Fanfics Brasil - Capítulo 12 - parte 2 Espero Por Você... AyA [FINALIZADA]

Fanfic: Espero Por Você... AyA [FINALIZADA] | Tema: Anahí, Poncho


Capítulo: Capítulo 12 - parte 2

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Outra gota de chuva acertou meu nariz e eu dei um gritinho. Meus olhos se encontraram com os de Poncho. Ele xingou e, em seguida, segurou minha mão. Começamos a correr pelo telhado, nossos sapatos escorregavam na superfície molhada. Quase tínhamos conseguido chegar à porta, quando o céu desabou e junto veio uma tempestade, ensopando-nos em questão de segundos.


Ele soltou uma gargalhada enquanto eu gritava.


— Ah, meu Deus — berrei. — Que frio horrível.


Parando repentinamente, ele se virou e me puxou para si. Meus olhos se arregalaram ao me sentir súbita e inesperadamente colada ao seu peito rígido. Levantei a cabeça e nos olhamos nos olhos. A chuva não parava de cair sobre nós, mas eu não conseguia sentir nada naquele instante.


Ele sorriu.


Aquele foi o único aviso.


Envolvendo minha cintura com o braço, ele se abaixou e me tirou do chão, apoiando-me sobre seu ombro. Comecei a gritar de novo, mas o som da minha voz foi encoberto pela gargalhada dele.


— Você estava correndo muito devagar — ele gritou em meio à chuva. Agarrei na parte de trás do moletom dele.


— Ponha-me no chão, seu filho da...


— Segure-se! — Rindo, ele disparou em direção à porta, com o braço preso aos meus quadris, mantendo-me no lugar.


Algumas vezes ele escorregou nas poças que tinham se formado, e meu coração acelerava. Eu podia facilmente ver meu crânio se espatifando. Sentia cada passo que ele dava, deixando escapar pequenos gemidos em meio às contínuas ameaças que fazia contra sua integridade corporal.


Ele as ignorava ou apenas ria.


Poncho parou numa derrapada e empurrou a porta para abri-la. Abaixando-se, entrou numa parte seca e um pouco mais quente, logo acima da escada. Ainda rindo até não poder mais, ele segurou meus quadris. Eu estava preparada para sair batendo nele assim que me soltasse, mas, quando ele me pôs no chão, meu corpo deslizou contra o dele, pouco a pouco. Devia ser por conta da nossa roupa molhada, porque a fricção fez com que o ar saísse de uma vez dos meus pulmões.


As mãos dele ainda estavam nos meus quadris, o toque dele ardia através do jeans. E ele olhou para mim; a cor dos olhos escureceu até um castanho profundo e intenso, que era ardente e devastador ao mesmo tempo. Seus lábios perfeitamente esculpidos estavam separados e o hálito era levemente mentolado.


Eu estava toda encostada a ele. Havia uma sensação de explosão em várias partes do corpo; nas minhas entranhas, os músculos estavam contraídos, as pontas dos meus seios, enrijecidas, e minhas coxas formigavam. Minhas mãos estavam apoiadas no peito dele, porém eu não sabia exatamente como aquilo tinha acontecido. Não me lembrava de as ter colocado ali, mas lá estavam elas, e eu sentia o coração dele pulsar forte, uma batida constante sincronizada com a minha.


Uma de suas mãos deslizou pelas minhas costelas, deixando por onde passava rastros de excitação que eu desconhecia. Perdi o fôlego quando ele tocou os dedos no meu rosto, colocando as mechas molhadas do meu cabelo atrás da orelha.


— Você está ensopada — disse ele, com a voz mais grave que o normal. Com a boca seca, respondi:


— Você também.


A mão dele ficou ali, com os dedos no meu rosto. Ele fez pequenos círculos aleatórios na minha pele.


— Acho que vamos ter que tentar isso outra noite.


— É verdade — suspirei, lutando contra o impulso de fechar os olhos e aproveitar o toque dele.


— Talvez devêssemos ter verificado o clima primeiro — disse Poncho, e tive que sorrir.


Então ele se mexeu de maneira quase imperceptível. Um pequeno movimento que, de alguma forma, nos aproximou ainda mais, quadril com quadril. Senti um arrepio percorrer minha coluna. A consciência do meu corpo, do corpo dele, tudo aquilo era muito poderoso. Eu reagia a ele de forma instintiva, de um jeito a que não estava nada acostumada.


Meu corpo sabia o que fazer, o que queria, apesar de meu cérebro enviar diversos sinais de alerta, como se a Segurança Nacional estivesse em Código Vermelho.


Afastei-me dele, rompendo contato. Inspirava e expirava em pequenas explosões conforme fui recuando, encostando na parede atrás de mim. Ensopada, com as roupas geladas, e mesmo assim eu estava quente. Fervendo. Minha voz pareceu esquisita quando comecei a falar.


— Acho que... que nós deveríamos ir para casa.


Poncho recuou, apoiando a cabeça na parede oposta, com as pernas levemente afastadas. Tudo nele parecia tenso, retesado.


— Sim, também acho.


Nenhum de nós se moveu por um minuto. Depois, seguimos em silêncio até a caminhonete. O que quer que tivesse acontecido entre nós ocorreu em profundo silêncio, e, quando chegamos ao nosso prédio, senti crescer dentro de mim uma ansiedade tremenda, apagando os poucos momentos perto da escada, quando eu não era nada além de sensações, em vez de pensamentos.


Com os músculos tensos, desci da caminhonete e corri para baixo do toldo do nosso prédio. Poncho estava ao meu lado, sacudindo o cabelo para tirar o excesso de chuva. Contornei o primeiro lance de escadas, passando os dedos em volta das chaves. Eu precisava dizer alguma coisa. Precisava fazer com que tudo aquilo deixasse de existir, porque eu não queria que houvesse tensão em nossa amizade, ou que ela mudasse de algum jeito.


Aquilo me afetou um bocado e senti meu estômago se contorcer todo. Eu não queria perder Poncho.


No último mês e meio, ele tinha se tornado parte fundamental da minha vida, penetrando meu cotidiano de forma que, se as coisas fossem mudar...


Mas eu não sabia o que dizer, porque não sabia o que tinha acontecido na escadaria. Meu coração começou a bater muito rápido quando ele subiu o primeiro degrau e, em seguida, parou de frente para mim.


— Saia comigo — pediu ele, passando a mão pelo cabelo molhado, tirando-o do rosto.


— Não — sussurrei.


Então a covinha apareceu em sua bochecha e eu expirei o ar que estava segurando. Ele voltou a subir a escada.


— Sempre tem o amanhã. Eu o segui.


— Amanhã não vai mudar nada.


— Veremos.


— Não há nada para ver. Você está perdendo o tempo.


— Quando se trata de você, nunca é perda de tempo — ele replicou.


Como estava de costas para mim, não viu meu sorriso. Eu relaxei. Eu me esquentei. As coisas tinham voltado ao normal e, com Poncho, tudo ficaria bem.



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Autor(a): Alien AyA

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 50



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  • Nandacolucci Postado em 23/03/2020 - 21:46:11

    Momento mais que ideal para ela contar oq aconteceu com ela no passado.. pior favor faz maratona especial de quarentena kkkk CONTINUAAAA

    • Alien AyA Postado em 23/03/2020 - 23:10:52

      Nanda não tem como fazer especial de quarentena pois a fanfics termina no capítulo 52, e também a pessoa aqui tá tendo que trabalhar enquanto tá todo mundo em casa! :(

  • Nandacolucci Postado em 22/03/2020 - 01:11:41

    Esse segredo deve ser muitooooooooooooo cabeludo e drástico para tantoooo mistério, sério. AMEI os presentes de dia dos namorados muito criativo...CONTINUAAAAAAAAAAAAAAAAAAA

  • Nandacolucci Postado em 18/03/2020 - 23:53:17

    Não sou muito a favor da violência mas faria o mesmo que o poncho se soubesse que minha irmã tá apanhando de macho babaca, agora só acho que esse é o memento ideal pra a Anny contar o segredo dela ficar escondendo só vai afastar eles, e eu estou mega curiosa para saber oq foiiii... CONTINUAAAAAAAAAAAAAAAAAAA

  • Nandacolucci Postado em 17/03/2020 - 00:07:21

    ainda bem que ser entregaram de uma vez foi complemente perfeitooooooooooooo.. CONTINUAAAAAAAA

  • Nandacolucci Postado em 15/03/2020 - 22:45:46

    Queria da um chute na bunda da steph para ela parar no Japão kkkk respeita o relacionamento dos outros.. CONTÍNUAAAAA

  • Nandacolucci Postado em 14/03/2020 - 23:57:47

    Cap mais que perfeitoooo, até que enfim se resolveram... CONTINUAAAA

  • Nandacolucci Postado em 12/03/2020 - 23:00:07

    Esses dois a cada momento me matam mais de fofuraaa.. CONTINUAAAAAAAAAA

  • Nandacolucci Postado em 11/03/2020 - 13:47:53

    Aiii manooooo esse poncho Amoo.. só acho que tá na hora dela contar a vdd pra ele. CONTINUAAAAAAAAAAAAAAAAAAA

  • Nandacolucci Postado em 10/03/2020 - 18:08:30

    Bebida entra às verdades sai..e eu estou Infartando em 3...2...1 CONTINUAAAAAAAAAAAAAAAAAAA

  • Feponny Postado em 10/03/2020 - 09:52:07

    Como assimmm na melhor parte vc paraaaaa continuaaaaaaaa


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