Fanfic: Unnamed History (É br kkkk) | Tema: Sobrenatural Fantasia Suspense Mistério
AVISO!!
Se você chegou aqui de paraquedas, saiba que esse é o SEGUNDO CAPÍTULO da história. PARE e volte ao primeiro capítulo para obter uma leitura mais gostosa e para as coisas fazerem sentido.
Obrigada! -A escritora
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Quando finalmente voltei a mim já não estava mais na escola e sim em minha cama, teria tudo isso sido um sonho?
Me sentia meio zonza, mas aquele era o teto do meu quarto. Desde quando os pesadelos são tão reais?
Meu celular estava tocando, era o alarme da... Terça? Isso só poderia significar que não foi um sonho! Eu sabia! Foi muito real para não ser verdade. Só Helena poderia me dizer o que aconteceu, pensei, então rapidamente abri minhas conversas para perguntar a ela.
No momento em que abri nossa conversa me deparei com mensagens que eu não conhecia. Éramos eu e Helena conversando após a aula do dia anterior, sobre como o professor parecia um fóssil naquele museu e como o dia passou devagar, combinamos até mesmo de nos encontrar em casa antes da aula de hoje. Mas por mais que eu buscasse da melhor maneira possível entre minhas lembranças, não me lembrava de nada daquela conversa, aliás, não me lembrava de nada após o berro. Tentei buscar nas mensagens algo sobre isso, mas em momento nenhum mencionamos o berro ou minha dor, e eu realmente não me lembrava de dizer isso a ela, mas também não me lembrava de dizer o conteúdo das mensagens! Algo não estava batendo...
Como Helena passaria em casa antes da escola resolvi me arrumar e perguntar pessoalmente isso a ela. Se passaram uns 20 minutos e como o combinado na mensagem Helena apareceu e eu pedi para que ela entrasse. Depois de alguma enrolação, decido introduzir o assunto.
- Helena, tem algo muito estranho acontecendo.
- Algo estranho?
- Sim. Depois de um determinado momento não consigo me lembrar do que aconteceu ontem!
- Do que você está falando?
- Você consegue me dizer o que aconteceu ontem depois da aula de matemática?
- Claro... O professor passou alguns exercícios e você dormiu como quase sempre, então ele te mandou para a diretoria. Você teve que ficar depois da aula. Eu bem vi você aproveitando o momento para olhar para a bunda dos garotos mais novos hahaha. Você chegou em sua casa, me mandou mensagem e ficou fazendo sei lá o que, demorando para me responder!
- E sobre meu berro?
- Que berro?
- Durante a aula de matemática?
- Olha, você fala berrando, mas durante a aula de matemática você só dormiu
- Não, não pode ser, eu me lembro muito bem, eu senti uma dor terrível do nada, dei um berro e ninguém olhou para mim, depois disso eu não me lembro de mais nada!
Quando falei isso, o rosto sorridente de Helena se fechou e com uma voz séria me respondeu:
- Isso nunca aconteceu, pare com essa loucura.
Aquela mudança repentina me fez tremer. Helena nunca ficava séria, a menos que algo muito grave ou triste acontecesse, e a maneira como ela falou comigo foi totalmente diferente do jeito de costume, ela era uma pessoa muito calorosa e carinhosa, aquele comportamento, aquele jeito não fazia parte dela, tinha algo que ela estava escondendo de mim, eu tinha certeza disso, porém decidi me calar, tive medo de dizer qualquer coisa – aquela expressão me assustava.
Para fugir daquele sentimento de terror, falei:
- Se nos atrasarmos novamente o Henry vai querer nos matar, vamos logo – após dizer isso olhei para seu rosto e a serenidade de sempre havia voltado, como se nunca tivesse mudado, ficado brava ou séria, aquilo me amedrontava ainda mais.
- Então vamos logo! – me respondeu sorrindo
Durante o caminho, aquelas brincadeiras de sempre. Tinha algo de errado e não era apenas comigo. Talvez os garotos soubessem o que estava acontecendo, eu tinha que perguntar para eles, sem que ela soubesse. Minha primeira tentativa era com Henry, já que eles eram bem próximos.
Caminhávamos com o passo apertado, mais do que o normal então chegamos muito cedo, antes mesmo do meu alvo. Essa preocupação toda estava me matando, tanto que não aguentei, olhei para Helena e me desculpei:
- Lenna... Me desculpa por aquilo mais cedo... Eu estava tão confusa...!
- Aquilo... Exatamente o que?
Antes que eu pudesse dizer qualquer coisa uma voz grossa soou, era Henry:
- Vocês aqui, tão cedo?!?
- Henry! Preciso falar com você – falei puxando-o para um canto afastado, em uma viela que tinha ao lado da escola.
- Fionna! Temos que ir para a aula logo, me diz o que você quer sem enrolação!
- Eu preciso falar com você sobre ontem...
- Eu já te disse que não vou te deixar ver minha bunda!!
- Ãn?? Bunda? Que? Como? Argh, enfim, não é isso. É sobre Helena.
- O que tem ela?
- Ela tem agido estranho, até mesmo gritou comigo!
- Com certeza você a irritou.
- Sim, mas você conhece muito bem ela, sabe que ela nunca fica brava nem briga com ninguém! E sabe o que é mais estranho? Eu estava simplesmente falando com ela sobre ontem, e quando eu mencionei meus berros e o desmaio ela surtou, tipo, totalmente!
- Mas de que berro você está falando? E que desmaio?
- Como assim?!? Ontem durante a aula de matemática eu senti uma dor horrível do nada, como se fosse uma agulha...
- Olha, Fionna, eu não tenho tempo para as suas histórias, ok? Vamos logo para a aula.
- NÃO É UMA HISTÓRIA! Isso realmente aconteceu! Foi horrível, para vocês não ouvirem, só podem estar surdos!! ME OUÇA HENRY....
- FIONNA! CHEGA! Para com isso! Quer saber? Eu vou para a minha aula! Não tenho que perder tempo com uma louca que vive num mundo fantasioso, com licença!
- Henry!...
Assim ele me deixou, sem ao menos me escutar por completo! Eu confiei nele para falar sobre todas essas coisas e como Helena, ele não quis nem saber! Não pensaram no jeito que eu me sentiria?? Pois eu me senti muito mais do que péssima, me senti destruída... Eu não pude me conter, as lágrimas logo começaram a rolar timidamente e minhas pernas a bambear e enfim, eu caí, derramando um mar de lágrimas escondidas entre meus braços. Aquela, de certa forma, não parecia ser a minha realidade: tudo e todos estavam agindo estranho, sendo diferentes e indiferentes e eu era apenas um nada em meio a tudo aquilo. Eu só queria sumir... Ir para uma realidade diferente...
Enquanto eu me lamentava ouvi uma voz extremamente conhecida por mim, era tão doce, mas estava tão triste e cansada:
-Filha, por favor, levante, eu preciso tanto de vo...
-Mamãe! – eu gritei, levantando a cabeça, mas não havia ninguém lá.
Eu ouvi minha mãe e ela parecia muito triste. Naquele momento ela precisava de mim e eu precisava ainda mais dela!
Mesmo sem saber qual direção ela estava, eu apenas segui meus instintos, saí correndo em direção à avenida da escola, pelo caminho de volta para casa.
Estranhamente as calçadas estavam vazias e quase não tinham carros pela rua.
Em canto nenhum avistava minha mãe! Entrei em desespero, eu a ouvi, disso eu tinha certeza, mas é mais como se ela estivesse em minha cabeça, mas não tinha como ser minha imaginação, mesmo que em volume baixo, eu ouvi sua doce voz cheia de amor e tristeza...
Ainda mais em desespero, fui para o meio da rua, girei e girei, arrastava meus olhos por todos os cantos, até mesmo os mais escondidos. Em minha última volta, vi uma forte luz que se aproximava, nesse momento eu não consegui me mover, minhas pernas estavam congeladas de medo e tristeza. Como um copo descartável fui amassada por aqueles pneus que espalhavam todos os meus sonhos, medos e felicidades pela avenida.
Autor(a): Claricie
Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).
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AVISO!! Se você chegou aqui de paraquedas, saiba que esse é o TERCEIRO CAPÍTULO da história. PARE e volte ao primeiro capítulo para obter uma leitura mais gostosa e para as coisas fazerem sentido.Obrigada! ...
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