Fanfic: A minha gêmea malvada | Tema: Vondy/Gêmeas

Acordei às 8 horas. Vesti a primeira roupa que achei.

- Bom dia Marcela, sabe me dizer onde meu pai está?
- Bom dia dona Dulce, sei pai teve que fazer uma viagem.
- Mas por quê? Não tinha nenhuma viagem marcada pra hoje
- Alguém ligou pra ele, e ele saiu correndo
- Ah, e meu tio?
- Foi junto
- Tá, obrigada Marcela.

Hoje é o dia que vou revirar o escritório do meu pai e achar o que eu quero.

Entrei e está tudo tão organizado, o que é bem estranho, mas quando meu tio está aqui ele exige que meu pai organize o escritório.

Comecei procurando algum documento nas gavetas dele, mas não tem nada.

O maldito cofre eu não faço ideia onde fica. Antes eu pensava que era atrás dos quadros, mas não tem nada.

Depois de revirar quase tudo eu achei um botão vermelho em baixo da cadeira dele. Resolvi apertar só pra ver.

Fez um barulho como de algo estivesse sendo puxado. Foi aí que eu prestei atenção de onde vinha o barulho, era atrás do quadro que estava a minha foto.

Puxei o quadro. E lá estava o cofre que eu tanto queria achar. Como eu imaginei a senha era o dia do meu aniversário combinado com o aniversário da minha mãe.

O cofre não era muito grande comparado com os outros que meu pai tem pela casa. Dentro dele havia quadro envelopes.

Peguei todos eles e sentei na cadeira.

O primeiro envelope era sobre a minha mãe. E a morte dela foi homicídio, não suicídio. Meu Deus. Nunca foi achado o assassino e o caso foi encerrado pelo policial Mendes, um super amigo do meu pai, e isso tem dedo do meu pai, certeza que tem, e como ele tem uma grande influência nessa cidade, ninguém nunca quis respostas do porque exatamente o caso foi dado como encerrado.

O segundo envelope é sobre mim e isso me dá arrepios. Não tem nada muito importante. Mas entre todas as coisas do meu envelope, está a minha certidão de nascimento original, e diz que eu sou gêmea. Na que eu possuo não há isso, e de novo a influência do meu pai nessa cidade, ele conseguiu outra certidão com um simples estalo de dedos.

O terceiro envelope é sobre Martin Reverte, não tem muita informações, mas ele foi AMANTE da minha mãe, nunca imaginei isso dela. Esse tal de Martin está desaparecido a três anos, ninguém sabe dele. Será que meu pai foi capaz de fazer algo pra esse cara? Será? Isso me arrepia toda.

E finalmente o quarto envelope é sobre Roberta. A certidão de nascimento original dela também está aqui. No envelope dela há várias fotos dela pequena, várias cartas escritas por uma tal de Ana, provavelmente a mulher que cuidou dela, a traficante, cuidou não é a palavra certa pelo que Roberta disse. Nas cartas apenas diz que Roberta estava bem e cada vez mais linda, só isso, mais nada.

Mas então eu achei uma carta diferente:

"FERNANDO

Eu realmente não posso mais controlar essa menina, me perdoe, ela é rebelde. Não sei até quando ela ficará aqui, não posso mais segurar ela. Sinto lhe informar que a qualquer momento ela vai embora daqui, e eu não poderei fazer nada.

Por favor, me perdoe.
Com carinho, Ana."

A data dessa dessa carta está borrada, não consigo saber de quando foi.

O que diabos aconteceu para meu pai mandar ela pra lá? Por quê?

Martin está morto ou fugiu?

Quem matou minha mãe?

E essa tal de Ana? Por que aceitou ficar com Roberta?

Será que meu tio sabe sobre tudo isso também?

Será que minha mãe tentou fazer alguma coisa pra mudar algo e acabou morta? Ou será que ela tentou fugir com o amante e meu pai a matou?

NÃO, meu pai não mataria alguém. Ou mataria?

Eu estou em lágrimas e desesperada. O que eu faço agora? Perguntar para o meu pai não é uma opção por enquanto, mas quem seria então? Quem sabe da história toda? Minha mãe já não está mais aqui... E Reverte? Se ele estiver vivo, ele poderia me contar alguma coisa, ou não... Ele poderia se aproveitar da situação para me deixar contra meu pai.

Eu estou totalmente perdida em saber o que fazer.

Primeiramente tenho que falar com Roberta e é exatamente o que eu vou fazer agora.