Fanfic: Você se foi - Vondy | Tema: Vondy

Christopher 

Quando meus pais morreram eu tinha 10 anos, foi bem difícil pra mim, eu era muito apegado a eles, faziamos tudo juntos, tinhamos nossas tradições e brincadeiras, éramos felizes da nossa maneira, perdê-los me devastou por que eu fiquei sozinho no mundo. Não tinha avós vivos, não tinha tios, ou primos, toda minha vida foi apenas nos três e quando os perdi eu me perdi um pouco também. 

Depois que fui pro orfanato, todas as noites antes de dormi eu rezava e pedia perdão por ter tirado a vida deles, por que eu realmente acreditava que tinha feito isso. Talvez se eu não tivesse passado mal, e se minha mãe não tivesse tão desesperada por não achar minha bombinha de asma ela não teria que pegar o carro e ir pra farmacia comprar outra, e o papai não teria visto esse desespero e ido junto preocupado com o que poderia acontecer com ela no caminho,então eles nunca teriam perdido o controle do carro, e estariam vivos comigo. 

Naquela noite, minha mãe ficou desesperada com medo de me perder, e no fim quem perdeu ela fui eu, não é irônico como anos depois eu esteja vivendo quase a mesma coisa ? Quero dizer, Alicia me abandonou quando antes demonstrou que tinha medo que eu a deixasse, essa é a vida e seus mistérios. 

" Assine aqui, e depois aqui senhor Uckermann " o homem em minha frente me instrui 

Pego a caneta, e assino meu nome onde ele diz " pronto " 

" Certo, agora tudo esta pronto, a parti de agora é oficial, sua filha se chama Laura Alexandra Cardoso Uckermann " ele pega a certidão e me entrega 

Observo com cuidado cada palavra escrita ali, e dou um sorriso " tudo certo então ? " 

" Tudo sim senhor Uckermann, como o senhor pediu o nome da mãe esta ai " ele aponta pro nome de Alicia na certidão " e o sobrenome dela foi adicionado ao de sua filha, como o senhor desejou " 

Assinto " sim, Alicia já privou essa menina de muitas coisas, não poderia permitir que a privasse do que é dela por direito " afirmo, e ele assente. 

As portas se abrem e a enfermeira entra com Laura embrulhada na manta rosa " olá senhor Uckermann, estou trazendo a alta, o senhor já pode levar essa princesinha pra casa " diz sorrindo 

Pego a bolsa que Christian me trouxe, e guardo a certidão " obrigado, ela já esta bem ? eu fiquei preocupado por que não conseguimos sair ontem como você disse que seria " comento 

" O médico preferiu deixar ela mais um dia em observação nada demais, sua bebê é saudavel, esta tudo bem com ela " ela me entrega o papel " o senhor já pode leva-la " ela diz 

Me aproximo, um pouco nervoso, e pego Laura em meus braços, ela estava com os olhinhos fechados, e sua respiração estava calma " obrigado por tudo "

A enfermeira sorri " não precisa agradecer, eu fiz apenas meu trabalho, deixa eu te ajudar com isso " ela pega a bolsa, e passa no meu ombro " prontinho " 

Encaro o homem " obrigado ao senhor também " 

" Não precisa agradecer senhor Uckermann, parabéns pela filhinha, ela é linda " ele diz simpático 

Sorriu " obrigado" caminho até a porta, e a enfermeira vem logo atrás " então, você me disse que iria me dar um papel com as horas certas dela mamar " eu digo a ela 

Ela assente " claro, eu já ia esquecendo " ela retira o papel do bolsa, e coloca na minha minha " esta tudo explicadinho aqui, não esqueça de manter a rotina que ela tinha aqui " 

" Claro, eu vou lembrar disso " afirmo 

" E no papel ta anotado o leite certo que deve comprar pra ela " assinto, estava um pouco aliviado já que ela anotou isso " espero que tudo dê certo pro senhor e pra sua filhinha " 

" Obrigado " sorriu brevemente " qual é mesmo seu nome ? " pergunto 

" Genevive mas, pode me chamar apenas de Gen " ela diz se escorando na parede 

" Foi um prazer Gen, obrigado " ela sorri assentindo

" O prazer foi meu senhor Uckermann "  tchau " ela diz quando começo a me afastar. 

Um uber já estava a nossa espera na frente do hospital, entrei meio desajeitado dentro do carro. Durante o trajeto fui observando o rostinho delicado de Laura, que ainda dormia, não demorou muito pro carro estacionar em frente ao meu prédio, agradeci ao motorista, e sai do carro entrando em seguida no predio. Confesso que fiquei muito nervoso quando subi as escadas com Laura nos braços, eu tinha medo de deixar ela cair. Quando parei em frente a minha porta, peguei minha chave comum pouco de dificuldade no bolso, e a abri. 

" Veja bem filha, esse é nosso lar " eu sussurro largando a bolsa sobre o sofá " eu sei que é bem pequeno mas, é o que eu consigo pagar por enquanto, quem sabe um dia a sorte não sorria pra mim e eu consigo um emprego bom, e uma casa de verdade pra você em ? " suspiro, e observo ao redor " meu deus,eu nem tenho um berço, eu deveria ter sido mais esperto e comprado um berço, me desculpa por isso, e agora o que faço ? onde eu te coloco ?  " digo aflito 

Ouço barulho da chave na porta, e logo Christian entra " ei cara, você finalmente chegou " ele diz um pouco alto 

" Ei, ela ta dormindo " digo baixo 

Ele ergue as mãos " desculpa " assinto " como ela ta ? " ele toca as mãozinhas dela 

" Bem, eu já registrei ela, ta tudo certo " ele assente, vidrado em Laura " eu acabei de perceber que não tenho um berço Christian, preciso de um berço " digo agoniado 

" Bota ela pra dormi na cama " dá de ombros 

" Você enloqueceu ? ela pode cair " reviro os olhos " o que eu faço ? onde consigo um berço ? " 

Ele aponta pro uniforme que usava " pra sua sorte meu caro, eu ainda trabalho na loja, posso conseguir comprar o berço e fazer com que seja entregue hoje ainda " afirma 

" Não, eu não posso te pedir isso " 

" Ela vai ser ou não minha afilhada ? considere como o primeiro presente do padrinho, ta certo ? " assinto " esse é meu garoto, então eu vou lá resolver isso pra você "  vai até a porta 

" Espera, até lá o que faço ? "  pergunto totalmente perdido 

" Fica com ela no colo ué " dá de ombros, e sai fechando a porta atrás de si.

Suspiro " tudo certo, é só por umas horinhas não é Laura ? o papai aguenta " forço um sorriso, batem na porta " com certeza seu padrinho esqueceu a cópia da chave que dei pra ele" reviro os olhos, e vou abrir a porta " Que bom que voltou, eu não posso ... " me calo ao vê que não era Christian. 

Era uma mulher, uma mulher muito linda por sinal. Ela estava usando um vestido azul bem claro, que realçava o vermelho vibrante dos seus cabelos longos, estudei cuidadosamente seu rosto perfeito, seus olhos castanhos, e sua boca rosada, ela parecia uma boneca, e estava me olhando curiosa, assim como eu a estudei ela fez o mesmo comigo, e não mas, a sensação de ter os olhos dela sobre mim foi muito boa. 

Ela sorri um pouco sem graça, e que sorriso lindo " desculpe, eu queria falar com Christian " 

" Christian ? " pergunto estreitando os olhos 

" Sim, eu pensei ter ouvido a voz dele " comenta 

" Ah, sim  sim, ele tava aqui mas, acabou de sair, foi resolver umas coisas pra mim " digo 

" Ah, então você deve ser o tão falado amigo dele " conclui, apenas assinto, ela estende a mão " prazer sou Dulce Maria, sua nova vizinha de apartamento " se apresenta 

Sorriu " eu não posso " olho Laura em meus braços e ela assente entendendo a situação " eu sou Christopher" 

" É um prazer Christopher " diz simpática 

Pigarreio " você disse que queria falar com Christian " 

" Sim, eu só queria devolver isso pra ele " ela amostra a camisa em sua mão " é que ele me deu uma ajuda na noite passada e eu achei que seria uma boa recompensar, enfim, você não entenderia, eu só queria devolver mesmo " dá de ombros 

" Ele vai voltar daqui a pouco mas, se quiser pode deixar aqui comigo " sugiro 

" É uma boa "  

Dou um espaço pra ela passar" pode entrar,  só não repara a bagunça por favor, eu estive uns dias fora e ainda não tive tempo de dar uma arrumada " ela entra um pouco acanhada " pode deixar ali no sofá, eu mesmo deixaria mas, não posso largar a bebê agora " 

Ela larga a camisa, e olha Laura " é sua irmã ? " pergunta olhando com adoração pra Laura  

" Minha filha " 

" Ela é linda " diz dando um sorriso " por que não pode largar ela ? " pergunta curiosa 

Abaixo o olhar " não tenho um berço ainda e na cama acho que pode cair " digo um pouco sem graça 

" Eu posso te ajudar se quiser " sugere acariciando a mão de Laura 

" Como ? " pergunto rapidamente, meus braços já estavam dormentes 

Ela arqueia a sobrancelha " me amostra seu quarto e você vai vê  " diz, e mesmo que tenha sido um pedido inocente, por uma causa nobre, eu senti coisas que não deveria ter sentido. 

"" 

ELES SE CONHECERAAAAAM 

Dulce bêbada é o auge, tão fofinho Christian cuidando dela hehehehe 

O que estão achando ? 

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