Fanfics Brasil - Capítulo 7 - parte 2 Espero Por Você... AyA [FINALIZADA]

Fanfic: Espero Por Você... AyA [FINALIZADA] | Tema: Anahí, Poncho


Capítulo: Capítulo 7 - parte 2

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Agradeci pela escuridão do céu, porque meu rosto tinha começado a esquentar. Eu sabia que deveria parar de olhar, porque ficar encarando os dois fazia de mim uma idiota, mas não conseguia. Nem quando a garota enfiou a mão no cabelo dele, puxando-o até ela, e os dois começaram a se beijar para valer; a mão do cara já tinha subido por dentro da saia dela até o antebraço.


Nossa.


Poncho cutucou meu braço com a caneta, chamando minha atenção. Ele parecia... curioso.


— O que foi? — perguntei.


— Nada. É só que... — Ele parecia estar escolhendo as próximas palavras cuidadosamente. — Você está olhando para eles... como se nunca tivesse visto um casal fazer aquilo antes.


— Estou? Ele assentiu.


— Então, a menos que tenha sido educada em um convento, imagino que já deva ter ficado no colo de um cara uma ou duas vezes, certo?


— Não, nunca fiquei! — Eu me encolhi, pois praticamente gritei nessa hora.


— Quero dizer, nunca estive no colo de um cara.


— E no colo de uma garota?


— O quê? Não!


Um sorriso foi crescendo lentamente no rosto dele.


— Eu estava brincando, Anahí. Rangi os dentes de vergonha.


— Eu sei, é que eu...


— Que foi? — Ele me cutucou novamente. — Você o quê?


Minha boca abriu e vomitei a pior sequência de palavras da minha vida.


— Eu nunca estive em um relacionamento. — No instante em que aquelas palavras foram pronunciadas, eu quis me dar um soco. Quem admite esse tipo de coisa para alguém que mal conhece? Amassando a beirada do meu caderno, olhei para Poncho. Ele estava me encarando como se eu tivesse acabado de revelar que era a Virgem Maria. Minhas bochechas ferviam. — O que foi? Não é nada de mais.


Poncho piscou e chacoalhou um pouco a cabeça, virando o rosto para o céu.


— Você nunca namorou antes?


— Não. — Fiquei desconcertada ao máximo, como se tivesse desnudado minha alma.


— Nada?


— É isso que significa nunca.


A boca de Poncho se abriu e fechou em seguida.


— Quantos anos você tem? Revirei os olhos e respondi:


— Tenho dezenove.


— E nunca esteve em nenhum relacionamento? — perguntou ele outra vez.


— Não. — O papel estava começando a se desfazer nos meus dedos. — Meus pais... eles eram rígidos. — Uma mentira descarada, mas parecia aceitável. — Digo, muito rígidos.


— Dá para notar. — Poncho bateu com a ponta da caneta no caderno de anotações. — Mas você já saiu com alguém antes?


Suspirando, baixei os olhos para meus papéis.


— Achei que tínhamos vindo para cá para mapear estrelas, não?


— Sim, foi para isso.


— Mas não é o que parece. Só o que fiz até agora foi rabiscar uma linha e você não fez nada.


— Esse seu rabisco está entre Delta e Gama. — Ele se curvou para perto de mim, ligando os dois pontos. — Aqui é a Teta e esta é a Alfa, a estrela mais brilhante. Viu, já fizemos metade do trabalho.


Franzi a testa ao olhar para cima, procurando o padrão das estrelas no céu. Caramba, ele fez tudo direitinho. Então ele se debruçou sobre mim de novo, o ombro encostado ao meu, traçando uma linha perfeita até outro ponto no mapa. Mordi o lábio conforme ele continuou o desenho sem sequer olhar para cima ou consultar o mapa estelar. Fiquei plenamente atenta ao calor de seu braço, mesmo através de duas camadas de roupa. A sensação daquele toque se espalhou pelo meu ombro e meu peito, acelerando a pulsação.


Ele virou a cabeça na minha direção.


— Agora acabamos de mapear as estrelas.


Inspirei rapidamente. Nossos rostos estavam a poucos centímetros um do outro; ele estava perto até demais. Olhei para os lábios dele. Havia um leve sorriso e aquela covinha começara a aparecer na bochecha esquerda. Sua boca havia começado a se mexer, mas eu não ouvia nenhuma palavra que dizia. Eu precisava me afastar, mas... não queria. A confusão se espalhou pelo meu corpo enquanto lutava para não me afastar... e não me aproximar. Era como estar entre polos magnéticos opostos.


Talvez eu devesse parar de olhar para os lábios dele.


Parecia um bom plano, porque ficar olhando para os lábios de um cara era meio esquisito, então forcei meus olhos para cima. Meu Deus, não deu muito certo, porque agora eu estava encarando aqueles olhos de baixar as calcinhas, como Christian se referira a ele mais cedo numa mensagem. E Christian acertara na mosca. Aposto que devia existir um rastro de calcinhas caídas por onde Poncho passava. Deveria ser ilegal um garoto ter cílios tão grossos como os dele. Mesmo no escuro, os olhos pareciam ter vários tons de castanho. O calor relativamente tolerável estava se tornando uma chama quase insuportável, que corria pelas minhas veias.


Contorci o corpo novamente, pois era incapaz de me lembrar da última vez que tinha me sentido daquele jeito. Pelo menos, não desde aquela festa de Halloween. Talvez antes. Com certeza, antes. Mas havia alguma coisa em Poncho que me fazia esquecer de tudo, exceto do que estava acontecendo naquele exato momento. Parecia normal. Eu gostava de boa parte daquela sensação.


— Você está me ouvindo? Pisquei lentamente.


— Hein? Sim! Sim. Claro.


O sorriso dele ficou convencido, e eu quis me esconder no arbusto mais próximo.


— É... então, você nunca saiu com ninguém?


— O quê?


Poncho deu um riso suave.


— Você realmente não ouviu nenhuma palavra do que eu disse. Estava muito ocupada me encarando.


— Não estava! — Meu rosto inteiro parecia estar pegando fogo e eu rapidamente desviei o olhar para onde o casal estava. Eles já tinham ido embora.


Ele deu um leve empurrão no meu ombro.


— Estava, sim. Retorci o rosto.


— Você tem um nível de arrogância muito acima do aceitável, sabia?


— Arrogância? Só estou constatando a verdade. — Poncho jogou o caderno no chão e se apoiou nos cotovelos, olhando para mim através daqueles cílios. Aquele maldito e insuportável risinho torto dele estava ali. — Não há nada de errado em olhar para mim. Eu gosto.


Meu queixo caiu. Como eu conseguiria responder a algo assim?


— Eu não estava encarando. Não mesmo. Eu meio que... me distraí. Esse é o nível de empolgação que sinto ao conversar com você.


— Tudo em relação a mim é empolgante — respondeu ele.


— Tão empolgante quanto observar sua tartaruga atravessar a rua.


— Sei, sei. Tente se convencer disso, meu anjo.


— Continue me chamando de "meu anjo" e vai voltar mancando para casa. Os olhos de Poncho se arregalaram.


— Olhe só para você.


— Deixa para lá.


— Nós deveríamos fazer isso.


Minha mente foi exatamente para onde não deveria ter ido e minha pele começou a formigar.


— Fazer o quê? Ir para casa? Estou muito a fim de ir para casa, tipo, agora mesmo.


— Deveríamos sair juntos.


Obviamente, eu havia perdido uma parte importante daquela conversa. Fechei o caderno e apalpei o chão ao meu redor, procurando a bolsa.


— Não sei bem se estou entendendo esta conversa.


— Não é tão complicado assim. — Poncho riu quando olhei fixamente para ele.


— Nós deveríamos sair juntos.


Meu estômago foi lá nas costas quando olhei novamente para ele. Parecia tão contente, meio esparramado no chão. Será que estava brincando? Ou estava chapado? Enfiei o caderno na bolsa, junto com a caneta.


— Não estou entendendo.


Poncho deitou e esticou os braços para cima, fazendo sua camiseta subir a ponto de revelar um pedaço de pele bronzeada e os músculos laterais próximos aos quadris... meu Deus. Desviei o olhar e respirei profundamente.


— Normalmente, "sair juntos" é quando duas pessoas saem à noite ou durante o dia, às vezes. Na verdade, pode ser a qualquer hora do dia ou da noite.


Geralmente, envolve um jantar. Outras vezes, pode ser um cinema ou uma caminhada no parque. Embora eu não caminhe pelo parque. Talvez uma praia, mas, já que não há nenhuma por perto...


— Eu sei o que é sair junto — cortei-o logo, ficando de pé.


Ele continuou no chão e não parecia que sairia dali tão cedo. Eu deveria ter vindo com meu carro.


— Você disse que não entendia — afirmou ele de brincadeira. — Então eu estava explicando o que significa sair juntos.


Frustrada... e, relutantemente, entretida, cruzei os braços.


— Não foi essa parte que não entendi e você sabe disso.


— Só estava querendo ver se estávamos falando sobre a mesma coisa.


— Não estamos.


Poncho baixou os braços, mas ainda ficou aparente a parte do abdômen entre a camiseta e a calça jeans. Será que ele estava de cueca? Só o que vi foram um cinto de couro e a calça. Tudo bem. Eu não precisava começar a pensar nisso agora.


— Então, agora que nós dois sabemos do que se trata um encontro, deveríamos sair juntos — disse ele.


— Hã...


Poncho riu, levantando-se em um só movimento fluido.


— Essa não é bem uma resposta, Anahí.


— Eu... — Um encontro? Um encontro com Alfonso Herrera? Duas coisas vieram à minha mente ao mesmo tempo: inquietude e interesse. Dei um passo para trás, criando distância entre mim e ele e todo o resto.


— Você não tem uma namorada?


Ele levantou as sobrancelhas com surpresa e riu:


— Namorada? Não.


— Então, quem era a morena que saiu cambaleando do seu apartamento na quarta à noite?



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Autor(a): Alien AyA

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O risinho de Poncho tornou-se um grande sorriso. — Você tem me observado, Anahí ? — Não. Não! O quê? Não estava observando você. Eu tenho uma vida. Ele franziu a testa. — Então, como é que você sabe sobre Stephanie? — Esse é o nome dela? — Bem, sim, ela tem um nome, e ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 50



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  • Nandacolucci Postado em 23/03/2020 - 21:46:11

    Momento mais que ideal para ela contar oq aconteceu com ela no passado.. pior favor faz maratona especial de quarentena kkkk CONTINUAAAA

    • Alien AyA Postado em 23/03/2020 - 23:10:52

      Nanda não tem como fazer especial de quarentena pois a fanfics termina no capítulo 52, e também a pessoa aqui tá tendo que trabalhar enquanto tá todo mundo em casa! :(

  • Nandacolucci Postado em 22/03/2020 - 01:11:41

    Esse segredo deve ser muitooooooooooooo cabeludo e drástico para tantoooo mistério, sério. AMEI os presentes de dia dos namorados muito criativo...CONTINUAAAAAAAAAAAAAAAAAAA

  • Nandacolucci Postado em 18/03/2020 - 23:53:17

    Não sou muito a favor da violência mas faria o mesmo que o poncho se soubesse que minha irmã tá apanhando de macho babaca, agora só acho que esse é o memento ideal pra a Anny contar o segredo dela ficar escondendo só vai afastar eles, e eu estou mega curiosa para saber oq foiiii... CONTINUAAAAAAAAAAAAAAAAAAA

  • Nandacolucci Postado em 17/03/2020 - 00:07:21

    ainda bem que ser entregaram de uma vez foi complemente perfeitooooooooooooo.. CONTINUAAAAAAAA

  • Nandacolucci Postado em 15/03/2020 - 22:45:46

    Queria da um chute na bunda da steph para ela parar no Japão kkkk respeita o relacionamento dos outros.. CONTÍNUAAAAA

  • Nandacolucci Postado em 14/03/2020 - 23:57:47

    Cap mais que perfeitoooo, até que enfim se resolveram... CONTINUAAAA

  • Nandacolucci Postado em 12/03/2020 - 23:00:07

    Esses dois a cada momento me matam mais de fofuraaa.. CONTINUAAAAAAAAAA

  • Nandacolucci Postado em 11/03/2020 - 13:47:53

    Aiii manooooo esse poncho Amoo.. só acho que tá na hora dela contar a vdd pra ele. CONTINUAAAAAAAAAAAAAAAAAAA

  • Nandacolucci Postado em 10/03/2020 - 18:08:30

    Bebida entra às verdades sai..e eu estou Infartando em 3...2...1 CONTINUAAAAAAAAAAAAAAAAAAA

  • Feponny Postado em 10/03/2020 - 09:52:07

    Como assimmm na melhor parte vc paraaaaa continuaaaaaaaa


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