Fanfics Brasil - Capítulo 33 - parte 1 Espero Por Você... AyA [FINALIZADA]

Fanfic: Espero Por Você... AyA [FINALIZADA] | Tema: Anahí, Poncho


Capítulo: Capítulo 33 - parte 1

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O enjoo persistiu e se transformou em uma gripe nojenta e cheia de tosse que tratei obsessivamente com todos os remédios conhecidos pelo homem. No primeiro dia do semestre da primavera, ainda estava tossindo, mas me sentia bem o suficiente para ir à aula.


Antes de descer as escadas, criei coragem e fui até o apartamento de Poncho, pois tinha que agradecê-lo cara a cara, não por mensagem de texto. Com o coração palpitando como se tivesse descido e subido as escadas correndo, bati em sua porta.


Passos fortes soaram do outro lado da porta, segundos antes de abrir, revelando Ollie em toda a sua glória maltrapilha. Um sorriso sonolento surgiu em seus lábios.


— Oi! Que bom vê-la andando por aí.


— Obrigada. — Senti meu rosto esquentando. — Poncho está por aí?


— Espere, vou dar uma olhada. Só um segundo. — Ele deixou a porta entreaberta e desapareceu no apartamento. Alguns momentos depois (momentos que pareceram uma eternidade), voltou, um pouco menos amarrotado. — Na verdade, ele, é... já foi para a aula.


— Ah... — Eu sorri para esconder a decepção. — Bem, eu... vejo você por aí.


— Claro. — Ollie balançou a cabeça e passou a mão pelos cabelos compridos.


— Anahí, espero que esteja se sentindo melhor.


— Estou, sim. Obrigada.


Acenando levemente para ele, arrumei a alça da minha bolsa nova e, então, tirei as luvas, desci as escadas e fui para fora, numa manhã gelada e luminosa. Parei algumas vagas antes do meu carro, com o coração pulando.


Lá estava — a caminhonete de Poncho.


Ele não tinha ido à aula. Estava no apartamento. A verdade era fria como o tempo lá fora. Ollie tinha falado com ele e Poncho não quisera me ver.



* * *




Vi Poncho pelo campus várias vezes nas semanas seguintes. Parecia que tínhamos uma agenda que nos colocava próximos um do outro, e, toda vez que o via, ele estava com Jase ou, como no dia anterior, com Steph.


Sempre que o via com ela, tinha uma sensação esquisita no estômago. Eu não tinha direito a sentir aquilo. Sabia disso, mas não me impedia de querer partir para cima de Steph e cortá-la em vários pedaços.


Porém, essa não era a pior parte de encontrar com ele. Na maioria das vezes, ele me via, e, se nossos olhares se cruzassem, ele sempre desviava. Era como se não tivéssemos sido amigos por quase cinco meses ou dividido qualquer momento de intimidade. Era como se nem sequer nos conhecêssemos.


Lembrou-me de como as coisas ficaram com meus amigos no Ensino Médio depois da festa de Halloween. Como se nosso tempo juntos tivesse sido apagado.


Na sexta-feira, ocorreu uma pequena abertura. Poncho estava sozinho, atravessando a rua principal, indo para o Knutti, com a cabeça baixa e as mãos nos bolsos do moletom.


— Poncho! — gritei o nome dele tão repentinamente que acabou causando um som patético misturado com tosse, que era resquício da minha gripe.


Ele parou, levantando o queixo. Mechas de cabelo escuro enrolavam-se por baixo de seu boné.


Lutei para subir o restante da ladeira, com o peito e as pernas ardendo. Sem fôlego, parei na frente dele.


— Desculpe — disse esbaforida, respirando várias vezes. — Preciso de um segundo.


Ele franziu as sobrancelhas.


— Você está um caco.


— Pois é... Parece a Peste Negra e não quer ir embora.


Pigarreei, forçando meus olhos a se encontrarem com os dele. Por um instante, ao encarar aqueles olhos cristalinos, esqueci por que eu o havia chamado.


Algo surgiu em seu rosto e, então, ele desviou o olhar, contraindo o músculo da mandíbula.


— Preciso ir para a aula, então...


Poncho apressado para ir à aula? O apocalipse estava chegando. Lutei contra o ímpeto de sair andando, porque estava na cara que ele não tinha nenhum interesse naquela conversa, mas cravei os pés ali. Eu devia isso a ele.


— Eu só queria agradecer por você ter ajudado Dulce quando eu estava doente. Seus lábios se contraíram conforme olhou para algo além de mim.


— Não foi nada.


— Foi para mim — eu disse baixinho, querendo que ele olhasse para mim. — Então, obrigada.


Poncho acenou de maneira cortês e respirou profundamente. Ele olhou para mim e depois, para longe. Seus ombros ficaram tensos.


— De nada.


— Bem... — Não tive forças para falar, porque tudo que me vinha à mente não deveria ser dito. Tipo, desculpe por eu ser uma filha da mãe, e queria que você não tivesse visto minha cicatriz.


— Eu tenho que ir — ele disse finalmente, voltando-se para a entrada lateral do prédio, onde vários alunos fumavam. — Vejo você por aí.


— Sinto muito — falei sem pensar, com o coração saltando.


Poncho se virou, com os olhos fixos em mim, e foi como se estivesse esperando por alguma coisa, mas apenas balançou a cabeça.


— Eu também.


Eu não o parei de novo.


Lágrimas queimaram na minha garganta e, de alguma forma, cheguei à aula de Inglês, que era no mesmo prédio dele. A manhã estava levemente nebulosa, e, quando encontrei com Christian e Dulce no refeitório para o almoço, mal consegui acompanhar a conversa deles, simplesmente comendo meu sanduíche. Mas acho que estavam acostumados com aquele meu jeito, porque nenhum dos dois falou nada.


Quando eu e Dulce fomos para o Whitehall para a aula de Economia, contei a ela sobre minha conversa com Poncho.


— Ele não queria nem olhar na minha cara.


— Eu não acho que seja o caso, Anahí.


— Ah, é, sim. Ele estava com pressa para sair de perto de mim. Na verdade, ele disse que não podia se atrasar para a aula, e vamos combinar que Poncho nunca liga para isso.


Dulce puxou o gorro para cobrir as orelhas ao pararmos perto do pavilhão em frente ao prédio das Ciências Sociais.


— Posso ser sincera com você?


— Pode.


Ela juntou as mãos cobertas com luvas.


— Você sabe que eu amo você, certo? Então vou falar de uma vez. Você evitou Poncho desde o Dia de Ação de Graças, e para mim, para ele e até para o menino Jesus, parecia que era isso o que você queria. Que ele se afastasse.


Abri a boca, mas o que podia dizer? Era isso o que eu queria.


— Então ele se afastou. Você não pode culpá-lo por isso. O cara só está correspondendo ao que você demonstrou, sabe? — Ela mordeu os lábios. — E, depois de ser ignorado por todo aquele tempo, ele não deve estar muito empolgado para falar com você.


— Eu sei — admiti. — É que...


— Você finalmente acordou para a vida e agora está preocupada que seja tarde demais?


Seria isso? Eu não tinha certeza, mas esperava que não, porque, pelo menos, dormindo para a vida, era menos deprimente.


— Dê-lhe algum tempo — disse ela, colocando um braço sobre meus ombros.


— Se ele não mudar de ideia, foda-se ele.


— Foda-se ele — repeti, mas não era o que estava sentindo. Dulce me apertou assim mesmo.


— Essa é a minha garota



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Autor(a): Alien AyA

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 50



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  • Nandacolucci Postado em 23/03/2020 - 21:46:11

    Momento mais que ideal para ela contar oq aconteceu com ela no passado.. pior favor faz maratona especial de quarentena kkkk CONTINUAAAA

    • Alien AyA Postado em 23/03/2020 - 23:10:52

      Nanda não tem como fazer especial de quarentena pois a fanfics termina no capítulo 52, e também a pessoa aqui tá tendo que trabalhar enquanto tá todo mundo em casa! :(

  • Nandacolucci Postado em 22/03/2020 - 01:11:41

    Esse segredo deve ser muitooooooooooooo cabeludo e drástico para tantoooo mistério, sério. AMEI os presentes de dia dos namorados muito criativo...CONTINUAAAAAAAAAAAAAAAAAAA

  • Nandacolucci Postado em 18/03/2020 - 23:53:17

    Não sou muito a favor da violência mas faria o mesmo que o poncho se soubesse que minha irmã tá apanhando de macho babaca, agora só acho que esse é o memento ideal pra a Anny contar o segredo dela ficar escondendo só vai afastar eles, e eu estou mega curiosa para saber oq foiiii... CONTINUAAAAAAAAAAAAAAAAAAA

  • Nandacolucci Postado em 17/03/2020 - 00:07:21

    ainda bem que ser entregaram de uma vez foi complemente perfeitooooooooooooo.. CONTINUAAAAAAAA

  • Nandacolucci Postado em 15/03/2020 - 22:45:46

    Queria da um chute na bunda da steph para ela parar no Japão kkkk respeita o relacionamento dos outros.. CONTÍNUAAAAA

  • Nandacolucci Postado em 14/03/2020 - 23:57:47

    Cap mais que perfeitoooo, até que enfim se resolveram... CONTINUAAAA

  • Nandacolucci Postado em 12/03/2020 - 23:00:07

    Esses dois a cada momento me matam mais de fofuraaa.. CONTINUAAAAAAAAAA

  • Nandacolucci Postado em 11/03/2020 - 13:47:53

    Aiii manooooo esse poncho Amoo.. só acho que tá na hora dela contar a vdd pra ele. CONTINUAAAAAAAAAAAAAAAAAAA

  • Nandacolucci Postado em 10/03/2020 - 18:08:30

    Bebida entra às verdades sai..e eu estou Infartando em 3...2...1 CONTINUAAAAAAAAAAAAAAAAAAA

  • Feponny Postado em 10/03/2020 - 09:52:07

    Como assimmm na melhor parte vc paraaaaa continuaaaaaaaa


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