Fanfics Brasil - Capítulo 32 - parte 1 Espero Por Você... AyA [FINALIZADA]

Fanfic: Espero Por Você... AyA [FINALIZADA] | Tema: Anahí, Poncho


Capítulo: Capítulo 32 - parte 1

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Duas coisas aconteceram no Natal. Meu pai me mandou uma mensagem desejando "Feliz Natal". Sério? Não escreveu mais nada. Muito pessoal. Amo você também, pai.


E nevou naquela noite.


Eu nunca tinha visto nevar no Natal.


Dando espaço a um mínimo de empolgação, vesti minha jaqueta, calcei um par de botas grossas e saí. Mesmo sabendo que ninguém estava no apartamento, nem mesmo Ollie, olhei para a porta deles ao chegar à escada. Fiquei me perguntando quem estaria tomando conta de Raphael.


Um sentimento pesado se instalou no meu peito ao descer os degraus e sair do prédio. Luzes multicoloridas enfeitavam as janelas de alguns apartamentos. Em outras, árvores de Natal iluminadas brilhavam. Eu não tinha feito nenhuma decoração. Nada daquilo fazia sentido, mas havia comprado um presente de Natal para mim mesma.


Uma bolsa carteiro nova — de couro envelhecido. Uma bolsa nova para um novo semestre.


Eu não sabia para onde estava indo, mas me vi no pequeno trecho de grama do outro lado do último prédio. Flocos brancos e fofos já cobriam o chão e caíam em grande quantidade.


Enfiando as mãos nos bolsos da jaqueta, tombei a cabeça para trás e fechei os olhos. Pequenos flocos caíram no meu rosto e nos meus lábios. Cada pedacinho era gelado e úmido. Fiquei tempo o bastante para que, se alguém me visse pela janela, achasse que eu tinha ficado maluca, mas eu não dava a mínima.


Poncho não tinha entrado em contato comigo desde o dia das compras.


Não que eu esperasse o contrário, mas surgia um aperto no meu coração toda vez que olhava o celular e não via notícias dele. Que coisa de maluco! Eu disse que não queria falar com ele, então ele parou. Será que era isso o que eu queria?


Um tipo diferente de umidade cobriu minhas bochechas, misturando-se com a neve, então suspirei. Abrindo os olhos, observei a neve cair por mais alguns segundos e voltei para dentro.


Assim que parei na frente da minha porta, olhei para o apartamento de Poncho e suspirei:


— Feliz Natal.



* * *




No dia seguinte ao Ano-Novo, cansei do meu confinamento solitário e fiz o que queria. Mesmo diante de um dia frio e tempestuoso, abri o mapa do Google, peguei o carro e fui até a capital do país visitar os museus.


 Fiquei orgulhosa de mim mesma quando encontrei uma vaga para estacionar. Eu não era a melhor das motoristas na cidade grande, mas crescer perto de Houston meio que havia me preparado para a insanidade dessas estradas.


Os museus estavam em grande parte lotados de famílias, e eu não sabia direito se aquilo era normal para um dia pós-feriado. Passei a maior parte do tempo na área do Smithsonian chamada de "Vida Eterna do Antigo Egito". Era realmente incrível ver os artefatos de milhares de anos atrás.


E a múmia era legal pra caramba também.


A nerd historiadora que habitava em mim estava muito empolgada ao percorrer aqueles largos corredores, embora estivesse sozinha e a cada dez minutos, mesmo dizendo a mim mesma para parar, pensasse em como Poncho parecia ter querido fazer isso comigo. Claro que fora pouco antes de ter me beijado, portanto ele teria concordado com qualquer coisa na ocasião.


Eu nem podia me enganar achando que ele ainda estava na casa dos pais, porque, quando saí naquela manhã, vi sua caminhonete prateada na vaga do estacionamento. Poncho estava na casa dele.


Parei na frente de uma vitrine com cerâmicas. Pensar nele me beijando não ajudava em nada. Só piorava a situação. Virei-me e dei de cara com um casal de adolescentes que estava mais interessado na sensação das bocas do que nas maravilhas históricas expostas diante deles.


Uma pancada atingiu meu coração.


Ok, talvez ter ido até lá não tivesse sido a mais inteligente das ideias, mas eu não podia ficar em casa.


Não no dia do meu aniversário. O grande 2.0.


Ainda não tinha recebido notícias dos meus pais, mas imaginei que fossem mandar alguma mensagem. Contudo, até a hora em que saí de Washington, um pouco antes das quatro da tarde, não havia recebido nada.


Sim, aquilo doía como uma queimadura de água-viva.


Parei numa padaria perto de casa e comprei um daqueles bolos com sorvete. Eu não era muito fã de sorvete, mas o que quer que tivesse aquelas coisinhas crocantes no meio era absolutamente divino.


Com minha pequena fatia de bolo, eu me encolhi no sofá e assisti à metade da primeira temporada de Supernatural antes de desmaiar vergonhosamente cedo.


Acordei entre quatro e cinco da manhã, sentindo como se uma neblina tivesse invadido meu cérebro. Forçando-me a sentar, contraí o rosto ao sentir uma dor pulsante nas têmporas. Achando que seria por ter adormecido no sofá em uma má posição, eu me levantei.


— Nossa... — Pus a mão na testa, vendo a sala toda girar. Minha pele estava quente. Será que estava suando?


Comecei a ir para o quarto para me trocar, mas só consegui chegar até a metade do caminho, indo direto para o banheiro.


— Meu Deus. — Senti uma ânsia de vômito.


Câimbras tomaram meu estômago e caí de joelhos, levantando a tampa do vaso. O bolo de sorvete e tudo o que havia comido durante o dia subiram à garganta num piscar de olhos. Foi impressionante, e não parou por horas. Assim que pareceu dar uma acalmada, encostei na banheira, pousando o rosto na superfície fria. Deu uma melhorada, mas a sensação de bem-estar não durou muito. Minha barriga se contraiu e quase não cheguei ao vaso a tempo.


Era oficial.


Deus resolvera me dar uma lição moral, castigando-me com uma gripe daquelas. Como contraí aquilo? E isso importava? Claro que não. Nada tinha importância quando me deitei no piso de cerâmica, com o rosto amassado e, muito provavelmente, o padrão do chão impresso na pele. Perdi completamente a noção de quanto tempo passei ali, mas sabia que precisava de um remédio, alguma coisa do mercado ou da farmácia. Sim, aquela era uma boa ideia. Canja de galinha. Paracetamol. Naldecon...


Ficando de pé, ainda cambaleante, eu me arrastei até a sala. As paredes estavam esquisitas, peludas e um pouco tortas, como se estivessem acenando para mim. Depois de uma pequena aventura, encontrei minha bolsa, as chaves e me dirigi à porta da frente. Assim que a destranquei, tive a mesma sensação horrível no estômago.


Deixei cair a bolsa e as chaves no chão e saí correndo. As paredes pareciam dançar. Nada bom. Dei alguns passos, mas minhas pernas fizeram uma coisa estranhíssima: simplesmente pararam de funcionar. Nada. Eu as arrastei pelo chão, mas não as sentia. Engatinhando na direção da cozinha, porque tive um mínimo de noção para não querer fazer aquilo sobre o carpete, cheguei à pia. Eu me ergui com dificuldade e me curvei sobre a bancada; meu estômago se contraiu tanto que lágrimas escorreram pelo meu rosto.


Cara, isso era uma merda.


Finalmente, quando a tempestade pareceu ter passado, eu me agachei e encostei no gabinete da pia. Ok. Sair de casa estava fora de questão. A solução era ir para a cama. Não tenho certeza se me deitei ou se meio que caí, mas estava outra vez no chão frio. Pelo menos tinha mais espaço na cozinha.


Uma dor profunda se instaurou nos meus músculos e ossos. A cabeça pulsava tanto que doía só de abrir os olhos ou me concentrar em qualquer outra coisa senão na dor. Parecia que alguém havia enfiado uma escova de lã pela minha garganta. Meu cérebro parecia perdido num lamaçal. Nada fazia muito sentido para mim. Ouvi o telefone apitando de algum lugar, então, pouco tempo depois, ele tocou, tocou... e tocou. Fiquei pensando que pudessem ser meus pais. Talvez tivessem se lembrado que meu aniversário fora no dia anterior.



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Autor(a): Alien AyA

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Acho que devo ter caído no sono, porque ouvi um som bem distante de batidas. Então pensei ter escutado a porta da minha sala se abrindo. Cheguei ao ponto de não me importar se fosse um assassino. Eu agradeceria a qualquer um que acabasse com meu sofrimento. — Anahí ? — Houve uma pausa e então um: — Meu Deus! O assassino ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 50



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  • Nandacolucci Postado em 23/03/2020 - 21:46:11

    Momento mais que ideal para ela contar oq aconteceu com ela no passado.. pior favor faz maratona especial de quarentena kkkk CONTINUAAAA

    • Alien AyA Postado em 23/03/2020 - 23:10:52

      Nanda não tem como fazer especial de quarentena pois a fanfics termina no capítulo 52, e também a pessoa aqui tá tendo que trabalhar enquanto tá todo mundo em casa! :(

  • Nandacolucci Postado em 22/03/2020 - 01:11:41

    Esse segredo deve ser muitooooooooooooo cabeludo e drástico para tantoooo mistério, sério. AMEI os presentes de dia dos namorados muito criativo...CONTINUAAAAAAAAAAAAAAAAAAA

  • Nandacolucci Postado em 18/03/2020 - 23:53:17

    Não sou muito a favor da violência mas faria o mesmo que o poncho se soubesse que minha irmã tá apanhando de macho babaca, agora só acho que esse é o memento ideal pra a Anny contar o segredo dela ficar escondendo só vai afastar eles, e eu estou mega curiosa para saber oq foiiii... CONTINUAAAAAAAAAAAAAAAAAAA

  • Nandacolucci Postado em 17/03/2020 - 00:07:21

    ainda bem que ser entregaram de uma vez foi complemente perfeitooooooooooooo.. CONTINUAAAAAAAA

  • Nandacolucci Postado em 15/03/2020 - 22:45:46

    Queria da um chute na bunda da steph para ela parar no Japão kkkk respeita o relacionamento dos outros.. CONTÍNUAAAAA

  • Nandacolucci Postado em 14/03/2020 - 23:57:47

    Cap mais que perfeitoooo, até que enfim se resolveram... CONTINUAAAA

  • Nandacolucci Postado em 12/03/2020 - 23:00:07

    Esses dois a cada momento me matam mais de fofuraaa.. CONTINUAAAAAAAAAA

  • Nandacolucci Postado em 11/03/2020 - 13:47:53

    Aiii manooooo esse poncho Amoo.. só acho que tá na hora dela contar a vdd pra ele. CONTINUAAAAAAAAAAAAAAAAAAA

  • Nandacolucci Postado em 10/03/2020 - 18:08:30

    Bebida entra às verdades sai..e eu estou Infartando em 3...2...1 CONTINUAAAAAAAAAAAAAAAAAAA

  • Feponny Postado em 10/03/2020 - 09:52:07

    Como assimmm na melhor parte vc paraaaaa continuaaaaaaaa


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