Fanfics Brasil - Capítulo 8 (PARTE 2) Diga Sim ao Marquês(adaptada)

Fanfic: Diga Sim ao Marquês(adaptada) | Tema: Vondy


Capítulo: Capítulo 8 (PARTE 2)

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Após uma reverência curta, o pobre homem saiu com tanta rapidez da sala que Dulce podia jurar ter ouvido o som do ar se deslocando.


“É melhor assim”, Phoebe disse. “Melhor só as mulheres.”


Anahí, que tinha enterrado o rosto nas duas mãos durante a maior parte da conversa até ali, finalmente levantou a cabeça.


“Nós não vamos ter essa conversa, querida. O marido de Dulce será a melhor pessoa para instruí-la na... ahn...”


“Mecânica da coisa?”, Dulce sugeriu.


“Isso. E quanto às sensações... Não adianta descrevê-las. O que é agradável para uma pessoa pode não ser para outra. É melhor que ela mesma faça suas descobertas. Com a ajuda do marido, é claro.”


Na verdade, Dulce tinha feito algumas descobertas sem a ajuda de qualquer marido. Ela tinha 24 anos de idade, e dispunha de um corpo adulto há cerca de oito ou nove anos. Ela entendia as reações do seu corpo ao toque e...


“Bom dia”, a voz grave ecoou pela sala do café da manhã.


... E graças ao homem que preenchia o vão da porta, ela agora conhecia o sentimento de desejo.


“Ora, Lorde Christopher!”, Dulce exclamou. Porque aquilo parecia algo que precisava ser dito, e ele a tinha deixado preocupada. “Você voltou.”


“Eu voltei.”


“Sim. Está... Quero dizer, voltou.” Boba, boba. Quando Dulce se levantou da mesa, ela olhou feio para Phoebe, enviando uma mensagem silenciosa de irmã mais velha.


Guarde esses papéis. Agora.


Christopher deve ter notado as três olhando constrangidas uma para a outra. “Estou interrompendo alguma coisa?”


“Não”, Dulce disse, apressada demais. “Não, você não interrompeu nada de importante. Nós estávamos apenas discutindo...” Ela sentiu o rosto ficar quente. “... sobre cortinas.”


Na outra ponta da mesa, Anahí soltou uma risadinha nervosa.


“Bem, fico feliz de não estar interrompendo nada importante. Porque eu preciso lhe dar uma palavrinha, Srta. Saviñon. Se puder vir comigo.”


Perplexa, Dulce o seguiu pelo corredor. Ele era tão grande que quase ocupava o corredor inteiro, e sua virilidade bruta preenchia os espaços que sobravam. O coração dela acelerou.


“O que foi?”, ela perguntou. “O que aconteceu?”


“Eu quero lhe mostrar uma coisa”, Christopher respondeu.


“O quê?”


“Não quero estragar a surpresa.” Um sorriso jovial levantou os cantos da boca dele.


A reação do corpo dela foi imediata e intensamente feminina. Se alguém tivesse ligado um fio dos cantos da boca dele aos mamilos dela, o efeito daquele sorriso não teria sido mais direto.


“Nós não deveríamos esperar pelas minhas irmãs e pelo Sr. Montague?”, ela perguntou.


A voz dele não ficou mais baixa ou discreta. Era como se tivesse mergulhado em um poço de masculinidade.


“Não”, ele disse.


O coração inebriado de Dulce pulou uma batida. Depois outra. Oh, aquilo estava ficando cada vez pior.


“Confie em mim. Você vai gostar disso.”


Ele passou o braço dela pelo seu e a conduziu pelo corredor. Dulce sentiu que só passaria vergonha se tentasse resistir, então não tentou. E, falando sério, quantas vezes em sua vida ela teve a chance de estar de braço dado com um homem que... bem, com um homem dono de braços como aqueles? Os dedos dela jaziam sobre o punho dele, exercendo menos pressão do que folhas caídas em uma pedra. Ela teria acreditado que ele era esculpido em pedra, não fosse o calor palpável através das camadas de algodão e lã.


Os sentidos dela explodiram com a lembrança daquele beijo na torre. Talvez tivessem concordado em deixar aquilo de lado e nunca mais falar do assunto.


Mas isso não significava que Dulce tinha parado de pensar nisso. De sonhar com isso. Desejando, contra toda lógica e todo sentido, que pudesse acontecer de novo. Era como se aquele desejo tivesse estado dentro dela o tempo todo, ganhando força e crescendo durante anos... e neste instante sentia toda a força desse sentimento de uma só vez. Aquilo era luxúria e, agora, ela entendia sua força. Cada parte de seu corpo latejava de desejo. Sabia que nada poderia resultar daquilo, e ainda assim essa consciência não ajudava a acalmar sua imaginação. Pelo contrário.


“Eu não consigo imaginar o que pode ser esse grande segredo”, ela disse. “Nós já decidimos o local, falamos com o vigário e planejamos o almoço para esse casamento imaginário que nunca vai acontecer. Já falamos de bandeirolas, gaitas de foles, pavões no jardim...”


“Isso mesmo. Nós temos desperdiçado tempo com inutilidades. Decidi assumir o controle de tudo. Esta manhã vamos resolver as pendências. Nós dois. Sozinhos.”


“Sozinhos?”


Oh, Deus.


Ele escancarou as portas da sala de música. Dulce ficou aliviada ao ver que o ambiente estava cheio de gente. Eles não estavam terrivelmente sozinhos.


“Piano”, ele anunciou, indicando o instrumento grandioso alojado no canto da sala. A pianista sentada diante do instrumento produzia um fluxo brilhante e impecável de Händel.


“Harpa”, ele disse e fez com que Dulce girasse. No centro da sala, uma mulher de aspecto sereno levou os dedos às cordas da harpa, produzindo uma melodia intrincada e finalizando com um glissando majestoso.


“Quarteto de cordas.”


No canto mais distante, um violinista fez um sinal para seus parceiros. Os acordes envolventes de Hay dn logo preencheram a sala, chegando até Dulce com habilidade incomparável e harmonia perfeita. A sensação era de calda de chocolate passando pelo tímpano, se isso fosse possível.


Depois que o último acorde terminou de soar, Dulce piscou, emocionada. Então aplaudiu os músicos.


“Isso foi lindo, obrigada.”


“Então?” Christopher se virou para ela. “Escolha um para o casamento. Ou fique com os três.”


“Eu...”


“Pense a respeito”, ele disse. “Eles podem tocar outras músicas depois.”


“Depois do quê?”


“Nós temos mais coisas para ver”, ele respondeu.


Christopher a conduziu pela porta seguinte até o aposento ao lado – a sala de café da manhã. Um perfume inebriante a envolveu de imediato.


“Oh, nossa.”


Orquídeas. Lírios. Íris. Hortênsias. Rosas de todas as cores que ela conhecia e algumas que não sabia que podiam existir. Não eram apenas flores colhidas, mas também ervas aromáticas e vasos com botões que floresciam por um dia e depois morriam. Elas cobriam todas as superfícies disponíveis. Sua sala do café da manhã tinha sido convertida em uma estufa floral.


“Oh, Christopher.”


“Eu simplesmente pedi que enviassem tudo do melhor”, Christopher disse. “Eu não sei nada da linguagem das flores.”


“Não importa.”


Dulce também não dava importância para o código floral de Anahí. Nem para as explicações botânicas de Phoebe. Para ela, flores de qualquer tipo transmitiam uma só mensagem... Diziam, eu gosto de você. E aquela sala gritava isso. Eu gosto, eu gosto, eu gosto de você. Buquês de consideração aqui, vasos de gentileza ali. Apreço florescendo em todas as cores da natureza.


Não era de admirar que ele estivesse ostentando aquele sorriso de menino que foi pego com a mão no pote de biscoitos. Christopher tinha se esforçado tanto para organizar tudo aquilo. Aquela era a coisa mais bonita que alguém tinha feito por ela – se, de fato, foi feita para ela. Mas era com Dulce que ele se importava ou apenas com sua própria carreira?


Fosse o que fosse, receava que podia estar funcionando. Pela primeira vez desde que surgiu aquela ideia de planejar o casamento, ela se pegou sentindo um toque de empolgação nupcial. Entrar pelo corredor central da capela diante de familiares e amigos, flutuando em uma nuvem de acordes de harpa, segurando duas dúzias de flores perfeitas de estufa...? Seria emocionante.


“Tenho certeza de que você deve gostar de uma ou duas destas flores”, ele comentou.


Era imaginação dela ou ele pareceu ansioso?


“Estou encantada. São todas tão lindas.” Ela caminhou pela sala, tocando pétalas aqui e ali.


“Bem, você também pode pensar mais sobre isso.” Ele pegou o braço dela outra vez. “O que está na próxima sala não pode esperar.”


“Você disse próxima sala? Não pode estar dizendo que tem mais.”


“Venha ver.”


Ele a levou até a porta na outra extremidade da sala e a abriu. Eles emergiram na sala de jantar, e Dulce ficou paralisada pela visão que a aguardava.


Bolos. Bolos por todo lado.


“Você não fez isso”, ela suspirou.


“Eu fiz”, ele respondeu, fechando a porta atrás deles.


Toda a extensão da mesa de jantar – e a mesa de jantar do castelo tinha uma extensão impressionante – estava tomada por bolos. De todas as variedades concebíveis. Bolos cobertos de montanhas de creme batido e decorados com morangos silvestres; bolos com cobertura de fondant e violetas de marzipã. Bolos envoltos em casulos de algodão-doce.


Olhando mais de perto, Dulce percebeu que uma fatia fina já tinha sido cortada em cada bolo, de modo que os tipos de massa e recheio estivessem visíveis.


Caminhando ao lado da mesa, viu camadas do que parecia ser chocolate, especiarias, caramelo... e vários tons de amarelo que deviam ser baunilha, amêndoa, limão, abacaxi, água de rosas e quem sabe mais o quê.


“Você os trouxe de Londres? Todos?”


“Eu fui até o Gunter’s e pedi um de cada.”


Ela meneou a cabeça.


“Que desperdício.”


“Não se preocupe. Nós vamos distribuir o que sobrar para os aldeões ou algo assim. Primeiro prove e escolha seu favorito para fazermos o bolo de casamento. Melhor, escolha três. Ou dez. Você pode ser a noiva com um bolo de doze camadas, com cupidos que saltam de dentro dele a cada fatia cortada. Toda Londres vai falar disso pelos próximos anos.” Ele a fitou nos olhos. “Eu sei que você esperou muito tempo e tem todo o direito de se sentir impaciente. Mas esse casamento vai ser o seu dia, Dulce.”


Ele se empertigou e fez um gesto magnânimo com a mão, como se fosse o rei da Bololândia. Apenas imagine, dizia o gesto. Tudo isto pode ser seu.



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Autor(a): leticialsvondy

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 24



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  • vondyfforever Postado em 15/06/2020 - 09:09:08

    Ameeeeei que pena que acabou

  • biavondy15 Postado em 14/06/2020 - 17:18:11

    Que historia maravilhosa!!! Obrigada por compartilhar ela com a gente

  • biavondy15 Postado em 14/06/2020 - 17:16:23

    Ameeeei esse fim

  • Dulcete_015 Postado em 06/02/2020 - 00:16:06

    Estou amando,continuaa

  • Vondy Forever❤ Postado em 31/01/2020 - 14:58:17

    Continua...

  • Vondy Forever❤ Postado em 30/01/2020 - 22:40:25

    Que bom que você voltou, ai esses dois são tão fofos juntos, continua...

  • Vondy Forever❤ Postado em 29/01/2020 - 19:46:25

    Esta bem, melhoras, Estarei te aguardando abraços..

  • rt1508 Postado em 28/01/2020 - 20:12:06

    Continuaaaa

  • Vondy Forever❤ Postado em 28/01/2020 - 00:29:01

    Mulher como que você para logo ai nesse momento caliente dos dois, Até na hora h Dulce lembra desses documentos. Chorei de rir quando o Christopher falou que usava pijama lilas, continua...

  • Vondy Forever❤ Postado em 27/01/2020 - 23:13:41

    continua, mais duas sua web e muito viciante...


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