Fanfic: Espero Por Você... AyA [FINALIZADA] | Tema: Anahí, Poncho
Formou-se um nó no meu estômago e rezei a Deus, Shiva e Zeus para que Christian não dissesse nada que me fizesse querer matá-lo mais tarde.
— Caramba — disse Christian, balançando a cabeça. — Ele faz uma calça jeans parecer que foi moldada especialmente para o seu... Oi, Alfonso! Tudo bem?
Fechei os olhos.
— Oi, Christian. Dulce. — Poncho sentou-se ao meu lado e cutucou meu braço. — Anahí.
— Oi — murmurei, plenamente consciente de que Christian e Dulce não tiravam os olhos de nós dois. Fechei meu caderno e o coloquei na bolsa. — O que está fazendo aqui?
— Ah, você sabe, vim atrás de caos e travessuras — respondeu ele.
— Isso me lembra tanto Harry Potter — suspirou Dulce. — Preciso ler outra vez. Todos se viraram para ela.
Suas bochechas brilhavam quando ela puxou seus cabelos louros para trás.
— Que foi? Não tenho vergonha de assumir que coisas aleatórias me lembram de Harry Potter.
— Aquele cara ali me lembra o Snape — disse Poncho, apontando o queixo para a mesa atrás de nós. — Portanto, eu entendo.
O cara com o cabelo comprido preto meio que parecia mesmo Snape.
— E aí, o que vocês estão fazendo? — Poncho mudou de posição e sua perna encostou na minha. Engoli seco. — Brincando com M& M`s e Confetes?
— Exatamente! Isso, e estamos estudando para a prova de meio de ano de História que teremos na semana que vem. Temos que localizar todos os países da Europa — explicou Christian.
— Ai. — Poncho me bateu com a perna. Bati de volta na perna dele.
— Mas Anahí, a maravilhosa Anahí... — Christian olhou para mim, com o sorriso se expandindo, ao passo que eu queria matá-lo com o olhar. — Ela estava nos ajudando com os estudos.
— Estava mesmo — disse Dulce.
Poncho me fitou longamente e eu fiz que não era comigo. Pousando o queixo sobre as mãos, Christian sorriu para Poncho.
— Antes de começarmos a estudar, eu estava contando a Anahí que ela deveria usar mais vezes a cor verde. Faz com que ela fique sexy com esse cabelo dela.
Minha boca se abriu de espanto. Ele não havia dito coisa nenhuma sobre aquele cardigã estúpido que eu estava usando.
— Você gosta dela usando verde, Poncho? — perguntou Dulce. Ai, meu Deus.
Poncho se virou para mim, com aqueles olhos castanhos claros.
— Fica ótimo, mas ela é linda todos os dias.
Senti um calor subindo à minha cabeça ao expirar lentamente.
— Linda? — repetiu Dulce.
— Linda — repetiu Poncho, diminuindo de novo a pouca distância que eu tinha conseguido impor entre nós. Cutucou meu joelho outra vez. — Então, vocês aprenderam alguma coisa em seus estudos?
Soltei a respiração.
— Acho que sim.
— Por sua causa. — Christian olhou para Dulce e meu estômago foi lá no pé. — Anahí compôs uma música para me ajudar a lembrar onde fica cada país.
Ah, não.
— Cante para ele sua música. — Dulce me deu uma cotovelada tão forte que fui empurrada para cima de Poncho e ricocheteei de volta.
Um interesse brilhou nos olhos de Poncho.
— Que música?
— Não vou cantar aquela música nunca mais. Christian voltou-se para Poncho.
— É a música da Croácia.
Olhei para ele querendo matá-lo. Poncho riu.
— A música da Croácia? Como é que é?
— Não — eu disse novamente. — Não vou cantá-la de novo. Não tenho talento nenhum para isso.
— E que talentos você tem? — perguntou Poncho, e, quando olhei para ele, meio que fiquei absorta encarando a mandíbula dele, a maneira como seu cabelo cobria as têmporas. Mas que diabos? Poncho estava olhando para mim também, com as sobrancelhas levantadas. — Anahí ?
— Conte para nós — insistiu Christian.
— Talentos são divertidos — disse Dulce, acenando com a cabeça.
— Podem ser. — Poncho baixou o olhar e eu inspirei suavemente. Ele se inclinou sobre mim, deixando não mais que cinco centímetros entre nossas bocas. Deu para ouvir Christian perdendo o fôlego. — Diga-me quais são seus talentos, meu anjo.
— Meu anjo — murmurou Christian com um suave suspiro.
— Dança — acabei falando. — Eu dançava. Costumava dançar.
O rosto de Poncho se encheu de curiosidade.
— Que tipo de dança?
— Sei lá. — Peguei o saquinho de Confetes e despejei o restante na minha mão. — Balé, jazz, sapateado, contemporânea... esse tipo de coisa.
— Não brinca! — exclamou Christian. — Fiz sapateado quando tinha uns seis anos, por cerca de um mês, mas então decidi que queria ser bombeiro ou coisa parecida. Aquela merda era difícil.
Dulce sorriu meio de lado.
— Tentei dançar e descobri que não tinha coordenação ou graciosidade, só sabia rebolar a bunda. Você era boa nisso?
Dei de ombros, um tanto constrangida.
— Tive aulas por cerca de dez anos, participei de algumas competições e muitos recitais.
— Então você era boa! Aposto que você fazia todas aquelas técnicas e piruetas malucas.
Eu costumava fazer uma porção de movimentos, e até um tempo atrás era incrivelmente flexível, mas era boa mesmo naquelas piruetas — a fouette tour, possivelmente, a série de giros mais difícil no balé.
Poncho ficou calado por alguns instantes, algo que me causou estranheza.
— Minha irmã começou a dançar aos cinco anos. Ainda dança. Acho que ela mataria alguém se a fizessem parar.
Enfiando o resto do Confete na boca, balancei a cabeça.
— Dançar pode ser viciante, se você gostar para valer.
— Ou se for boa — interveio Dulce. Poncho me empurrou com o ombro.
— Por que você parou?
Eu amava dançar — amava todo o universo da dança. Os treinos, os ensaios e, principalmente, o frenesi que dava minutos antes de subir no palco. Nada era igual àquele momento, quando você esperava nas coxias seu nome ser chamado; a primeira respiração que dava ao assumir o centro do palco sob as luzes brilhantes. O instante de silêncio em que você fechava os olhos e esperava a música começar, sabendo que todos estavam olhando para você.
Dando de ombros, estiquei a mão para pegar o restante dos M& M`s.
— Acho que me enjoei daquilo — disse finalmente. Que mentira absurda. Eu não tinha me enjoado de dançar. Era a coisa de que mais sentia falta, mas não suportava que as pessoas ficassem olhando para mim. — Sua irmã participa de competições?
Ele assentiu.
— Ela já viajou para todos os cantos e passou o verão na Joffrey School of Ballet, com uma bolsa de estudos.
— Puta merda. — Arregalei os olhos. — Ela deve ser muito boa. Poncho sorriu orgulhoso.
— Ela é mesmo.
A inveja crescia como um câncer, profundo e invasivo. Aquela poderia ter sido eu, dançando em um dos centros de treinamento mais reconhecidos no mundo. Deveria ser eu lá, mas não era, e precisava lidar com aquilo.
A conversa meio que não foi para lugar nenhum depois disso, pelo menos para mim. Poncho bateu papo com Dulce e Christian enquanto eu estava perdida nos meus pensamentos, até dar a hora de ir para a aula. Combinei outra hora para estudar e me despedi de todos.
Poncho me acompanhou até o lado de fora, onde brilhava a luz do sol, mas a brisa fresca e contínua nos alertou que o frio estava se aproximando. Ele não disse nada enquanto íamos para o Knutti Hall. Às vezes, fazia isso; eu nunca sabia, nem imaginava, o que ele podia estar pensando naqueles momentos de silêncio.
Foi naquela hora, quando atravessamos a rua congestionada e ele acenou para um grupo parado na frente do By rd Center, que percebi como ele estava diferente de quando o vi com aquelas garotas mais cedo. Aquilo me incomodou, e eu nem sabia o motivo.
— Você está bem? — perguntou ele, quando paramos perto dos bancos na frente do Knutti Hall.
Sorri discretamente para ele.
— Sim, estou bem. E você?
Ele sorriu com a boca fechada e acenou.
— Ainda estamos combinados para amanhã à noite?
— Amanhã à noite? Ah! O trabalho de Astronomia. — Como parte das avaliações de meio de ano, Drage tinha mandado que fôssemos em duplas ao Observatório. Tínhamos que entregar nossas imagens na quarta-feira seguinte. — Sim, está combinado.
— Ótimo. — Poncho se afastou. — Vejo você lá.
Comecei a me virar, mas parei quando uma coisa me ocorreu.
— Poncho?
— Fala.
— O que você estava fazendo naquele restaurante? Geralmente, você não tem aula, tipo, agora mesmo?
Seus lábios se curvaram para cima, e lá estava de novo aquela maldita covinha. Quando ele sorria daquele jeito, parecia que um balão se enchia dentro do meu peito.
— Sim, geralmente, tenho aula a esta hora — disse ele, com aquelas duas safiras reluzindo ao sol —, mas eu queria vê-la.
Fiquei sem palavras ao vê-lo dar a volta e atravessar a rua, indo na direção oposta do meu prédio. Fiquei ali parada antes de me virar. Não tive como evitar o sorriso que separou meus lábios e não quis sair de mim.
Autor(a): Alien AyA
Este autor(a) escreve mais 8 Fanfics, você gostaria de conhecê-las?
+ Fanfics do autor(a)Prévia do próximo capítulo
— Tem certeza que sabe usar essa coisa? — perguntei, olhando para o telescópio. Poncho olhou para mim por cima do ombro. — Como assim? Você não sabe? — Não. — Você não estava prestando atenção à aula quando Drage falou sobre isso e sobre as câmeras de imagem? Cruzei os bra&cc ...
Capítulo Anterior | Próximo Capítulo
Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 50
Para comentar, você deve estar logado no site.
-
Nandacolucci Postado em 23/03/2020 - 21:46:11
Momento mais que ideal para ela contar oq aconteceu com ela no passado.. pior favor faz maratona especial de quarentena kkkk CONTINUAAAA
Alien AyA Postado em 23/03/2020 - 23:10:52
Nanda não tem como fazer especial de quarentena pois a fanfics termina no capítulo 52, e também a pessoa aqui tá tendo que trabalhar enquanto tá todo mundo em casa! :(
-
Nandacolucci Postado em 22/03/2020 - 01:11:41
Esse segredo deve ser muitooooooooooooo cabeludo e drástico para tantoooo mistério, sério. AMEI os presentes de dia dos namorados muito criativo...CONTINUAAAAAAAAAAAAAAAAAAA
-
Nandacolucci Postado em 18/03/2020 - 23:53:17
Não sou muito a favor da violência mas faria o mesmo que o poncho se soubesse que minha irmã tá apanhando de macho babaca, agora só acho que esse é o memento ideal pra a Anny contar o segredo dela ficar escondendo só vai afastar eles, e eu estou mega curiosa para saber oq foiiii... CONTINUAAAAAAAAAAAAAAAAAAA
-
Nandacolucci Postado em 17/03/2020 - 00:07:21
ainda bem que ser entregaram de uma vez foi complemente perfeitooooooooooooo.. CONTINUAAAAAAAA
-
Nandacolucci Postado em 15/03/2020 - 22:45:46
Queria da um chute na bunda da steph para ela parar no Japão kkkk respeita o relacionamento dos outros.. CONTÍNUAAAAA
-
Nandacolucci Postado em 14/03/2020 - 23:57:47
Cap mais que perfeitoooo, até que enfim se resolveram... CONTINUAAAA
-
Nandacolucci Postado em 12/03/2020 - 23:00:07
Esses dois a cada momento me matam mais de fofuraaa.. CONTINUAAAAAAAAAA
-
Nandacolucci Postado em 11/03/2020 - 13:47:53
Aiii manooooo esse poncho Amoo.. só acho que tá na hora dela contar a vdd pra ele. CONTINUAAAAAAAAAAAAAAAAAAA
-
Nandacolucci Postado em 10/03/2020 - 18:08:30
Bebida entra às verdades sai..e eu estou Infartando em 3...2...1 CONTINUAAAAAAAAAAAAAAAAAAA
-
Feponny Postado em 10/03/2020 - 09:52:07
Como assimmm na melhor parte vc paraaaaa continuaaaaaaaa