Fanfics Brasil - Capítulo 1 Dois Lugares

Fanfic: Dois Lugares | Tema: rebelde, rbd, anahi, aya, dulce, ponny, portinon, poncho


Capítulo: Capítulo 1

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Acordei sozinha naquela cama imensa mais uma vez na semana. Eu estava farta de não achar calor pela manhã, mas compreendia que mesmo que ele estivesse ali não teria onde me aquecer do mesmo modo. Senti o estomago revirar ao ter um lapso das memórias boas e felizes do nosso agora tão distante passado. Me revirei na cama fazendo com o que os fios amendoados de meu cabelo criassem uma trama de nós e bagunça assim como os pensamentos de minha cabeça. Suspirei tentando achar o norte da minha calma e me levantei em um movimento calmo, esticando cada viés do meu corpo pra que pudesse conseguir ainda existir.


- Acordou? - A voz rouca, grossa e pouco empolgada de meu ainda marido soou vinda do banheiro. Era um surpresa ele ainda estar lá, há essas horas nos outros dias normalmente já estava trabalhando ou fazendo qualquer coisa que não exigisse ficar perto de mim. Sua figura surgira na porta, molhado e com a toalha enrolada em sua cintura. Seu corpo era de uma escultura vivida, perfeita e eu simplesmente não compreendia como não havia mais tesão entre nós dois. Mais um lapso gratuito invadiu minhas memórias, agora desenhava cenas do sexo selvagem que praticávamos muitas vezes escondidos pelos quartos de hotel. Suspirei mais uma vez ainda sonolenta e incapaz de pensar em uma resposta que não fosse o murmuro baixo e tímido que soltei. - Preciso ir no centro da cidade fazer umas coisas e depois gostaria de almoçar com você. - Alfonso prosseguiu já que me conhecia tão bem e sabia que aquele barulho ia ser a única coisa que sairia de minhas cordas vocais no momento. Mais uma vez fui surpreendida quando seus planos chegaram até almoçar comigo. Havia meses que o rapaz não programava algo assim. Meu estomago revirou pela segunda vez e mais um lapso me distraiu por um momento. Dessa vez nossa risada estrondava pelos restaurantes gélidos e vazios nas madrugadas frias de um país o qual nem sabíamos onde estávamos. - Tudo bem pra você? Ou você já tinha algo marcado? - Voltei pra realidade encontrando os olhos castanhos esverdeados de Alfonso sobre mim. Suas mãos abotoavam sua camisa social de um tom azul claro com uma praticidade maior do que o normal.


- Tudo bem, me manda mensagem avisando o horário que você vai estar livre. Você quer almoçar aqui mesmo em casa? - Observei o rapaz enquanto apertava seu pé 42 em seu sapato favorito sentado em uma poltrona comprada especialmente para esse tipo de serviço. Uma vez transamos ali, mas foi desconfortável o suficiente para descartarmos esse uso bem rápido.


- Vamos naquele bistrô que você gosta, faz tempo que não comemos lá. - Claro que fazia tempo, ele odiava o lugar tanto quanto eu o amava. Meu estomago revirou pela terceira vez calculando o porque de Alfonso estar fazendo tamanho sacrifício no dia de hoje. Será que eu havia esquecido alguma data em especial? Será que havia algo que ele desejava me contar? Será que finalmente veríamos os estilhaços de nosso frágil casamento em um pedido não tão precoce de divórcio vindo da parte dele? Ele não me amava mais, eu sabia! - É certeza que vou estar livre ao meio dia, você me encontra lá? - Sua voz grossa me tirou mais uma vez de dentro de meus pensamentos. Senti seus lábios tocarem os meus em um movimento rápido e automático, assim como o abotoar de sua camisa. Ainda confusa, apenas concordei balançando minha cabeça em afirmação enquanto o notava sair pela porta do quarto. - Estou indo então, até lá.


- Até... - Minha voz rouca e fraca já não era o suficiente para chegar aos ouvidos de meu marido que agora já descia a escada em passos pesados como o trotar de um cavalo. Outro lapso e outro reviro no estomago. Afaguei os fios de meu cabelo e finalmente decidi sair da cama percebendo já estar sozinha de novo na frieza que ela proporcionava desde o momento em que despertei.


As horas se passam lenta e misteriosamente charmosas quando se está sozinha dentro de uma casa de muitos metros quadrados. Sentia o sol arder em minha pele estirada no beiral da enorme piscina quando o tilintar de meu celular me fez o agarrar em sua primeira nota. Na tela eu lia mensagens de minha amiga Dulce que me chamara para ir nadar em sua casa e tomar vinho. "Não acredito que ela está pensando em vinho em plena nove da manhã.", indaguei em pensamentos e sorri ao responder sobre o convite de almoço que meu marido havia feito.


Era estranho como sempre que Dulce me chamava algo em mim se fazia mais completo. Nossa amizade sempre fora muito terna e forte apesar das coisas que se passavam naqueles bastidores muitas vezes enfurecidos de nossa antiga banda. Sua companhia era algo sempre indispensável e sua fidelidade era uma coisa que levaria a fio para o resto de toda a vida. 



Já se faziam onze horas em todos os relógios da casa quando caminhei até o banheiro para enfim fazer meu corpo despertar em uma ducha gélida e refrescante. Enquanto sentia as gotas de água escorrer pelas curvas de meu pequeno corpo não podia deixar de me questionar mais uma vez o porquê desse encontro marcado tão repentina e espontaneamente por meu marido. Será que eu esqueci alguma data especial? Lembrei me de já ter vasculhado minha mente por essa informação um pouco antes naquela manhã. Agora o embrulho no estômago viera gratuito e sem lapsos de memórias, só coisas de uma mente fértil e atormentada pelo fantasma do fim. 


Ao meio dia em ponto eu já estava sentada no melhor lugar de meu bistrô favorito. Era tão aconchegante pelas luzes amarelas e falhas como também pelas memórias vividas ali com meus amigos. Sempre que podíamos, eu, Dulce, Maite e Christian nos reuníamos para rirmos sobre as boas histórias aventuradas na época em que o RBD rondeava por todos os cantos do mapa nos fazendo irmãos pelo trajeto da vida. 


Lembrei de que Alfonso também fazia parte daquela história. Lembrei da nossa que agora não passava de meros corriqueiros afazeres do dia a dia comparando-as. Outro lapso de memória, mas dessa vez sem estômago embrulhado, mas sim o aconchego do iluminado do sorriso de Dulce, ah, como era lindo o seu sorriso. Pensei em ligar, mas preferi falar depois com minha amiga. 


Foram duas horas até finalmente ter algum sinal de agora nada além do homem que enfureça. Alfonso em uma mensagem breve e grosseria dizia que havia entrado em uma reunião de emergência e só  ter conseguido falar ao celular agora. Mentira! As reuniões com seus agentes sempre eram regadas a piadas e cervejas, as visitas ao instagram então nem se dizia. Talvez havia se arrependido do convite assim que saíra pela porta do quarto pela manhã, talvez tenha escutado o conselho de algum amigo nesse tempo e tenha desistido do não tão precoce pedido de divórcio que pretendia fazer. Agora tudo no que eu podia pensar é que mais uma vez no dia eu estava sozinha e agora triste.


 



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Autor(a): animiranda

Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 1



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  • ponnyyvida Postado em 04/02/2020 - 13:48:47

    Aaaa adorei <3 Continuaa


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