Fanfic: A minha gêmea malvada | Tema: Vondy/Gêmeas

Pov's Dulce

Depois do dia maravilhoso que tive com Christopher, chegamos na casa da tal Roberta.

Ela desceu a escada acompanhada de Poncho.

- Oi irmãzinha - ela me abraçou - vamos conversar.
- Fala cunhadinha - me deu um beijo no rosto.

Segui eles, Christopher estava de mão dada comigo, então o puxei junto.

- Vejo que os dois se divertiram juntos - disse maliciosa.
- É é, vai direto ao assunto, por favor Roberta.
- Tá, tudo bem. Mas depois quero saber o que rolou.
- Roberta, faz favor né - Christopher respondeu irritado.
- Dulce, eu sou a chefe daqui, nós somos uma gangue.
- Gangue? Você tá de brincadeira?
- Sim, não parece olhando fisicamente para nós né.
- Realmente não, mas então tá né. O que eu tenho a ver com isso?
- Quero você dentro dela também.
- De jeito nenhum, Roberta.
- Você tem certeza? Vai dizer não pra mim? - ela começou a chorar, qualquer pessoa acreditaria naquele choro, mas eu sou esperta demais para isso.
- Para de cena cara, eu não nasci para essas coisas.
- E eu nasci? Era para eu ter tido a mesma vida que você. Mas não, eu fui morar com a tia traficante e você ficou com a vida perfeita.
- Roberta, eu...
- Você tem ideia que podia ser ao contrário?

Aquilo era cena, eu sabia que era, mas eu estava me colocando no lugar dela, e se fosse eu? Meu Deus.

- E se por um acaso eu aceitasse? O que eu teria que fazer?
- Primeiramente você seria chefe que nem eu, é claro, não te colocaria pra ser só mais uma dessa casa.
- E eu teria que agir junto? Vocês roubam o quê?
- Claro que sim né Dulce, mas o pessoal teria medo de você, achariam que você é eu. E nesse mundo do crime, eu sou uma pessoa temida.
- Eu preciso pensar bem sobre isso.
- Christopher vai com você até o quarto dele, para você pensar.
- Tá bom.

Christopher me puxou pro quarto dele, quando fechou a porta ele me abraçou forte. E eu acabei chorando.

- O que ela pode fazer se eu disser não?
- Ela vai fazer qualquer coisa pra você dizer sim Dulce.
- Que merda, eu tenho uma vida, ela tem noção disso?
- Ela sabe tudo sobre você, provavelmente ela deixaria você viver essa vida, mas todas as noites de reuniões você teria que estar aqui, todos os roubos você teria que participar, não participaria se arriscasse demais a sua vida, aí acho que ela não deixaria.
- Mas por que ela precisa de mim?
- Seria mais fácil para roubar, por exemplo, já fizemos vários assaltos em festas, enquanto uma de vocês ficava na festa pra ninguém dar falta, a outra roubava.
- Que merda, isso é loucura, mas sei lá o que ela faria se eu negasse, ela parece meio perturbada.
- Olha Dul, sei que te conheci ontem, mas por mim eu não deixaria você participar disso, mas sei que se você negar, sua vida corre risco. Roberta é má, ela mataria por vingança.
- Tô com medo de aceitar isso. Mas de negar também.
- Se você aceitar, eu vou ficar com você em todas as ocasiões, ok? Eu prometo.
- É sério? Obrigada Chris.

Eu o beijo com carinho, acho que ele realmente queria me ver bem.

- Vamos descer, antes que ela pire pela demora.

Descemos as escadas, eu bato e entro.

Encontro Roberta com uma arma na cabeça e chorando.

- Se você disser que não, eu vou atirar, me recuso a continuar a vida sem você depois de soube da sua existência.
- Ei calma, ok?
- Eu não consigo ficar calma Dulce, eu preciso de você trabalhando comigo.
- Eu aceito tá, vou trabalhar com você, claro que tem umas coisas para conversar sobre isso, mas depois vemos.

Eu aceitei porque realmente achei que ela podia atirar, então não queria que isso acontecesse.

Quando eu disse que sim, ela largou a arma e veio me abraçar.

- Que bom, que bom que você topou.
- Mas eu só virei aqui de noite, tá?
- Tudo bem, eu sei que você tem uma vida que não pode abandonar.
- E outra coisa Roberta - Christopher se intrometeu.
- O que é?
- Dulce não sairá para ocasião alguma sem a minha companhia.
- Ah tanto faz casal.
- É... é...
- Vem Dulce, quero te conhecer melhor.

Nem pude explicar que eu não era namorada do Christopher, ela simplesmente me puxou para o seu quarto.

- Eu quero saber sobre você Dul.
- Saber o que?
- Como foi a sua vida, essas coisas.
- Bem, eu vivi a vida inteira com o meu pai, não lembro da nossa mãe, tinha um ano quando ela morreu, então não me recordo de nada. Tive tudo que o dinheiro podia comprar, mas a felicidade o dinheiro não compra. Só depois dos 15 fiz vários ótimos amigos e comecei a viver de verdade. Não tenho uma vida muito fascinante. Mas, agora me conte sobre você.
- Eu vivi com a minha tia desde sempre, pelo que eu descobri, fui separada de você dois dias após nascermos, não sei porque, acho que só o Fernando sabe, e é claro, ainda não é momento de perguntar a ele. Eu quero dar uma boa surpresa pra ele, mas tenho certeza que foi ele que me mandou pra longe. Só não sei porque.
- Quero descobrir sobre isso, continue contando sobre você.
- Eu não era nem pobre nem rica, tinha o que podia, não era mimada. E carinho eu nunca tive, a mulher que me criou fez isso por obrigação. Talvez é por isso que sou meio fria. Ela era traficante, por azar me tornei uma também por um tempo, mas hoje em dia não mais, apenas assaltos. Os outros caras traficam, mas meu nome fica longe disso.
- Deve ter sido difícil Roberta. Sinto muito.
- Tudo bem, agora estamos juntas independente de qualquer coisa.
- Com funciona tudo?
- Isso vou te explicar amanhã. Agora vou mandar Christopher te levar, seu pai já chegou em casa.
- Como sabe disso?
- Eu sei de tudo Dul.
- Tchau Roberta - a abracei.
- Tchau mana.

É estranho conversar com alguém que tem seu rosto, se eu tivesse tido ela comigo a vida inteira, acharia normal, mas só agora ela apareceu. E eu estou entrando junto, não sei onde isso vai dar.

Christopher me levou para casa, claro que transamos antes, aquele cara não cansa nunca e eu muito menos.

Cheguei e vi meu pai sentado no sofá.

- Oi filha, tudo bem?
- Oi pai, eu tô bem e você?
- Tô ótimo, te trouxe um presente. - ele me entrega uma caixinha.
- Que lindo pai, adorei - o abracei.
- Que bom que gostou, eu olhei ele e achei sua cara.
- Awn, obrigada pai.

Era um anel de diamante, muito lindo, ele sempre me dá presentes quando viaja, acho que eu querendo admitir ou não é o jeito de ele demonstrar que me ama. Eu o amo também, mas ainda não entendo porque Roberta foi abandonada por ele e pela minha mãe.

Amanhã eu teria um dia corrido, tenho reunião da empresa, contratos para fazer com empresas menores e de noite teria que ir na Roberta.