Fanfics Brasil - Capítulo 2 (PARTE 3) Diga Sim ao Marquês(adaptada)

Fanfic: Diga Sim ao Marquês(adaptada) | Tema: Vondy


Capítulo: Capítulo 2 (PARTE 3)

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Ela não tinha dito. Os dois sabiam disso. Não importava o quanto ela não gostasse de Christopher, não importava o quanto ela queria que ele fosse embora... A consciência de Dulce não lhe permitiria colocá-lo para fora.


Ela soltou um pequeno suspiro de rendição que o agitou mais do que devia.


“Vou pedir aos criados que preparem mais dois quartos”, ela disse.


Ele aquiesceu.


“Vamos entrar assim que eu guardar minha montaria.”


“Nós temos cavalariços para fazer isso”, ela observou. “Tive a sorte de a equipe do meu tio continuar comigo.”


“Sempre guardo meu cavalo eu mesmo.”


Christopher levou o animal até a garagem de carruagens para uma boa escovada. Sempre que ele vinha de uma cavalgada vigorosa – ou corrida vigorosa, luta vigorosa –, precisava de uma atividade assim para se acalmar. Toda aquela energia não se dissipava sozinha.


E nessa noite também precisava de uma conversa em particular com certa pessoa. Alguém que declarou que seu nome era Montague.


“O que diabos foi aquilo?”, ele perguntou, assim que Dulce estava longe o bastante para não ouvir. “Quem é esse Montague? Nós concordamos que você passaria por meu criado pessoal.”


“Bem, isso foi antes de eu ver este lugar! Nossa, dê uma boa olhada.”


“Eu já olhei.”


O castelo era impressionante, Christopher era obrigado a admitir. Mas já tinha visto melhores. Ele foi criado em um castelo mais refinado.


“Eu quero um quarto de verdade nessa coisa”, disse Bruiser, gesticulando para o edifício de pedra. “Não, quero minha própria torre. E com certeza não quero ser seu criado. Alojado embaixo das escadas, fazendo minhas refeições na área de serviço com as arrumadeiras. Não que eu não aprecie uma jovem arrumadeira de vez em quando. Ou, já que tocamos no assunto, um criado bem formado.”


Assim era o Bruiser... Trepava com qualquer coisa.


“Que igualitário da sua parte, Sr. Bruno Aberforth Montague”, Christopher disse.


“Escudeiro. Não esqueça do escudeiro.”


Oh, Christopher queria muito esquecer o escudeiro.


“A irmã da Srta. Saviñon está aqui. Trata-se de Lady Cambourne. E o marido também veio, Sir Teddy Cambourne.”


“E daí?”, Bruiser perguntou. “Eu sei que tenta de verdade se esquecer disso, mas você é Lorde Christopher Uckermann. Não tenho dificuldade para falar com você.”


“É diferente. Não uso mais esse título. Eu me afastei disso tudo há muitos anos.”


“E agora está voltando para isso. Não pode ser difícil.”


É mais difícil do que você possa imaginar. Diabos, Christopher estava preocupado que se sentiria um impostor, e ele tinha sido criado em propriedades grandiosas como aquela.


“Escute”, Christopher exclamou. “Você é filho de uma lavadeira e de um taverneiro; ganha a vida organizando lutas ilegais, e acabou de se inserir no meio de uma classe de pessoas tão acima do seu mundo habitual que é como se elas estivessem andando nas nuvens enquanto você se arrasta aqui embaixo. Como você pretende fazer isso dar certo?”


“Relaxe. Você me conhece. Eu me dou bem com todo o mundo e, além disso, estou de chapéu novo.”


Christopher olhou para o chapéu de castor que Bruiser rodava no dedo.


“Esse chapéu é meu”, Christopher observou.


“Durante os jantares e coisas assim, vou observar o que você faz.”


Que plano maravilhoso. Christopher mal guardava alguma noção de etiqueta.


“E tem também a minha arma secreta.” Com um olhar para cada lado, Bruiser puxou um objeto de metal do bolso. “Peguei esta belezinha em uma loja de penhores.”


“Um monóculo”, Christopher disse após olhar para o objeto. “Sério?”


“Estou lhe dizendo, essas coisas gritam alta sociedade. Você deveria arrumar um, Christopher. Estou falando sério. Alguém menciona um assunto difícil? Monóculo. Alguém faz uma pergunta que você não sabe responder? Monóculo.”


“Você acredita mesmo que um monóculo idiota é tudo de que precisa para se misturar com a aristocracia?”


Bruiser ergueu a lente e olhou para Christopher através dela. Solenemente. O idiota até que podia ter acertado naquilo.


“Apenas não exagere”, Christopher avisou.


“Oh, eu não vou exagerar. Lembre-se, eu sou seu segundo. Estou sempre no canto do seu ringue.”


Mas eles não estavam em uma luta de boxe. Aquilo era algo muito mais perigoso. Como visita no Castelo Twill, Christopher estaria fora do seu ambiente. E quando estava fora do seu ambiente, ele ficava agitado. E, quando agitado, sua natureza impulsiva e imprudente vinha à tona. As pessoas se machucavam. Ele precisaria tomar cuidado.


“Então, quando o planejador de casamentos vai chegar?”, Christopher perguntou.


Bruiser permaneceu em silêncio, o que era estranho.


“Você contratou os serviços de um planejador de casamentos, não é?”


“Claro que contratei. O nome dele é Bruno Aberforth Montague, Escudeiro.”


Christopher soltou um palavrão.


“Não acredito nisso.”


“Onde é que eu iria arrumar um planejador de casamentos?” Bruno levantou  as mãos em um gesto de defesa. “Nem tenho certeza de que isso existe. Mas não importa. Tudo vai ficar perfeito. Você vai ver.”


“Eu duvido muito. Você sabe menos sobre planejar casamentos do que eu.”


“Não, não. Isso não é verdade.”


Os olhos de Bruiser assumiram aquele brilho forte, empolgado, que ao longo dos anos Christopher tinha aprendido a reconhecer. E temer.


“Pense bem, Christopher. Sou treinador e promotor de lutas. É o que faço o tempo todo. Eu encontro duas pessoas que combinam. Faço a divulgação. Atraio multidões desesperadas para ver essas pessoas no mesmo lugar. E, acima de tudo, eu sei como fazer a cabeça de um lutador”, ele encostou a ponta do dedo indicador no meio da testa de Christopher, “entrar no ringue muito antes do dia da luta.”


“Bruiser.”


“Sim?”


“Tire seu dedo da minha cabeça ou irei quebrá-lo”, Christopher o alertou.


Bruiser obedeceu e deu tapinhas nos ombros de Christopher.


“Esse é o espírito combativo”, disse.


Christopher escovou o cavalo com vigor.


“Isso nunca vai funcionar. Vai ser um desastre.”


“Vai funcionar, sim. Eu prometo. Nós iremos envolvê-la em seda. Submergi-la em flores e bolos decorados, até ela ficar inebriada com a empolgação nupcial. Até ela conseguir se ver, em pensamento, claro como o dia, deslizando pela nave da igreja em direção ao altar. Sou o seu homem, Christopher. Ninguém é melhor do que mim para criar expectativa e espetáculo.”


“Melhor do que eu”, Christopher o corrigiu.


Bruiser arqueou uma sobrancelha e levantou o monóculo.


“Vamos entrar”, Christopher disse depois de pendurar a sela e a brida nos ganchos. Juntos, eles saíram dos estábulos e foram na direção do castelo. A alguns passos da porta, parou. “Mais uma coisa. Não beije a mão dela.”


“Ela não pareceu se importar”, Bruiser respondeu.


Christopher se virou para encará-lo e o agarrou pela camisa.


“Não beije a mão dela.”


Bruiser levantou as duas mãos em um gesto de rendição.


“Tudo bem. Eu não beijo mais a mão dela.”


“Nunca. Mais.” Quando achou que sua mensagem tinha sido assimilada, Christopher o soltou.


“Você gosta dessa garota?”, Bruiser perguntou enquanto ajeitava o colete.


“Ela não é uma garota. É uma mulher. Que logo vai se tornar uma lady. E não, eu não gosto dela.”


“Ótimo”, disse Bruiser. “Porque isso seria estranho. Já que ela está comprometida com seu irmão e tal.”


“Acredite em mim, eu não me esqueci disso. Essa é a razão pela qual estamos aqui.”


“Eu sei que você tem uma queda por esse tipo de mulher, de cabelos escuros e peitos grandes. Mas normalmente você não gosta quando elas são tão saudáveis”, Bruiser observou. “Nem tão... qual é a palavra?”


“Comprometidas. Ela está comprometida.”


Alfonso iria se casar com Dulce. Essa era a verdade com que todos cresceram. O casamento fazia todo sentido. Era o que os pais dos dois sempre quiseram. Era o que Alfonso sempre quis. E era o que Dulce queria, mesmo que tivesse esquecido disso no momento. E era o que Christopher também queria. O que ele precisava.


“Isso não é um problema”, Christopher disse. “Para ela eu sou um bruto grosseiro, quase analfabeto, com poucas qualidades. Quanto a ela... é tão inocente e reprimida que provavelmente toma banho de chemise e se troca no escuro. O que eu faria com uma mulher dessas?”


Tudo. Ele faria de tudo com uma mulher dessas. Duas vezes.


“Eu não vou tocar nela”, ele insistiu. “Ela não é minha. E nunca será.”


“Muito bem.” Bruiser revirou os olhos e tirou poeira do chapéu. “Ainda bem que não temos aí anos de desejo reprimido. Que bom que resolvemos isso.”



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Autor(a): leticialsvondy

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 24



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  • vondyfforever Postado em 15/06/2020 - 09:09:08

    Ameeeeei que pena que acabou

  • biavondy15 Postado em 14/06/2020 - 17:18:11

    Que historia maravilhosa!!! Obrigada por compartilhar ela com a gente

  • biavondy15 Postado em 14/06/2020 - 17:16:23

    Ameeeei esse fim

  • Dulcete_015 Postado em 06/02/2020 - 00:16:06

    Estou amando,continuaa

  • Vondy Forever❤ Postado em 31/01/2020 - 14:58:17

    Continua...

  • Vondy Forever❤ Postado em 30/01/2020 - 22:40:25

    Que bom que você voltou, ai esses dois são tão fofos juntos, continua...

  • Vondy Forever❤ Postado em 29/01/2020 - 19:46:25

    Esta bem, melhoras, Estarei te aguardando abraços..

  • rt1508 Postado em 28/01/2020 - 20:12:06

    Continuaaaa

  • Vondy Forever❤ Postado em 28/01/2020 - 00:29:01

    Mulher como que você para logo ai nesse momento caliente dos dois, Até na hora h Dulce lembra desses documentos. Chorei de rir quando o Christopher falou que usava pijama lilas, continua...

  • Vondy Forever❤ Postado em 27/01/2020 - 23:13:41

    continua, mais duas sua web e muito viciante...


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