fico feliz que tenha gostado
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Dulcete_015 Postado em 02/03/2020 - 20:23:13
Continuaa
wermelinnger Postado em 09/03/2020 - 12:48:32
Prontinho o ultimo postado
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Dulcete_015 Postado em 01/03/2020 - 18:05:38
Continuaa PLMDS
wermelinnger Postado em 02/03/2020 - 15:24:25
Continuando
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Dulcete_015 Postado em 01/03/2020 - 13:20:08
Continuaa,estou curiosa
wermelinnger Postado em 01/03/2020 - 19:20:45
Continuando
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Dulcete_015 Postado em 28/02/2020 - 20:07:38
Continuaa
wermelinnger Postado em 29/02/2020 - 10:16:10
Continuando
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ana_vondy03 Postado em 28/02/2020 - 08:56:40
Continua amoreee S2
wermelinnger Postado em 28/02/2020 - 18:00:59
Continuando
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Dulcete_015 Postado em 26/02/2020 - 13:02:12
Continuaa
wermelinnger Postado em 26/02/2020 - 22:22:05
continuando
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ana_vondy03 Postado em 22/02/2020 - 14:39:07
Continuaaa amoreee S2
wermelinnger Postado em 26/02/2020 - 09:43:50
Continuando
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Dulcete_015 Postado em 20/02/2020 - 19:55:38
Continuaa
wermelinnger Postado em 26/02/2020 - 09:44:02
Continua