Fanfic: Espero Por Você... AyA [FINALIZADA] | Tema: Anahí, Poncho
Ele esperou para que eu o acompanhasse, então começamos a subir uma rampa de ardósia que levava a um pátio coberto nos fundos da casa. Ele parou diante da porta de vidro, ao lado de uma espreguiçadeira de vime.
— Você parece estar prestes a ter um ataque do coração.
— Tão ruim assim? — perguntei, encolhendo-me.
— Quase. — Poncho se aproximou e sua mão se moveu rápido. Colocando meu cabelo atrás da orelha, ele baixou um pouco a cabeça. Havia uma expressão em seu rosto que acentuava a cor dos olhos, deixando-os bem escuros. Meu estômago reagiu se contorcendo. — Você não tem por que ficar nervosa, está bem? Eu prometo.
Minha bochecha formigou onde seus dedos tocaram e, por causa da distância, pensei em nosso beijo que não fora um beijo. Ele não tinha feito nada parecido desde a noite de nosso primeiro encontro, mas, naquele momento, achei que ele quisesse.
— Está bem — sussurrei.
Ele me observou por um longo instante e, em seguida, balançou a cabeça. Baixando a mão, ele se virou para a porta e a abriu. Uma lufada de ar quente que cheirava a maçã e pimenta veio até nós, um aroma inebriante e acolhedor. Poncho foi entrando e eu o segui, com os olhos bem abertos ao entrar na sala do piso inferior.
Era uma espécie de sala de jogos. Uma grande mesa de sinuca no meio, um bar lotado à direita e, na parte de trás, perto da escada, estava uma grande TV com várias poltronas aparentemente confortáveis na frente. Meus pais tinham algo do tipo, mas a mesa de sinuca jamais havia sido usada, minha mãe só bebia do bar quando achava que ninguém estava prestando atenção e a TV do andar de baixo nunca fora ligada.
Mas tudo parecia... ter vida por aqui.
As bolas não estavam organizadas no meio, mas espalhadas pela mesa toda, como se alguém tivesse parado no meio de um jogo. Uma garrafa de uísque estava apoiada em cima do bar, ao lado de um copo, e as poltronas estavam desgastadas, obviamente móveis antigos que tinham sido levados lá para baixo. Ao contrário dos meus pais, que precisavam ter coisas novas em todos os cômodos da casa.
— Este é o cantinho do homem — disse Poncho, caminhando até a escada. — O papai passa um tempão aqui. Ali está a mesa em que ele me detonou no pôquer.
Olhei para a esquerda e havia apenas uma mesa mediana de carteado ali. Um sorrisinho brotou no meu rosto.
— Gostei deste lugar.
— Eu também gosto — ele replicou. — Meus pais devem estar lá em cima...
Concordando, saí do centro da sala e o fui andando logo atrás dele. Chegamos a uma sala de estar, que, assim como o andar de baixo, tinha um clima bem aconchegante. Um grande sofá em L ocupava a maior parte da sala, disposto bem na frente de outra televisão imensa. Revistas espalhavam-se pela mesa de centro e havia vasos de plantas em vez de estátuas e quadros esquisitos em quase todos os cantos.
— Sala de estar — comentou Poncho, passando por um arco. — E esta é a segunda sala de estar, ou uma sala em que ninguém fica. Talvez seja uma sala de sentar? Quem sabe? E esta é a sala de jantar formal, que nunca usamos, mas temos...
— Nós usamos, sim, a sala de jantar! — disse uma voz de mulher. — Talvez uma ou duas vezes por ano, quando temos companhia.
— Para mostrar os "pratos bons" — comentou Poncho, friamente.
Minhas pernas pararam de responder ao som da voz da mãe de Poncho. Fiquei sem reação numa das pontas da mesa, com o coração na boca, quando ela entrou pela porta.
A mãe de Poncho era tão alta e impressionante quanto ele, com cabelos bem pretos amarrados atrás em um rabo de cavalo frouxo. Os olhos dela eram castanhos e sem maquiagem. Pequenos pés de galinha apareceram no canto dos olhos, quando um sorriso largo brotou em seu rosto ao ver o filho. Ela usava uma calça jeans e um moletom largo.
Cruzou a sala, envolvendo-o num forte abraço.
— Nem sei onde estão os "pratos bons", Alfonso. Ele riu.
— Onde quer que estejam, devem estar se escondendo dos pratos de papel. Rindo discretamente, ela se afastou.
— Que bom que você veio. Seu pai está começando a me irritar com aquela conversa de querer ir caçar. — O olhar dela se desviou por sobre os ombros de Poncho, dando um sorriso de boas-vindas. — E essa deve ser Anahí ?
— Não, pelo amor de Deus — disse Poncho. — Essa é Candy, mãe. Os olhos da mãe se arregalaram e o rosto ficou um tanto corado.
— É, eu não...
— Eu sou Anahí — eu disse, olhando brava para Poncho. — A senhora acertou. Ela se virou e deu um tapa no braço de Poncho. Com força.
— Alfonso! Meu Deus, eu achei... — Ela bateu nele de novo e ele riu. — Você é terrível. — Balançando a cabeça, ela se virou para mim outra vez. — Você deve ser uma jovem muito paciente para ter sobrevivido a uma viagem até aqui com esse idiota.
Pensando não ter ouvido direito, pisquei os olhos e, então, dei uma gargalhada quando Poncho fez uma cara feia.
— Não foi tão ruim assim.
— Olha só. — A mãe de Poncho olhou para ele. — E ela é bem-educada. Está tudo bem. Eu sei que meu filho é um... pentelho. A propósito, você pode me chamar de Dani. Todo mundo me chama assim. Então ela me abraçou.
E foi um abraço de verdade — um abraço com carinho e afeição. Não sabia dizer quando tinha sido a última vez que minha mãe havia me abraçado. Senti um nó na garganta, mas o reprimi antes que fizesse papel de boba.
— Obrigada por me deixar vir — eu disse, contente que minha voz não falhara.
— Imagine. Adoramos receber visitas. Venha, vamos conhecer o cara que pensa ser minha alma gêmea. — A mãe dele passou um braço sobre meus ombros e apertou. — E já peço desculpas por antecipação se ele começar a falar sobre os animais que ele planeja caçar neste fim de semana.
Conforme ela me levou ao vestíbulo, olhei para onde Poncho aguardava. Nossos olhares se encontraram e senti uma palpitação no peito. Ele abriu um sorriso, mostrando a covinha na bochecha esquerda.
Poncho deu uma piscadela. E meu sorriso cresceu.
Autor(a): Alien AyA
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 50
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Nandacolucci Postado em 23/03/2020 - 21:46:11
Momento mais que ideal para ela contar oq aconteceu com ela no passado.. pior favor faz maratona especial de quarentena kkkk CONTINUAAAA
Alien AyA Postado em 23/03/2020 - 23:10:52
Nanda não tem como fazer especial de quarentena pois a fanfics termina no capítulo 52, e também a pessoa aqui tá tendo que trabalhar enquanto tá todo mundo em casa! :(
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Nandacolucci Postado em 22/03/2020 - 01:11:41
Esse segredo deve ser muitooooooooooooo cabeludo e drástico para tantoooo mistério, sério. AMEI os presentes de dia dos namorados muito criativo...CONTINUAAAAAAAAAAAAAAAAAAA
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Nandacolucci Postado em 18/03/2020 - 23:53:17
Não sou muito a favor da violência mas faria o mesmo que o poncho se soubesse que minha irmã tá apanhando de macho babaca, agora só acho que esse é o memento ideal pra a Anny contar o segredo dela ficar escondendo só vai afastar eles, e eu estou mega curiosa para saber oq foiiii... CONTINUAAAAAAAAAAAAAAAAAAA
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Nandacolucci Postado em 17/03/2020 - 00:07:21
ainda bem que ser entregaram de uma vez foi complemente perfeitooooooooooooo.. CONTINUAAAAAAAA
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Nandacolucci Postado em 15/03/2020 - 22:45:46
Queria da um chute na bunda da steph para ela parar no Japão kkkk respeita o relacionamento dos outros.. CONTÍNUAAAAA
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Nandacolucci Postado em 14/03/2020 - 23:57:47
Cap mais que perfeitoooo, até que enfim se resolveram... CONTINUAAAA
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Nandacolucci Postado em 12/03/2020 - 23:00:07
Esses dois a cada momento me matam mais de fofuraaa.. CONTINUAAAAAAAAAA
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Nandacolucci Postado em 11/03/2020 - 13:47:53
Aiii manooooo esse poncho Amoo.. só acho que tá na hora dela contar a vdd pra ele. CONTINUAAAAAAAAAAAAAAAAAAA
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Nandacolucci Postado em 10/03/2020 - 18:08:30
Bebida entra às verdades sai..e eu estou Infartando em 3...2...1 CONTINUAAAAAAAAAAAAAAAAAAA
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Feponny Postado em 10/03/2020 - 09:52:07
Como assimmm na melhor parte vc paraaaaa continuaaaaaaaa