Fanfics Brasil - 25 - Anahí Entrelinhas - Anahí e Alfonso

Fanfic:  Entrelinhas - Anahí e Alfonso | Tema: vondy e Ponny


Capítulo: 25 - Anahí

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Não olho para o Alfonso enquanto Christopher e eu vamos até a escada e começamos a descer. Mesmo com a luz fraca, descer a escadaria é como entrar num baile de debutantes. Praticamente todo mundo no andar de baixo olha para cima para saber quem está descendo. Pelo menos metade das pessoas parece reconhecer o Christopher. Um guarda-costas nos segue, e outro espera pertinho da pista de dança.
  Christopher está alheio ou finge estar; mais provável que seja a última opção. Usando uma camiseta azul que combina exatamente com seus olhos, uma calça jeans que se ajusta a ele como se tivesse sido feita sob medida e botas de caubói desgastadas, ele é a encarnação da beleza masculina. É da cabeça aos pés o cara de terno Armani na capa da GQ, com um editorial interno no qual ele aparece de regata preta e justa fazendo flexão de braço num galho de árvore, mostrando seus bíceps e ombros invejáveis.
  Na pista, ele me puxa para si, ignorando o ritmo rápido da música e balançando devagar, levando meus braços para cima e ao redor do seu pescoço. Ele se inclina para o meu ouvido e diz:
  — Não fica com medo, eu te protejo.
 — Eu pareço estar com medo?
  — Ãrrã. — Ele sorri para mim, apoiando a testa na minha, com as mãos na minha lombar, me puxando mais para perto. —Apavorada.
  — Sou mais corajosa do que pareço.
  — Bom saber. — Ele me puxa mais para o meio da multidão, que se abre para nós. Os guarda-costas parecem nervosos, mas Christopher age como se fôssemos as únicas pessoas na pista, e todo mundo permite isso. Esse cara consegue encantar qualquer pessoa para obter o que deseja, e ele tem consciência disso. Mais um motivo para eu estar apreensiva.
  Tento não pensar em Alfonso no andar de cima. Estou convencida de que ele saiu do meu quarto naquela noite por causa da Belinda . Eles provavelmente estão envolvidos, talvez já há um tempo. Talvez tenham discutido, ou talvez ele simplesmente tenha cometido um deslize — nosso beijo foi um erro e nada mais.   Ele se tornou um bom amigo. Eu gosto de conversar e de correr com ele, do modo como ele me provoca, do modo como parece cuidar de mim. Tentar transformar isso em algo mais
vai estragar tudo.
  É isso que eu digo a mim mesma, presa nos braços do Christopher, dançando com uma multidão como se ninguém mais existisse.
  Mas Christopher e eu nunca seremos invisíveis, por mais que possamos fingir, e eu nunca me sinto como se as outras pessoas
desaparecessem. Sinto essas pessoas me encarando o tempo todo que estamos na pista de dança, como se pudessem ver
através de mim.


* * *




— Vamos tomar um café. Ainda não estou pronto pra subir — diz Christopher baixinho quando entramos no hotel horas depois, em grupos de dois e três. Somos os últimos a entrar.
  — Você quer chamar mais alguém...?
  — Já cansei de todo mundo por hoje. — Ele leva um dedo aos lábios e me puxa na direção da cafeteria, fora da área de visão do elevador.
  Ele pede uma mesa perto da janela e senta ao meu lado, e não na minha frente. Pedimos café e dividimos uma fatia de cheesecake, que ele come quase inteira. Ainda estou tentando queimar as calorias daquele bolo que dividi com o Alfonso.
  Não pense no Alfonso .
  Ainda tem gente na rua, e nós as observamos passando.
  — Eu gosto de ver as pessoas fazendo papel de idiotas, como aquele cara. — Ele aponta para alguém que está fazendo uma dancinha bêbada para alguns amigos, que tentam, sem sucesso, impedi-lo. — Ou apaixonadas, como aqueles dois. — Um casal sob um poste de luz está se beijando com tanta paixão que eu fico vermelha.
  — Eu também. Gosto de ser a plateia.


  — Pois é — diz ele, com os dedos no meu queixo, virando o meu rosto.
  Ele me beija com suavidade, no início. Depois seus braços me envolvem, uma das mãos se movendo da lombar para o quadril e então para a coxa, sua boca mais urgente. Por fim, ele encosta a testa na minha como fez na boate, com os olhos fechados enquanto nossa respiração se acalma.
 V— Vem comigo pro meu quarto? — ele pergunta tão baixinho que eu quase duvido que ele tenha falado algo. O significado é claro. Cristalino.
  — Eu... não sei, Christopher... — Minha cabeça está buscando uma resposta, sem querer afastá-lo, mas sem me sentir pronta para o que ele está pedindo.
 — Eu só quero te beijar, nada mais. — Ele ri baixinho. — Tá bom, isso é uma mentira absoluta. O que eu quero dizer é que não vai acontecer mais nada, se for cedo demais pra você. Só me deixa te beijar num quarto onde não tenha um garçom ao redor, nem uma câmera gravando, nem um milhão de pessoas observando.
  Faço que sim com a cabeça, e ele joga uma nota de cinquenta sobre a mesa para pagar o que deve ser uma conta de no máximo doze dólares, pega a minha mão e a coloca sob o braço enquanto atravessamos a porta da cafeteria e nos dirigimos aos elevadores.
  Quando as portas se abrem no quarto andar, ele coloca a cabeça para fora, olhando para um lado e depois para o outro, como se fôssemos espiões. Ou fugitivos. O corredor está deserto. Saímos correndo até o quarto dele, dando risinhos. A chave do quarto está na mão dele, e em questão de segundos estamos lá dentro, e ele deixa a porta se fechar e a tranca. Não estou mais dando risinhos, nem ele.
  — Quer beber alguma coisa?
Sinto que estou nervosa e com a boca seca.
  — Água? — Por um instante, me sinto boba; não é como se eu nunca tivesse dado uns amassos em alguém. E aí lembro que estou sozinha num quarto de hotel com Christopher  Alexander.
  — É pra já. Fica à vontade. — O quarto dele tem uma cama king size dominando uma das paredes, uma área de estar com um sofá e duas poltronas, um bar e portas duplas que levam para a varanda, virada para o sul. Há flores frescas sobre a cômoda e sacos de lavagem a seco pendurados na porta do armário. Sento no meio do sofá.
  Ele traz duas garrafas de água mineral do frigobar, me dá uma e senta ao meu lado, se encostando no canto do sofá, deixando vários centímetros de espaço entre nós. Minha ansiedade aumenta em vez de diminuir, mas não sei como me acalmar.
  Sem nenhum motivo, lembro como me senti confortável com o Alfonso no meu quarto.
Não pense no Alfonso.
— Anahí. — Christopher se estica para colocar a garrafa sobre a mesa de centro e me lança o olhar ardente que eu reconheço de todas as fotos de revistas que ele fez nos últimos dois anos. A diferença é que esse olhar é real, ao vivo e direcionado para mim. — Vem cá.
  Coloco minha garrafa ao lado da dele e me aproximo até nossos joelhos se encostarem.   Ele me beija suavemente, com uma das mãos na minha cintura, a palma apoiada nas minhas costelas. Alguns minutos depois, ele se levanta, me puxa com as duas mãos e coloca meus braços ao redor do seu pescoço, como fez na pista de dança. Ele me beija de novo, me levanta pelos quadris, ajeita minhas pernas ao redor de sua cintura e senta de novo, sem interromper o contato dos nossos lábios. Nós nos beijamos por cinco minutos, dez, quinze, não faço ideia. Quando me afasto, tão sem fôlego quanto se tivesse corrido um quilômetro, sua boca vai para o meu pescoço, formando uma trilha de beijos até a orelha.
Ele massageia minha lombar com uma das mãos enquanto a outra segura minha nuca, depois passa os dedos desde os meus ombros até as mãos, para cima e para baixo, finalmente envolvendo meus pulsos e puxando minhas mãos para se apoiarem em seu peito. Sinto sua pulsação sob a palma das mãos, e as dele vão para as minhas coxas.
  — Tem certeza absoluta — seus lábios queimam uma trilha desde o meu queixo até a base da garganta, e agarro seus bíceps como se estivesse suspensa por um fio — que não quer ficar?
  Preciso sair daqui antes de me render a algo para o qual não estou preparada. Não consigo pensar direito e, com as coisas que ele está fazendo, pará-lo ou a mim mesma não vai ficar mais fácil.
  — Não posso, Christopher. — Meu Deus, eu não poderia parecer menos convincente.
  — Hummm, eu acho que você pode — diz ele, e suas mãos alisam a pele nua dos meus ombros, puxando as alças para o lado. Enquanto ele me coloca delicadamente de costas no sofá, olhando para mim com um sorriso sutil e observador, sei que ele consegue perceber minha vontade de ceder. E aí ele me beija de novo, e se passam cinco minutos até pararmos para respirar.


  — Christopher , por favor, não... Ainda não.
  — Eu entendo — diz ele, respirando fundo e fechando os olhos. Então os abre e sorri com ironia. — Não se pode culpar um cara por tentar. — Ele me beija mais uma vez, de um jeito rápido e doce, com as mãos envolvendo meu rosto. — Você sabe onde me encontrar se mudar de ideia, Anahi.
  Saio do quarto dele com as pernas trêmulas, como se tivesse passado um mês em alto-mar, e sinto uma mistura estranha de arrependimento e alívio. Preciso tentar quatro vezes até conseguir destrancar a porta com o cartão-chave.
  Deito na cama e aperto o botão mental de replay... até meu celular apitar, me assustando.   É a Meredith, provavelmente querendo saber o que aconteceu quando Christopher e eu desaparecemos.



Tudo bem com vc? Não que eu esteja preocupada nem nada. ;)


Tudo. O Christopher e eu decidimos parar por uns minutos na cafeteria.


Quer almoçar e fazer compras amanhã?


Parece ótimo. Meio-dia?


Isso. Eu passo no seu quarto. Até.


 



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Autor(a): wermelinnger

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 22



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  • ponnyyvida Postado em 06/04/2020 - 02:10:09

    Aí mds, eu não aguento esse meu casal (ponny) *_* Tomara que apareça logo a Dul, pra fazer o Christopher largar do pé da Anyzinha e deixar ela todinha pro Alfonso *_* Continuaaaaa <3

    • wermelinnger Postado em 07/04/2020 - 08:24:05

      Hummm muita coisa para acontecer ainda hahaha

  • ponnyyvida Postado em 01/04/2020 - 10:06:33

    O Christopher não muda mesmo, continua sendo um garanhão kkkkk Continuaaa

    • wermelinnger Postado em 01/04/2020 - 12:32:55

      Aí ele é terrível! Continuado ...

  • ponnyyvida Postado em 27/03/2020 - 22:55:54

    Amo essa fanfic <3 Posta maiss

    • wermelinnger Postado em 28/03/2020 - 07:42:45

      Que boom! Vou postar

  • ponnyyvida Postado em 27/03/2020 - 22:55:23

    Aí, você tá sumidinha :(

    • wermelinnger Postado em 28/03/2020 - 07:42:32

      Oiii to mesmo :( Mas vou tentar aparecer mais prometo

  • ponnyyvida Postado em 05/03/2020 - 21:55:20

    Aaaaa continua <3

    • wermelinnger Postado em 27/03/2020 - 16:12:26

      continuando

  • ponnyyvida Postado em 01/03/2020 - 01:07:12

    Aí rolou beijo ponny *_* *_* perfeitosss <3 O Christopher vai ter que correr atrás do preju se quiser conquistar a Any hihihi Continuaa <3

    • wermelinnger Postado em 01/03/2020 - 19:22:10

      Rolooou eles são fofos né? Vamos ver o que vai acontecer nesse show

  • ponnyyvida Postado em 29/02/2020 - 17:12:10

    Aaaa quero só ver oq vai dar esse show ;) Continuaaaa

    • wermelinnger Postado em 01/03/2020 - 07:43:00

      Aiii vai acontecer algumas coisinhas nesse show :X

  • ponnyyvida Postado em 21/02/2020 - 18:37:44

    Tadinha da Any, essa madrasta dela é péssima :/ Posta maisss

    • wermelinnger Postado em 28/02/2020 - 23:42:29

      Vergonha alheia com essa madrasta

  • ponnyyvida Postado em 21/02/2020 - 15:16:44

    Aaaa estou amando a história *_* Continuaaa <3

    • wermelinnger Postado em 21/02/2020 - 17:18:44

      Aiii que bom que está gostando *-*

  • bola Postado em 19/02/2020 - 11:33:47

    Estou adorando a história + confesso que quero que a Dul entre logo heheh

    • wermelinnger Postado em 19/02/2020 - 12:57:20

      Hahaha ainda vai demorar um pouquinho... mas vai valer a pena a espera


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