Fanfics Brasil - Capítulo 14 (PARTE 3) Diga Sim ao Marquês(adaptada)

Fanfic: Diga Sim ao Marquês(adaptada) | Tema: Vondy


Capítulo: Capítulo 14 (PARTE 3)

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Christopher suspirou alto e recomeçou a correr. Bruiser tinha razão; desse modo iria cansar mais rápido. E se ele tinha alguma esperança de conseguir passar mais uma noite no Castelo Twill sem estragar tudo, precisava correr até ficar estuporado.


“Agora, escute com atenção”, seu treinador disse, agarrado com firmeza ao pescoço de Christopher enquanto este corria a extensão da muralha norte. “O segredo de uma boa mentira é saber bordar.”


“Eu faltei nessa aula.”


Bruiser bateu com o calcanhar nas costelas dele.


“Não o tipo de bordado que se faz com agulha e linha, mas o do tipo verbal. Floreios. Detalhes. É isso que faz as pessoas acreditarem em uma mentira. Como dizem, a maldade está nos detalhes.”


Christopher bufou.


“Se você quiser convencê-la que Alfonso está apaixonado, vai ter que lhe contar uma boa história. Com tempo e espaço, cheia de detalhes. Agora, conte para mim daquela vez em que você foi para a cama com aquela dançarina de ópera em Paris.”


“Eu nunca fui para a cama com uma dançarina de ópera em Paris.”


“É isso mesmo, seu tonto. Invente!”


Christopher bem que tentou. De verdade. Em sua imaginação, ele criou a fantasia de uma mulher sensual, misteriosa, que o atraiu para uma cama com dossel cor de vinho. Mas sua cabeça ficava executando uma alquimia estranha, transformando o cabelo de dourado da mulher em escuro. E quanto à cama... bem, a única cama que ele conseguia imaginar era uma com quatro pilares e dossel verde, com fileiras e mais fileiras perfeitas de almofadas. Mesmo em sua imaginação, Christopher não conseguia ir para a cama com outra mulher. Não nesse dia. E era provável que não por muito tempo.


“Isso é bobagem”, ele disse. “Estou dizendo para você, eu não sei mentir.”


“Você pode aprender. Só precisa praticar. E está para ter uma oportunidade excelente”, Bruiser murmurou. “Mais ou menos...”


“Oh, minha nossa!”, uma mulher exclamou.


“Agora”, Bruiser terminou sua frase.


Christopher parou de correr, respirando forte. A criada pessoal de Dulce – Anna, certo? – estava diante deles no meio do caminho. Sem dúvida imaginando por que um homem ofegante e suado corria ao longo da muralha do castelo carregando outro homem adulto em suas costas.


“Sinto muito ter interrompido sua... isso”, ela falou agitando as mãos.


“Existe uma explicação razoável, não tema”, Bruiser disse. “Lorde Christopher teve que me carregar. Eu tenho uma doença.”


Com certeza você tem, Christopher pensou.


“Uma doença?” Ela franziu o cenho e Christopher quase podia ver pequenas engrenagens girando em sua cabeça. “É...” Baixou a voz. “É algo sério?”


“Infelizmente, sim. Talvez fatal.”


Ela cobriu a boca com as duas mãos. Porque, aparentemente, uma mão só não seria tão dramática.


“Não! Com certeza algo pode ser feito. O que é?”


“Eu não sei. Fiquei inconsciente enquanto o médico me examinava. Lorde Christopher pode explicar melhor.” Bruiser cutucou as costelas do outro. “Vá em frente. Conte para ela a história da minha doença. Com detalhes e sem constrangimentos. Como foi que aquele médico alemão a chamou?”


Christopher soltou uma única palavra, sem bordados.


“Sífilis.”


O rosto da criada empalideceu e ela começou a recuar em passinhos curtos.


“Eu só vim dizer que a Srta. Saviñon está procurando por Lorde Christopher.”


Com isso ela fez uma mesura apressada e saiu correndo.


Quando ela estava fora de vista, Bruiser torceu a orelha de Christopher.


“Seu maldito cretino.”


“Do que você está reclamando? Eu menti e ela acreditou.”


“Eu vou me vingar disso.” Ele começou a chutar as costelas de Christopher, que virou de costas para a muralha e esmagou Bruiser contra ela.


“Meu bolso”, Bruiser guinchou. “Cuidado com o monóculo.”


“Foda-se o monóculo.” Christopher o deixou cair no chão. “E para o inferno com seus bordados. Não preciso mentir para Dulce. Ela tem muitos motivos para se casar com Alfonso. Ele é uma droga de marquês com rios de dinheiro, além de ser um homem decente e honrado. Ela não pode conseguir coisa melhor.”


E Christopher estava decidido a fazer com que ela tivesse o melhor.


“E quanto a você?”, Bruiser perguntou.


“O que tem eu?”


Bruiser se levantou do chão, bateu as mãos nas calças para tirar a poeira e as colocou nos ombros de Christopher.


“Seu futuro está em jogo aqui. Eu posso arrumar outro lutador, mas você só tem a si mesmo. E você já lutou o bastante para saber que, se quiser ter alguma chance de derrotar Dubose, tem que querer. Você tem que querer isso mais do que qualquer coisa no mundo.”


Ele fechou os olhos e se viu no chão depois da luta com Dubose. Os olhos latejando, a cabeça pesada. Sua visão borrada por suor e sangue. A multidão à sua volta, cantando e gritando enquanto o árbitro contava os segundos finais do seu reinado de campeão. As lutas profissionais tinham sido sua vida, sua salvação. Ele trabalhou duro por muito tempo para sair daquele jeito do esporte.


“Eu quero vencer”, ele disse. “Eu preciso vencer.”


“Então toda esta situação com Dulce é uma distração. O que nós estamos fazendo aqui, Christopher? Se você quer mesmo resolver esta situação, só vejo duas alternativas. Minta e diga para ela que Alfonso está apaixonado. Ou seja honesto e confesse que você está.”


“O quê?!” Christopher se encolheu, como se tivesse recebido um golpe inesperado.


Apaixonado por Dulce? Não, ele não podia estar. Gostava de Dulce. E a admirava. E não havia como negar que a desejava, em um nível perigoso. Sua fascinação por ela tinha superado seu interesse por quase tudo e todos, exceto por lutar. Mas aquilo não podia resultar em nada. Christopher era apenas diversão para ela, e ele tinha que tomar cuidado para não a arruinar. Tinha conquistado aquela reputação e agora tinha que viver com ela. O mais perigoso de tudo era que Dulce tinha a capacidade de acabar com seu autocontrole. Se Christopher realmente gostava de Dulce, iria manter distância dela.


“Eu não sei de onde você tirou essa ideia”, respondeu a Bruiser. “Isso é um absurdo. Ela é... e nós...” Ele fez gestos inúteis. “Eu não estou apaixonado por ela.”


Bruiser revirou os olhos. “Tem razão. Você não sabe mentir. Vamos entrar.



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Autor(a): leticialsvondy

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Na biblioteca, meia hora depois, Christopher olhava fixamente para a garrafa de cristal de conhaque. Bem que precisava de uma bebida forte naquele momento. Mas, o que quer que Dulce quisesse discutir, ele precisava estar com as ideias claras. “Estive procurando você por toda parte. Aí está.” E ali estava Dulce, parada à porta. Embara ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 24



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  • vondyfforever Postado em 15/06/2020 - 09:09:08

    Ameeeeei que pena que acabou

  • biavondy15 Postado em 14/06/2020 - 17:18:11

    Que historia maravilhosa!!! Obrigada por compartilhar ela com a gente

  • biavondy15 Postado em 14/06/2020 - 17:16:23

    Ameeeei esse fim

  • Dulcete_015 Postado em 06/02/2020 - 00:16:06

    Estou amando,continuaa

  • Vondy Forever❤ Postado em 31/01/2020 - 14:58:17

    Continua...

  • Vondy Forever❤ Postado em 30/01/2020 - 22:40:25

    Que bom que você voltou, ai esses dois são tão fofos juntos, continua...

  • Vondy Forever❤ Postado em 29/01/2020 - 19:46:25

    Esta bem, melhoras, Estarei te aguardando abraços..

  • rt1508 Postado em 28/01/2020 - 20:12:06

    Continuaaaa

  • Vondy Forever❤ Postado em 28/01/2020 - 00:29:01

    Mulher como que você para logo ai nesse momento caliente dos dois, Até na hora h Dulce lembra desses documentos. Chorei de rir quando o Christopher falou que usava pijama lilas, continua...

  • Vondy Forever❤ Postado em 27/01/2020 - 23:13:41

    continua, mais duas sua web e muito viciante...


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