Fanfics Brasil - Capítulo 8 (PARTE 3) Diga Sim ao Marquês(adaptada)

Fanfic: Diga Sim ao Marquês(adaptada) | Tema: Vondy


Capítulo: Capítulo 8 (PARTE 3)

402 visualizações Denunciar


Dulce entendeu, então, a estratégia dele. Christopher queria domá-la com luxo e ostentação. Ele imaginava que, se armasse um espetáculo fantástico, Dulce se renderia. Que era só balançar um bolinho debaixo do nariz dela para que abandonasse todos os seus sonhos e planos só para entrar na igreja. Ela não conseguia decidir se ele não era capaz de entendê-la ou se simplesmente não a respeitava. Depois da conversa que tiveram na torre, esperava que ele lhe desse um pouquinho mais de crédito. Mas parecia que não era o caso. Todos os planos que Dulce tinha para aquele lugar e para sua própria independência... Christopher parecia pensar que ela trocaria tudo por um bolo de doze camadas com cupidos saindo pelo topo.


Ele espetou com o garfo uma fatia de bolo de chocolate.


“Experimente este primeiro.”


Christopher estendeu o prato para ela.


“Não, obrigada”, ela respondeu após olhar para o bolo.


“Quer começar com outro?” Ele deixou o prato sobre a mesa e cutucou uma fatia cor de laranja com o garfo. “Eu acho que este é recheado com creme de damasco.”


“Não me interessa provar nenhum deles.”


“Colabore. Você tem que escolher um.”


“Tenho mesmo?”


“Claro. Nós fizemos um acordo.”


“Então deixe Anahí, Phoebe e Teddy escolherem por mim. Ou você mesmo pode fazer isso. Bolo é para os convidados, não para a noiva.”


Ele olhou aborrecido para ela.


“Eu não tive todo esse trabalho, toda essa despesa, para que outra pessoa escolha o seu bolo de casamento.” Ele espetou um garfo em uma fatia amarela do bolo de limão, e estendeu o prato para ela. “Prove.”


“Não gosto de bolo”, Dulce disse.


“Mentira. Você adora bolo.”


“Quem lhe disse isso?”


“Você disse.”


“Eu disse?” Ela não se lembrava dessa conversa.


“Disse, sim. Anos atrás. Em um dos verões que você passou em Oakhaven. Eu me lembro muito bem.”


Christopher estava bem perto dela. Perto o bastante de para que, quando ele enfiou o garfo na fatia de bolo, Dulce pôde sentir a fragrância de limão e ouvir o estalo quase inaudível dos dentes do garfo acertando a porcelana.


Ele pegou um bocado e o colocou perto dos lábios dela.


“Você”, ele disse, “faz sons de bolo.”


“Sons de bolo?”, ela repetiu. “O que são ‘sons de bolo’?”


“São exatamente isso. Quando você come bolo, faz sons característicos.”


Não fazia, não... Ou será que fazia?


Ele confirmou com a cabeça.


“Ah, faz. Suspiros, arquejos, gemidos ofegantes. Você... adora... bolo. Ou pelo menos já adorou. Eu sei que a obrigaram a passar a última década presa e amarrada em seus espartilhos. Mas eu sei” – ele acenou o garfo diante dela – “que você quer isto aqui.”


Um rubor subiu pelo pescoço dela.


“Mesmo que eu faça sons de bolo, e não estou admitindo que eu os faça, não é nada cavalheiresco da sua parte reparar neles.”


“Tenho certeza que não. Mas, também, não sou conhecido por meu comportamento cavalheiresco.”


Não, ele não era. Christopher Uckermann era uma ovelha negra. Um rebelde mal-humorado. O Filho do Diabo. Ele era conhecido por toda a Inglaterra como sendo rápido, rude, forte, perigoso. E tentador. Diabólica e irresistivelmente tentador.


Ela engoliu em seco. Sem produzir sons, ela esperava.


“Eu não faço sons de bolo. Não mais.”


“Então experimente um pedaço e prove que estou errado.” Ele ergueu o garfo outra vez. Quando ela hesitou, ele disse, “é só um pedacinho de bolo. Do que você tem medo?”


Eu. Você. Bolo. Alfonso. Casamento. Aranhas. De tudo.


“De nada”, ela mentiu.


Não adiantava tentar explicar. Christopher não fazia ideia do que estava pedindo a Dulce. Ele não conseguiria entender.


“Então experimente um pedaço.”


“Você não vai desistir, vai?”


Ele negou com um movimento da cabeça.


“Muito bem.” Ela pegou o garfo dele e enfiou o pedaço de bolo na boca.


Mastigue, disse para si mesma. É só um pedaço de bolo. Mastigue, engula e termine logo com isso. Mas... Mas aquele homem tinha razão, droga. Ela realmente adorava bolo. E aquele não era qualquer bolo, era... êxtase. Como uma nuvem açucarada e aveludada em sua língua, que se derreteu em uma bruma de limão, provocante e deliciosa.


Ela não pôde evitar. Enquanto engolia, um gemido inevitável de prazer subiu do fundo de sua garganta.


“Humm...”


“O que eu disse? Você faz sons de bolo.”


Terminando de engolir toda aquela doçura, ela sacudiu a cabeça em protesto.


“Isso não é justo! Isso não é apenas um bolo, é... é pecado com cobertura.”


Christopher riu.


“Estou falando sério. Ninguém que provar isso consegue irá evitar de fazer sons de bolo. Experimente você e vai ver.”


“Nada de doces para mim. Não quando estou treinando.” Ele colocou a fatiade lado e olhou para os outros. “Qual o próximo?”


Ah, não. Ele não iria se safar assim tão fácil. Ela pegou o bolo de limão e levantou um pedaço com o garfo, decidida a se vingar.


“Experimente o bolo.”


Ela se aproximou e Christopher recuou um passo. Pelo menos ela o tinha colocado na defensiva.


Dulce estendeu o garfo e baixou a voz para um sussurro aveludado, fazendo sua melhor imitação de Eva no Jardim do Éden, oferecendo não uma maçã a Adão, mas um pedaço de um bolo de limão pecaminoso.


“É só um... pedacinho... minúsculo... de bolo.” Ela fez um bico com os lábios.


“Do que você tem medo, Christopher?”


Os olhos dele cravaram nos dela.


Dulce levou o garfo na direção da boca de Christopher, tentando fazer o pedaço de bolo passar por entre os lábios. Ele abaixou a cabeça. Quando ela tentou de novo, ele girou, rindo.


“Ah, você.”


Ela atacou uma terceira vez, mas os reflexos dele eram rápidos demais para ela – como sempre foram. Ele não apenas evitou o pedaço de bolo, como agarrou o pulso dela, impedindo-a de atacar outra vez.


“Você acha mesmo que consegue me acertar?”, ele perguntou. “Eu? Impossível. Eu fui campeão dos pesos-pesados da Inglaterra, querida.”


“E eu fui o terror da escola.” Dulce atacou a mesa de bolos com a mão esquerda, enlouquecida. Ela não conseguiu pegar um garfo, então enfiou os dedos no bolo mais próximo – um de chocolate – e pegou um punhado. “Coma o bolo!”


Ele driblou o novo ataque dela, então a soltou e correu para o outro lado da mesa. A essa altura os dois estavam rindo, ofegantes, e se encaravam. Cada um de um lado da mesa coberta de bolos. Se ela corria para a direita, ele pulava para a esquerda.


Ele riu dos esforços frustrados dela.


“É como eu lhe disse. Concentrar. Antever. Reagir.”


“Reaja a isto.” Ela arremessou um punhado de bolo nele.


Mas, maldição, ele se abaixou. E então se virou para ver os pedaços de cobertura e recheio espalhados na parede e assobiou baixinho, espantado.


“Ora, Srta. Saviñon. Eu não acreditava que você faria isso.”


“Observe enquanto eu faço de novo.” Ela jogou uma torta de amêndoas que raspou no ombro dele. Dulce comemorou. “Ah! Acertei.”


“Então está bem”, ele disse, pegando um bolo cravejado de morangos para usar como arma. “Isso está acontecendo. Agora é real.”


Ela mergulhou para o lado, mas ele era rápido demais. Parte da cobertura atingiu seus cabelos e rosto, como estilhaços açucarados.


Hora de recarregar. O olhar de Dulce parou em um bolo pesado de ameixa, em formato de bomba. Aquele seria o projétil perfeito. Não se desmancharia no ar.


Só havia um problema. Christopher também estava de olho nele.


Ele tirou os olhos do bolo de ameixa e a fitou. Christopher sorriu.


“É meu”, ele afirmou.


Não se eu o pegar primeiro.


Os dois pularam ao mesmo tempo. Christopher foi o primeiro a pegar o prato, mas Dulce enfiou a mão bem no meio do bolo. Ela flexionou o braço e empurrou, como se para levantar o doce do prato.


Mas o que aconteceu foi que ela se dobrou e gritou de dor.


O prato se estatelou no chão.



Compartilhe este capítulo:

Autor(a): leticialsvondy

Este autor(a) escreve mais 15 Fanfics, você gostaria de conhecê-las?

+ Fanfics do autor(a)
- Links Patrocinados -
Prévia do próximo capítulo

Quando Dulce se encolheu, o coração de Christopher castigou suas costelas. “Jesus.” Ele derrubou o que restava do bolo de ameixa no chão e pulou por sobre a mesa. “Dulce, o que foi? Você se machucou?” Ela aquiesceu, agarrando a mão direita. “É... a minha mão. Eu acho que meu dedo... Ai, como d&o ...


  |  

Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 24



Para comentar, você deve estar logado no site.

  • vondyfforever Postado em 15/06/2020 - 09:09:08

    Ameeeeei que pena que acabou

  • biavondy15 Postado em 14/06/2020 - 17:18:11

    Que historia maravilhosa!!! Obrigada por compartilhar ela com a gente

  • biavondy15 Postado em 14/06/2020 - 17:16:23

    Ameeeei esse fim

  • Dulcete_015 Postado em 06/02/2020 - 00:16:06

    Estou amando,continuaa

  • Vondy Forever❤ Postado em 31/01/2020 - 14:58:17

    Continua...

  • Vondy Forever❤ Postado em 30/01/2020 - 22:40:25

    Que bom que você voltou, ai esses dois são tão fofos juntos, continua...

  • Vondy Forever❤ Postado em 29/01/2020 - 19:46:25

    Esta bem, melhoras, Estarei te aguardando abraços..

  • rt1508 Postado em 28/01/2020 - 20:12:06

    Continuaaaa

  • Vondy Forever❤ Postado em 28/01/2020 - 00:29:01

    Mulher como que você para logo ai nesse momento caliente dos dois, Até na hora h Dulce lembra desses documentos. Chorei de rir quando o Christopher falou que usava pijama lilas, continua...

  • Vondy Forever❤ Postado em 27/01/2020 - 23:13:41

    continua, mais duas sua web e muito viciante...


ATENÇÃO

O ERRO DE NÃO ENVIAR EMAIL NA CONFIRMAÇÃO DO CADASTRO FOI SOLUCIONADO. QUEM NÃO RECEBEU O EMAIL, BASTA SOLICITAR NOVA SENHA NA ÁREA DE LOGIN.


- Links Patrocinados -

Nossas redes sociais