Fanfic: Espero Por Você... AyA [FINALIZADA] | Tema: Anahí, Poncho
Levantei da cama com um sobressalto, confusa e desorientada. Já eram lá pelas quatro da madrugada quando finalmente pegara no sono, e não fazia ideia do que tinha me acordado. Girei o tronco e gemi quando vi que eram apenas oito da manhã.
De um domingo.
Jogando-me de costas na cama, olhei para o teto. Uma vez acordada, nunca que conseguiria de novo...
Tóc, tóc, tóc.
Sentei-me outra vez, franzindo a testa. Alguém estava batendo à porta — minha porta. Mas que diabos? Depois de me descobrir, coloquei as pernas para fora da cama. Meu pé enroscou no lençol e quase dei de cara no carpete.
— Mas que merda.
Xingando como uma louca, corri pelo apartamento antes que acordassem o prédio inteiro. Espreguicei-me e fui olhar pelo olho mágico. Tudo o que vi foi uma massa de cabelo escuro e cacheado. Poncho?
Alguma coisa não estava certa. Talvez o prédio estivesse pegando fogo, porque eu não podia imaginar qualquer outro motivo para ele estar esmurrando a minha porta num domingo de manhã.
— Está tudo bem? — Fiquei horrorizada com o som da minha voz.
Poncho se virou. Um sorriso torto apareceu, deixando seu rosto já extraordinário ainda mais sexy.
— Não, mas vai ficar em cerca de quinze minutos.
— O-o-o quê? — Abri passagem, ou fui forçada a dar passagem, e ele entrou no meu apartamento, carregando alguma coisa embrulhada em papel alumínio: uma cartela de ovos (hein?) e uma pequena frigideira. — Poncho, o que você está fazendo? São oito da manhã.
— Obrigado por me informar. — Ele foi direto à minha cozinha. — Esta é uma coisa que eu nunca consegui dominar: ler as horas.
Franzi o rosto ao caminhar atrás dele.
— Por que você está aqui?
— Vim para fazer um café da manhã.
— Não pode fazer isso na sua cozinha? — perguntei, esfregando os olhos. Depois do trabalho de Astronomia e daquela ligação, ele era a última pessoa que eu queria ver àquela maldita hora da manhã.
— Minha cozinha não é tão legal quanto a sua. — Ele apoiou seus utensílios no balcão e olhou para mim. O cabelo dele estava úmido e mais cacheado que o normal. Como era possível ele estar tão maravilhoso, quando estava na cara que só tinha pulado da cama e tomado uma ducha? Não havia nenhuma marquinha de travesseiro em suas bochechas. E como é que ele ficava tão bem de moletom e camiseta velha? — E Ollie está desmaiado no chão da sala.
— No chão?
— Isso. De barriga para baixo, roncando e babando um pouco. Não está com uma atmosfera muito agradável.
— Bem, meu apartamento também não. — Ele precisava ir embora. Não tinha nada que estar ali.
Poncho curvou-se sobre o balcão, com os braços um pouco flexionados.
— Ah, acho que está errada... — Ele olhou para mim, desde meus cabelos desgrenhados até as pontas curvadas dos meus dedos dos pés. Era quase como se estivesse me tocando, fazendo com que eu perdesse o fôlego. — Sua cozinha, neste exato segundo, está muito apetitosa.
Senti as bochechas corarem na mesma hora.
— Eu não vou sair com você, Poncho.
— Eu não chamei você agora, chamei? — Um lado de seus lábios curvou-se para cima. — Mas uma hora vai.
Olhei bem para ele e disse:
— Você é maluco.
— Sou determinado.
— Está mais para irritante.
— A maioria diria incrível. Revirei os olhos.
— Só na sua cabeça.
— Em muitas cabeças, quer dizer — ele retorquiu, virando-se novamente para meu fogão. — Também trouxe um pão de banana com amêndoas assado no meu próprio forno.
Balançando a cabeça, contemplei as costas dele.
— Sou alérgica a banana.
Poncho virou-se, olhando incrédulo para mim, com as sobrancelhas levantadas.
— Você está de sacanagem?
— Não. Não estou. Sou alérgica a banana.
— Cara, sinto pena por você. Você não faz ideia do que está perdendo. As bananas tornam o mundo um lugar melhor.
— Não tem como eu saber. Ele virou a cabeça de lado.
— Tem alergia a mais alguma coisa?
— Além de penicilina e caras que invadem meu apartamento? Não.
— Meu Deus do céu — respondeu ele, começando a abrir meus armários. — Quantos caras mais fracos e menos confiantes você já aniquilou com essa sua língua ferina?
— Aparentemente, não o bastante — murmurei. Levei a mão para ajustar meu bracelete e me dei conta de que não estava com ele. Senti um aperto no coração. — Eu já volto.
Murmurando consigo mesmo, Poncho acenou com a cabeça. Fui correndo ao quarto, peguei o bracelete na mesa de cabeceira e o coloquei rapidamente. Um arrepio de alívio percorreu meu corpo. Quase saindo do quarto, olhei para baixo e xinguei novamente.
Sem sutiã.
O fino tecido da minha camiseta estava justo no peito, fazendo meus mamilos apontarem para a frente, quase dando oi.
— Ai, Jesus.
Arrancando a camiseta, peguei um top de ginástica no meu guarda-roupas.
— Ei! Você está se escondendo aí? — gritou Poncho. — Porque eu vou até você e a arrasto até aqui.
Com o top preso na cabeça e os seios balançando livremente, fiquei pálida. Puxei-o com tudo, amassando meu seio direito. Ai!
— Não se atreva a vir até aqui!
— Então, vai logo. Meus ovos não esperam por ninguém.
— Que coisa horrorosa — murmurei, vestindo novamente a camiseta. Chegando ao corredor, notei também que não tinha escovado os dentes. Poncho e seus ovos teriam que esperar mais um pouco.
Quando voltei à cozinha, vi que ele tinha colocado vários ovos para cozinhar na água e havia um ovo bem redondo e amarelo na frigideira que ele trouxera. Ele encontrara na minha geladeira o queijo ralado e estava jogando um pouco por cima dos ovos.
Vê-lo ali na minha cozinha, perto do fogão, estava me dando nos nervos. Minha barriga começou a dar nó enquanto ele facilmente encontrava os pratos e talheres. Cruzei os braços, andando de um lado para o outro.
— Poncho, por que você veio até aqui?
— Eu já lhe disse. — Ele fez os ovos deslizarem em cima de um prato e, em seguida, os trouxe até a minha mesa presa à parede. — Você quer torrada?
Espere. Você tem pão? Se não, posso ir...
— Não. Não preciso de torrada. — Poncho tinha tomado conta da minha cozinha de vez! — Você não tem mais ninguém para incomodar?
— Tem um monte de gente a quem eu poderia dar a graça da minha presença, mas escolhi você.
Essa parecia ser a manhã mais bizarra da minha vida.Eu o observei por mais um tempo.
Autor(a): Alien AyA
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Depois de desistir de expulsá-lo do meu apartamento, sentei-me na cadeira alta, encolhendo as pernas perto do peito. Então peguei um garfo. — Obrigada. — Prefiro acreditar que você está sendo sincera. — Estou! — Não sei por que, mas duvido disso — disse ele, com um sorrisinho. Fiquei me sentindo uma perfeita ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 50
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Nandacolucci Postado em 23/03/2020 - 21:46:11
Momento mais que ideal para ela contar oq aconteceu com ela no passado.. pior favor faz maratona especial de quarentena kkkk CONTINUAAAA
Alien AyA Postado em 23/03/2020 - 23:10:52
Nanda não tem como fazer especial de quarentena pois a fanfics termina no capítulo 52, e também a pessoa aqui tá tendo que trabalhar enquanto tá todo mundo em casa! :(
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Nandacolucci Postado em 22/03/2020 - 01:11:41
Esse segredo deve ser muitooooooooooooo cabeludo e drástico para tantoooo mistério, sério. AMEI os presentes de dia dos namorados muito criativo...CONTINUAAAAAAAAAAAAAAAAAAA
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Nandacolucci Postado em 18/03/2020 - 23:53:17
Não sou muito a favor da violência mas faria o mesmo que o poncho se soubesse que minha irmã tá apanhando de macho babaca, agora só acho que esse é o memento ideal pra a Anny contar o segredo dela ficar escondendo só vai afastar eles, e eu estou mega curiosa para saber oq foiiii... CONTINUAAAAAAAAAAAAAAAAAAA
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Nandacolucci Postado em 17/03/2020 - 00:07:21
ainda bem que ser entregaram de uma vez foi complemente perfeitooooooooooooo.. CONTINUAAAAAAAA
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Nandacolucci Postado em 15/03/2020 - 22:45:46
Queria da um chute na bunda da steph para ela parar no Japão kkkk respeita o relacionamento dos outros.. CONTÍNUAAAAA
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Nandacolucci Postado em 14/03/2020 - 23:57:47
Cap mais que perfeitoooo, até que enfim se resolveram... CONTINUAAAA
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Nandacolucci Postado em 12/03/2020 - 23:00:07
Esses dois a cada momento me matam mais de fofuraaa.. CONTINUAAAAAAAAAA
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Nandacolucci Postado em 11/03/2020 - 13:47:53
Aiii manooooo esse poncho Amoo.. só acho que tá na hora dela contar a vdd pra ele. CONTINUAAAAAAAAAAAAAAAAAAA
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Nandacolucci Postado em 10/03/2020 - 18:08:30
Bebida entra às verdades sai..e eu estou Infartando em 3...2...1 CONTINUAAAAAAAAAAAAAAAAAAA
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Feponny Postado em 10/03/2020 - 09:52:07
Como assimmm na melhor parte vc paraaaaa continuaaaaaaaa