Fanfics Brasil - Capítulo 19 (PARTE 3) Diga Sim ao Marquês(adaptada)

Fanfic: Diga Sim ao Marquês(adaptada) | Tema: Vondy


Capítulo: Capítulo 19 (PARTE 3)

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Christopher atravessou o salão, chegou ao canto em que ela estava e fez uma reverência para cada uma delas, deixando Dulce para o final.


“Srta. Saviñon.”


Dulce fez uma mesura.


“Lorde Christopher.”


“Você veio!”, Phoebe disse.


“Claro.” Ele deu um puxão na manga e passou os olhos pelo salão abarrotado. “Desculpem-me por chegar tão tarde. Srta. Saviñon, imagino que todas as suas danças já estejam reservadas.”


Dulce não conseguiu segurar a risada.


“Não. Todas as minhas danças estão disponíveis.”


“Como diabos isso é possível?”


“Eu estou aqui sentada com a Phoebe.”


A orquestra tocou os primeiros acordes de uma valsa. Christopher a pegou pela mão.


“Bem, você não vai ficar nem mais um momento sentada.”


Com o rosto ostentando uma expressão que misturava desafio e desconforto, levou-a para a pista de dança e os dois começaram a valsar. Ele era um dançarino muito bom, o que fazia sentido. Mover-se com elegância e coordenação fazia parte do ofício dele.


“Eu confesso que tinha perdido a esperança. Não achei que você viesse.”


“Eu também tinha minhas dúvidas.”


Quando ela conseguiu levantar os olhos para o rosto dele – o que foi estranho, já que olhar para ele era o que mais queria fazer, e ainda assim isso lhe custou toda a coragem que tinha –, Dulce reparou uma sombra roxa na maçã do rosto esquerdo. E aqueles lábios carnudos e sensuais estavam mais carnudos que de costume.


“Você está machucado. O que aconteceu?”


Ele deu de ombros.


“Bati em um obstáculo da estrada. Por assim dizer.”


“Parece que o obstáculo também bateu em você.”


Ele torceu o canto da boca inchada.


“Não foi nada que eu não faria dez vezes só para estar aqui esta noite. Mas não posso ficar muito tempo. Só vim para pagar a dança que lhe devia. E para me despedir.”


“Para se despedir?!”


“Vou voltar para Londres esta noite.” Ele a girou. “Imagino que possa deixar Bruiser e Ellingworth no castelo com você.”


“Claro, mas... Por quê? Alfonso vai voltar dentro de uma ou duas semanas. Você quer vê-lo e eu...” O peito dela murchou. “Eu só não entendo por que você tem que ir embora tão cedo.”


Ele a puxou para perto e baixou a voz.


“Ora essa. Você é uma garota inteligente e não lhe fica bem fingir que não é. Sabe por que eu tenho que ir embora.”


“Eu não sei mesmo. Nós podemos combinar em manter distância.”


“Sim, podemos fazer um combinado. Mas então vem a noite. Uma coisa é estar sozinho no escuro, e outra é saber que você está em algum lugar debaixo do mesmo teto. Não podemos depender dos seus parentes sonâmbulos e insones para continuar salvando você. Se eu passar mais uma noite naquele castelo...”


O olhar dele passeou pelo corpo dela. Dulce sentiu o corpo todo arder.


“Eu iria atrás de você”, ele disse.


Eu iria atrás de você... Aquelas palavras fizeram o coração dela dar um pulo e seus joelhos amolecerem.


“Eu iria atrás de você”, ele repetiu, como se fizesse um juramento solene. “Não conseguiria me manter longe.”


“Eu poderia mudar de quarto. Poderia ir para...”


Ele sacudiu a cabeça.


“Não faria diferença. Nem se você se trancasse na torre mais alta e distante. Eu a encontraria. Bateria na sua porta à noite. E então... você sabe o que aconteceria.”


“O que aconteceria?”, Dulce perguntou, sem conseguir respirar.


“Você atenderia.” Ele se aproximou e ela ficou tonta com o calor que emanava dele, com seu aroma másculo de limpeza. “Você me deixaria entrar, Dulce. Não deixaria? Não conseguiria me mandar embora.”


Ela aquiesceu, em um transe causado pelo ritmo sensual e grave das palavras dele. Ele estava certo. Se Christopher batesse em sua porta no meio da noite, ela o deixaria entrar. E isso não teria nada a ver com educação ou generosidade, mas com paixão e desejo. Com a torrente de sangue que corria mais rápido pelas veias dela sempre que ele se aproximava. À pontada de carência que Dulce sentia toda vez que Christopher olhava assim para ela. O poder da emoção naqueles olhos... Se esse homem um dia amasse de verdade uma mulher, esta poderia passar a vida se alimentando apenas dessa força. Mas ele estava ali para se despedir, e a dor lancinante de perdê-lo foi suficiente para deixá-la tonta.


“Você está pálida.” Ele interrompeu a dança.


Ela estava? Depois que ele falou, Dulce percebeu que as bordas do salão tinham escurecido. E sua cabeça continuava girando, embora os dois tivessem parado de dançar há alguns segundos. O coração dela estava tão cheio. E batia com tanta força. O terno dele, aquelas palavras, a valsa... Como qualquer mulher mortal podia suportar tudo aquilo?


“Acho que eu só preciso de um pouco de ar”, ela disse.


Christopher a amparou com um braço na cintura e a conduziu até o canto do salão, onde Anahí, Teddy e Phoebe a esperavam.


“Lady Cambourne.” Ele inclinou a cabeça para Anahí. “Você deveria levar sua irmã até a sala das senhoras.”


“Não.” Dulce inspirou um pouco de ar. “Não me deixe. Vou ficar bem. O problema foi ficar rodopiando de estômago vazio. O espartilho apertado. Você nessa casaca.”


Você, você, você. Ele ignorou o elogio.


“Por que você está com o estômago vazio? Não comeu antes da festa?”


“É claro que não”, Anahí disse. “Uma lady nunca come antes de uma festa.”


Christopher olhou para Dulce.


“Quando foi a última vez que você se alimentou de verdade?”


“Não é isso...” Ela evitou responder.


“Responda”, ele insistiu.


“No café da manhã”, ela admitiu, relutante.


Ele praguejou baixo.


“É um mau hábito.” Um hábito que Dulce sabia que precisava abandonar. Se queria proteger Phoebe de expectativas danosas, tinha que estender essa proteção a si mesma. “Eu só preciso de uma limonada ou água de cevada e vou ficar bem.”


Christopher passou o braço dela pelo seu.


“Precisa de comida de verdade. Vou acompanhar você até o bufê.”


Anahí os deteve.


“Mas você não pode. Ainda não.”


“Ainda não?”


Minha nossa. Dulce nunca o viu com uma expressão tão severa. A ruga em sua testa poderia quebrar nozes. Mas Anahí, sendo Anahí, ignorou a raiva evidente que ele demonstrava.


“Essas coisas têm uma ordem. Talvez você esteja fora do nosso círculo há tanto tempo que se esqueceu. Mas nós não atacamos, todos ao mesmo tempo, o bufê do jantar, como se fôssemos um bando de gaivotas. Nós jantamos de acordo com a precedência, começando com os de classe mais alta e descendo.”


“Então posso levá-la primeiro”, Christopher disse. “Sou filho de um marquês. Ninguém aqui é de classe mais alta.”


“Nós observamos a classe das mulheres”, Anahí o corrigiu. “E minha irmã, como Srta. Saviñon, solteira, está quase no fim da fila.”


“Ela é noiva de um lorde.”


“Mas ainda não casou com ele.”


“Isso é bobagem”, Christopher rilhou os dentes.


“Isso é a Sociedade.”


“No momento, Lady Cambourne, não vejo diferença entre as duas coisas.”


Ele apertou o braço, puxando Dulce para perto. “Nós vamos jantar. Que se dane a precedência.”


“Sério, eu posso esperar”, Dulce murmurou.


“Mas não vai.” A voz grave dele fez tremer até a sola dos pés dela. A raiva mal contida irradiava dele. “Esta noite, não. Quando eu estiver por perto, você não fica sem dançar, você não fica com fome. E com toda certeza, não espera no fim da fila.”


Bom Deus. Outra vez ela precisou se esforçar para não desmaiar. Ela não queria que aquilo significasse o fim da festa para os dois.


“Eu juro que posso esperar. Já estou me sentindo melhor.”


“Boa garota”, Teddy disse. Ele cutucou Christopher nas costelas. “Nós temos que permitir que as mulheres tenham suas vaidades, Uckermann. É como eu já disse à nossa docinho aqui, mais de uma vez. É melhor ir devagar com o jantar. Lorde Granville já tem um peso-pesado na família.”


O cunhado de Dulce riu com satisfação da própria piada. Ela queria desaparecer.


“Isso mesmo”, Christopher concordou, parecendo achar aquilo divertido. “Lorde Granville tem.”


Pou! Ninguém viu o soco chegando. Nem Dulce, nem Anahí. Com certeza, nem Teddy, cuja cabeça virou para o lado com a força do golpe de Christopher.


Ele piscou. Então cambaleou para trás e caiu sentado, produzindo um “puf” fraco e nada dramático. Um baque sem graça que parecia sintetizar toda a existência daquele homem. Dulce quis aplaudir.


“Teddy!”, Anahí exclamou. Ela se ajoelhou ao lado do marido, pegando um lenço no bolso do colete dele, que encostou no lábio que sangrava. Então lançou um olhar fulminante na direção de Christopher.


“Qual é o seu problema? Você parece algum tipo de animal.”


Mas Christopher não estava lá para ouvir.


Quando Dulce o procurou na multidão, ele já tinha sumido.




Vondy Forever❤: Continuando ;)


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Autor(a): leticialsvondy

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Bem, então foi assim. A volta triunfal de Christopher à Sociedade terminou antes de começar. Uma multidão se juntou no mesmo instante. Multidões sempre eram atraídas por sangue. Desde o momento em que Christopher entrou no salão, todos esperavam uma cena como essa. Ele também esperava algo assim. Por isso tinha dito aos ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 24



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  • vondyfforever Postado em 15/06/2020 - 09:09:08

    Ameeeeei que pena que acabou

  • biavondy15 Postado em 14/06/2020 - 17:18:11

    Que historia maravilhosa!!! Obrigada por compartilhar ela com a gente

  • biavondy15 Postado em 14/06/2020 - 17:16:23

    Ameeeei esse fim

  • Dulcete_015 Postado em 06/02/2020 - 00:16:06

    Estou amando,continuaa

  • Vondy Forever❤ Postado em 31/01/2020 - 14:58:17

    Continua...

  • Vondy Forever❤ Postado em 30/01/2020 - 22:40:25

    Que bom que você voltou, ai esses dois são tão fofos juntos, continua...

  • Vondy Forever❤ Postado em 29/01/2020 - 19:46:25

    Esta bem, melhoras, Estarei te aguardando abraços..

  • rt1508 Postado em 28/01/2020 - 20:12:06

    Continuaaaa

  • Vondy Forever❤ Postado em 28/01/2020 - 00:29:01

    Mulher como que você para logo ai nesse momento caliente dos dois, Até na hora h Dulce lembra desses documentos. Chorei de rir quando o Christopher falou que usava pijama lilas, continua...

  • Vondy Forever❤ Postado em 27/01/2020 - 23:13:41

    continua, mais duas sua web e muito viciante...


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