Fanfic: Diga Sim ao Marquês(adaptada) | Tema: Vondy
“Bem, eu pareço. Sou uma coisinha fiel e babona que você quer manter viva, para que Alfonso possa voltar para casa e me fazer um carinho na cabeça. Quem sabe até me dar um biscoito.”
Ela começou a rugir de frustração, mas se conteve, analisando sua situação.
“Dulce, Dulce. Você é... muito mais que isso.”
“Muito mais que um cachorro. Isso é que é um elogio! Obrigada!”
“Você quer parar de falar no cachorro?” Ele cobriu os olhos com a mão. “Está tarde e eu não estou me expressando bem. Mas se você, por algum motivo, ficou com a impressão de que eu não vejo você como uma mulher linda, inteligente e admirável, nós precisamos esclarecer isso imedi...”
Ela gargalhou alto.
“Por favor. Pode parar. Nós dois sabemos que seu irmão poderia ter dezenas de mulheres mais elegantes e refinadas. E quanto a você... bem, você de fato teve dezenas de mulheres.”
“Minha história é irrelevante. Sim, talvez Alfonso pudesse se casar com uma mulher mais elegante ou refinada. Mas ele nunca encontraria uma mulher melhor. Você não sabe, Dulce, mas as pessoas usam as palavras ‘leal’ e ‘bondosa’ como se fossem qualidades comuns. Mas não são! São muito raras. Um homem poderia procurar no mundo todo e não encontrar outra como você.”
Ela sacudiu a cabeça, recusando-se a encará-lo.
“Eu não aguento mais ouvir isso. Você é inacreditavelmente egoísta. Não é de se admirar. Você me casaria com um homem que não amo e que não me ama, só para satisfazer sua própria conveniência.”
“Minha conveniência?”
Ele recuou um passo e olhou para os dois lados antes de puxar Dulce para o seu quarto e fechar a porta atrás deles. Então ele tirou o castiçal da mão dela e o colocou sobre um aparador. Depois, pôs as mãos sobre os ombros dela, mantendo-a imóvel.
“Você realmente acha que isso é conveniente para mim?” A voz dele era um sussurro áspero. “Planejar seu casamento com outro homem, enquanto me preparo para sumir da sua vida para sempre? Você acha que não vai ser uma tortura, para mim, pensar em você durante todos os anos e décadas que virão? Imaginá-la tendo os filhos dele, organizando as festas dele, tendo todos aqueles inúmeros momentos de felicidade aos quais os casais felizes não dão atenção, mas o resto de nós inveja como loucos?”
Bom Deus. O que ele estava dizendo?
“Não vai ser nada conveniente para mim”, ele disse. “Vai ser um inferno.”
“Mas se você se sente assim, então por que...?”
“Eu sou o Filho do Diabo, lembra? Eu conquistei meu lugar no inferno. Você merece algo melhor.” As mãos dele desceram e subiram pelos braços dela. “Você merece o que existe de melhor. Não só as melhores flores, o melhor bolo, o melhor vestido e o melhor casamento... mas a melhor vida possível, com o melhor homem possível. Você merece todas essas coisas. E só pelo modo como a estou tocando agora, eu mereço encarar uma pistola ao amanhecer.”
Ela meneou a cabeça. Quem era essa mulher perfeita e virtuosa que ele estava descrevendo? Não era Dulce, com certeza. Toda vez que ele a beijava, ela correspondia. E ela passou horas sonhando com aquele momento. Sozinha com ele à noite. No quarto dele. Com aquelas mãos grandes e habilidosas passeando por todo seu corpo. Talvez ele não soubesse disso. Bem, não haveria momento melhor para fazê-lo saber.
Ela deu um passo na direção de Christopher e colocou as mãos espalmadas sobre a superfície imensa do peito dele.
“O que você está fazendo?”, ele perguntou, segurando a respiração.
“Tocando você.” Ela passou as mãos pelo tecido macio da camisa, sentindo os músculos esculpidos e duros por baixo do pano.
“Dulce...” A voz dele saiu rouca. “Eu não posso fazer isso.”
“Você não está fazendo nada. Dessa vez, eu vou fazer tudo.”
“Pelo amor de Deus, por quê?”
“Porque isso é algo que eu quero fazer há muito tempo.”
Passou os braços ao redor de Christopher, colocando as mãos nas costas dele e
aproximando-se até encostar a face nas batidas enlouquecidas daquele coração.
Então ela o apertou mais.
“Relaxe, Christopher, é só um abraço.” Apertou o rosto contra o peito dele, aninhando-se. “Quando foi a última vez que você recebeu um abraço de verdade?”
“Eu...” Ele soltou o ar do fundo do peito. “Eu não consigo me lembrar.”
Dulce também não lembrava. Ela nasceu em uma família amorosa, mas não era a família mais afetiva do mundo. Anahí era uma abraçadora formal – braços frouxos, tapinhas nas costas e pronto. E Phoebe não gostava nem um pouco de ser abraçada. Mas havia poucas coisas que Dulce amava mais na vida do que um abraço apertado e afetuoso. E ela era boa nisso, alisando as costas dele para cima e para baixo com as mãos espalmadas, soltando a tensão dos músculos.
“Você também podia me abraçar”, ela disse.
Finalmente, ele se rendeu ao ato, apertando a cintura dela com seus braços fortes e descansando o queixo sobre a cabeça dela. Seu polegar desenhou círculos reconfortantes nas costas de Dulce, enquanto ele a balançava delicadamente para a frente e para trás.
Oh, misericórdia. Ele era um excelente abraçador. Um verdadeiro campeão. Ela não queria soltá-lo nunca mais.
“Desculpe-me pelo que aconteceu”, ela sussurrou. “Você trabalhou duro para trazer de Londres todas aquelas coisas lindas e eu arruinei tudo.”
“Você não arruinou nada.”
“Depois, todo aquele nervosismo com o cachorro. Eu sei que você estava preocupado. Foi um dia longo e difícil.”
Tinha sido um ano longo e difícil para ele. Ele havia perdido o pai e o título – os dois no período de uma semana. Christopher podia fingir o quanto quisesse que não sentia nada. Dulce sabia que não era assim. Lembrava-se da aparência dele quando chegou à Casa Granville pouco depois da morte do marquês. O rosto dele tinha as marcas de um espancamento brutal, mas os olhos mostravam que a verdadeira dor vinha do fundo de sua alma. Ela queria ter tido coragem de o abraçar nesse dia.
Esta noite queria compensar o descuido.
“Por que você acha que não merece ser feliz, Christopher?”
Ele demorou um pouco para responder.
“Você não tem como entender. Eu sou ruim em ser bom, e só sou bom em ser ruim. Você não sabe quem eu sou, o que eu já fiz. Você não conhece a metade da minha história.”
“Talvez não. Mas eu sei o que você merece apenas pelas ações que presenciei hoje.” Ficando na ponta dos pés, Dulce encostou os lábios no rosto dele. “Isso é pela música.” Abaixando a cabeça, ela beijou o lado de baixo do maxilar dele, onde o pulso batia forte e rápido. A barba por fazer arranhou sua pele. “Isso é pelas flores.”
“Pare”, ele pediu.
“Isso é pelo bolo.”
Ela encostou os lábios na reentrância na base do pescoço. E ela congelou seus lábios ali, inspirando o aroma e o calor dele.
Um rugido de tortura veio do peito de Christopher. Aquilo provavelmente era um alerta, mas Dulce ficou entusiasmada com o som. Ela adorava saber que tinha esse efeito sobre ele. Aquele era Christopher Uckermann, um dos homens mais fortes, ferozes e assustadores da Inglaterra. E ela, Srta. Dulce Saviñon, conseguia amolecer as pernas dele.
Quando ergueu a cabeça, ela viu que Christopher a encarava, os olhos nublados de desejo.
“Você precisa sair deste quarto. Agora.”
Dulce não quis discutir com ele. Mas também não queria sair. Ela sentiu que uma batalha acontecia dentro dele – desejo e simples necessidade de intimidade contra ambição e lealdade. Era uma luta feroz e, como espectadora, prendia a respiração, fascinada, tensa com a expectativa, esperando para ver qual lado sairia vencedor.
As mãos dele estavam estendidas sobre a base da coluna dela. E então... aos poucos... ela sentiu que os dedos dele se fechavam sobre o tecido de seu vestido, formando punhos apertados. Ele contraiu os braços e a puxou para mais perto, tirando seus pés do chão. Os seios dela foram esmagados contra o peito forte dele, e um volume de puro calor masculino latejou contra o ventre dela.
A respiração dele estava entrecortada. Seus lábios estavam perto dos dela. Sim. Deus, sim. Era essa a sensação de desejar e ser desejada. E agora que sabia qual era a sensação, Christopher não podia esperar que ela se conformasse com menos. Ela não queria um casamento morno e de aparências. Queria loucura. Queria o imoral. Queria Christopher.
Dulce agarrou a camisa dele, proibindo que Christopher se afastasse.
“Christopher.”
A porta do quarto foi aberta.
“Olá.”
Christopher só a apertou mais forte.
“Quem está aí?”, ele perguntou. “Identifique-se.”
Oh, não. Sir Teddy Cambourne estava parado à porta.
E ele não parecia satisfeito.
Autor(a): leticialsvondy
Este autor(a) escreve mais 15 Fanfics, você gostaria de conhecê-las?
+ Fanfics do autor(a)Prévia do próximo capítulo
Aleluia. Essa foi a primeira e instintiva reação de Christopher quando a porta se abriu para revelar o semblante severo de Sir Teddy Cambourne. Excelente. Perfeito. Graças a Deus. A luta tinha terminado. A dança tinha acabado. Ele foi pego com as mãos agarrando as costas do vestido de Dulce, puxando firmemente a noiva do seu irmão c ...
Capítulo Anterior | Próximo Capítulo
Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 24
Para comentar, você deve estar logado no site.
-
vondyfforever Postado em 15/06/2020 - 09:09:08
Ameeeeei que pena que acabou
-
biavondy15 Postado em 14/06/2020 - 17:18:11
Que historia maravilhosa!!! Obrigada por compartilhar ela com a gente
-
biavondy15 Postado em 14/06/2020 - 17:16:23
Ameeeei esse fim
-
Dulcete_015 Postado em 06/02/2020 - 00:16:06
Estou amando,continuaa
-
Vondy Forever❤ Postado em 31/01/2020 - 14:58:17
Continua...
-
Vondy Forever❤ Postado em 30/01/2020 - 22:40:25
Que bom que você voltou, ai esses dois são tão fofos juntos, continua...
-
Vondy Forever❤ Postado em 29/01/2020 - 19:46:25
Esta bem, melhoras, Estarei te aguardando abraços..
-
rt1508 Postado em 28/01/2020 - 20:12:06
Continuaaaa
-
Vondy Forever❤ Postado em 28/01/2020 - 00:29:01
Mulher como que você para logo ai nesse momento caliente dos dois, Até na hora h Dulce lembra desses documentos. Chorei de rir quando o Christopher falou que usava pijama lilas, continua...
-
Vondy Forever❤ Postado em 27/01/2020 - 23:13:41
continua, mais duas sua web e muito viciante...