Fanfics Brasil - Capítulo 4 - parte 1 Espero Por Você... AyA [FINALIZADA]

Fanfic: Espero Por Você... AyA [FINALIZADA] | Tema: Anahí, Poncho


Capítulo: Capítulo 4 - parte 1

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Eu me arrastei para a aula de Introdução à Astronomia dez minutos adiantada e escolhi o que acreditei ser um lugar discreto, no meio da sala de aula que parecia um anfiteatro. Alguns outros alunos já estavam lá, sentados na frente. Bocejando, sentei rapidamente e esfreguei os olhos. O litro de café que eu havia tomado naquela manhã não tinha surtido qualquer efeito, já que eu tinha dormido apenas uma hora.


Três meras frases.


Espremendo os olhos, apoiei a cabeça no antebraço. Não queria ficar pensando no e-mail ou no fato de que reabrira meu computador e consultara a pasta de lixo para ver o que meu primo havia dito. O e-mail dele era apenas uma grande papagaiada sobre como eu estava decepcionando meus pais e como os pais dele estavam morrendo de preocupação e temendo que eu fosse submeter minha mãe e meu pai a outro episódio daqueles. Você precisa vir para casa, ele escreveu. Essa é a coisa certa a se fazer. Era a coisa certa para eles, e, embora meu primo estivesse do lado dos meus pais, assim como de noventa e nove por cento da cidade, eu duvidava que ele estivesse por trás do e-mail.


O endereço eletrônico era irreconhecível para mim, e, apesar de haver uma infinidade de pessoas que poderiam tê-lo enviado, eu não fazia a menor ideia de quem era. Não podia ser ele, porque nem ele seria tão estúpido a ponto de me contatar.


Ou seria?


Um arrepio desceu pela minha espinha. E se tivesse sido Blaine? E se ele tivesse descoberto para onde eu havia me mudado? Minha família não teria contado a ele. Mas, ainda assim, eles poderiam ter comentado com os pais dele, pois, afinal de contas, eram todos amiguinhos do country clube. Eu os mataria se tivessem dito. Sério mesmo. Pegaria o próximo voo para o Texas e os mataria, pois o motivo principal de eu ter vindo para cá era para fugir do...


— Bom dia, meu anjo — surgiu uma voz profunda.


Levantei a cabeça e virei o corpo, ainda sentada. Surpresa e sem palavras, observei Poncho sentar-se no lugar vazio ao meu lado. Demorei um pouco para ter alguma reação, pois sabia que deveria ter dito que o lugar estava ocupado ou que era para ele sair dali, mas tudo o que fiz foi ficar parada.


Ele se recostou, olhando para mim de soslaio, e disse:


— Você parece meio cansada hoje.


E ele estava incrivelmente revigorado para alguém que ficara na balada na noite anterior. O cabelo umedecido e levemente bagunçado, os olhos brilhando.


— Obrigada.


— De nada. Que bom que conseguiu vir para a aula desta vez. — Ele fez uma pausa, inclinando a cabeça contra o assento e apoiando os pés na cadeira à nossa frente, sem tirar os olhos de mim. — Apesar de que senti falta daquela história de um atropelando o outro. Foi bem divertido.


— Não senti falta disso — admiti, curvando-me à frente e procurando meu caderno na bolsa. — Foi muito constrangedor.


— Não deveria ter sido.


— Fácil para você dizer. Você que tomou a trombada. Eu estava dando a trombada.


O queixo de Poncho caiu. Meu Deus, eu disse mesmo aquilo? Disse. Ruborizando até meu último fio de cabelo, abri o caderno.


— Raphael está muito bem, aliás.


Um sorriso de alívio surgiu no meu rosto.


— Que bom. Ele chegou a fazer xixi na sua mão?


— Não, mas foi por pouco. Trouxe uma coisa para você.


— Xixi de tartaruga?


Poncho riu e balançou a cabeça, enfiando a mão em sua mochila.


— Sinto muito desapontá-la, mas não. — Ele puxou alguns papéis grampeados.


— São as matérias. Eu sei. Muito empolgante, mas imaginei que, já que não veio à aula na segunda-feira, você precisaria disso, então peguei com o professor.


— Obrigada. — Tomei os papéis da mão dele, um tanto chocada com aquela atitude. — Foi muito legal da sua parte.


— Bem, então se prepare. Estou cheio de surpresas legais esta semana. Trouxe outra coisa para você.


Mordi a ponta da caneta, enquanto ele se virou e eu o olhei de cima a baixo, secando-o sem que ele percebesse. Fazia muito tempo mesmo desde a última vez que eu tivera uma conversa com alguém do sexo oposto que não fosse meu parente, mas até que estava lidando bem com aquilo. Apesar do comentário da trombada, eu até que tinha orgulho de mim mesma.


Poncho puxou um guardanapo e o desembrulhou com seus dedos longos.


— Um cookie para você e um cookie para mim. Tirando a caneta da boca, balancei a cabeça.


— Você não precisava fazer isso.


— São só cookies, meu anjo.


Balancei a cabeça novamente, porque aquilo não fazia sentido para mim. Poncho não fazia sentido para mim. Caramba, a maioria das pessoas não fazia sentido para mim.


Ele ergueu os olhos, com aqueles cílios incrivelmente longos, e suspirou. Rasgando o guardanapo em dois, embrulhou um dos cookies e, em seguida, colocou-o no meu colo.


— Sei que dizem por aí que não se deve aceitar doces de estranhos, mas é um cookie, não é bem um doce, e tecnicamente não sou um estranho.


Engoli seco.


Poncho deu uma mordida em seu cookie e fechou os olhos. Um som profundo emanou de sua garganta — um gemido de prazer. Meu coração pulou e minhas bochechas ferveram ainda mais ao olhar para ele. Fez o som de novo e minha boca se abriu. Uma fileira para baixo, uma garota se virou no assento com o olhar estranho.


— É mesmo tão bom assim? — perguntei, olhando para o cookie apoiado no meu colo.


— E como, isto aqui é perfeito. Eu falei para você noite passada. Ficaria melhor ainda se tivesse um pouco de leite para acompanhar. — Ele deu outra mordida. — Humm, leite.


Ousei olhar novamente para ele e parecia que Poncho estava à beira de um orgasmo ou coisa do gênero.


Um olho se abriu.


— É a combinação de nozes com chocolate. Você mistura tudo e fica parecendo uma explosão sexual na sua boca, mas sem tantos fluidos. A única coisa melhor seriam aqueles bolinhos de chocolate. Quando a massa está quente, você coloca um pouco dela na boca... Bom, de qualquer forma, você precisa experimentar. Dê só uma mordidinha.


Mas que diabos! Era só um cookie, não um cachimbo de crack. Eu estava agindo como uma idiota. Desembrulhei o guardanapo e dei uma mordida. O cookie praticamente derreteu na minha boca.


— Gostou? — perguntou Poncho. — Está bom? Dei outra mordida e concordei com a cabeça.


— Bem, tenho mais um monte deles lá em casa. — Ele deu uma espreguiçada e enrolou seu guardanapo. — Só estou dizendo.


Depois de terminar aquele cookie, eu tinha que admitir que era um cookie e tanto. Limpando os dedos, comecei a enrolar o guardanapo, mas Poncho se aproximou e o tirou das minhas mãos. Ele se virou um pouco no lugar, roçando o joelho na minha perna.


— Uma migalha — disse ele.


— O quê?


Um sorrisinho apareceu em seu rosto e, logo depois, ele estendeu o braço até mim, sem o guardanapo, e, antes que eu soubesse o que ele estava fazendo alisou meu lábio inferior com o polegar. Cada músculo do meu corpo ficou travado e dolorido de tanta tensão. Meus olhos se arregalaram e minha respiração ficou entalada. O toque era leve, quase imperceptível, mas eu o senti em várias partes do corpo.


— Prontinho. — O sorriso dele ficou maior.


Meu lábio ainda estava sensível. Só conseguia pensar naquilo. Não podia me mover. Pelo menos, não até a porta da sala abrir e o cara mais estranho da face da Terra entrar por ela. Vestido da cabeça aos pés com poliéster verde-oliva, o homem tinha um cabelo ondulado e grosso que ia para todas as direções, levemente grisalho. Os óculos eram imensos, apoiados na ponta do nariz.


Conforme ele cruzou o palco principal, notei que usava um sapatênis quadriculado... que combinava com sua gravata borboleta.


Poncho riu disfarçadamente.


— O Professor Drage é um homem... único.


— Deu para notar — murmurei.


O Professor Drage tinha um sotaque que não conseguia identificar ao certo, mas, baseada em sua pele bronzeada, eu arriscaria que ele vinha do Mediterrâneo ou do Oriente Médio. Logo que chegou, foi direto ao assunto da aula — sem lista de chamada ou avisos prévios. Fiquei toda atrapalhada para acompanhar a introdução ao campo da Astronomia, e as unidades, e as medidas, enquanto Poncho se remexia ainda mais na cadeira ao abrir o caderno. Sua caneta fazia movimentos curtos e rápidos sobre o papel, mas ele não estava tomando notas.


Estava desenhando.


Estiquei o pescoço para o lado, enquanto tentava me concentrar em entender o que diabos era uma medida astronômica, um número maluco que não conseguia nem ter uma vaga ideia do que significava. No fim das contas, parece que era a distância média da órbita da Terra em volta do Sol. Aquilo era importante, porque as unidades astronômicas eram usadas para determinar a maioria das distâncias no nosso sistema solar, mas me vi olhando para o caderno de Poncho.


Que diabos ele estava desenhando?


— Agora, a maioria de vocês não se importa com unidades astronômicas ou nunca sequer ouviu falar delas — continuou o Professor Drage, caminhando pelo palco. — O que vocês já devem conhecer é o termo “ano-luz”. Embora eu duvide que algum de vocês realmente entenda o que signifique um ano-luz.


Eu tinha quase certeza de que Poncho estava desenhando o Pé Grande.


 



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Autor(a): Alien AyA

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A palestra prosseguiu até o Professor Drage, subitamente, mudar o foco no fim, pegando de surpresa a mim e a todos os presentes, menos Poncho, e começando a distribuir mapas estelares. — Sei que hoje ainda é quarta-feira, mas esta será a primeira tarefa para o fim de semana. Os céus devem estar limpinhos como bumbum de bebê ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 50



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  • Nandacolucci Postado em 23/03/2020 - 21:46:11

    Momento mais que ideal para ela contar oq aconteceu com ela no passado.. pior favor faz maratona especial de quarentena kkkk CONTINUAAAA

    • Alien AyA Postado em 23/03/2020 - 23:10:52

      Nanda não tem como fazer especial de quarentena pois a fanfics termina no capítulo 52, e também a pessoa aqui tá tendo que trabalhar enquanto tá todo mundo em casa! :(

  • Nandacolucci Postado em 22/03/2020 - 01:11:41

    Esse segredo deve ser muitooooooooooooo cabeludo e drástico para tantoooo mistério, sério. AMEI os presentes de dia dos namorados muito criativo...CONTINUAAAAAAAAAAAAAAAAAAA

  • Nandacolucci Postado em 18/03/2020 - 23:53:17

    Não sou muito a favor da violência mas faria o mesmo que o poncho se soubesse que minha irmã tá apanhando de macho babaca, agora só acho que esse é o memento ideal pra a Anny contar o segredo dela ficar escondendo só vai afastar eles, e eu estou mega curiosa para saber oq foiiii... CONTINUAAAAAAAAAAAAAAAAAAA

  • Nandacolucci Postado em 17/03/2020 - 00:07:21

    ainda bem que ser entregaram de uma vez foi complemente perfeitooooooooooooo.. CONTINUAAAAAAAA

  • Nandacolucci Postado em 15/03/2020 - 22:45:46

    Queria da um chute na bunda da steph para ela parar no Japão kkkk respeita o relacionamento dos outros.. CONTÍNUAAAAA

  • Nandacolucci Postado em 14/03/2020 - 23:57:47

    Cap mais que perfeitoooo, até que enfim se resolveram... CONTINUAAAA

  • Nandacolucci Postado em 12/03/2020 - 23:00:07

    Esses dois a cada momento me matam mais de fofuraaa.. CONTINUAAAAAAAAAA

  • Nandacolucci Postado em 11/03/2020 - 13:47:53

    Aiii manooooo esse poncho Amoo.. só acho que tá na hora dela contar a vdd pra ele. CONTINUAAAAAAAAAAAAAAAAAAA

  • Nandacolucci Postado em 10/03/2020 - 18:08:30

    Bebida entra às verdades sai..e eu estou Infartando em 3...2...1 CONTINUAAAAAAAAAAAAAAAAAAA

  • Feponny Postado em 10/03/2020 - 09:52:07

    Como assimmm na melhor parte vc paraaaaa continuaaaaaaaa


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