Fanfic: THE ORIGINALS ⚜️ | Tema: RBD TVD
Por Dulce.
Há mais de mil anos que meus irmãos e eu estamos fugindo da bruxa louca que nos quer mortos. Exploramos os cinco continentes, passamos pelos cento e noventa e três países e mais de trinta mil cidades. Vimos civilizações serem construídas e prédios sendo erguidos. Presenciamos duas Guerras Mundias e a construção de pelo menos quatro das setes maravilhas do mundo moderno. E agora, eu chego no que deve ser a maior dúvida do século; o que raios estamos fazendo em Veracruz?
Faz pouco mais de duas semanas que voltamos para cá e eu estou simplesmente surtando! Quando se mora em Nova York por quase seis anos, o que menos se espera, é mudar para uma cidadezinha pacata com menos de vinte mil habitantes e um toque de recolher as vinte e duas horas. O tédio tem me consumido e digamos que eu não fico muito amigável quando isso acontece.
- Quem é esse ser humano Dulce Maria? * perguntou meu irmão quando adentrou a sala e avistou um rapaz moreno de olhos castanhos, com mordidas por todo o pescoço e o pulso direito agarrado em minhas presas.
- Um amigo para me tirar do tédio * respondi com um leve tom de deboche.
- Mai vai matar você * retrucou ele sentando em uma poltrona de frente para mim. - Mas isso não é problema meu * disse indiferente e sorriu de lado.
- Esse problema é todo seu. * apontei me levantando do sofá em que eu estava, indo me servir com uma dose de Whisky The Macallan 1946. - Se não tivesse nos trazido a esse buraco de cidade, eu estaria agora na Times Square fazendo, sei lá * parei para pensar * assistindo a um musical da Broadway. * rimos juntos dessa minha ultima fala.
- Essa foi a coisa mais aleatória que você falou hoje * e então ele me olhou com aquele olhar de irmão super carinhoso, que me fez lembrar o porque de estarmos juntos e nos apoiando. - Mas já disse que tenho meus motivos para estar aqui. * e percebendo que eu diria algo, tratou logo de continuar. - E eu vou esclarecer tudo quando tiver certeza, ok?
Ele sorriu e eu assenti. Confio nele de olhos fechados e se ele disse que tinha motivos, eu acredito.
- Só toma cuidado *dei a volta por trás da poltrona e o abracei. - Nós somos família e não guardamos segredos um dos outros. * dei um piscada de cumplicidade e ele só fez assentir. - Merda, a Mai *olhei rapidamente em direção a porta com um olhar de me ferrei. -
- Posso saber o porquê da minha sala está exalando sangue humano? * Maite perguntou antes mesmo de entrar na sala, e sua voz não estava nada amigável. - Dulce Maria * fuzilando, ela olhou na minha direção e eu tive vontade de correr. - Explique-se. *disse cruzando os braços frente ao peito.
- Por que eu? * fiz minha cara mais sínica e ela respirou fundo. - Pode ser coisa do Poncho. * respondi tranquila e senti o olhar dos dois sobre mim. - Ok, foi eu -disse revirando os olhos e me jogando em uma das poltronas.
- Já se esqueceu do nosso acordo Maria Dulce? * a olhei e a vi sorrindo, ela sabia que eu detestava quando me chamava assim. - Nós não matamos pessoas inocentes. * e lá estava aquele olhar materno, que tanto me confortava.
- Para minha defesa, ele não esta morto! * Vi Poncho rir e Maite me olhar incrédula. - E ele não é nenhum mocinho de filme adolescente. * Me levantei e fui para perto do rapaz. - O encontrei enquanto tentava agarrar a força uma garçonete que estava saindo do serviço. * Eu vi a cara de desconfiados que fizeram, mas era a verdade.
Apesar da fama, meus irmãos e eu não somos os monstros que todos nos jugam. Obvio que ate conseguirmos controlar nossa sede, muitas pessoas inocentes morreram por nossa culpa. E isso simplesmente atormentava a Mai, e vê-la tão mal fez com que Poncho e eu jurássemos nunca mais matar pessoas inocentes. A regra não valia para estupradores, racistas e homofóbicos, tampouco para políticos ou policiais corruptos que só fazem mal a sociedade. Mas fora isso, nos alimentamos de animais ou bolsas de sangue.
- Eu estou falando a verdade. *falei respondendo sua desconfiança. - Mas sei que não é o certo *sorri sem mostrar os dentes. - Me perdoa!
- Claro que perdoo. *respondeu ela arrumando a franja em sua testa. - Sabe que só quero nosso bem. *sorriu ela contente.
- Eu sei Maizita * falei enquanto a abraçava. - Além do nosso pacto, uma matança em uma cidade pequena só chamaria atenção de Ninel. Só fiz isso porquê estava com tédio. *admiti.
Então, eu caminhei até o rapaz que ainda estava sentando em um dos sofás, e após uma mordida no meu braço, lhe dei um pouco do meu sangue, para que seus machucados se curassem mais rápido. Logo depois eu comecei a compulsão; esqueça tudo que aconteceu nas ultimas seis horas. Uma pessoa que você não reconhece o agrediu e ameaçou chamar a policia caso você não soltasse a garota. Coloque um curativo nesses machucados e tente não ser morto. Vá para casa. Vi o rapaz sair e o olhar orgulhoso de Mai.
- Feliz? * perguntei com um pouco de deboche.
- Estaria se nunca o tivesse trazido. *sorriu respondendo no mesmo tom. - Mas para sua felicidade, ouvi no hospital que vai ter música ao vivo em um bar/cafeteria e parece que vai ficar bom. * já olhávamos com cumplicidade uma para outra.
- Jura? *perguntei animada e ela sorriu confirmando. - Podemos ir Ponchito? Por favor, diz que sim * o implorei.
- Não vejo por quê não * sorriu e se levantou. - Vamos todos. Já esta mesmo na hora de conhecer as pessoas dessa cidade. * ele falou com um tom de mistério que só me animou ainda mais.
Já não era em tempo de ter algo nessa cidade, sorri imaginando como será essa noite. Música e festa são duas das minhas palavras favoritas e eu não poderia estar mais ansiosa. Subi para o meu quarto e tomei um banho. Depois de limpa, cabelos lavados e escovados, fui ate o closet para escolher meu look da noite. Optei por um cropped alcinha branco, com uma calça cargo camuflada cinza e um tênis adidas superstar. Fiz uma maquiagem batom, delineado e cílios. Peguei um corta vento também cinza e fui ao encontro dos meus irmãos. Mai estava maravilhosa com uma blusa preta de manga, um ombro só, calça jeans tom claro e um cinto preto, sandália dourada bico fino e o cabelo solto liso. Poncho por sua vez usava um jeans preto, uma blusa manga curta branca, uma jaqueta couro vermelho e um tênis branco. Simples mas sofisticado, estava um gato. Todos nós estávamos lindos e prontos para essa noite que espero ser maravilhosa.
Chegamos no tal bar/cafeteria, que tinha o nome de Garza Grill e o lugar está lotado e bem animado. Mai nos arrasta até o bar e pede ao garçom dois uísque. Ela me olhou sorrindo e eu já imaginava do que se tratava.
- Quer um refrigerante Dulcita? * perguntou rindo junto com Poncho.
- Estou bem, mas obrigada * dei um sorriso sem mostrar os dentes e uma olhada em volta para ver o lugar.
Escutei o Poncho falar que ia dar uma volta e logo sumiu entrando no meio das pessoas. Espero que ele não apronte nada hoje.
- Vou ao banheiro. * disse Mai já saindo.
Sozinha e sem poder beber, que ótimo! Como fui transformada aos vinte anos, vou carregar o fardo da menor idade para sempre. Agradeço ao poder de compulsão nesse momento, cheguei perto do garçom e o compeli a trazer uma long neck para mim, que voltou com uma segundos depois. E aqui estou eu, “curtindo” o que deveria ser a melhor noite desde que cheguei a Veracruz.
- Ouch! * esbravejei quando alguém esbarra em mim, entornando um pouco do liquido que estava em seu copo em minhas costas. - Olha por onde anda * revirei os olhos.
- Perdão * me pediu educadamente. - O lugar está cheio e o amigo aqui atrás não colabora * apontou para um cara visivelmente bêbado.
- Tudo bem * sorri sem humor. - Agora suma * disse a ultima frase tentando o compelir.
- Está tudo bem com você? * perguntou preocupado e eu o encarei incrédula. - Os seus olhos, eles pareciam * tentou gesticular com os dedos.
Impressionante, a noite começou a ficar interessante. Então eu encaro o rapaz alto, branco, cabelos e olhos castanhos, aparentemente vinte anos que, percebo agora está exalando verbena. E nossa, como ele é gato. Começo achar que não foi a melhor opção, porque tem um olhar que me prende de um jeito, e eu simplesmente não consigo desviar. Sinto então uma vibração em todo o meu corpo e acho que se estivesse viva, morreria agora mesmo de tanto que ele aceleraria. Tenho vontade de tocar nos seus cabelos, um tanto quanto bagunçado que, lhe da um charme a mais. Respiro fundo, percebendo que o estou encarando a tempo demais, mudo meu olhar para o lado e dou um sorriso sem graça.
- Me desculpa *ele disse chamando minha atenção e eu o olhei novamente. - eu não costumo encarar as pessoas do nada * ele sorriu e naquele segundo, eu perdi meu folego. - Mas é que seu olhar * ele levantou a mão como se fosse tocar o meu rosto. Mas abaixou com pressa e merda, o maldito sorriso. - Desculpas de novo.
- Você pede muitas desculpas * sorri sem mostrar os dentes. - Para quem não fez nada de errado * ele assentiu e se virou para ver uma menina que tinha o chamado e tocado em seu ombro.
- Ucker * pude escutá-la. - Estou te procurando há uns cinco minutos, onde está o Dan? * perguntou ela um pouco afobada.
Não consigo esconder minha cara de incrédula nesse momento, depois de uma breve análise na amiga desse “Ucker”, percebo que na parte de trás do seu ombro esquerdo, contém uma marca que eu não via á muito tempo. Ela vira de frente para mim e eu olho para outro lado rapidamente.
- Oi * ela me disse sorrindo. - Sou Anahí * me estendeu a mão. - Sou amiga do Ucker * ainda sorrindo, apontou o garoto que já estava de volta a minha frente. - De onde se conhecem? * acho que senti uma pontada de ciumes na voz dela!
- Não nos conhecemos * respondeu o garoto verbena para a amiga. - Eu derramei um pouco de cerveja na * ele me olhou e esperou que eu lhe respondesse o meu nome.
- Dulce Maria * respondi sorrindo.
- Derramei cerveja na Dulce Maria * ok, porque eu tremi quando ele disse meu nome? . - E estava me desculpando. * eu assenti confirmando a história dele e a Anahí pareceu ficar mais tranquila. É, se nota à quilômetros que ela esta apaixonada por ele.
- Foi um prazer conhecer você * o olhei esperando que me dissesse seu nome.
- Christopher * ele sorriu e novamente me faltou o ar, preciso sair daqui. - Christopher Uckermann.
- Foi um prazer Christopher * sorri sem conseguir tirar meus olhos dos dele. - E Anahí * disse olhando mais uma vez. - Mas eu tenho que achar a minha irmã * falei sorrindo. - Até mais.
Eu saio entrando no meio das pessoas e consigo escutar quando ele responde; até mais Dulce Maria. Sorrio negando com a cabeça. Nem pensar Dul, você tem que descobrir mais sobre o gatinho verbena e sua amiga apaixonada que possuiu a marca da Família Labonair. Preciso contar isso a Maite e Poncho. Ah Poncho, com certeza você sabe disso, não nos traria a esse buraco de cidade a toa não é mesmo?
- É Ponchito * sorri. - Parece que estou começando a desvendar seus segredos.
Autor(a): teerripe
Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).
Prévia do próximo capítulo
Por Ucker Eu estava completamente hipnotizado por aquela garota que mais parece ter saído de um livro de romance de época. Seus olhos castanhos tinham um brilho que me prendiam e eu senti que poderia ficar os encarando pelo resto da minha vida. Seus cabelos caíam como ondas de fogos pelos ombros até o final de suas costas. Sua pele ...
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