Fanfic: Espero Por Você... AyA [FINALIZADA] | Tema: Anahí, Poncho
O único problema do verão depois que você se tornava adulto era que acabava antes que pudesse se dar conta de que ele havia começado. Ou aquilo poderia ter alguma relação com eu ter me inscrito em cursos de verão, o que parecia estragar a estação por completo.
Abrindo só um olho, gemi. Primeiro, vi meu bracelete — não o prateado. Poncho tinha comprado outro com várias voltas de corda que carregava um pingente do símbolo do infinito. Então, vi o horário. Por que eu tinha ajustado o despertador tão cedo? Não tinha aula antes das nove.
A cama se mexeu ao meu lado.
E Poncho não tinha aula antes das dez. Seria um semestre tranquilo para ele, já que pegara menos aulas na faculdade.
Um sorriso sonolento surgiu nos meus lábios ao rolar de barriga para baixo, espreguiçando as pernas e os dedos dos pés. Os lençóis deslizaram sobre minha pele e acabaram em algum lugar no pé da cama. Ou havia um fantasma tarado no meu quarto, ou Poncho estava bem acordado.
Lábios tocaram entre minhas escápulas ao mesmo tempo que uma mão se acomodou na minha lombar. Dedos traçaram um caminho ascendente, causando ondas de pequenos arrepios na minha pele.
— Bom dia, meu anjo. — A voz de Poncho estava grossa por causa do sono.
Ah, fora para isso que eu havia ajustado o despertador tão cedo, o que era tão diferente do ano anterior. Antes eu me preocupava em chegar atrasada, ficava incrivelmente irritada, na verdade. Agora, ajustava o relógio para uma hora mais cedo para ter um tempinho a dois.
— Bom dia — murmurei, fechando os olhos e sentindo sua mão subir e descer; ela parou na covinha da minha bochecha e depois foi direto à minha nuca.
Ele beijou o meio das minhas costas e, então, os lábios chegaram aos ossinhos do meu quadril. A respiração quente dançava pela minha lombar e, em seguida, ele beijou minha nádega direita.
Eu ri e o afastei.
— Você sabe o que dizem sobre um cara que beija a bunda de uma garota? Literalmente?
— Que ele conhece o seu lugar?
— Muito engraçado. — Ele tirou o cabelo do meu pescoço e me beijou lá. — Que ele está completamente apaixonado pela garota.
— É mesmo?
— Mesmo — murmurou ele, segurando meu quadril com uma mão só.
— Onde você aprendeu isso?
— Na internet.
— Que lindo.
— Sabe o que mais aprendi? — Ele me levantou e enfiou um braço por baixo de mim. — Que os seios das mulheres ficam no auge da rigidez pela manhã.
— O quê? — Eu ri.
— Isso mesmo — respondeu ele, segurando meu seio direito. — Tenho que verificar essa teoria. — Ele apertou gentilmente e meu mamilo enrijeceu. Foi para o outro seio e fez o mesmo. — Acho que o que li estava certo. Seus seios estão excepcionalmente rijos esta manhã.
Caindo na gargalhada, dei um tapa em suas mãos, mas a risada rapidamente cedeu quando sua mão voltou com muito mais propósito. Os dedos fizeram sua mágica na ponta dos meus peitos e não demorou até eu começar a mexer os quadris em incessantes círculos sobre os lençóis.
— Adoro como a sua mente funciona — disse Poncho, acomodando-se atrás de mim.
Olhei para ele por cima do meu ombro.
— Como é?
Ele indicou o relógio.
— Ajustou para mais cedo. Você, minha querida, é brilhante.
— Eu sei. — Sorri, e então coloquei o rosto no travesseiro. Meu coração já estava acelerado e o corpo pronto. Eu estava pronta. — Então, você vai fazer alguma coisa com o tempo extra ou vai me impressionar com seu conhecimento do lado obscuro da internet?
— Mandona. — Seus lábios roçaram meu ombro e as mãos voltaram para os meus quadris. — E eu a faria gritar até o campus com meu conhecimento do lado obscuro da internet.
— Bom saber.
Poncho me levantou novamente.
— Podemos?
Ele sempre hesitava e perguntava antes de fazer qualquer coisa. Algo naquele gesto sempre me reconfortava; seu cuidado e o fato de que ele tinha consciência de que ainda havia momentos em que eu me sentia esquisita quando o assunto era intimidade, ou quando eu apenas não queria ser tocada. Tais momentos eram bastante raros, mas ainda existiam, então ele se adaptou a isso e sempre tomava cuidado.
Nós dois nos adaptamos.
Durante o verão, eu tinha começado a me consultar com um dos psicólogos do campus uma vez por semana, e continuaria até que não fosse mais necessário; quem sabe, um dia, eu pudesse ajudar alguém com a minha história e minhas experiências.
— Sim — respondi, e, para dar um incentivo a mais, caso ele estivesse confuso, empurrei meu quadril na direção dele. Poncho deu um rosnado profundo em sua garganta e meu sorriso cresceu.
Ele se posicionou entre minhas pernas e eu levantei os braços até a altura dos ombros, pondo o peso dele sobre eles. Levantando um pouco, virei a cabeça e seus lábios logo encontraram os meus. Eu amava o jeito que ele me beijava, como se estivesse bebendo da minha própria essência. Um beijo dele era o suficiente para me derreter em suas mãos. Era bom a esse ponto.
Poncho interrompeu o beijo ao projetar o quadril para a frente, entrando em mim por trás. O ritmo era lento, sem pressa, e ainda assim absolutamente devastador com cada vinda. Minha testa tocou o travesseiro e minha respiração ficou ofegante conforme comecei a impulsionar para trás contra ele. Suas mãos se encontraram com as minhas, entrelaçando nossos dedos com o acelerar do ritmo.
— Eu te amo — sua voz era um sussurro rouco e lindo no meu ouvido, o que me levava às alturas. Fomos ao ápice com poucos segundos de distância.
Foi meu sussurro em seu ouvido que nos fez levantar para, finalmente, irmos para o banho.
Acabei quatro minutos atrasada para a aula, mas entrei mesmo assim: sorri sem graça para o professor e tomei o meu lugar.
* * *
O clima estava agradável, não um calor insuportável, então nosso grupinho almoçou do lado de fora, sentando sob a sombra de um dos carvalhos antigos próximos à biblioteca.
Christian levantou seu chapéu-coco, aquele da festa de Halloween do ano anterior, franzindo a testa para a dúzia de copos de isopor em sua frente. Ele estava construindo uma pirâmide. Nem perguntei.
Coloquei um canudinho no meu copo e tirei os chinelos dos pés. Dulce fez menção de tocar meus dedos e olhei para ela furiosa.
— Se tocar meus pés, você morre.
— Ela está falando sério. — Poncho me cutucou. — Uma vez, eu toquei em seu mindinho e quase perdi um dedo.
— Não foi a única coisa que você quase perdeu.
— Nossa, isso parece sério. — Dulce olhou para seu pote de maionese e para as fritas, e suspirou. — Sinto a falta de Ollie. Adorava fazê-lo sentir nojo das minhas batatas fritas.
— Bem, você pode causar nojo em todos nós. — Christian torceu o nariz. — O que está fazendo nesse momento.
— Não é a mesma coisa. — Ela fez um beicinho. — Ollie era gostoso.
— Como é? — Christian quase derrubou sua pirâmide maravilhosa. — Eu sou gostoso.
Poncho fez cara feia para ela.
— E eu também.
Eu o cutuquei na barriga.
— Bem, já que eu tenho que explicar o óbvio. — Dulce mergulhou a batata frita na maionese com gosto. — Christian, você não gosta de garotas. Poncho, você é totalmente devotado a Anahí, então, resta Ollie.
Eu sorri.
Christian olhou para cima, com os lábios formando um sorrisinho.
— Bem, tem mais um.
Virando-me na altura da cintura, segui o olhar dele. Jase estava atravessando a rua, vindo em nossa direção.
Dulce suspirou.
— É, ele não é para mim.
— Por que não? — perguntei, olhando para o amigo de Poncho. Ela fez um som evasivo.
— Ele não é do tipo que namora, ou pelo menos foi o que ouvi dizer.
— E você quer um namoro? — perguntei.
— Não. — Ela riu, pegando mais uma batata. — Mas tenho a impressão de que, uma vez que sinta o gostinho dele, você sempre vai querer mais.
— Meio como crack? — sugeriu Christian.
— Ou Cheetos — corrigiu Dulce.
Poncho fez uma careta ao surrupiar uma das minhas batatas fritas. Olhei para ele querendo matá-lo, mas o beijei logo em seguida.
Jase sentou-se perto de nós, esticando as longas pernas. Parecia meio distraído, com feições pálidas e beirando a perfeição.
— Tudo bem. Estou alucinando ou acabei de ver sua irmã entrando no Knutti?
— Você não está alucinando — respondeu Poncho. — Você a viu. Ela se matriculou aqui.
— Ah... — Os olhos de Jase miraram à distância. — Isso é... isso é legal.
Olhei para Poncho e ele deu de ombros. Com o olhar ainda focado em alguma coisa que ninguém via, Jase esticou a mão sobre Poncho e furtou um punhado das minhas fritas.
— Mas que saco! — exclamei. Poncho gargalhou.
— Suas fritas não estão mais seguras.
— Está na cara — murmurei, olhando para os dois.
Jase piscou para mim; ele era ridiculamente lindo, como Poncho, quando fazia isso.
— Vocês virão para o luau neste fim de semana?
Confirmei com a cabeça e veio à minha mente, de novo, a diferença que fazia um ano. No ano anterior, a esta hora, eu nem teria considerado uma festa, quanto mais uma dessas organizadas por fraternidades. Sorri para mim mesma ao terminar o restante das fritas, antes que os garotos devorassem tudo.
— Vocês vão mesmo levar um porco? — perguntou Dulce. — Porque no ano passado aquilo não era um porco. Era um peru selvagem, e foi nojento.
Jase riu.
— Levaremos um porco dessa vez.
Ao meu lado, o bolso lateral da bolsa vibrou. Curiosa sobre quem poderia ser, porque todos que me contatavam estavam ali sentados, abri o bolsinho e tirei o celular.
Era uma mensagem de texto — uma mensagem de um número normal. Com código de área do Texas.
Aqui é a Molly. Podemos conversar quando sobrar um tempo? Por favor.
Um pequeno tremor desceu pelo meu braço quando vi a mensagem. Molly não tinha me contatado desde que eu deixara o Texas. Nada dela e de suas mensagens antes daquela vez eram tão amigáveis, embora isso não nos tornasse amigas.
Imediatamente respondi a mensagem.
Sim. Ligo para você à noite.
Vários minutos passaram e fiquei olhando para o telefone. Molly tinha respondido novamente com um ok, mas eu ainda estava chocada.
— Está tudo bem? — perguntou Poncho, colocando a mão na minha lombar. A preocupação franziu suas sobrancelhas.
— Está, sim. — Guardei o celular na bolsa novamente. Tudo estava bem. Talvez não perfeito, mas a vida não era para ser perfeita. Era confusa, e, às vezes, era desastrosa, mas havia beleza em meio à confusão e poderia haver paz em meio ao desastre.
Não sei o que teria sido da minha vida se não tivesse decidido arrancar o mal pela raiz e me libertar do passado. Sabia que não seria assim. E também sabia que, se não tivesse conhecido Poncho, não estaria sentada ali, naquele instante.
Talvez, algum dia, eu superasse por conta própria, mas eu era mulher o bastante para admitir que tive ajuda.
E era mulher o bastante para, sempre que olhava para o céu noturno e via a Corona Borealis — ou alguma coisa que a lembrasse vagamente —, agradecê-la.
Encostando-me no peito de Poncho, inclinei a cabeça para trás e levei a mão ao rosto dele. Puxei sua boca até a minha e o beijei suavemente.
— Obrigada.
Seus lábios se levantaram só de um lado.
— Pelo quê?
Por ter esperado por mim
* * *FIM* * *
Autor(a): Alien AyA
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Comentários da Fanfic 50
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Nandacolucci Postado em 23/03/2020 - 21:46:11
Momento mais que ideal para ela contar oq aconteceu com ela no passado.. pior favor faz maratona especial de quarentena kkkk CONTINUAAAA
Alien AyA Postado em 23/03/2020 - 23:10:52
Nanda não tem como fazer especial de quarentena pois a fanfics termina no capítulo 52, e também a pessoa aqui tá tendo que trabalhar enquanto tá todo mundo em casa! :(
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Nandacolucci Postado em 22/03/2020 - 01:11:41
Esse segredo deve ser muitooooooooooooo cabeludo e drástico para tantoooo mistério, sério. AMEI os presentes de dia dos namorados muito criativo...CONTINUAAAAAAAAAAAAAAAAAAA
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Nandacolucci Postado em 18/03/2020 - 23:53:17
Não sou muito a favor da violência mas faria o mesmo que o poncho se soubesse que minha irmã tá apanhando de macho babaca, agora só acho que esse é o memento ideal pra a Anny contar o segredo dela ficar escondendo só vai afastar eles, e eu estou mega curiosa para saber oq foiiii... CONTINUAAAAAAAAAAAAAAAAAAA
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Nandacolucci Postado em 17/03/2020 - 00:07:21
ainda bem que ser entregaram de uma vez foi complemente perfeitooooooooooooo.. CONTINUAAAAAAAA
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Nandacolucci Postado em 15/03/2020 - 22:45:46
Queria da um chute na bunda da steph para ela parar no Japão kkkk respeita o relacionamento dos outros.. CONTÍNUAAAAA
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Nandacolucci Postado em 14/03/2020 - 23:57:47
Cap mais que perfeitoooo, até que enfim se resolveram... CONTINUAAAA
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Nandacolucci Postado em 12/03/2020 - 23:00:07
Esses dois a cada momento me matam mais de fofuraaa.. CONTINUAAAAAAAAAA
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Nandacolucci Postado em 11/03/2020 - 13:47:53
Aiii manooooo esse poncho Amoo.. só acho que tá na hora dela contar a vdd pra ele. CONTINUAAAAAAAAAAAAAAAAAAA
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Nandacolucci Postado em 10/03/2020 - 18:08:30
Bebida entra às verdades sai..e eu estou Infartando em 3...2...1 CONTINUAAAAAAAAAAAAAAAAAAA
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Feponny Postado em 10/03/2020 - 09:52:07
Como assimmm na melhor parte vc paraaaaa continuaaaaaaaa