Fanfic: Diga Sim ao Marquês(adaptada) | Tema: Vondy
Depois que Christopher subiu correndo, pegou o cachorro, levou-o até o jardim para um passeio rápido, e carregou-o de volta por três lances de escada de pedra e o depositou junto à lareira de seu quarto, sua raiva volátil tinha passado. Então ele apenas se sentia... perdido.
Ele chamou um criado no corredor.
“A Srta. Saviñon e os hóspedes?”
“Na sala de estar, meu lorde.”
“Ótimo.” Ele deu dois passos, então parou e se virou. “E a sala de estar fica...”
“Na ala leste. No fim do corredor vire à direita, desça as escadas e atravesse o hall de entrada para a esquerda, meu lorde.”
“Certo.”
Christopher seguiu imediatamente pelo corredor antes que esquecesse aquela ladainha de instruções. Ele navegava pelo labirinto de passagens e corredores, começando a ganhar velocidade, quando dobrou uma esquina... E colidiu, de frente, com alguém que vinha em sentido contrário.
Dulce.
“Opa.”
Ela recuou com a força do impacto, como um gafanhoto que é jogado do flanco de um cavalo galopante.
Ele a pegou pelo pulso, impedindo que caísse.
“Desculpe”, ele pediu.
“Estou bem.”
Ela podia estar bem, mas Christopher precisava de um momento. No breve instante que durou a colisão, ele sentiu como se tivesse sido marcado pelo corpo dela. A marca do calor exuberante, curvilíneo, permaneceu em lugares inconvenientes.
Algumas subidas e descidas pela escada não eram suficientes. Ele precisaria correr no dia seguinte. Quilômetros, e em ritmo forte. Ele precisava socar coisas, e levantá-las também. Muitas vezes.
“Eu estava dando uma corrida até a sala de estar”, ele disse.
“Então você estava correndo na direção errada.”
Christopher deu de ombros.
“Este lugar é um labirinto. E você deveria estar lá embaixo com suas irmãs, fazendo a lista de convidados.”
“Eu fugi por um momento. Você pareceu... agitado ao sair da sala de jantar. Eu queria ter certeza que você estava bem.”
Ele não podia acreditar. Depois de todas as observações irônicas do cunhado dela à mesa de jantar, Dulce estava preocupada com os sentimentos dele?
Ela tocou o braço de Christopher.
“Na verdade, você pareceu inquieto durante toda a refeição. Está precisando de alguma coisa?”
Deus. Havia tantas coisas de que ele precisava, e metade delas podia ser resumida naquele gesto. Ele disse para si mesmo não aumentar o significado da bondade dela. Ela foi criada para ser uma anfitriã perfeita, sempre pensando no conforto dos convidados.
“Case-se”, ele disse. “Então eu vou ficar bem.”
Os dois se viraram e começaram a andar juntos pelo corredor.
“Essa bobagem de planejar casamento”, ela suspirou. “Você não consegue ver que é perda de tempo? Para não falar que estamos brincando com os sentimentos das minhas irmãs.”
“É estranho, então, que você não conte para sua família os seus planos de cancelar o casamento.”
“Antes de os papéis serem assinados? Eu não ousaria. Então eu teria vocês quatro dispostos a me fazer mudar de ideia. Não, obrigada.” Ela sacudiu a cabeça. “Não sei como posso perdoar você por aparecer dessa forma.”
“Você já me perdoou por coisa pior.”
“Você está falando do modo como reservou a terceira dança no meu baile de debutante e então não compareceu?” Ela acelerou o passo. “Ainda me sinto constrangida por isso.”
“Isso foi um favor que eu fiz para você.” Christopher igualou o passo dela conforme eles viraram em uma galeria comprida e estreita. “Eu estava pensando na festa de aniversário em que mergulhei suas luvas no ponche. “
“Ah, sim. E teve a vez, quando eu tinha 8 anos e você, 11, quando queimou meu vestido com uma brasa.” Dulce olhou enviesado para ele. “Mas isso não foi nada se comparado à vez em que você me humilhou na quadra coberta de tênis durante aquela semana chuvosa em Oakhaven. Ganhar quatro vezes seguidas? Não é um comportamento cavalheiresco.”
“Eu deveria ter deixado você ganhar só porque era uma garota? Eu queria a taça de prata.”
“Era uma forma velha de manjar. E de cobre”, ela lembrou. “De qualquer modo, eu me vinguei quando ganhei de você na corrida.”
“Você nunca ganhou de mim na corrida”, ele franziu a testa.
“Ganhei, sim.”
“Quando?”
“Bem, vamos ver.” Ela parou no meio da galeria, pensando. “Isso deve ter acontecido, mais ou menos... Agora.”
Ela chutou os próprios sapatos para longe. Segurando as saias, ela saiu em disparada, correndo toda a extensão da galeria. Quando chegou ao final, ela parou de correr. O impulso continuou a levá-la para a frente, e, como calçava apenas as meias, deslizou pelo chão de madeira encerada até que as portas na extremidade a seguraram.
“Pronto.” Ela se virou para ele, ofegante e sorridente. “Você perdeu.”
Christopher ficou olhando para ela, imobilizado. Se aquilo era perder, ele nunca mais queria ganhar. Bom Deus, olhe só para ela. O cabelo se soltando dos grampos, o pescoço corado, da cor de rosas chinesas... e a respiração forçada fazendo mágica – um tipo de magia sombria, sensual – em seu busto abundante. E o mais sedutor de tudo, aquele brilho divertido em seus olhos.
A garota precisa de aperfeiçoamento. Esse era o entendimento geral, quando o noivado foi anunciado. Quando Alfonso zarpou para a Índia, iniciando sua carreira diplomática, Dulce teve que permanecer em Londres para receber “aperfeiçoamento”. Christopher não sabia que diabos “aperfeiçoamento” significava, mas ele sabia que não gostava daquilo. Poucos anos depois ela estava de fato perfeita. Tudo o que ela tinha de individualidade ou entusiasmo em seu comportamento foi retirado, preso ou reprimido... Pelo menos era o que ele pensava.
Mas parecia que a velha Dulce continuava ali em algum lugar – a Dulce de que ele tanto gostava, antes de os dragões a pegarem em suas garras e a paralisarem com dez camadas de verniz... A Dulce que agora ele não tinha nenhum direito de admirar. Droga. Ele precisava se controlar. Ele não estava ali para ficar babando por ela. Ele estava ali para garantir que dentro de algumas semanas ela entrasse na igreja para se casar com outro homem. Não qualquer “outro homem”, mas seu próprio irmão.
“Nós realmente nos divertíamos naquela época”, ela disse. “Antes de o noivado ser combinado e tudo ficar... complicado. Bem, pelo menos nós dois nos divertíamos. Phoebe e Anahí eram dois bebês, e mesmo nas minhas memórias mais antigas, Alfonso já era velho demais para aquelas brincadeiras.”
“Alfonso nasceu velho demais para brincadeiras.”
“E parece que eu não fiquei madura o bastante para parar com elas. Outro sinal de que ele e eu não combinamos.” Ela prendeu uma mecha de cabelo atrás da orelha e deu de ombros. “Eu fui uma boa garota durante muito tempo. Estou pronta para me divertir de novo.”
Não. Não diga isso.
Autor(a): leticialsvondy
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“Sabe o que é divertido?”, Christopher exclamou. “Casamentos!” Bom Deus. Era inacreditável as coisas que saíam de sua boca naquela semana. “Apenas dê uma chance ao seu. Você vai ter realizado cada capricho com que conseguir sonhar. Revoada de pombas, cisnes no lago, pavões perambulando pelos jardins, sequi ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 24
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vondyfforever Postado em 15/06/2020 - 09:09:08
Ameeeeei que pena que acabou
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biavondy15 Postado em 14/06/2020 - 17:18:11
Que historia maravilhosa!!! Obrigada por compartilhar ela com a gente
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biavondy15 Postado em 14/06/2020 - 17:16:23
Ameeeei esse fim
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Dulcete_015 Postado em 06/02/2020 - 00:16:06
Estou amando,continuaa
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Vondy Forever❤ Postado em 31/01/2020 - 14:58:17
Continua...
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Vondy Forever❤ Postado em 30/01/2020 - 22:40:25
Que bom que você voltou, ai esses dois são tão fofos juntos, continua...
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Vondy Forever❤ Postado em 29/01/2020 - 19:46:25
Esta bem, melhoras, Estarei te aguardando abraços..
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rt1508 Postado em 28/01/2020 - 20:12:06
Continuaaaa
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Vondy Forever❤ Postado em 28/01/2020 - 00:29:01
Mulher como que você para logo ai nesse momento caliente dos dois, Até na hora h Dulce lembra desses documentos. Chorei de rir quando o Christopher falou que usava pijama lilas, continua...
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Vondy Forever❤ Postado em 27/01/2020 - 23:13:41
continua, mais duas sua web e muito viciante...