Fanfics Brasil - Capítulo 11 A escolha - Vondy - Adaptada

Fanfic: A escolha - Vondy - Adaptada | Tema: VONDY


Capítulo: Capítulo 11

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   -Só as maiores constelações. As mais óbvias - ela apontou para a casa. - Na direção da chaminé, cerca de dois palmos para cima, está o cinturão de Órion. Betelgeuse está no ombro esquerdo de Órion, e Rigel é o nome do seu pé. Ele tem dois cães de caça. A estrela brilhante daquele lado é Sirius, e ela é uma parte da constelação do Cão Maior, e Procyon é uma parte da constelação do Cão Menor.
  Christopher avistou o cinturão de Órion e, embora tentasse seguir as instruções que ela lhe dava, não conseguia identificar as outras estrelas.
    - Acho que não consigo ver as outras duas.
   - Eu também não. Mas eu sei que elas estão lá.
   Ele apontou por cima do seu ombro.
   -Eu consigo ver a Ursa Maior, bem ali. Mas é a única constelação que eu consigo identificar.
  - Você sabia que a figura do urso está associada a essa constelação desde a era glacial?
   - Não sabia.
 - Eu adoro os nomes das constelações, mesmo que não consiga identificar todas elas ainda. Os Cães de Caça, a Cabeleira de Berenice, as Plêiades, Áquila, Cassiopeia… são nomes que parecem música aos meus
ouvidos.
   - Imagino que seja um de seus novos hobbies.
- É mais como uma boa intenção escondida nos detritos da vida diária. Mas, por alguns dias, eu fiquei realmente interessada no assunto.
   Ele riu.
 - Pelo menos você é honesta a respeito.
  - Eu conheço minhas limitações. Mesmo assim, gostaria de saber mais. Quando eu estava na sétima série, tive um professor que adorava astronomia. Ele tinha uma maneira muito particular de falar sobre as estrelas e fazia com que você se lembrasse delas para sempre.
   - O que ele dizia?   
  - Que olhar para as estrelas era como olhar para o passado, pois algumas estrelas estão tão longe que sua luz demora milhões de anos apenas para chegar até nós. Que nós vemos estrelas não como elas são agora, mas como elas eram quando os dinossauros andavam pelo planeta. Todo aquele conceito me pareceu… espantoso, de algum modo.
   - Ele parece ser um excelente professor.


    - Ele era. E nós aprendemos muito, embora eu já tenha esquecido a maior parte, como você pode ver. Mas a sensação de admiração ainda está lá. Quando olho para o céu, sei que alguém estava fazendo exatamente a mesma  coisa há milhares de anos.
Christopher a observou, encantado com o som da voz dela em meio à escuridão.
   - E o que é mais estranho - continuou ela - é que, mesmo sabendo muito mais a respeito do Universo, as pessoas comuns hoje sabem menos sobre o céu do que os nossos ancestrais, mesmo sem telescópios ou matemática, ou mesmo sem saber que o mundo era redondo, eles usavam as estrelas para se orientar, examinavam o céu em busca de constelações específicas para saber quando deviam semear seus campos, usavam as estrelas quando erguiam suas estruturas, aprenderam a prever eclipses… tudo isso me faz imaginar como era possível viver de maneira tão fiel, apenas seguindo as estrelas.
   Perdida em pensamentos, ela ficou em silêncio por um longo momento.
   - Desculpe. Provavelmente estou lhe chateando com essa conversa.
  - De modo algum. Na verdade, nunca mais vou pensar nas estrelas da mesma forma novamente.
   - Você está zombando de mim.
   - Não estou, absolutamente - disse ele, sério.
  Ela sentiu que o olhar dele prendia sua atenção. Teve a súbita sensação de que ele estava a ponto de beijá-la, e ela rapidamente virou o rosto. Naquele momento, ela conseguia ouvir os sapos coaxando na grama molhada e os grilos cantando nas árvores. A lua havia alcançado o seu ápice, lançando um brilho prateado ao redor deles. Dulce moveu seus pés nervosamente na água, sabendo que deveria ir embora.
  - Acho que meus pés estão ficando enrugados com a água - disse ela.
  - Quer que eu vá pegar uma toalha?
    - Não, está tudo bem. Mas é hora de eu ir embora. Está ficando tarde.
  Ele se levantou e estendeu a mão para ela. Quando ela segurou na mão de Christopher, sentiu o calor e a força dele.
  - Eu a levo até sua casa.
  - Eu sei o caminho de volta.
  - Pelo menos até a cerca viva, então. 


   Próximo à mesa, ela pegou suas sandálias e viu que Moby estava vindo em direção a eles. Ele trotou até onde eles estavam assim que eles pisaram na grama, com a língua balançando alegremente para fora da boca. Moby andou ao redor deles antes de sair em disparada em direção à água, como se quisesse s se certificar de que não havia nada escondido ali. Ele parou com as patas dianteiras batendo na lama, e depois correu em outra direção.
   - Moby tem um entusiasmo e curiosidade imensos - observou Christopher.
  - Assim como você.
  - Mais ou menos. Tirando o fato de eu não rolar por cima de restos de peixe.
   Ela sorriu. A grama estava macia por baixo de seus pés, e eles chegaram à cerca viva alguns momentos depois.
   - Eu me diverti muito hoje - disse ela.
  - Eu também. E obrigado pela aula de astronomia.
  - Vou fazer melhor da próxima vez. Vou impressionar você com meu conhecimento de proporções astronômicas.
   Ele riu.
   - Boa piada. Você pensou nisso agora?
   - Não, esta era uma das piadas do meu professor. É o que ele dizia quando a aula estava terminando.
   Christopher remexeu seus pés e depois voltou a olhar para Dulce.
   - O que você vai fazer amanhã?
   - Nada de especial. Sei que preciso ir ao supermercado. Por quê?
  - Quer dar uma volta comigo?
  - Na sua moto?
  - Quero lhe mostrar uma coisa. E vai ser divertido, garanto. Inclusive, vou fazer o almoço.
  Ela hesitou. Era uma pergunta simples, e ela sabia qual devia ser a resposta, especialmente se ela quisesse evitar que sua vida se complicasse. "Acho que não é uma boa ideia", era tudo o que ela tinha a dizer, e aquilo estaria acabado.
   Ela pensou em Kevin e na culpa que ela havia sentido alguns minutos antes em relação à escolha que ela havia feito quando se mudou para cá. Mesmo assim, apesar de todas essas coisas, ou até mesmo por causa delas, percebeu que estava começando a sorrir.


   - Claro - disse ela. - Que horas?
  Se ele pareceu surpreso com a resposta dela, não demonstrou.
  - Que tal por volta das 11? Eu deixarei que você durma até mais tarde.
   Ela levou uma das mãos até o seu cabelo.
   - Bem, obrigada novamente…
  - De nada. Até amanhã.
   Por um instante, ela pensou que iria simplesmente se virar e sair. Mas novamente os seus olhos se encontraram e ficaram fixos em Christopher por um pouco mais de tempo, e, antes que ela se desse conta do que estava acontecendo, sentiu Christopher colocar uma mão no seu quadril e puxá-la. Ele a beijou, seus lábios nem muito suaves nem muito agressivos contra os dela. Levou um instante para que o cérebro de Dulce registrasse o que estava acontecendo, e ela o empurrou.
   - O que você está fazendo? - disse ela, tentando recobrar o fôlego.
   - Não consegui evitar. - Ele deu de ombros, sem parecer que iria se desculpar por aquilo. - Simplesmente me pareceu a coisa certa a fazer.
   - Você sabe que eu tenho namorado - ela repetiu, sabendo que, no fundo, não havia se importado em ser beijada, e se odiando por aquilo.
  - Desculpe-me se eu fiz você se sentir mal - disse ele.
  - Tudo bem - disse ela, com as mãos para cima, mantendo-o à distância. - Esqueça isso. Mas não vai acontecer de novo, entendeu?
  - Certo.
  - Certo - ela repetiu, subitamente querendo ir para casa. Não devia ter se deixado levar por aquilo. Ela sabia o que iria acontecer, havia até mesmo advertido a si mesma, e tinha razão sobre tudo aquilo.
Ela se virou e começou a atravessar a cerca viva, com a respiração rápida. Ele a havia beijado! Ela ainda não conseguia acreditar. Embora quisesse
marchar diretamente para a sua porta, certificando-se de que ele percebia o quanto ela havia sido firme sobre não querer que aquilo voltasse a acontecer, ela deu uma olhada por cima do seu ombro e ficou mortificada ao perceber que ele a viu fazendo aquilo. Ele levantou uma das mãos em um aceno tranquilo.
 - Vejo você amanhã - disse ele.
Ela não se incomodou em dar uma resposta, pois não havia realmente nenhum motivo para fazer aquilo. Pensar sobre o que poderia acontecer no dia seguinte a deixou com uma sensação de pavor. Por que ele tinha de arruinar as coisas? Por que eles não poderiam apenas ser vizinhos e amigos? Por que ascoisas haviam terminado assim?
  Ela fechou a porta por trás de si e foi até o quarto, fazendo o melhor que podia para alimentar a raiva que ela achava que aquela situação merecia.
  Deveria ter funcionado, não fosse por suas pernas bambas, o coração aceleradoe a percepção constante de que Christopher Uckermann a achava desejável o bastante para querer beijá-la. 



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Autor(a): wermelinnger

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 49



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  • anne_mx Postado em 23/09/2020 - 23:06:23

    Que história lindaaa, fiquei apaixonada, parabéns <3

  • Dulcete_015 Postado em 09/03/2020 - 13:12:15

    Ameii a web,fiquei feliz por Dulce ter acordado

    • wermelinnger Postado em 27/03/2020 - 16:09:48

      oii fico feliz que tenha gostado

  • Dulcete_015 Postado em 02/03/2020 - 20:23:13

    Continuaa

    • wermelinnger Postado em 09/03/2020 - 12:48:32

      Prontinho o ultimo postado

  • Dulcete_015 Postado em 01/03/2020 - 18:05:38

    Continuaa PLMDS

    • wermelinnger Postado em 02/03/2020 - 15:24:25

      Continuando

  • Dulcete_015 Postado em 01/03/2020 - 13:20:08

    Continuaa,estou curiosa

    • wermelinnger Postado em 01/03/2020 - 19:20:45

      Continuando

  • Dulcete_015 Postado em 28/02/2020 - 20:07:38

    Continuaa

    • wermelinnger Postado em 29/02/2020 - 10:16:10

      Continuando

  • ana_vondy03 Postado em 28/02/2020 - 08:56:40

    Continua amoreee S2

    • wermelinnger Postado em 28/02/2020 - 18:00:59

      Continuando

  • Dulcete_015 Postado em 26/02/2020 - 13:02:12

    Continuaa

    • wermelinnger Postado em 26/02/2020 - 22:22:05

      continuando

  • ana_vondy03 Postado em 22/02/2020 - 14:39:07

    Continuaaa amoreee S2

    • wermelinnger Postado em 26/02/2020 - 09:43:50

      Continuando

  • Dulcete_015 Postado em 20/02/2020 - 19:55:38

    Continuaa

    • wermelinnger Postado em 26/02/2020 - 09:44:02

      Continua


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