Fanfics Brasil - Capítulo 36 - parte 1 Espero Por Você... AyA [FINALIZADA]

Fanfic: Espero Por Você... AyA [FINALIZADA] | Tema: Anahí, Poncho


Capítulo: Capítulo 36 - parte 1

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Cometi um grande erro — um erro terrível. Meus instintos foram ativados, e, é claro, a vontade de fugir venceu. Comecei a contorná-lo.


— Ah, não. — Poncho estava bem na minha frente, com as mãos nos meus ombros. — O que você acabou de dizer?


O modo de controle de danos entrou em ação.


— Não sei o que eu disse, ok? Estou bêbada, Poncho. Nossa... Quem sabe o que está saindo pela minha boca. Eu não sei. Eu nem sei o que estou fazendo aqui fora.


— Merda. — Os olhos dele estavam castanho-escuros ao olharem para mim. — Anahí... — Um ar condoído tomou seu rosto e os dedos apertaram meus ombros.


— O que você não está me contando? O que você não me contou? Minha garganta se fechou.


— Nada! Eu juro. Prometo a você. Só estou dizendo por dizer, ok? Então pare de olhar para mim como se tivesse algo de errado comigo.


— Não estou olhando assim, meu anjo. — Suas sobrancelhas baixaram enquanto me analisava.


Eu queria saber o que ele estava pensando, porque sabia que ele só podia estar mentindo. Tentei desesperadamente inventar alguma coisa para apagar o deslize que cometi. Poderia mentir e dizer a ele que tinha ficado muito bêbada apenas uma vez e acabara passando vergonha. Parecia convincente, mas, pelo visto, eu não tinha o menor controle sobre o que saía pela minha boca.


Então Poncho fez uma coisa que confundiu totalmente meus pensamentos.


Ele me puxou para si e me deu um abraço forte. Eu travei por um ou dois segundos, então coloquei os braços em volta dele também. Fechei os olhos e apertei o rosto em seu peito.


Inspirei e senti seu cheiro, deixando-me levar por aquela sensação.


— Eu senti sua falta.


Suas mãos se moveram pelas minhas costas, entremeando os dedos nos meus cabelos.


— Também senti sua falta, meu anjo. — Ele se curvou para trás e me levantou alguns centímetros do chão, pousando-me em seguida. Deslizando as mãos para o meu rosto, ele riu. — Você está parecendo um cubinho de gelo.


— Mas eu me sinto quente. — E era verdade. Minha pele estava dormente, mas eu sentia o abraço dele, as mãos deslizando por mim. Ergui os cílios e nossos olhares se encontraram. — Seus olhos são realmente lindos, sabia disso?


— Acho que é a tequila falando — ele respondeu, sorrindo. — Vamos entrar, antes que você vire um picolé.


Poncho deu um passo para trás e soltou meus ombros. Fiquei um pouco tonta ao ficar de pé, e, quando ele entrelaçou os dedos nos meus, o sorriso mais bobo do mundo iluminou meu rosto. Era como se ele não tivesse me pedido para sair do apartamento dele e eu não tivesse ficado ali do lado de fora, igual a uma idiota, por só Deus sabe quanto tempo.


Deviam ser a tequila e a cerveja falando, mas eu queria sair correndo como uma lunática.


Por sorte, não tentei nada disso, porque as escadas se mostraram extremamente traiçoeiras. Acho que a profundidade mudava a cada degrau que eu subia. De volta ao meu apartamento quentinho, Poncho fechou a porta depois de entrarmos. Ele ainda segurava firme minha mão quando se virou na minha direção. Não disse nada, e uma ansiedade se apoderou de mim.


— Você está perdendo a luta — repeti.


— Estou mesmo. — Ele me arrastou até o sofá e me fez sentar ao lado dele. Só depois soltou minha mão. — Como você está se sentindo?


— Bem. — Corri as mãos úmidas pela minha calça jeans. — Seus amigos devem estar se perguntando onde você está.


Poncho recostou-se na almofada, passando o braço pelo encosto do sofá.


— Eu não ligo.


— Não liga?


— Não.


Sentei-me de frente e olhei para ele por sobre o ombro. Ele parecia estar esperando alguma coisa. Incapaz de ficar sentada, levantei, mas quase dei de cara com a mesa de centro. Teria caído, se Poncho não tivesse segurado meu braço.


— Acho que é melhor você se sentar, Anahí.


— Eu estou bem. — Desvencilhando-me dele, cuidadosamente, contornei a mesinha, caso ela decidisse me atacar de novo. A energia do nervosismo era intensificada pelo álcool. Tirei o agasalho da minha pele, pois estava com muito calor. — Então... o que você quer fazer? Eu posso, é..., ligar a televisão ou colocar algum filme, mas eu não tenho DVDs. Acho que posso comprar um pelo...


— Anahí, apenas fique sentada por um instante.


Em vez disso, peguei uma almofada caída e a coloquei de volta no sofá. Estava um pouco difícil conseguir me endireitar, mas cambaleei até a poltrona do canto da sala.


— Você não acha que está quente aqui dentro? Seus olhos castanhos ficaram entretidos.


— Quanto você andou bebendo?


— Hmm... — Eu tinha que pensar mesmo no assunto. — Não muito... talvez duas ou três doses de tequila eeee duas cervejas, eu acho.


— Nossa. — Poncho curvou-se à frente, com os lábios formando um sorriso discreto. — Quando foi a última vez que ficou bêbada?


— Na noite do Halloween — deixei escapar. Ele ficou confuso.


— Eu não vi você bêbada na noite do Halloween.


— Não no último Halloween. — Fiquei de pé, puxando minhas mangas para baixo e esfregando o bracelete com os dedos. — Foi... cinco anos atrás.


— Nossa, faz tempo mesmo. — Ele se inclinou para a frente e se levantou depois. — Você tem água aqui? Em garrafa?


— Na cozinha — respondi, umedecendo os lábios.


Ele desapareceu e reapareceu rapidamente, com uma garrafa na mão.


— Você deveria tomar isso.


Eu bebi, mas não estava com sede.


— Então você tinha o quê? Quatorze, quinze anos? — Ele se sentou na beirada do sofá.


— Quatorze — sussurrei, baixando o olhar para onde estavam suas mãos, entre os joelhos.


— Era bem nova para ficar bêbada.


O suor brotou na minha testa. Apoiando a garrafinha, peguei um prendedor de cabelo da mesa e fiz um coque meio desarrumado.


— Sei. Você não bebia com quatorze anos? Um sorrisinho apareceu.


— Roubei uma ou duas cervejas aos quatorze, mas achei que seus pais fossem rígidos, não?


Fiz uma careta ao desabar na poltrona do canto.


— Não quero falar sobre eles, nem sobre bebida, nem sobre Halloween.


— Tudo bem.


Sentindo-me com calor, puxei meu suéter para cima. Ele ficou enroscado na minha cabeça por um segundo, então, finalmente, consegui me livrar da peça coceirenta. Tirando o cabelo do rosto, olhei para Poncho. Era como se eu estivesse sem nada por baixo pela maneira como ele ficou me observando, mas era mais que isso.



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Autor(a): Alien AyA

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Levantei mais uma vez, querendo ficar longe daquela conversa, porque Poncho estava olhando para mim de novo, como se estivesse vendo mais do que eu mostrava. Lembrei como ele olhou para mim quando viu a cicatriz no meu punho e minutos antes, lá fora. Era o mesmo olhar. Como se as peças de um quebra-cabeças estivessem começando a entrar nos lugar ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 50



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  • Nandacolucci Postado em 23/03/2020 - 21:46:11

    Momento mais que ideal para ela contar oq aconteceu com ela no passado.. pior favor faz maratona especial de quarentena kkkk CONTINUAAAA

    • Alien AyA Postado em 23/03/2020 - 23:10:52

      Nanda não tem como fazer especial de quarentena pois a fanfics termina no capítulo 52, e também a pessoa aqui tá tendo que trabalhar enquanto tá todo mundo em casa! :(

  • Nandacolucci Postado em 22/03/2020 - 01:11:41

    Esse segredo deve ser muitooooooooooooo cabeludo e drástico para tantoooo mistério, sério. AMEI os presentes de dia dos namorados muito criativo...CONTINUAAAAAAAAAAAAAAAAAAA

  • Nandacolucci Postado em 18/03/2020 - 23:53:17

    Não sou muito a favor da violência mas faria o mesmo que o poncho se soubesse que minha irmã tá apanhando de macho babaca, agora só acho que esse é o memento ideal pra a Anny contar o segredo dela ficar escondendo só vai afastar eles, e eu estou mega curiosa para saber oq foiiii... CONTINUAAAAAAAAAAAAAAAAAAA

  • Nandacolucci Postado em 17/03/2020 - 00:07:21

    ainda bem que ser entregaram de uma vez foi complemente perfeitooooooooooooo.. CONTINUAAAAAAAA

  • Nandacolucci Postado em 15/03/2020 - 22:45:46

    Queria da um chute na bunda da steph para ela parar no Japão kkkk respeita o relacionamento dos outros.. CONTÍNUAAAAA

  • Nandacolucci Postado em 14/03/2020 - 23:57:47

    Cap mais que perfeitoooo, até que enfim se resolveram... CONTINUAAAA

  • Nandacolucci Postado em 12/03/2020 - 23:00:07

    Esses dois a cada momento me matam mais de fofuraaa.. CONTINUAAAAAAAAAA

  • Nandacolucci Postado em 11/03/2020 - 13:47:53

    Aiii manooooo esse poncho Amoo.. só acho que tá na hora dela contar a vdd pra ele. CONTINUAAAAAAAAAAAAAAAAAAA

  • Nandacolucci Postado em 10/03/2020 - 18:08:30

    Bebida entra às verdades sai..e eu estou Infartando em 3...2...1 CONTINUAAAAAAAAAAAAAAAAAAA

  • Feponny Postado em 10/03/2020 - 09:52:07

    Como assimmm na melhor parte vc paraaaaa continuaaaaaaaa


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