Fanfics Brasil - Capítulo 19 (PARTE 1) Diga Sim ao Marquês(adaptada)

Fanfic: Diga Sim ao Marquês(adaptada) | Tema: Vondy


Capítulo: Capítulo 19 (PARTE 1)

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Christopher não dormiu naquela noite. E quando o dia nasceu, ele saiu.


Por uma hora, talvez duas, manteve o cavalo marchando. Não queria forçar demais a montaria, e no estado de espírito em que estava, isso era bem provável. Minuto após minuto, Christopher pôs distância entre ele e o Castelo Twill. E Dulce. Sabia que ela ficaria decepcionada, mas ele tinha que ir. Christopher não confiava em si mesmo. Se passasse mais um instante na presença dela, com aquelas mãos bonitas e macias o procurando, ele a puxaria para perto – arruinando não só ela, como também suas famílias. Não, aquele era o momento perfeito para ir embora. Depois de fazer tudo o que tinha feito, e antes de aprontar alguma coisa. Queria garantir que seu irmão tivesse chance de reconquistá-la e, para ser honesto, aquilo provavelmente era mais do que Alfonso merecia.


Depois de um tempo, o trecho de estrada começou a parecer familiar. Estava a cerca de oito quilômetros de Queensridge. E em Queensridge ele conseguiria uma luta. Deus, aquilo era tudo de que precisava. Tinha passado tempo demais sem o gosto de sangue na boca e o rugido frenético do público nas orelhas. Christopher estava esquecendo quem era. Ele poderia ter entrado em qualquer vilarejo e arrumado briga com o canalha falastrão local. Todo pub tinha um. Mas não era um valentão e não lutava com amadores. Precisava de uma luta de verdade com um oponente habilidoso. A Torre Torta era o lugar ideal.


Em séculos passados, a estalagem tinha sido covil de contrabandistas e ladrões de estrada. Atualmente abrigava o público de lutas profissionais. Como as lutas eram ilegais, tinham que ser disputadas fora de Londres e só podiam ser anunciadas com pouca antecedência. Os cartazes saíam apenas um dia antes, e daí em diante era uma loucura para os espectadores conseguirem chegar ao local do evento.


A Torre Torta era ideal, pois ficava perto o suficiente de Londres e não muito longe da estrada principal. Apenas algumas horas de viagem para a maioria das pessoas. Possuía um campo amplo nos fundos, com bastante espaço para o ringue e os espectadores. E Salem Jones, atual proprietário, mantinha um entendimento amigável e corrupto com os magistrados locais. Para Christopher, e muitos outros, ali era uma segunda casa. Se tivesse entrado ali no ano anterior – quando era campeão –, teria sido recebido com um aplauso ensurdecedor, vindo de todos os cantos.


Naquele dia, quando passou pela porta, em torno do meio-dia, sua recepção foi mais morna. Oh, muitos acenaram na sua direção ou o cumprimentaram de longe. Mas o clima do lugar era de incerteza. Ninguém sabe muito bem o que falar para um campeão derrotado. Ele estalou o pescoço. O clima estaria diferente quando fosse embora. Parecia um bom dia para começar seu retorno.


E uma rápida olhada para o bar foi tudo do que precisou para encontrar seu primeiro oponente. Os boxeadores lutavam por motivos diferentes. Alguns gostavam do esporte, outros gostavam do dinheiro, e apenas alguns gostavam de fazer os outros sangrarem. Finn O’Malley pertencia à última categoria. Ele tinha sido campeão há mais de dez anos, mas durante a década passada, O’Malley tomava conta do banco mais à esquerda da Torre Torta. Só levantava daquele lugar por duas razões: para ir ao banheiro ou para desferir socos. Ele lutaria com qualquer um, e o perdedor pagava a próxima rodada... O homem não pagava por sua cerveja há anos.


Christopher foi direto até ele.


O irlandês, mais velho, virou seus olhos, duas fendas escuras, para Christopher.


“É o Uckermann? O que você quer?”


“Eu quero uma luta. Um campeão vencido contra outro.”


O’Malley bufou.


“Eu só luto com idiotas por cerveja. Não luto com campeões, a menos que haja um prêmio.”


“Isso pode ser providenciado.” Christopher pegou seu próprio dinheiro no bolso. Tirou umas moedas do saco e colocou o resto sobre o balcão, onde pousou com um baque sonoro. “Guarde para nós”, ele disse ao taverneiro.


Um novo entusiasmo se acendeu nos olhos de O’Malley. Um entusiasmo que dizia a Christopher que a luta não seria fácil. Ótimo! Ele não queria que fosse fácil.


“No pátio.” O’Malley apoiou as duas mãos no balcão e tirou o traseiro do banco. “Me dê um minuto. Preciso ir ao banheiro.”


Christopher aquiesceu.


Enquanto aguardava, organizando seus pensamentos, uma caneca de cerveja apareceu diante dele.


“Da senhora”, o taverneiro inclinou a cabeça na direção de um canto obscuro do bar.


Senhora? Rá. Somente um tipo de “senhora” frequentava aquele estabelecimento. Christopher olhou para o lado. Esguia. Cabelos escuros. Sedutora. Disponível.


Ele já sabia o que ia acontecer. Primeiro venceria a luta, depois iria para o quarto com ela. Quando começasse a lavar o suor e o sangue do rosto, ela lhe diria que não precisava. Quando a tocasse, ela estremeceria – de propósito, porque gosta da ideia de sentir medo. Sua brutalidade a excitava. Dali em diante seria igual a todos os outros encontros desse tipo. Rápido, enérgico e, no fim, insatisfatório.


Ele levantou a caneca e tentou afogar a pontada de culpa. Talvez aquele tipo do encontro fosse do que precisava. Estava na hora de parar de babar pela única mulher – uma virgem inocente, comprometida, criada com classe – que ele nunca poderia ter. O que ele queria com metros de renda cor de marfim e uma cama de dossel com duas dúzias de almofadas? Não podia ter noite de núpcias, lua de mel nem felizes para sempre em um maldito castelo de contos de fada.


Não um homem como ele.


“Christopher Uckermann, seu bastardo dissimulado.” Salem Jones emergiu da despensa da taverna. Nos braços trazia um baú pequeno, que depositou sobre uma mesa ao lado.


Christopher estendeu a mão para cumprimentá-lo, mas o outro o puxou para um abraço.


“Fazia tempo demais que você não aparecia”, disse, batendo nas costas de Christopher.


Jones era um escravo liberto das Índias Ocidentais, nascido na Jamaica. Ele veio para a Inglaterra há cerca de vinte anos, com um grupo de abolicionistas.


         Com seu testemunho comovente a respeito da crueldade da escravidão, deixou seus patrocinadores Quaker muito satisfeitos. Como pacifista, contudo, ele os decepcionou profundamente.


Assim como a maioria dos lutadores profissionais, Jones teve alguns anos bons.


Ao contrário da maioria, ele transformou o sucesso transitório em algo mais duradouro – a Torre Torta. Naquelas horas solitárias da noite em que contemplava sua vida depois que parasse de lutar, Christopher tinha pensado em se oferecer para comprar uma parte do estabelecimento. Apesar do que disse a Dulce, sabia que seus anos de lutador não eram infinitos, e queria garantir algo para seu futuro.


Mas tinha que ser do seu jeito. O lugar dele não era em nenhum tipo de escritório. E ele queria ser mais que uma curiosidade da taverna, lutando por cerveja ou enfiando canecas no reboco das paredes.


“Imagino que esteja aqui para pegar isto.” Jones bateu no baú. “O resto está lá atrás. Diga para o atendente onde você quer que coloque.”


Christopher tinha praticamente esquecido de suas coisas, para ser honesto. Tinha pedido a Jones que guardasse os baús para ele quando saiu de seu apartamento em Harrington. Christopher não queria bagunça no armazém enquanto treinava.




Vondy Forever❤: Eles são msm :D


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Autor(a): leticialsvondy

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Abriu o baú e revirou uma pilha de camisas de algodão e calças de lã. Esperava encontrar algo mais confortável para lutar, mas as roupas naquele baú eram muito finas. Quando chegou ao fundo, sua mão se fechou sobre uma caixa pequena de madeira. Ele sabia o que a caixa continha mesmo antes abri-la. As cartas de Dulce. Riu para ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 24



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  • vondyfforever Postado em 15/06/2020 - 09:09:08

    Ameeeeei que pena que acabou

  • biavondy15 Postado em 14/06/2020 - 17:18:11

    Que historia maravilhosa!!! Obrigada por compartilhar ela com a gente

  • biavondy15 Postado em 14/06/2020 - 17:16:23

    Ameeeei esse fim

  • Dulcete_015 Postado em 06/02/2020 - 00:16:06

    Estou amando,continuaa

  • Vondy Forever❤ Postado em 31/01/2020 - 14:58:17

    Continua...

  • Vondy Forever❤ Postado em 30/01/2020 - 22:40:25

    Que bom que você voltou, ai esses dois são tão fofos juntos, continua...

  • Vondy Forever❤ Postado em 29/01/2020 - 19:46:25

    Esta bem, melhoras, Estarei te aguardando abraços..

  • rt1508 Postado em 28/01/2020 - 20:12:06

    Continuaaaa

  • Vondy Forever❤ Postado em 28/01/2020 - 00:29:01

    Mulher como que você para logo ai nesse momento caliente dos dois, Até na hora h Dulce lembra desses documentos. Chorei de rir quando o Christopher falou que usava pijama lilas, continua...

  • Vondy Forever❤ Postado em 27/01/2020 - 23:13:41

    continua, mais duas sua web e muito viciante...


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