Fanfics Brasil - Capítulo 4 (PARTE 3) Diga Sim ao Marquês(adaptada)

Fanfic: Diga Sim ao Marquês(adaptada) | Tema: Vondy


Capítulo: Capítulo 4 (PARTE 3)

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Dulce sempre tinha prestado atenção nos eventos em voga. E também em história mundial, geografia, línguas e mais. Sua mãe sempre insistiu nisso. A mulher de um diplomata tinha que estar por dentro de tudo que acontecia.


Falando com sinceridade, a mulher de um diplomata provavelmente não precisava saber de todos os acontecimentos no submundo do boxe, mas Dulce não foi capaz de resistir. Christopher sempre foi uma fonte de fascinação para ela. No meio do jardim bem aparado e cuidado que era seu pedaço da Sociedade, tinha crescido aquela vinha selvagem, rebelde, que se recusava a ser contida. Dulce queria compreendê-lo. Queria saber por que ele tinha se afastado daquele mundo e aonde tinha ido. Por que era feliz ali. Importar-se com Christopher Uckermann parecia um hábito perigoso, mas ela não conseguia se livrar disso.


“Por falar em nomes”, ele quebrou o silêncio, “desde quando você atende por ‘docinho’?”


Ela franziu o nariz.


“Desde que Anahí casou e seu marido decidiu dar apelidos às cunhadas. Phoebe é a gatinha e eu sou o docinho.”


“É um nome idiota.”


“Não vou discordar. Mas eu não sei como dizer a ele para parar de me chamar assim.”


“Vou lhe ensinar como fazer isso. Chegue para ele e diga ‘Não me chame de docinho’.”


Não era fácil. Não para ela. Dulce se moveu na direção da passagem secreta.


“Você vai atravessar este túnel ou não?”


Ele a segurou.


“Desta vez, eu vou na frente.”


Ela lhe entregou o lampião. Eles se abaixaram e entraram no túnel. A passagem era estreita e o teto era baixo. Christopher teve que se curvar e virar para passar pelos lugares mais estreitos.


“Por que você faz isso?” A pergunta escapou dela. Ela conseguiu perguntar porque ele a acompanhava naquela aventura e os dois estavam sozinhos. “Por que você luta?”


A resposta dele foi prática.


“Eu fiquei sem dinheiro nem herança. Eu precisava de uma carreira.”


“Eu sei disso. Mas com certeza existem outras maneiras de ganhar a vida. Maneiras menos violentas.”


“Ah.” Ele parou. “Eu sei aonde você quer chegar. Você quer saber qual é minha dor secreta.”


“Dor secreta?’


“Oh, sim. Meus demônios. A tormenta escura que leva embora pequenos grãos da minha alma. É disso que você está atrás. Você acha que, se me mantiver em seu belo castelinho e me mimar com dezesseis almofadas, eu vou aprender a me amar e assim talvez eu pare de submeter meu corpo a esse abuso horroroso.”


Dulce mordeu o lábio, grata por estar escuro demais para que ele a visse corar. Se no outro dia tinha ficado rosa como um flamingo, naquele momento ela devia estar escarlate.


“Não sei de onde você tira essas ideias”, ela disse.


“De toda mulher que eu conheço.” Ele riu. “Você não é a primeira a tentar e não vai ser a última.”


“Que decepção. Pelo menos eu posso ser a melhor?”


“Talvez.” Ele parou e se virou no túnel, encarando-a. “Quer saber qual é meu segredo profundo e obscuro, Dulce? Se fosse para eu aliviar minha alma com você, tem certeza de que aguentaria?”


Ela deve ter estremecido, ou algo assim, o que ele entendeu como um gesto de confirmação com a cabeça.


“Prepare-se.”


Ela prendeu a respiração quando ele se aproximou para sussurrar em seu ouvido, sentindo a nuca formigar. A voz grave dele ressoou em seus ossos.


“Eu luto”, ele disse, “porque sou bom nisso. E porque dá dinheiro.” Ele se afastou. “Essa é a verdade.”


Dulce não se convenceu. Ah, ela não duvidou que ele tivesse falado parte da verdade – mas suspeitava que essa não era toda a verdade. Havia algo mais, algo que ele não queria admitir. Nem para ela e talvez nem para si mesmo.


Logo o corredor fez uma curva e começou a subir.


Eles abriram um painel e emergiram em uma alcova estreita.


“Onde diabos nós estamos?” Ele era tão alto e forte que quase ocupava todo o espaço.


“Perto da entrada frontal.” Dulce se apertou em um canto. “Esta é minha parte favorita do castelo.”


“Esta.” Ele tirou um pouco de musgo de uma pedra saltada. “Esta é sua parte favorita.”


Ela inclinou o rosto para cima.


“Está vendo aquela alavanca ali em cima?”


“Estou.”


“Consegue alcançá-la?”


Ele esticou o braço e agarrou a alavanca antiga de ferro. A mão gigantesca se encaixou ao redor do cabo como se tivesse sido feita sob medida.


“Vá em frente. Puxe-a.”


A desconfiança fez com que ele juntasse as sobrancelhas.


“O que acontece se eu puxar?”


“Você não quer estragar a surpresa.”


“Se a surpresa for uma lança no meu peito, sim, eu quero.”


“Confie em mim. Você vai gostar disso.” Dulce subiu na ponta dos pés e colocou as duas mãos sobre a dele, puxando a alavanca com todo seu peso.


Mecanismos com séculos de idade gemeram e rangeram.


“Agora venha ver. Depressa!”


Ela acenou para que ele saísse da alcova a tempo de ver. De uma abertura na arcada, um portão de ferro começou a descer. Uma imensa mandíbula de ferro, com dentes afiados, mordendo a pedra.


“Para trás!”


Christopher passou o braço pela cintura dela e, com uma imprecação grosseira, puxou-a para trás, bem longe do lugar em que o portão caiu.


O eco reverberou nos dois. A empolgação pulsava nas veias dela. Dulce adorava aquele som, que declarava que não, aquela não era uma casa comum. Era uma fortaleza.


“Então?” Ela perguntou. “Não é uma coisa incrível?”


“Ah, sim.. é uma coisa...”


“Você parece não ter gostado.” Ela se virou para encará-lo. “Eu pensei que você gostaria. Sabe quantos castelos na Inglaterra ainda têm uma ponte elevadiça em funcionamento?”


“Não.”


“Nem eu”, ela admitiu. “Mas não podem ser muitos.”


Ele ainda não a tinha soltado. O braço dele continuava ao redor da cintura dela, protetor e opressor. E os batimentos cardíacos dele socavam seu peito, lutando com os dela. Nossa. Ele tinha se assustado mesmo. Ficar encostada ao peito dele provava isso... bem, aquilo a fazia se sentir segura, de certa forma, e absolutamente indefesa, de outra.


“Christopher”, ela sussurrou. “O portão não ia me acertar.”


“Eu não podia arriscar.”


“Você não precisa se preocupar tanto. Você sabe que, se eu terminar o noivado – ou se alguma outra coisa acabar comigo –, Alfonso vai encontrar outra noiva. As mulheres farão fila às dezenas. Posso lhe garantir, eu sou muito substituível.”


Ele sacudiu a cabeça.


“Não, sério”, ela insistiu. “Eu sei que nossos pais queriam uma ligação entre as duas famílias. Mas agora os dois morreram e eu acho que eles...”


Christopher pôs o dedo sobre os lábios dela, silenciando-a.


“Isso é um absurdo. Você não é substituível.”


“Não sou?” As palavras saíram abafadas pelo dedo dele.


“Diabos. É claro que não!” O dedo dele deslizou por sobre os lábios dela, e o olhar de Christopher pareceu também pairar ali. A voz dele se tornou um rugido baixo, impaciente, que amoleceu os joelhos dela. “Eu juro para você, Dulce. De algum modo, vou fazer você ver...”


Passos vieram da direção do corredor. Oh, droga. Imediatamente, Christopher deu um passo para trás e a soltou. Não. Não! De algum modo, vou fazer você ver... O que, exatamente? O que ele iria fazer com que ela visse? O ponto de vista dele? Como ela estava errada? Sua coleção de conchinhas e lacres de cera? Agora ela iria passar a noite acordada, imaginando o que seria. E pensando naquele braço em volta de sua cintura. O toque dele em seus lábios.


“Bom Deus.” A voz estridente e inconfundível de Anahí ecoou pelo corredor.


“O que foi esse estardalhaço?”


“Apenas a ponte elevadiça.” Dulce estendeu a mão na direção do portão. “Lorde Christopher queria uma demonstração.”


“Sim. E a Srta. Saviñon foi generosa o bastante para atender ao meu pedido. Apesar de estar ansiosa para começar os preparativos para o casamento.” Ele olhou enviesado para ela. “A semana inteira.”


Dulce não tinha escolha, agora. Teria que sofrer com alguns dias de planejamento. O que mais podia fazer? Ela não tinha como anunciar o rompimento do noivado sem que aqueles papéis estivessem assinados. E os dias iriam se passar de um modo ou de outro. Na verdade, enquanto sucumbia à inexorável atração da sala de estar, Dulce começou a pensar que aquela tarefa não lhe tomaria uma semana inteira. Decerto que um casamento simples no campo poderia ser planejado em um ou dois dias.


Não podia ser tão difícil.



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Autor(a): leticialsvondy

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 24



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  • vondyfforever Postado em 15/06/2020 - 09:09:08

    Ameeeeei que pena que acabou

  • biavondy15 Postado em 14/06/2020 - 17:18:11

    Que historia maravilhosa!!! Obrigada por compartilhar ela com a gente

  • biavondy15 Postado em 14/06/2020 - 17:16:23

    Ameeeei esse fim

  • Dulcete_015 Postado em 06/02/2020 - 00:16:06

    Estou amando,continuaa

  • Vondy Forever❤ Postado em 31/01/2020 - 14:58:17

    Continua...

  • Vondy Forever❤ Postado em 30/01/2020 - 22:40:25

    Que bom que você voltou, ai esses dois são tão fofos juntos, continua...

  • Vondy Forever❤ Postado em 29/01/2020 - 19:46:25

    Esta bem, melhoras, Estarei te aguardando abraços..

  • rt1508 Postado em 28/01/2020 - 20:12:06

    Continuaaaa

  • Vondy Forever❤ Postado em 28/01/2020 - 00:29:01

    Mulher como que você para logo ai nesse momento caliente dos dois, Até na hora h Dulce lembra desses documentos. Chorei de rir quando o Christopher falou que usava pijama lilas, continua...

  • Vondy Forever❤ Postado em 27/01/2020 - 23:13:41

    continua, mais duas sua web e muito viciante...


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