Fanfic: A minha gêmea malvada | Tema: Vondy/Gêmeas

Fiquei pensando e pensando e na verdade não decidi ainda, só sei que vou falar com Roberta.

Fui na empresa, só tinha uma reunião por sorte, no meio dela recebi uma mensagem do Christopher.

"Deu tudo certo, vou te buscar na empresa, pode ser?"

"Pode sim, saio daqui 30 minutos mais ou menos"

"Tá bom amor"

Any também me mandou mensagem

"Estou embarcando no avião agora amiga. Te amo"

"Boa viagem, amiga, love you"

E claro que tinha o Christian também

"Tô com saudades, podemos sair hoje? POR FAVOR"

"VAMOSSSS"

"Te pego às 23 horas"

"Estarei esperando"

A reunião terminou, foi chata como todas as outras, eu só vou pra dizer que vou mesmo.

Christopher estava na frente me esperando já.

- Oi meu amor.
- Oi amorzinho.
- Onde vamos?
- Casa da Roberta.
- Mas e nós?
- Nós o que, Ucker?
- Eu queria, sabe... te pegar daquele jeito.
- Não me provoque assim, é um assunto importante.
- Depois então?
- Não sei, tenho que sair com o Christian hoje
- Vou junto
- Nem te convidei
- Nem vem, Dul. Eu vou - disse fazendo beicinho
- Tá, tá.

Chegamos na casa da Roberta e ela estava deitada no sofá, quando me viu sorriu e pegou um cigarro.

- Precisamos conversar.
- Sobre?
- Aqui não.
- Vamos no escritório.

Christopher não sabia se ele era bem vindo ou não, então ficou parado lá.

- Vem amor.

Ele veio correndo até mim.

- Então, sobre o que é? - disse colocando o pé em cima da mesa.
- Achei o cofre secreto.
- Conseguiu abrir? O que tinha lá?
- Sim. Tinha 4 envelopes.
- E o que tinha nesses envelopes?
- Um era sobre mim, outro era sobre a nossa mãe.
- O que falava dela?
- Que ela não se suicidou... foi homicídio
- Oi? E o assassino quem é?
- O caso foi encerrado sem ser descoberto quem foi.
- Só pode ser brincadeira.
- Queria que fosse. Mas o meu pai tem algo haver com isso, o policial que pediu pra encerrar, é bem amigo dele.
- Mais uma coisa pra descobrir então.
- Sim
- E os outros?
- Sobre Martin Reverte
- E quem é esse?
- Era amante da mamãe e está desaparecido.
- Aí Dul, mais coisas para descobrir então.
- Sim, é tanta coisa pra processar.
- E o último?
- É sobre você
- E o que tinha lá?
- Sua certidão de nascimento original. Cartas da Ana sobre você, fotos suas.
- Cartas?
- É, falando como você estava crescendo. Mas uma delas era diferente.
- E o que dizia?
- A tal da Ana dizia que não conseguia mais te segurar, que a qualquer momento você iria embora, e pedia perdão pro meu pai por isso.
- Perdão por quê? Ele me abandonou.
- Não sei, não descobrimos o ponto principal ainda
- Que é?
- O porque de ele ter te mandado pra longe.
- Sim, e você acha que fora ele, tem mais alguém que saiba de tudo?
- Desconfio do meu tio, mas não tenho certeza. E... deixa.
- E quem, Dulce?
- Martin. Não sabemos onde ele está, não sabemos se está vivo, então não sei.
- Isso é de menos, posso colocar meus capangas atrás dele.
- E se ele mentir?
- Eu vou ameaçar a vida dele, você acha que ele vai mentir?
- Se ele estiver vivo né.
- Sim.
- E a Ana?
- Está na casa que eu morei com ela.
- E se tentássemos falar com ela?
- Podemos tentar, mas é difícil fazer ela falar.
- Podemos fazer uma cena, chorar, não sei, alguma coisa.
- Você é esperta em, talvez ela caia no nosso papo.
- Espero que sim.

Roberta pegou o telefone.

- Oi, preciso que vocês procurem Martin Reverte... Não sei se está vivo, foi dado como desaparecido... Procurem, ok? Me tragam nem que seja os ossos desse cara.

Christopher me cutucou e rimos, Roberta brava demais era engraçado.

- E tragam a Ana pra cá também... Sequestrem ela pra dar um sustinho... HAHAHAHAHA é isso, tchau.

Ela me encarou séria depois sorriu.

- Pronto, já coloquei gente atrás desse cara.
- E o meu pai, hum... não deveríamos vigiar?
- Verdade Dul, ele também. Depois resolvo isso.
- Tá
- Quer jantar?
- Desculpa mana, tenho que ir, vou sair com um amigo.
- Tá bom, até amanhã.
- Tchau

Dei um abraço nela e sai com Christopher.

- É difícil?
- Difícil o que Christopher?
- Descobrir que seu pai mentiu pra você a vida inteira?
- É horrível, Chris... Eu olho pra ele e me perguntou porquê de tudo isso.
- Imagino, nós vamos descobrir tudo, ok?
- Eu espero.

Ele me abraçou forte, eu não estava deixando aparecer, mas ele sabia que eu estava abalada com tudo isso. Descobrir que meu pai não é quem eu pensava, descobrir que minha mãe o traia e o pior descobrir que ambos tiraram minha irmã de perto de mim.