Fanfic: Diga Sim ao Marquês(adaptada) | Tema: Vondy
Christopher alugou uma carruagem para levar Dulce de volta para casa. Ele voltou em seu cavalo. Poderia ter ido com ela no veículo, mas teve seus motivos para cavalgar sozinho. Primeiro, porque sabia que ela devia estar com o corpo dolorido depois da noite de paixão que os dois viveram. E passar duas horas com ela em um espaço escuro e apertado? Ele não conseguiria ficar com as mãos longe daquele corpo. Em segundo lugar, porque precisava de tempo para pensar.
Havia tanto a ser feito. Depois que Dulce estivesse acomodada no castelo, Christopher precisaria acertar as coisas com os advogados. Em seguida, cavalgaria até Dover para esperar por Alfonso. Não seria uma festa à beira-mar receber o irmão com a notícia de que a noiva dele não era mais noiva dele. Mas Christopher não queria que a notícia lhe chegasse por nenhuma outra pessoa. Enquanto isso, havia outras dificuldades a serem superadas. Como seu desentendimento com Sir Teddy Cambourne.
Quando eles chegaram ao Castelo Twill, contudo, pareceu que o acerto de contas teria que esperar.
“Que surpresa”, Dulce disse, depois de consultar Anna e trocar a roupa de festa por um vestido mais simples. “Nós chegamos antes deles. Devem ter ficado até muito tarde no baile. Ou até hoje cedo.”
“Vai ver eles não quiseram viajar na chuva.”
“Desde que estejam bem e em segurança, nós tivemos sorte.” Eles entraram no hall do castelo e Dulce falou com Christopher em voz baixa. “No que diz respeito às pessoas que estavam no baile, você me trouxe para casa ontem à noite. E com relação às pessoas no castelo, nós passamos a noite na Casa Pennington. Pode ser que não tenhamos que nos explicar para ninguém. Não até Alfonso voltar para casa.”
“Não vou esperar que Alfonso chegue.” Christopher contou para Dulce sua intenção de ir até Dover.
“Dover?”, ela perguntou. “Mas sou eu quem vai contar para ele. Nós até praticamos na outra noite.”
“As coisas mudaram. É a minha assinatura que está naqueles papéis, e ele merece uma explicação minha.”
“Mas passei o caminho todo praticando meu discurso. E eu tive a melhor ideia.”
Ela o levou por um corredor lateral até uma sala que parecia ser o escritório dela. As prateleiras estavam repletas de livros de literatura e contabilidade do castelo. Na parede estavam afixados mapas topográficos das terras da região e vários desenhos arquitetônicos.
“Sente-se na poltrona, por favor. Atrás da escrivaninha.”
Espantado, ele fez o que ela pediu.
“Estou sentado na poltrona. O que foi?”
“Eu tenho os esboços para a estufa e a cervejaria.” Ela pegou um livro de contabilidade. “Já fiz os cálculos de quanto vai custar para substituir as plantações locais por lúpulo. Mas antes de entrarmos nos números, quero que veja isto.”
Se a intenção dela era fazer com que Christopher compreendesse algo, Dulce fez a pior coisa possível. Ela colocou dois livros sobre a escrivaninha, lado a lado. Um encadernado em azul, o outro em vermelho.
Christopher consultou os títulos e seu entendimento não melhorou.
“Livros de culinária?”
“Por favor, acompanhe meu raciocínio. Você vai entender.” Ela abriu o primeiro – o volume azul, desbotado – no índice. “Este é o livro de culinária da minha mãe, comprado assim que ela se casou.” Então, ela abriu o segundo livro na mesma página. “Esta é uma edição nova, que eu ganhei no meu aniversário de 18 anos. Se você consultar os dois, lado a lado, vai ver que são muito parecidos, mas não idênticos. Consegue encontrar a diferença?”
Só de bater os olhos? Ora, não. E Christopher não tinha paciência para ler as duas listas para descobrir.
“Curry.” Ela tocou o centro da página com o dedo. “E aqui, ponche de aguardente de arroz. Está vendo?”
Ele tamborilou os dedos, acreditando que alguma explicação viria a seguir.
“Não havia nenhum prato indiano no livro de culinária da minha mãe. Hoje, não se encontra nenhum livro de receitas sem influência indiana.” Inexpressivo, ele a fitou.
“Guarde esse pensamento. Tem mais.” Em seguida, ela pegou um pedaço de tecido e o entregou para ele. “Veja.”
Ele virou o pano em suas mãos. Um pedaço de tecido estampado.
“O que eu devo fazer com isso?”
“Olhe bem. Pense nele.” Ela estava quase dando pulinhos.
Christopher observou o tecido. E pensou um pouco nele, mas não fazia ideia do tipo de pensamento que deveria formular a respeito de ramos e flores estampados em algodão barato.
“É chita”, ela disse. “Quando nós éramos crianças, a moda era tecido indiano importado. Usado em cortinas, xales, colchas e almofadas. Mas agora as fábricas usam tecido doméstico e estampam a chita aqui. Não é mais importado.”
Ele franziu a testa.
Autor(a): leticialsvondy
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 24
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vondyfforever Postado em 15/06/2020 - 09:09:08
Ameeeeei que pena que acabou
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biavondy15 Postado em 14/06/2020 - 17:18:11
Que historia maravilhosa!!! Obrigada por compartilhar ela com a gente
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biavondy15 Postado em 14/06/2020 - 17:16:23
Ameeeei esse fim
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Dulcete_015 Postado em 06/02/2020 - 00:16:06
Estou amando,continuaa
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Vondy Forever❤ Postado em 31/01/2020 - 14:58:17
Continua...
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Vondy Forever❤ Postado em 30/01/2020 - 22:40:25
Que bom que você voltou, ai esses dois são tão fofos juntos, continua...
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Vondy Forever❤ Postado em 29/01/2020 - 19:46:25
Esta bem, melhoras, Estarei te aguardando abraços..
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rt1508 Postado em 28/01/2020 - 20:12:06
Continuaaaa
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Vondy Forever❤ Postado em 28/01/2020 - 00:29:01
Mulher como que você para logo ai nesse momento caliente dos dois, Até na hora h Dulce lembra desses documentos. Chorei de rir quando o Christopher falou que usava pijama lilas, continua...
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Vondy Forever❤ Postado em 27/01/2020 - 23:13:41
continua, mais duas sua web e muito viciante...