Fanfic: Diga Sim ao Marquês(adaptada) | Tema: Vondy

Na verdade, provar mais vestidos cheios de babados era a última coisa que Dulce queria fazer naquela manhã. Mas ela e Christopher precisavam de um pouco de distância um do outro, e aquele pareceu o melhor modo. Após uma semana inteira dizendo para ela que não podia romper um noivado que tinha sido combinado aos 17 anos... Eles tiveram uma discussão e Christopher já estava cancelando o casamento deles? Isso era um pouco assustador, a rapidez com que a cabeça dele saltava do domínio de “desentendimento leve” para “diferenças irreconciliáveis”.

Talvez você devesse casar com Alfonso. De tudo o que ele poderia ter dito... Mas ela sabia que ele não falava sério. E Dulce devia saber que não devia colocá-lo sob tanta pressão quando se tratava da luta.... Ele a tinha avisado, não tinha? Salões de festa, recepções, salas de aula, escritórios... quando ele se sentia desconfortável, alguma grosseria podia acontecer. Mas o que ela admirava nele era que Christopher reconhecia que isso acontecia com ele, e assim encontrou seus próprios meios não apenas de ter sucesso, mas de se desenvolver. Se quisesse construir uma vida com ele, teria que entender e respeitar isso. Ela lhe devia desculpas, mas Dulce duvidava que ele já estivesse pronto para ouvi-las. Para passar o tempo, não custava nada experimentar um vestido bonito.

Enquanto caminhava até a sala de estar, ela ouviu a carruagem parando na entrada. Um após o outro, seus familiares saíram do veículo.

Dulce correu para cumprimentá-los no hall de entrada.

“Phoebe. Como você está?”

“Extremamente cansada.” Com isso, sua irmã mais nova desapareceu em direção à biblioteca.

Bem. Dulce achou que podia parar de se preocupar. Essa era a Phoebe de sempre.

Anahí e Teddy vieram a seguir.

Dulce fez uma mesura para seu cunhado. Ele estava com o chapéu inclinado para disfarçar o rosto machucado, e mal a cumprimentou com um movimento de cabeça antes de subir para o quarto.

“Dulce, é melhor você estar agradecida.” Anahí parou ao lado dela para se explicar. “Nós abusamos da hospitalidade dos Pennington da pior forma possível.”

“Você abusando da hospitalidade de alguém? É difícil acreditar.”

“Eu estava decidida que devíamos ser os últimos convidados a ir embora”, ela disse. “Nós precisávamos controlar os boatos, você sabe. Teddy foi um santo por você. Riu do soco como uma brincadeira entre amigos. Nós contamos para todo mundo que você desmaiou e Lorde Christopher a acompanhou até em casa.” A irmã se aproximou e a encarou. “Foi isso o que aconteceu, não foi?”

“Mais ou menos.”

Os eventos não tinham se desenrolado na ordem em que Anahí acreditava, e muito mais coisas tinham acontecido. Mas podia-se dizer que ela não havia mentido.

“Então, ótimo”, a irmã disse, inspirando profundamente. “Foi isso.”

Dulce não era boba. Ela sabia que o esforço de Anahí e Teddy tinha sido tanto para preservar o status social deles quanto o dela. Mas se o escândalo em potencial tinha sido evitado, ela não precisava se apressar e fugir para casar com Christopher. Poderia ter o tipo de casamento que quisesse. Continuava tendo todas as escolhas.

“Agora”, Anahí disse, “a menos que você queira me transformar na pior espécie de mentirosa, é melhor que esse casamento seja espetacular. E que aconteça logo.”

Dulce levou a irmã até a sala de estar.

“Talvez aconteça. Venha comigo.”

Nada menos do que seis costureiras e assistentes esperavam para ajudá-la. A sala estava tão tomada por babados brancos que parecia que um vulcão tinha entrado em erupção. Um vulcão de merengue.

Dulce se virou para Anahí e disse as palavras que, ela sabia, a irmã esperava ouvir há anos.

“Faça com que eu fique linda.”

***