Fanfic: GAJ - Justiça alternativa | Tema: Policial, universo alternativo
Notas do autor: Este capítulo ficou mais longo, com mais descrição dos detalhes envolvidos nas ações, mais diálogos, enfim, mais trabalhado. Espero que gostem e boa leitura.
AVISO: Esta é uma obra fictícia e baseada em um universo paralelo, não tendo relação com nenhum órgão real do Brasil. Personagens e cenários foram inventados. Qualquer semelhança é mera coicidência.
Dia 14 de Janeiro de 2030.
Após matar um Agente da PM, três jovens são soltos em uma audiência de custódia. Sem nenhuma penalização. Assim que soube da notícia, foi preparada uma equipe do GAJ para entrar em ação.
Investigações foram feitas para rastrear os indivíduos e, uma equipe escalada para o monitoramento os encontrou em uma periferia de SP. Assim que localizados, nossa guarnição foi destinada ao local.
Ia ser a primeira ação do grupamento, destinamos praticamente 40% do nosso efetivo (Que já era pouco) para participar da operação. Fomos com as SUVs descaracterizadas para lá e nossa estratégia seria simplesmente sequestrar os três garotos.
Ficamos de tocaia até um dos jovens se preparar para sair com sua bicicleta e, os outros dois o acompanharem no portão. Quando a porta foi aberta, avançamos as SUVs rapidamente, os colocamos dentro delas e partimos para nossa sede jurídica. Porém, uma ação foi mal calculada e, nos esquecemos da testemunha.
Assim que nós saímos, o rádio conectado ao COPOM apontou para um sequestro com a mesma descrição do nosso carro, ou seja, além de termos sido testemunhados durante a ação, haveria a chance da própria Polícia estarem atrás da gente visto que ninguém sabia (ou não era pra saber) de nossa operação.
Saímos em alta velocidade e, na correria, uma VTR da rodoviária já estava atrás da gente, foi então que, próximo a base do GAJ, nós viramos em drift e fechamos o enorme portão que guardava o pátio da base. Os Agentes da Rodoviária ficaram sem entender nada, quase bateram no portão, mandavam abrir, enfim, tínhamos que arrumar algum modo de despachá los, sigilo para nossas operações era crucial e aquela altura ninguém mais podia saber da situação que se transcorria.
Ah, não poderia esquecer. Também tínhamos os 3 meliantes em nossa custódia. E quem tinha que pensar em uma solução era eu. Primeiramente, precisava lidar com os PMRs antes que eles chamassem reforços, então, tive a seguinte ideia: Iríamos também pegar os PMRs.
Dei a instrução para a guarita abrir o portão enquanto os guardas do GAJ ficavam escondidos na subida da rampa, um ponto cego pros guardas. Assim que eles entrassem, tomaríamos os meliantes de reféns e os Agentes da Rodoviária iriam descer calmamente da VTR e se render sob a mira de nossas armas.
Bem, ao menos esse era o plano. Não sei o que deu na mente do PMR mas, na hora que a viatura entrou, apresentamos os reféns, miramos os fuzis. O piloto deu uma ré disparada, o que chocou a traseira da VTR no portão e o seu “copiloto” deu 4 tiros com a 9mm em direção aos guardas do GAJ.
A farda dos guardas é equipada inteiramente com o N-Kevlar, então, o máximo foi uns 2 guardas caírem pelo susto e pelo impacto da bala, porém, algo começou a sangrar e no mesmo instante, o piloto gritou para seu companheiro:
- PARA PARA PARA! O REFÉM!
O PMR que desceu atirando conseguiu acertar o refém que estava com um dos guardas. Eu queria muito romantizar isso e dizer que nós demos todo o apoio médico necessário mas a essa hora, já havíamos largado o meliante e ido conter os dois PMRs.
Bem, um dos meliantes havia sido gravemente ferido e estava quase morrendo no pátio do GAJ, tínhamos dois Agentes em custódia que não haviam compreendido a situação e para melhorar tudo os dois outros presos viram o comparsa caído no chão. A situação só piorava, era nossa primeira ação e éramos para ser a força mais competente em lidar com isso e definitivamente, não éramos.
Cabeça no lugar. Pedi que providenciassem tratamento para o meliante ferido e que levassem os outros dois para a cela esperar sua audiência. Os policiais estavam em adrenalina total e não escutavam nada que falávamos, até que eu precisei ir falar com eles pessoalmente.
Eu geralmente trajava um visual pouco comum no Brasil, principalmente pelo clima extremamente quente deste país. Um terno com um sobretudo e uma calça, acompanhada de um daqueles chapéus ingleses e um óculos estilo Aviator. E porque estou falando disso? Simples. A minha figura causava um grande estranhamento por parte de todos.
Ao me encontrar com os agentes, iniciei a conversa:
- Boa noite senhores, desculpe por este completo mal entendido
O mais jovem, já acalorado, disse:
- Mal entendido? Você deve estar de putaria com a gente, nos sequestrou, sequestrou mais gente aí que eu sei. Vocês vão ser pegos, se preparem.
- Fica calmo Mathias, eles são daquele grupamento. O da TV.
- Impossível esses arrombados serem do GAJ, se bem que.. os tiros, apenas um caiu, minha pontaria não é tão ruim assim
- Sim.. Mathias? Posso te chamar assim? Sua pontaria é excelente, se fosse melhor não teria acertado o refém, enfim, não estamos para discutir isso, estamos para discutir o que vocês vão fazer quando sair daqui.
- Como assim? (Disse o piloto tomando frente da “negociação”)
- Vocês comprometeram uma operação que era para ser secreta, não que seja culpa de vocês, estamos dispostos a libertá los, porém, não temos nenhuma garantia de que vocês não falarão o que viram por aqui.
- O que vocês estão fazendo é errado? Não sei. Enfim, haja o que for, não quero me meter nessa intriga, já me surpreendi demais hoje. (Disse o piloto se levantando e se preparando para ir embora enquanto sinalizava para seu amigo para a saída)
- Senhor, mas, como assim?
- Fique calmo jovem, você verá coisas piores e terá que ficar calado
O policial mais novo ficou inconformado com a situação, olhou para mim com desprezo, mas foi obrigado a acompanhar seu “chefe”. Na saída, foi lhes entregue o que falar no relatório para a traseira da viatura danificada e, na saída, apenas os falei em um tom calmo:
- Se falarem algo, vamos atrás de vocês.
Eles tocaram a VTR pela saída dos fundos e foram embora sem muito alarde.
Fui checar o prisioneiro, os nossos médicos conseguiram estabilizar o quadro dele, porém, tínhamos outro dano que não fora calculado: A imprensa já estava noticiando sobre o desaparecimento de três jovens suspeitos do assassinato de um PM.
Era a nossa primeira operação, a justiça alternativa mal havia começado e já dava indícios de falhas nas operações, a moral dos soldados ficou lá em baixo e eu não podia dizer sequer uma palavra de conforto. Os ventos certamente não estavam ao nosso favor.
No preenchimento de relatórios internos, geralmente era dado um nome às operações, como aqueles que vemos na TV. E então, com pesar, batizei a ação: “Op. Convencional”. Assim como a justiça convencional, havíamos falhado, grotescamente, precisávamos mudar esse quadro.
Autor(a): reddington
Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).
Prévia do próximo capítulo
Dia 15 de Janeiro de 2029. Hoje é o dia para o julgamento dos 3 meliantes que o GAJ capturou em uma operação. Fui checar a condição deles para preparar as viaturas e pra minha não tão surpresa, o cara que havia sido atingido ontem estava com o quadro completamente agravado, entubado na ala médica da base. Doutor, o ...
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