Fanfic: Diga Sim ao Marquês(adaptada) | Tema: Vondy
“É com Dubose? Ele vai lutar para reconquistar o título?”
“Eu não sei. Mas outro dia eu recebi um folheto...” Remexeu em uma pilha de papéis sobre a escrivaninha até que encontrou o que procurava. “Ah. Aqui está.”
Alfonso estendeu para ela o papel – um cartaz com o desenho de Christopher. Deus, só de olhar para o retrato dele ela sentia como se sua grande mão de boxeador entrasse em seu peito para mexer com seu coração.
Ela passou os olhos pelo texto enérgico do cartaz.
“Christopher Uckermann... o Filho do Diabo... o confronto de sua vida... atrás da Torre Torta em Queensridge...”
Oh, céus. Ela acenou com o papel para Alfonso.
“Isto vai acontecer hoje, a quinze quilômetros de Londres. Vai começar dentro de poucas horas.”
“É mesmo?”
“Sim!”, ela disse. “Por que você está aqui? Não vai assistir à luta?”
“Eu... não tinha me programado.”
“Mas você tem que ir.” Dulce levantou de sua cadeira. “Você tem que estar lá.”
Sempre um verdadeiro cavalheiro, Alfonso também se levantou.
“Não vejo por que...”
“Você precisa ir”, ela repetiu com firmeza. “Alfonso, ele enviou este cartaz para você por um motivo. Você é a família dele. Ele o quer lá.” Ela viu o chapéu dele pendurado em um gancho na parede, e o pegou e enfiou na cabeça do ex-noivo. Depois, agarrando-o pelo braço, ela o puxou. “Nós vamos. Nós dois.”
“Nós dois? Claro que não. Uma luta não é ambiente para uma dama.”
“Tampouco o são uma cervejaria e o Parlamento, pelo que me disseram – e, no entanto, estive nesses dois lugares hoje mesmo. Depressa! Nós vamos chegar bem a tempo, mas só se sairmos agora.”
“Por que você está tão decidida a fazer isso?”, ele perguntou, franzindo a testa. “Por que a luta do canalha do meu irmão é importante para você?”
A pergunta pairou no ar por um momento.
“Porque eu o amo”, ela disse, quebrando aquele silêncio pesado com as únicas palavras que possuíam força suficiente. “E você tem que vir comigo porque também o ama.”
***
“Há quanto tempo você ama o meu irmão?”
Alfonso fez a pergunta enquanto a carruagem rangia pela Estrada Velha de Kent, em algum lugar perto de Gravesend. Como se estivessem apenas continuando a conversa que interromperam duas horas antes no escritório dele.
“Desde sempre, eu acho.” Ela entrelaçou as mãos. “Mas só percebi recentemente.”
A reação dele foi, como era de se imaginar, estoica. Dulce não conseguia entender como Alfonso permanecia tão calmo em face às suas revelações. Muito menos diante daquele trânsito. Bom Deus, o ranger das carruagens e carroças na ponte teria causado apoplexia no cunhado dela. Até mesmo Dulce tamborilava os dedos no assento e remexia os pés. O dia de outono estava ficando quente, e o calor não melhorava sua paciência.
A carruagem parou de repente.
“Por que paramos? É um pedágio?”
“A estrada está cheia de carruagens, daqui até a curva”, Alfonso disse, esticando o pescoço. “Devemos estar perto.”
Dulce conferiu seu relógio. Quase meio-dia. Não havia tempo a perder. Ela levou a mão à maçaneta.
“Então vou fazer o resto do caminho a pé.”
“Dulce, espere!”
Ela riu enquanto abria a porta e escapava da carruagem. De todas as palavras fúteis para lhe dizer. Dulce, espere. Ela não iria esperar nem mais um segundo.
Alfonso a seguiu enquanto ela corria ao lado da estrada, passando por cima de uma cerca para cortar caminho através de um campo. O mato alto e impertinente se enroscava em seus sapatos e agarrava na bainha de sua saia.
Quando ela chegou à taverna, percebeu que a luta tinha atraído dezenas de espectadores. Talvez centenas. Todos se dirigiam como um cardume de peixes ao campo gramado atrás da estalagem. Ela levantou as saias e correu a distância que faltava, tentando abrir caminho em meio à multidão.
“Com licença, por favor. Com licença. Por favor, deixe-me passar.”
Um homem pisou no pé dela.
Ela fechou o punho e o preparou.
“Saia daí!”
A última fileira de espectadores deu passagem e Dulce surgiu na clareira do centro. Lá estava ele. Era ele. A menos de dez metros dela. Estava de costas para Dulce, mas ela reconheceria aqueles ombros em qualquer lugar do mundo.
“Christopher!” Ela atravessou a clareira correndo. “Christopher, espere!”
Ele se virou, parando enquanto arrumava o punho da camisa, e franziu o rosto para ela.
“Dulce. Você chegou cedo.”
Autor(a): leticialsvondy
Este autor(a) escreve mais 15 Fanfics, você gostaria de conhecê-las?
+ Fanfics do autor(a)Prévia do próximo capítulo
Cedo? Talvez Dulce devesse ter se perguntado por que ele parecia estar esperando por ela, mas estava muito ocupada se sentindo aliviada por não ter chegado tarde. Era evidente que a luta ainda não estava para começar. A roupa dele era muito boa para boxear – casaca azul, gravata recém-engomada e um colete listrado de seda. E aquelas botas al ...
Capítulo Anterior | Próximo Capítulo
Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 24
Para comentar, você deve estar logado no site.
-
vondyfforever Postado em 15/06/2020 - 09:09:08
Ameeeeei que pena que acabou
-
biavondy15 Postado em 14/06/2020 - 17:18:11
Que historia maravilhosa!!! Obrigada por compartilhar ela com a gente
-
biavondy15 Postado em 14/06/2020 - 17:16:23
Ameeeei esse fim
-
Dulcete_015 Postado em 06/02/2020 - 00:16:06
Estou amando,continuaa
-
Vondy Forever❤ Postado em 31/01/2020 - 14:58:17
Continua...
-
Vondy Forever❤ Postado em 30/01/2020 - 22:40:25
Que bom que você voltou, ai esses dois são tão fofos juntos, continua...
-
Vondy Forever❤ Postado em 29/01/2020 - 19:46:25
Esta bem, melhoras, Estarei te aguardando abraços..
-
rt1508 Postado em 28/01/2020 - 20:12:06
Continuaaaa
-
Vondy Forever❤ Postado em 28/01/2020 - 00:29:01
Mulher como que você para logo ai nesse momento caliente dos dois, Até na hora h Dulce lembra desses documentos. Chorei de rir quando o Christopher falou que usava pijama lilas, continua...
-
Vondy Forever❤ Postado em 27/01/2020 - 23:13:41
continua, mais duas sua web e muito viciante...