Fanfic: Espero Por Você... AyA [FINALIZADA] | Tema: Anahí, Poncho
O restante do dia não foi nem de perto tão agitado quanto a manhã, o que me deixou muito feliz. Sem mais gostosões inocentes sendo atropelados, nem quaisquer outros incidentes. Apesar de eu ter revivido a experiência toda mais uma vez no almoço, para a diversão de Christian, fiquei contente porque ele e Dulce tiveram um intervalo quase na mesma hora que eu. Havia planejado passar sozinha a maior parte do meu dia, então acabou sendo legal conversar de verdade com pessoas... da minha idade.
Para mim, ser sociável era como andar de bicicleta.
E a despeito do conselho desnecessário de Christian, de que eu deveria trombar em Poncho, só que desta vez de propósito, na próxima vez que o visse, não houve nenhum outro momento constrangedor. No fim do dia, para ser sincera, eu já tinha praticamente me esquecido de Poncho.
Antes de sair do campus, passei no prédio de finanças para pegar uma ficha de inscrição para o programa de trabalho e estudo. Eu não precisava do dinheiro, mas tinha que fazer alguma outra coisa muito chata para ocupar minha mente. Estava com a grade cheia — dezoito horas de créditos —, mas, ainda assim, teria um monte de tempo livre. Um emprego no campus parecia a coisa mais certa a se fazer, mas não havia vagas. Meu nome foi para uma extensa lista de espera.
O campus era, realmente, muito bonito, de um jeito tranquilo e excêntrico. Não tinha nada a ver com aqueles vastos campi das grandes universidades. Localizado entre o Rio Potomac e a minúscula cidade história de Shepherdstown, parecia uma daquelas paisagens que se vê em um cartão-postal. Prédios imensos adornados com torres mescladas entre estruturas mais modernas. Árvores por toda parte. Ar limpo e fresco, e todo tipo de coisa que se necessita a uma caminhada de distância. De fato, eu podia mesmo vir caminhando em dias mais agradáveis ou, pelo menos, estacionar na ala oeste do campus, para evitar pagar o parquímetro.
Após dar minhas informações para a lista de espera, voltei andando para o carro, curtindo a brisa aconchegante. Ao contrário da manhã, quando tive que correr contra o tempo, eu tinha agora a chance de observar as casas no caminho até a estação de trem. Três casas, lado a lado, tinham varandas cheias de rapazes com idade para estar na faculdade. Muito provavelmente, aquela era a versão dessa faculdade de um conjunto de fraternidades.
Um cara olhou quando passei, cerveja na mão. Ele sorriu, mas, logo em seguida, se virou quando uma bola de futebol voou pela porta e o acertou nas costas, o que o fez xingar até não poder mais.
Com certeza era um conjunto de fraternidades.
Minha coluna se retesou conforme acelerei o passo, passando mais rápido pelas casas. Cheguei a um cruzamento, dei um passo para a frente e quase fui atropelada por uma caminhonete prata — uma daquelas bem grandes, talvez uma Hilux—, que vinha acelerada pela rua estreita que eu precisava atravessar. Meu coração pulou do peito quando o carro freou bruscamente, bloqueando minha passagem.
Confusa, dei um passo para trás, subindo na calçada. Será que o motorista ia gritar comigo?
O vidro escurecido da janela do passageiro baixou e eu fiquei com cara de tacho.
Alfonso Herrera sorriu para mim do volante, com seu boné de beisebol virado para trás, de onde brotavam alguns cachos pretos de cabelo. Ele estava sem camisa — totalmente sem camisa. E, pelo que pude ver, só o peito, era um peito incrível. O peitoral era todo trabalhado. Tinha uma tatuagem. No lado direito, uma explosão solar, com as chamas subindo pelos ombros até as costas, em tons vibrantes de vermelho e laranja.
— Anahí Portilla, nós nos encontramos de novo.
Ele era a última pessoa que eu queria ver. Eu tinha uma sorte de merda.
— Alfonso Herrera... oi.
Ele se inclinou para a frente, apoiando um braço sobre o volante. Correção. Ele também tinha um bíceps maravilhoso.
— Temos que parar de nos encontrar desse jeito.
Aquela foi a coisa mais verdadeira que alguém já disse. Eu precisava parar de ficar olhando para seu bíceps... e seu peitoral... e sua tatuagem. Nunca pensei que o sol pudesse ser tão... sexy. Nossa. Isso era esquisito.
— Você me atropelando, eu quase atropelando você? — elaborou Poncho. — É como se fôssemos uma catástrofe prestes a acontecer.
Fiquei completamente sem palavras. Minha boca ficou seca e meus pensamentos confusos.
— Para onde está indo? — perguntou ele.
— Até meu carro — respondi, forçando as palavras para fora. — Meu horário no parquímetro está para vencer. — Não era bem verdade, porque eu tinha sido bem generosa na hora de colocar moedinhas naquela coisa, então, não tomaria nenhuma multa, mas ele não precisava saber disso. — Então...
— Bem, entre, meu anjo. Posso dar uma carona pra você.
O sangue se esvaiu do meu rosto e correu para outras partes do corpo de um jeito realmente estranho e confuso.
— Não, tudo bem. Meu carro está logo ali. Não precisa se incomodar. O sorriso ficou ainda maior, revelando aquela covinha.
— Não é incômodo. É o mínimo que posso fazer depois de quase atropelá-la.
— Obrigada, mas...
— Ei! Poncho! — O cara da cerveja pulou da varanda e veio correndo pela calçada, olhando rapidamente para mim. — O que está fazendo por aqui, cara?
Salva pelo garoto da fraternidade.
O olhar de Poncho não se desviou de mim, mas o sorriso começou a ceder.
— Nada, Kevin, só estou tentando ter uma conversinha aqui.
Dando um aceno rápido para Poncho, passei apressada por Kevin e dei a volta pela frente da caminhonete. Não cheguei a olhar para trás, mas pude senti-lo me observando. Com o passar dos anos, desenvolvi um talento que era saber quando alguém estava me observando, mesmo sem olhar para a pessoa.
Fiz força para não correr para a estação de trem, porque fugir do mesmo cara duas vezes no mesmo dia ultrapassaria todos os níveis aceitáveis de esquisitice. Até mesmo para mim.
Não percebi que estava prendendo a respiração até sentar atrás do volante do meu carro e ouvir o som do motor.
Jesus.
Apoiei a cabeça no volante e gemi. Uma catástrofe prestes a acontecer? Sim, parecia que sim.
Autor(a): Alien AyA
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 50
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Nandacolucci Postado em 23/03/2020 - 21:46:11
Momento mais que ideal para ela contar oq aconteceu com ela no passado.. pior favor faz maratona especial de quarentena kkkk CONTINUAAAA
Alien AyA Postado em 23/03/2020 - 23:10:52
Nanda não tem como fazer especial de quarentena pois a fanfics termina no capítulo 52, e também a pessoa aqui tá tendo que trabalhar enquanto tá todo mundo em casa! :(
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Nandacolucci Postado em 22/03/2020 - 01:11:41
Esse segredo deve ser muitooooooooooooo cabeludo e drástico para tantoooo mistério, sério. AMEI os presentes de dia dos namorados muito criativo...CONTINUAAAAAAAAAAAAAAAAAAA
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Nandacolucci Postado em 18/03/2020 - 23:53:17
Não sou muito a favor da violência mas faria o mesmo que o poncho se soubesse que minha irmã tá apanhando de macho babaca, agora só acho que esse é o memento ideal pra a Anny contar o segredo dela ficar escondendo só vai afastar eles, e eu estou mega curiosa para saber oq foiiii... CONTINUAAAAAAAAAAAAAAAAAAA
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Nandacolucci Postado em 17/03/2020 - 00:07:21
ainda bem que ser entregaram de uma vez foi complemente perfeitooooooooooooo.. CONTINUAAAAAAAA
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Nandacolucci Postado em 15/03/2020 - 22:45:46
Queria da um chute na bunda da steph para ela parar no Japão kkkk respeita o relacionamento dos outros.. CONTÍNUAAAAA
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Nandacolucci Postado em 14/03/2020 - 23:57:47
Cap mais que perfeitoooo, até que enfim se resolveram... CONTINUAAAA
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Nandacolucci Postado em 12/03/2020 - 23:00:07
Esses dois a cada momento me matam mais de fofuraaa.. CONTINUAAAAAAAAAA
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Nandacolucci Postado em 11/03/2020 - 13:47:53
Aiii manooooo esse poncho Amoo.. só acho que tá na hora dela contar a vdd pra ele. CONTINUAAAAAAAAAAAAAAAAAAA
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Nandacolucci Postado em 10/03/2020 - 18:08:30
Bebida entra às verdades sai..e eu estou Infartando em 3...2...1 CONTINUAAAAAAAAAAAAAAAAAAA
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Feponny Postado em 10/03/2020 - 09:52:07
Como assimmm na melhor parte vc paraaaaa continuaaaaaaaa