Fanfics Brasil - "Homo homini lupus" GAJ - Justiça alternativa

Fanfic: GAJ - Justiça alternativa | Tema: Policial, universo alternativo


Capítulo: "Homo homini lupus"

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AVISO: Esta é uma obra fictícia e baseada em um universo paralelo, não tendo relação com nenhum órgão real do Brasil. Personagens e cenários foram inventados. Qualquer semelhança é mera coincidência.


 


Dia 18 de Janeiro de 2029.


Caso N°1002


 Um adolescente é espancado e morto por quatro indivíduos após ser falsamente acusado de estupro por uma menina no ES. Por se tratar de menores de idade, ninguém foi punido. O Comando do GAJ solicitou uma intervenção após comoção em redes sociais.


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 Eu estava em São Paulo devido ao caso anterior e teria que ir para a base do ES imediatamente para acompanhar a nossa segunda operação. Eu ainda não sabia o que iríamos fazer lá mas estava extremamente pensativo, já me preparando antecipadamente para o que viria. Eu não queria que esta segunda operação fosse um fracasso total igual a primeira principalmente por se tratar de menores de idade.


 Fazia alguns meses que nossa equipe já estava formada e eu precisava de um braço direito em cada base, alguém que eu pudesse contar, com isso, resolvi que iria avaliar os agentes nessa operação também. Precisava começar a preparar a equipe pois, em breve, lançaríamos nosso serviço de apoio, fora que também teríamos operações de risco em periferias. 


 Ao chegar na base do ES, fui logo conversar com o Diretor de Base para montar uma equipe. Em direção ao seu escritório, observei a placa em que constava seu nome: “Ramon”.



  • Senhor Ramon!?

  • Opa, quem é dessa ve….. Olá Comando! Como vai?

  • Eu vou bem, e o senhor?

  • Err.. Eu estou bem (Dizia ele em um tom nervoso enquanto se atrapalhava tentando guardar a garrafa de Whisky que bebia)

  • Fique calmo, Diretor. Não tem problema beber um pouquinho.

  • É, o senhor sabe como é! Mas, enfim, acho que quer saber do caso certo? Então vamos, sem mais perda de tempo!

  • Ok, por favor (Sentei me em uma velha cadeira de madeira que se posicionava rente à mesa dele)

  • A investigada é Roberta Novaes, uma adolescente que está sendo acusada de falso testemunho.

  • É isso? Um caso de falso testemunho apenas?

  • Não só isso Comando, após as acusações de Novaes contra um jovem chamado Henrique, ele foi espancado e morto por 4 indivíduos até então não identificados.

  • Bem, vamos lá então. Qual minha equipe? 

  • O senhor irá falar com Ismael, ele já montou uma equipe e vai liderá la contigo.

  • Ok, obrigado. 


 Enquanto saía da sala do diretor, pude vê lo suspirando em alívio. Eu não sei que nervoso é esse, acho que é o álcool. 


 Passando pela área da base, me encontrei com Ismael, que estava fazendo uma espécie de “Ordem Unida” com a equipe que ele havia juntado. 



  • Ismael?

  • Senhor! (Disse ele batendo continência)

  • Err… Dispensado? 


 Pude notar um pouco de vergonha alheia no olhar dele, mas enfim, eu nunca requisitei essas coisas no Grupamento. 



  • Então Ismael, qual nossa equipe? E plano, já tem?

  • Senhor! Tenho 10 Agentes, o plano é extrair a Novaes quando ela estiver indo para a escola e levar à Unidade Judiciária do GAJ.

  • Muito bem, e como planeja fazer isso?

  • Usaremos nossas agentes femininas senhor, elas serão equipadas em uma réplica da viatura da PMES, faremos de conta que se trata de uma abordagem padrão e, usaremos de um taser para silenciá la e colocá la dentro do carro. Após isso, as SUVs vão nos escoltar.

  • E testemunhas, como vão lidar com isso?

  • O lugar vai estar vazio às seis da manhã senhor, se a ação for feita rápida ninguém irá perceber.

  • E se atraírem público?

  • Uma unidade vai estar posicionada para dar tiros em direção a nós, um vai atirar na perna da investigada e nós vamos levá la para o “hospital”

  • Entendi, bom plano.


 Estava feliz com o Ismael, ele planejou vários cenários possíveis para a ação. Coisa que não foi feita no primeiro caso. Mas ainda estava receoso pelo fato de se tratar de uma menor de idade. Iríamos sair da base às cinco e quarenta do dia seguinte.


 


-------------------- OUTRO DIA  -----------------


 


 O relógio sinaliza. São cinco e quarenta, hora da ação.


 A viatura falsa saiu na frente e iria abordar Novaes em uma área remota, nós já estávamos nos deslocando com as SUVs para o local da abordagem. No rádio, a Agente sinaliza: “Alvo capturado com sucesso”


 Quando alcançamos a viatura, a ultrapassamos e ligamos a sirene, escoltando a viatura até a base. 


 A chegada à base foi tranquila, a operação de extração feita com sucesso, agora, era a minha hora. Eu ia interrogar Novaes.



  • ME TIRA DAQUI! ONDE EU TO!? (Gritava Roberta enquanto os agentes a traziam para a sala de interrogatório)

  • Olá jovem! Para que tanta gritaria? Fique calma. Só vou fazer algumas perguntas.

  • QUEM É VOCÊ? O QUE EU FIZ?

  • Quem sou eu? Isso nem eu mesmo sou capaz de te responder. Porém, o que você fez, acredito que todos nós sabemos.

  • Do que você ta falando? Eu não fiz nada, eu juro! (Disse ela começando a chorar)

  • Cuidado menina, jurar assim é pecado. Se continuar assim vai ir para um lugar completamente. Se continuar assim vai ir para um lugar completamente diferente em que o seu amigo foi.

  • Como você sabe do Henrique seu doente?

  • Você mata o menino e eu que sou o doente? Afinal, porquê fez aquilo com ele? E outra, como foi tão descuidada a ponto de todos saberem que você foi cretina deste jeito?

  • EU NÃO MATEI O HENRIQUE! Ele fez coisas comigo, e morreu por isso. Eu sou a vítima e não estou entendendo porque estou sendo interrogada aqui. Aliás, se você é da polícia, eu quero meu Advogado! Eu sei dos meus direitos!

  • Pobre jovem, seu Advogado bancado pelo seu pai rico não pode te ajudar aqui. Seus direitos? Perdeu isso quando acusou alguém inocente, mas, pelo que?

  • Você não entende!

  • Sim, eu realmente não entendo.

  • O Henrique… Eu era a mais bonita do colégio, aquele moleque maldito nunca quis nada comigo…

  • Pera aí, você ta me dizendo…

  • Tudo bem, eu acusei ele, mas a culpa da morte dele não é minha!

  • TUDO BEM?.... GAROTA, VOCÊ TORNOU A VIDA DE UM INOCENTE UM INFERNO POR PURO EGO E CAPRICHO?

  • EU NÃO MATEI ELE!

  • Sério? Vamos ver. Pessoal, podem levá la.

  • EI! ESPERA! PRA ONDE EU TO INDO?


 Eu fiquei realmente alterado, como pode alguém acabar com a vida de outro por um motivo tão torpe como esse e depois sair impune? Ela iria pagar pelo que fez. O GAJ era uma justiça alternativa, e já estávamos preparados para sair da punição comum. Nós não iríamos matá la, mas alguma coisa iríamos fazer. 


 Pedi para Ismael fazer uma ficha dos pais dela, e logo descobri o motivo de sua impunidade, a sua mãe, era juíza. Porém, ela não poderia contar com algo vindo de nossa instância. No GAJ, nós não tínhamos um sistema prisional próprio e isso restringia muito nossas ações, porém, contávamos com alguns prédios da Penitenciária Federal, e era para lá que ela iria.


 O problema todo seria, como manteríamos a detenção de Novaes sem que o GAJ fosse explanado? Bem, eu tinha alguns amigos Delegados que podiam me ajudar nesse quesito.


 Após elaborar o relatório, nossa equipe levou Roberta, de 16 anos, para o presídio. A manchete do jornal? “Polícia Federal prende jovem de 18 anos por mandar matar adolescente”.


 Os pais ficaram enclausurados, porém, foi bem fácil coagi los depois de explicar toda a história. Nosso setor de inteligência cuidou para abafar o caso e nada foi muito noticiado depois disso. 


 Na entrada de Roberta, fiz questão de acompanhá la.



  • Por proporcionar à Henrique, um adolescente de 15 anos, um inferno, apenas pelo seu ego, você também viverá aqui, na solidão, por 3 anos. Enquanto isso, poderá estudar na prisão, porém viverá sem telefone nem wifi. Boa sorte, jovem.


  No caminho de volta a base, fiquei refletindo. Como pode uma adolescente ter uma mente tão perversa? Mandar matar alguém apenas pelo próprio ego? Nunca a frase de Hobbes fez tanto sentido. O Homem realmente, é o lobo do homem.



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Autor(a): reddington

Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).




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