Fanfics Brasil - Capítulo 3 - parte 1 Espero Por Você... AyA [FINALIZADA]

Fanfic: Espero Por Você... AyA [FINALIZADA] | Tema: Anahí, Poncho


Capítulo: Capítulo 3 - parte 1

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Aguentar sentada uma aula de Sociologia de três horas, numa noite de terça- feira, não foi tão ruim quanto pensei, mas, assim que a classe foi dispensada, percebi que estava faminta. Antes de voltar para meu apartamento, parei no Sheetz — um posto de gasolina com loja de conveniência, coisa que não existia no Texas — e comprei algo para comer depois. Uma salada para viagem, caprichada nas tiras de frango frito e no molho ranch.


Humm... Que coisa saudável.


O estacionamento estava lotado de carros, alguns até no campinho ao lado, que dava fundos para o lado oeste do campus. Não estava desse jeito quando fui para minha aula noturna, e fiquei imaginando o que poderia ter acontecido. Por fim, encontrei uma vaga lá longe, perto da estrada principal, e, ao virar a chave na ignição, meu celular disparou a tocar no porta-copos.


Sorri quando vi que era uma mensagem de texto de Christian. Havíamos trocado telefones mais cedo, na aula, já que ele morava em um dos dormitórios.


Arte é um saco era tudo o que dizia o torpedo.


Rindo, mandei-lhe uma mensagem rápida de resposta sobre nosso dever de casa, que era identificar as pinturas de acordo com a época. Graças a Deus que existe Google, porque só assim para eu conseguir concluir aquela tarefa.


Após pegar a bolsa e o lanche, desci do carro. O ar estava grudento e eu puxei o cabelo para cima, tirando-o da nuca, com o intuito de fazer um rabo de cavalo. O aroma do outono estava no ar e eu não via a hora de chegar o clima mais fresco. Talvez até a neve do inverno. Atravessei o estacionamento todo iluminado até o conjunto central de apartamentos. Eu morava no último andar — o quinto —, parecia que muitos alunos viviam lá e a maioria só começara a chegar naquele dia. Mas, logo que pisei na calçada, descobri de onde vinham todos aqueles carros.


Uma música muito alta vibrava em algum lugar dentro do meu prédio. Muitas luzes estavam acesas e pude ouvir trechos de conversas conforme subi as escadas. No quinto andar, encontrei o culpado. O dono do apartamento do outro lado do corredor, duas portas depois da minha, estava dando uma festa. A porta estava escancarada e luzes e música eram lançadas para o corredor.


Um pingo de inveja brotou no meu peito quando virei a chave do meu apartamento. Toda aquela risada, o barulho e a música pareciam divertidos. Tudo parecia muito normal, como se fosse algo que eu deveria estar fazendo, mas festas...


Festas não terminavam bem para mim.


Fechando minha porta, joguei os sapatos para longe e larguei a bolsa no sofá.


Mobiliar esse apartamento deixara minha conta bancária meio quebrada, mas eu ficaria ali por quatro anos, e pensei que seria possível levar as coisas comigo ou vendê-las, quando tivesse que ir embora.


E tudo aquilo era meu. Isso significava muito para mim.


A festa continuou rolando solta no corredor, muito tempo depois de eu terminar minha salada não tão saudável, trocado de roupa e colocado minha bermuda de pijama e uma camiseta de manga comprida. Em seguida, terminei meu dever de Artes. Já passava um pouco da meia-noite quando desisti de ler minha tarefa de Inglês e fui para o quarto.


Mas parei no hall, meus dedos dos pés curvaram-se no carpete.


Ouvi o barulho bem alto de uma gargalhada, deu para notar que a porta devia estar aberta de novo, porque o som estava mais alto que antes. Fiquei paralisada, contraindo o lábio inferior. E se eu abrisse a porta e reconhecesse alguém da minha sala? Com certeza, era alguém da faculdade que estava dando aquela festa. Quem sabe eu conhecesse a pessoa? E se eu conhecesse? Nunca que eu sairia de casa sem sutiã, de pijama e com o rabo de cavalo mais malfeito da Terra.


Virei-me e acendi a luz do banheiro, olhando meu reflexo no espelho. Sem maquiagem, as sardas da ponta do meu nariz ficaram mais evidentes e meu rosto parecia mais corado que o normal. Curvei-me sobre a pia, da qual minha mãe caçoaria, e aproximei o rosto do espelho.


Com exceção do cabelo loiro, que eu tinha puxado do meu pai, eu era a cópia exata da minha mãe. Nariz retinho, queixo arredondado e bochechas altas; com toda a ajuda cosmética da qual ela dispôs durante os anos para parecer rejuvenescida, parecíamos mais irmãs do que mãe e filha.


Passos ecoaram lá fora, no corredor. Mais risadas.


Fiz uma careta para o meu reflexo e me afastei do espelho. De volta ao hall, disse a mim mesma para ir dormir, mas me vi caminhando em direção à porta da frente. Não fazia ideia do que eu estava fazendo ou por que estava sendo tão enxerida, mas tudo parecia tão... aconchegante e divertido ali fora, e tudo lá dentro estava frio e entediante.


Aconchegante e divertido?


Revirei os olhos. Deus, como eu era idiota. Estava frio aqui dentro porque eu tinha ligado a porcaria do ar-condicionado lá no mínimo.


Mas eu estava na porta e nada nesse mundo me impediria. Abri um pouco e espiei a escadaria, vendo duas cabeças desparecendo enquanto desciam. A porta da festa ainda estava aberta, e fiquei ali parada, sem saber o que fazer. Ali não era minha cidade. Ninguém ia me olhar torto ou gritar obscenidades para mim. No máximo, achariam que eu era apenas uma maluca parada ali do nada, com metade do corpo para fora da porta e os olhos inchados, deixando o ar frio sair de dentro de casa.


— Traga Raphael de volta! — exclamou uma voz familiar, acompanhada de uma risada forte que fez meu estômago se contrair com tamanho choque. — Seu retardado de merda!


Eu reconheci aquela voz! Ai, meu Deus...


Não podia ser. Eu não vi aquela caminhonete prateada gigantesca do lado de fora; mas havia tantos carros estacionados, além de que não fiquei procurando a picape dele...


A porta se abriu por inteiro e fiquei travada quando um cara saiu rindo, colocando uma tartaruga — mas que porra é essa? — no chão. Aquela coisa pôs a cabeça para fora, olhou em volta e, depois, desapareceu dentro do casco outra vez.


Um segundo depois, o cara que colocou a tartaruga para fora foi puxado para dentro do apartamento e Poncho apareceu na entrada, sem camisa, em toda a sua glória. Ele se agachou e aninhou o bichinho verde nos braços.


— Desculpe, Raphael. Meus amigos são uns... — Ele olhou para cima. Tentei voltar disfarçadamente porta adentro, mas já era tarde demais. Poncho me viu.


— Otários... — Ele olhou mais atentamente. — Mas que...?


Será que se eu me jogasse para dentro do apartamento pareceria estranho? Sim, pareceria. Então, comecei com um cumprimento bem bobo:


— Oi...


Poncho piscou os olhos várias vezes, como se precisasse limpar a visão.


— Anahí Portilla? Isso está se tornando um hábito.


— Pois é. — Forcei-me a engolir. — Está, sim.


— Você mora aqui ou está visitando...?


Pigarreei para limpar a voz e vi as pernas da tartaruga começarem a se mover, como se estivesse tentando se livrar do colo.


— Eu... eu moro aqui.


— Fala sério! — Seus olhos castanhos se arregalaram e ele ficou se balançando para lá e para cá. Não pude deixar de notar como a bermuda de ginástica estava baixa em seus quadris estreitos. E o abdômen. Era todo definido; um tanquinho de oito gomos perfeitos. — Você mora mesmo aqui?


Fiz força para olhar para cima e fiquei entretida com a tatuagem do sol.


— Sim. Eu moro mesmo aqui.


— Isso é... Eu nem sei — riu ele outra vez, e olhei nos olhos dele. — Muito maluco.


— Por quê? — Além do fato de que ele estava de pé no corredor diante do meu apartamento, sem camiseta, descalço e segurando uma tartaruga chamada Raphael?


— Eu moro aqui.


Fiquei boquiaberta. Toda aquela coisa de estar quase sem roupa agora fazia sentido, e acho que a coisa da tartaruga também, mas não podia ser. Eram muitas coincidências.


— Você está de sacanagem, certo?


— Não. Já moro aqui há algum tempo. Faz uns anos, com meu companheiro de quarto. Você sabe, o otário que colocou o pobre Raphael aqui fora.


— Ei! — gritou o cara de dentro do apartamento. — Eu tenho um nome. É


Señor Otário! Poncho riu.


— De qualquer forma, você se mudou esse fim de semana? Eu me vi meneando a cabeça, confirmando.


— Faz sentido. Fui para minha cidade, visitar a família. — Ele mudou Raphael para a outra mão, acomodando a tartaruga junto ao peito. — Bom, sei lá...


Minha mão estava até doendo de tanto que eu apertava a porta.


— Essa é... hã, sua tartaruga?


— É. — Um sorriso apareceu ao levantar o bichinho. — Raphael, esta é Anahí.


Depois de acenar levemente para a tartaruga, eu meio que me senti uma idiota por aquilo. A coisa voltou a cabeça para dentro do casco verde e marrom de novo.


— É um animal de estimação bem interessante.


— E essa aí é uma bermuda bem interessante. — Seu olhar baixou. — O que são? — Inclinando-se para a frente, ele estreitou os olhos para a estampa, e eu fiquei travada. — Pedaços de pizza?


O calor subiu para minhas bochechas.


— São casquinhas de sorvete.


— Hmmm... Gostei. — Erguendo-se, seu olhar foi subindo lentamente, deixando uma estranha onda de calor por onde passava. — Muito.


 



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Autor(a): Alien AyA

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Imediatamente, soltei a porta e cruzei os braços, escondendo meu peito. O canto dos lábios dele subiu um pouco. Meus olhos ficaram fixos nele. — Obrigada. Que bom que gostou. — Gostei mesmo. Tem meu selo de aprovação. — Ele mordeu o lábio inferior ao erguer os cílios. Os olhos dele eram muito penetrantes ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 50



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  • Nandacolucci Postado em 23/03/2020 - 21:46:11

    Momento mais que ideal para ela contar oq aconteceu com ela no passado.. pior favor faz maratona especial de quarentena kkkk CONTINUAAAA

    • Alien AyA Postado em 23/03/2020 - 23:10:52

      Nanda não tem como fazer especial de quarentena pois a fanfics termina no capítulo 52, e também a pessoa aqui tá tendo que trabalhar enquanto tá todo mundo em casa! :(

  • Nandacolucci Postado em 22/03/2020 - 01:11:41

    Esse segredo deve ser muitooooooooooooo cabeludo e drástico para tantoooo mistério, sério. AMEI os presentes de dia dos namorados muito criativo...CONTINUAAAAAAAAAAAAAAAAAAA

  • Nandacolucci Postado em 18/03/2020 - 23:53:17

    Não sou muito a favor da violência mas faria o mesmo que o poncho se soubesse que minha irmã tá apanhando de macho babaca, agora só acho que esse é o memento ideal pra a Anny contar o segredo dela ficar escondendo só vai afastar eles, e eu estou mega curiosa para saber oq foiiii... CONTINUAAAAAAAAAAAAAAAAAAA

  • Nandacolucci Postado em 17/03/2020 - 00:07:21

    ainda bem que ser entregaram de uma vez foi complemente perfeitooooooooooooo.. CONTINUAAAAAAAA

  • Nandacolucci Postado em 15/03/2020 - 22:45:46

    Queria da um chute na bunda da steph para ela parar no Japão kkkk respeita o relacionamento dos outros.. CONTÍNUAAAAA

  • Nandacolucci Postado em 14/03/2020 - 23:57:47

    Cap mais que perfeitoooo, até que enfim se resolveram... CONTINUAAAA

  • Nandacolucci Postado em 12/03/2020 - 23:00:07

    Esses dois a cada momento me matam mais de fofuraaa.. CONTINUAAAAAAAAAA

  • Nandacolucci Postado em 11/03/2020 - 13:47:53

    Aiii manooooo esse poncho Amoo.. só acho que tá na hora dela contar a vdd pra ele. CONTINUAAAAAAAAAAAAAAAAAAA

  • Nandacolucci Postado em 10/03/2020 - 18:08:30

    Bebida entra às verdades sai..e eu estou Infartando em 3...2...1 CONTINUAAAAAAAAAAAAAAAAAAA

  • Feponny Postado em 10/03/2020 - 09:52:07

    Como assimmm na melhor parte vc paraaaaa continuaaaaaaaa


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