Fanfic: Você se foi - Vondy | Tema: Vondy

Dulce 

Hoje era meu primeiro dia de trabalho!

Eu estava tão nervosa, era óbvio que isso ia acontecer mas, não imaginei que ficaria tão ansiosa e nervosa assim. Acordei bem cedo, dei uma faxina bem rapida no apartamento, não demorou muito já que ele é bem pequeno, preparei um sanduíche pra mim, e pedir um uber. No caminho aproveitei o trânsito pra responder algumas mensagens de Poncho e dos meus pais, eles estavam curiosos pra saber como estava sendo esse primeiro contato com a rotina aquI, eu responderia agora e depois não ia mais dar notícias, precisava me livrar dessas amarras um pouco. 

Quando respondi todas as mensagens, guardei meu celular Na bolsa, e olhei a paisagem pela janela do carro. Há uns 3 anos atrás, eu jamais imaginaria que estaria sozinha na cidade grande, e hoje estou aqui, tratando de me livrar da vida que tinha, e das amarras que minha familia colocou em mim, De repente, estava pensando em meu vizinho super gato que é pai. Será que ele desejava que a vida dele fosse como é hoje ? E a mãe da filha dele, onde ela estava ? 

E por que diabos eu estava pensando nele ? 

" É aqui, muito obrigado " digo, e então saiu do carro 

" Dulce ? você é a Dulce ? " Uma mulher loira pergunta no estante em que passo pelas portas da lanchonete 

Sorriu " sim, sou Dulce " 

" Ah, finalmente " levanta as mãos pra cima " Sebastian a nova garçonete chegou " grita encarando a entrada da cozinha 

As portas se abrem e um homem muito bonito, vestido de chef sai vindo em minha direção, ele estende a mão pra mim " Seja muito bem vinda Dulce, sou Sebastian Rulli dono da lanchonete Rulli e essa é minha adorada esposa Angelique rulli, é um imenso prazer conhecê-la " 

Aperto sua mão " o prazer é meu " digo 

" Eu sou o chef do lugar como você pode notar, e minha esposa esta a frente da administação e da gerência, fora você temos mais 2 garçons, o Pablo e o Gary, aposto que vocês vão se dar super bem " ele diz simpático 

" Eu espero realmente que sim " digo sorridente 

" Bem, minha esposa vai te contar como trabalhamos aqui e como as coisas funcionam, espero que você se sinta confortável com a gente " ele me abraça rapidamente " mas, uma vez seja bem vinda " ele diz voltando a cozinha 

" Obrigado " digo,  realmente o achei bem simpático 

A esposa dele, se abaixa atrás do balcão, e então levanta com uma roupa em mãos " pode me chamar apenas de Angel, eu não gosto de tantas formalidades " sorri, e então me estende a roupa " esse é seu uniforme, sempre que chegar vai se trocar no banheiro dos funcionarios, fica logo ali atrás " ela dá a volta no balcão, e aponta pra um corredor " ali é a ala privativa, lá tem armários, cada funcionario tem sua próprio ármario e essa é a chave do seu " me estende 

Pego a chave  " armarios ? " 

" É, pra guardar suas coisas, sua bolsa, seus pertences " explica " aqui seguimos arisca aquela velha frase que diz que o cliente sempre tem razão então, se por alguma razão algum cliente for mau educado com você, ou ser só chato, converse comigo e eu resolvo no profissionalismo, entendeu ? "  pergunta 

" Sim senhora " 

Ela ri " já disse Dulce, não gosto dessas formalidades, além do mais você é o que ? 3 anos mais nova que eu ? não há tanta diferença de idade, se me chamar de senhora, me sentirei uma velha " ela diz, e apenas assinto "  vem comigo, vou te amostrar o resto da lanchonete " ela sai, e eu a sigo " esses aqui são os banheiros dos clientes, aquela parte é a vip, só pessoas importantes podem comer lá, geralmente elas marcam antes então, você saberá quem deverá atender " assinto " ali fica a cozinha, tem uma porta de acesso que é onde os funcionarios almoçam, damos 1 hora de almoço e ainda um intervalo de 15 minutos no periodo da manhã, esta bom pra você ? " 

" Perfeito " 

" Ótimo, venha comigo, vou te apresentar aos dois garçons, eles vão te adorar tenho certeza " ela diz dando a volta pra ir até onde supostamente tá os armários, a sigo calada " com licença rapazes " 

" E ai Angel " Um deles, o mais alto, moreno, e estupidamente bonito diz após fechar seu ármario 

" Eu gostaria de apresentar a vocês, a nossa nova garçonete, Dulce " Aponta pra mim sorridente " Dulce, esses são Pablo " aponta pro moreno lindo " e  Gary " aponta pro baixinho com cabelo colorido. 

Gary sorri pra mim " é um prazer te conhecer Dulce, se precisar de qualquer informação ou ajuda, pode contar com a gente " diz simpatico 

Pablo assente " é, estamos aqui pra ajudar " diz me encarando com os olhos estreitos 

Sorriu um pouco sem graça " obrigado rapazes " 

" Bem, é isso, você pode guardar suas coisas no armário, seu numero ta na chave, depois troque de roupa onde eu disse " assinto " vamos gente, apressem-se a lanchonete abre daqui a pouco " ela bate as mãos e sai 

Gary ri " essa Angel " nega com a cabeça ,e então me encara " você não é daqui é ? digo, se nota pela sua cara que esta bastante assustada com o nosso jeito eletrico de ser " dá de ombros 

" Não enche a garota, é o primeiro dia dela, é obvio que ela esta assustada " Pablo diz dando um tapa no braço de Gary " ei, relaxa ta certo ? esse lugar é maravilhoso pra trabalhar, Angel e Sebastian são os melhores chefes do mundo, você vai adorar isso aqui " garante 

Sorriu " eu tenho certeza que vou " 

" Rapazes, as portas foram abertas " Angel grita do caixa 

" O trabalho começou " Gary  diz e então me abraça rapidamente " seja bem vinda " 

" Obrigado "  agradeço 

Pablo também me abraça " qualquer coisa, já sabe, é só falar com a gente " 

" Pode deixar, obrigado " ele dá uma piscadela e sai junto com Gary conversando e rindo entre si. 

Olho o número na minha chave, e vou até meu armário, guardo minha bolsa, e meu celular, depois vou até o banheiro e troco de roupa, saiu de lá pronta pra enfrentar meu primeiro dia de trabalho. Não foi como imaginei que seria, foi bem mais puxado, quem acha que ser garçonete é algo fácil esta enganado, passar o dia todo em pé indo pra e pra cá e ainda manter um sorriso no rosto, era super díficil. 

No fim do dia, tudo que eu queria era me jogar na minha cama, meus pés estavam me matando, e eu estava quase com os olhos fechando, enquanto abria a minha porta, foi quando ouvi um choro, dois choros na verdade e vinham da casa do meu vizinho gato. Eu queria ir pra minha cama mas, não podia e nem queria ignorar aquilo então, parei em frente a sua porta e bati. 

" Quem é ? " ele grita 

" Dulce, sua vizinha " respondo 

Depois uns segundos, e a porta foi aberta " olá Dulce, posso te ajudar em algo ? " ele pergunta colocando apenas o rosto pra fora 

" Na verdade eu ia justamente fazer essa pergunta pra você, esta tudo bem ai dentro Christopher ? " pergunto 

" Tudo, tudo bem " diz rapidamente, 

O choro da bebê se intensifica " tem certeza  ? " pergunto

" Ah, você esta se referindo ao choro ? não, esta tudo bem, isso é coisa de bebê né, bebê chora as vezes " ele diz forçando um sorriso " é por isso que bateu ? esta incomodando ? eu posso dar um jeito de ... " 

" Christopher, eu acho que você precisa sim de ajuda, e entendo que talvez nao confie em mim pra ajudar, eu sou uma estranha, você mal me conhece é um medo muito justificado mas, nesse momento talvez eu seja a única pessoa que posso te ajudar, então se realmente precisa de ajudar, preciso que me diga " falo o interrompendo 

Ele fica uns segundos calado, e então abre mais a porta saindo totalmente " eu não sei o que fazer Dulce, eu não sei " diz angustiado 

" O que houve? " pergunto

" Ela não para de chorar, eu já não sei mais o que fazer, eu pensei que conseguiria lidar numa boa com isso mas, esta demais, estamos só no primeiro dia e eu já estou totalmente desesperado " ele nega com a cabeça com seus olhos repletos de lágrimas 

" Ei, não fica assim, não se desespere " num impulso toco seu rosto " esta tudo bem, eu tenho certeza que ela deve estar apenas com gases, ou talvez seja fome, você tentou dar leite pra ela ? " 

" Eu tentei, eu tentei de tudo, não sei mais o que fazer " ele abaixa o olhar " eu sou um pessimo pai " diz 

" Não, não ,você não é um péssimo pai Christopher, esta apenas começando a aprender, é normal se sentir um pouco perdido no começo, acredite, mas, logo você vai pegar o jeito " afirmo 

Ele toca minha mão, que ainda esta em seu rosto " será ? " pergunta, ficamos nos encarando até o choro da bebê aumentar, ele geme como se sentisse dor e afasto minha mão " ela não para, não para de jeito nenhum meu deus" sussurra 

" Se acalma, eu vou tentar te ajudar se você me deixar, é claro " o encaro fixamente " você me deixa te ajudar Christopher ? " pergunto, em resposta ele dá um espaço pra eu entrar, sorriu e entro.