Fanfics Brasil - Perdidas A Stripper ---- Portinon ( ayd)

Fanfic: A Stripper ---- Portinon ( ayd) | Tema: Anahí & Dulce


Capítulo: Perdidas

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                     Beatrice POV


 


 


Eu fiquei à espera de Dulce durante horas em frente aquele lugar. E pelo que me parecia, a mesma estava muito ocupada, pois até o momento ainda não havia dado as caras.


Imperium, cujo qual seria o nome daquela boate, era frequentada pela elite de Miami, carros importados, pessoas da alta sociedade entravam e saiam com muita frequência.


"Deve estar metida com alguma vagabunda ali dentro" – esbravejei furiosa.


Fiquei atenta a todo mundo que saía daquela porta. Eu já estava cansada de esperar, mas eu não iria desistir até descobrir por qual motivo Dulce estava ali. Ela não era o tipo de mulher que saía pelas noites à procura de diversão. Quando eu pensava em Dulce, a primeira coisa que vinha em minha cabeça era: trabalho.


Espreguicei-me no assento do carro, sentindo uma leve dor nas costas por ficar tanto tempo sentada espionando aquele lugar. Ajeitei um pequeno espelho para verificar minha aparência que, por sinal, estava bem maltratada. Até notar ao fundo a mulher saindo. Fechei o pequeno espelho e vidrei meus olhos em Dulce.


A mesma olhou para todos os lados até seguir em direção ao seu carro. Ela não havia saído acompanhada, pelo contrário, estava sozinha como entrou. Ficou por alguns instantes dentro do carro, para logo se retirar dali. E como num estalo, liguei meu carro para segui-la, eu não poderia perder a mesma de vista... ou poderia.Eu teria muitas outras oportunidades de descobrir onde Dulce morava. O objetivo nesse momento, era saber por qual motivo ela havia entrado ali.


Desliguei meu carro, pegando minha bolsa ao lado. Caminhei em direção à boate e paguei uma entrada. O moreno alto e bonito colocou uma pequena pulseira em meu braço e permitiu que entrasse.


O lugar era enorme e puramente luxuoso. Estava lotado, e a música de batida forte ecoava pelos quatro cantos daquele prédio. Eu caminhei observando cada detalhe daquele lugar. Homens e mulheres estavam sentados recebendo um show particular de belas dançarinas em sua frente, que usavam roupas minúsculas que logo foram arremessadas diante de seus corpos.


"Oh, meu Deus, Dulce María em uma boate de strip-tease!"


Conclui ao ter aquela visão. Era de me deixar surpresa, eu sabia do passado agitado que minha ex havia tido, mas há anos que a mulher não tirava um tempo para si, e agora frequentava boates de garotas de programa?


"Muito bom..." pensei caminhando até o balcão de bebidas.


- Me veja um drink, por favor.


A morena de corpo esculpido sorriu e começou a preparar minha bebida. Duas mulheres discutiam perto do balcão, me fazendo ter a vontade de me retirar dali.


"Você a viu?"


"Quem?"


"Meu Deus!Quem mais seria ? Dulce María!"


Levantei da bancada me aproximando mais da mulher que havia pronunciado o nome de Dulce. Eu precisava escutar o que a mesma falava, mas o som me impedia de tal ato.


"Eu a vi saindo."


"Para onde ela foi, Marina? Ela estava comigo e evaporou!"


A mulher falou furiosa. Por uma fração de segundos eu odiei a prostituta, então era com ela que Dulce se envolvia? Que mal gosto!


"Eu não,Kellen! Você perde a mulher por ai e vem descontar em mim?"


"Onde está Giovanna? Você a viu aqui?" 


Forcei minha audição para buscar o máximo de informações possíveis.


"Hoje não é o dia dela"


"Tem certeza?"


Meu Deus... quem era Giovanna? A mulher havia saído sozinha.


- Aqui está sua bebida, senhora.


Entreguei alguns dólares à morena que assentiu. Eu falaria com essa tal de Kellen, e descobriria o que estava envolvendo Dulce.


- Com licença, você conhece a Dulce?


- Quem é você? – a mulher perguntou me fitando.


- Isso não interessa no momento, você conhece Dulce María?


- Sim, e se você for mais uma que está atrás dela,saia, pois ela será minha.


Eu ri ironicamente.


- Querida, você está falando com a esposa dela.


Kellen me fitou sem acreditar, sua expressão em surpresa era tamanha, até explodir em uma risada sarcástica.


- Do que está rindo?


- Então você é a mulher que está sendo chifrada?


- Chifrada?? – perguntei furiosa.


- Sim, o que você acha que sua esposa vem fazer aqui? – ela falou seria.


- Acho que precisamos conversar.


- Eu não tenho nada para falar com você. – a mulher falou se ajeitando para logo sair.


Eu tomei um gole da bebida, e me aproximei.


- Você tem, e eu preciso de informações.


- O que eu ganho com isso?


Eu sorri, abrindo minha bolsa. Tirando da mesma um pequeno bolo de dinheiro.


- Você ganha isso. – levantei mostrando as notas para ela.


Kellen trocou um olhar com a moça que estava ao seu lado e então sorriu.


- Bom, assim podemos até conversar.


- Perfeito.


 


                  Anahi POV


 


Peguei as chaves de dentro da minha bolsa para abrir o mais rápido possível a porta de meu apartamento. A noite estava fria, e até dentro do prédio eu podia sentir a brisa.


Forcei a chave mais um pouco, até a porta se abrir.


- Está bêbada? – Melany perguntou ao abrir a porta, me olhando de forma estranha.


- Não, eu só não encontrava minhas chaves.


Falei entrando rapidamente dentro do lugar.


- Não vi o carro de Angelique chegar... vocês não saíram juntas?


Ela perguntava enquanto caminhava atrás de mim.


- Saímos sim. – falei por fim


- Estava aprontando algo, Anahí?


A mulher perguntou parando diante da soleira da porta, com uma expressão acusadora.


- Eu? O que eu poderia está aprontando, Mel?


- Eu é que pergunto: o que você estava aprontando?


Eu fiquei calada, colocando as mãos na cintura sem me render.


- Estava com Dulce não é?


- Não... – sussurrei para ela fracamente.


- Se mentir é pior.       


Revirei os olhos. Como ela conseguia? Eu nunca conseguia mentir para Melany, era como se a verdade estivesse estampada sobre minha cabeça com uma placa em neon.


- Estava... – falei me rendendo.


- Então não saiu com Angel?


- Saí!


- Náh!


- Meu Deus, Melany, eu estava no jantar com Angel. Até receber uma ligação de Maite dizendo que Dulce estava na Imperium. E que Kellen estava praticamente se jogando nos braços da mesma.


- E daí você, em busca de proteger seu território, foi até lá?


Eu apenas assenti, ela falando daquela maneira parecia até infantil.


- Você não tem jeito, não é, barbie? Pensei que a dura que ela havia lhe dado seria o suficiente para deixá-la para trás. Tomou cuidado para ela não te ver?


- Eu não consigo me desprender dela, Melany. E sim, tomei cuidado. Entrei pela porta dos fundos, as pessoas da frente não veem. Eu só não poderia deixar que a vadia da Kellen ficasse com ela.


- Você está se arriscando demais.


- Eu estou me sentindo culpada por ser tão fria... ela me parece arrependida entende? Eu estou tratando ela muito mal.


- Sim, mas isso não muda a forma grosseira com que ela te tratou.


- Mas Deus sempre diz que precisamos perdoar nosso próximo. – Ouvi Selena falar ao entrar com suas pantufas rosadas e sua xicara de café nas mãos.


- Viu?


Melany revirou os olhos e Selena sorriu sentando-se em minha cama.


- Concordo com Sel!


- Pois eu não, mas como sei que você tem um fogo descomunal por essa mulher, e que essa história ainda vai render muitas páginas. Siga seu coração,barbie.


- Obrigada, meninas.


- Não tem que agradecer, Náh, só espero que tenha cuidado. Eu acharia melhor você tirar Giovanna desse jogo. – Selena falou cuidadosa como sempre.


- Sel, a Dulce não gosta da Anahí. Ela gosta da Giovanna.


- Como pode ter tanta certeza?


- Não viu como ela me tratou? E de noite correu para os braços de Giovanna, onde ela realmente quer estar!


- Sabe que, sendo a Giovanna, isso nunca vai dar certo, não é?


- Eu sei, fique tranquila. Eu estou dando um ponto final. Já é a segunda vez que Giovanna não dá moral a Dulce, uma hora ela vai cansar.


- Espero... é o melhor para você. – a Baixinha falou me abraçando com carinho.


- Você sempre tem os melhores conselhos, Sel.


- Ei! Essa foi uma indireta? – Mel perguntou jogando um dos travesseiros em mim.


- Ai! – resmunguei jogando o travesseiro de volta. – Claro que não!Vocês duas são as melhores conselheiras que eu poderia ter, e Maite também.


Falei me jogando na cama ao lado de Melany e Selena que me abraçaram com carinho.


- Mas me diz, você viu como a Kellen ficou?


Soltei uma risada para Melany.


- Eu não vi, mas daria tudo para ter visto. Dulce estava a caminho das salas privadas quando eu apareci. E nossa, ela ficou mais branca do que o normal a me ver. 


Mel e Sel riram juntas ao me ouvir contar.


- Ela me provocou, dizendo que eu estava com ciúmes, mas eu virei o jogo. Eu não, Giovanna .


- O que vocês fizeram? – Mel perguntou curiosa.


- Misericórdia, Melany!Não precisamos saber de detalhes.


- Precisamos sim, eu adoro saber de tudo.


- Bom, Dulce, como sempre arrogante, me agarrou e não me deixou sair, né?


- Ela deve ter uma boa pegada. – Melany concluiu ao ver a minha expressão ao falar de Dulce.


- Ela tem Mel, uma fodida de uma pegada.


- Jesus, Anahí!Olhe essa boca! – Sel falou nos fazendo rir.


- É sério Selena, você não tem ideia de como aquela mulher é.


- E nem quero, você está ficando louca por causa dela.


- Continua, barbie! Ela te agarrou e aí...?


- Eu consegui virar o jogo e dar o troco com a mesma moeda. Deixei a mesma ajoelhada aos meus pés. Você precisava ter visto, eu ordenei e ela cumpriu.


- Você é péssima, Anahí Portilla.


- Anahí? Não era ela, era Giovanna Puente.


 


                   Dulce POV


 


Miami, Florida – Estados Unidos.


 


Naquele dia meu humor estava negro. Nos últimos dias minha vida estava virada do avesso. Giovanna, Anahí e Beatrice estavam me deixando maluca. Mais uma vez, Giovanna me fez de otária, será que eu havia nascido para isso?


Óbvio que não, meu Deus! Eu era Dulce María, essas coisas não podiam acontecer comigo. Eu me ajoelhei, eu literalmente me ajoelhei aos pés daquela mulher por puro desejo. E o que ela fez? Nada, absolutamente nada.


Você pode imaginar como é frustrante? Será que havia alguma coisa de errada comigo? Não, não havia nada de errado!


Giovanna gostava de brincar. Era uma ninfeta perigosa que usava e abusava de seus poderes de sedução para colocar qualquer um aos seus pés. Como uma sereia que ludibriava os viajantes do mar com sua beleza incomparável. Essa era Giovanna: uma sereia.


Abri os olhos fitando o teto claro de meu quarto. Confesso que aquela manhã eu estava morrendo de vontade de ficar em casa,sem fazer absolutamente nada.Mas quando se é presidente de multinacional, você já não tinha direito à essas mordomias que uma vida vadia poderia lhe oferecer.


Levantei da cama direto para um banho quente, eu precisava estar totalmente relaxada para ter a maldita paciência de olhar para algumas pessoas hipócritas que lá trabalhavam, aturar os puxa sacos e o lindo e alegre sorriso no qual Anahí estaria pela saída com Angel.


Eu não queria nem imaginar como aquela noite havia terminado. Pensar em Anahí levantando da cama de Angelique completamente nua não era uma visão tão boa. Não que Anahí não tivesse um belo corpo, ela tinha, e muito belo por sinal. Porém,imaginar que a mesma estaria se entregando de tal maneira provocava-me certa ira.


"Esqueça essa mulher, Dulce..."


Por que diabos Angelique tinha que se meter? Ela poderia estar longe! O puro extinto predador dela não deixaria que minha secretária passasse em branco. Droga! Elas devem ter passado a noite juntas... Angel deve ter a feito sorrir, sorrir daquele jeitinho manhoso que ela sabia fazer.


Igual eu havia feito...


Fechei os olhos e em milhares de imagens de nossos momentos juntas em L.A. se passaram em minha cabeça. Aquilo me deixava confusa, estar com ela era agradável.


Anahí tinha um jeito único de te fazer sentir especial. A mulher fazia você sentir falta de cada segundo ao lado dela. Que feitiço ela tinha sobre mim? 


Mulheres eram feiticeiras? Eu não era, mas e as outras?


Você está ficando louca!


Balancei a cabeça e saí do chuveiro. Enxuguei-me rapidamente, secando meus cabelos. Optei por algo tradicional: uma saia preta, justa e longa. Saltos negros com solados vermelhos,e uma blusa de botão branca. Usei uma maquiagem leve, ressaltando apenas meus olhos e minha boca.


"Nada mal" – pensei ao me ver no espelho.


Aquela manhã estava nublada, o céu estava coberto por uma massa cinzenta deixando claro que o dia seria chuvoso. Droga! Vesti meu sobretudo preto, procurando me aquecer do frio que estava fazendo aquela manhã.


Em poucos minutos, eu já estava entrando nos aposentos da Savinon Industry. Estacionei meu carro e caminhei rapidamente para a entrada, a garoa fina havia começado a cair.


- Bom dia, Senhora Savinon.


Josh falou assim que me viu.


- Quer que eu estacione seu carro na vaga especial?


- Faça isso.


Em poucos minutos o elevador parou no último andar e eu então entrei.


 


                   Anahi POV


 


 


Eu pude ouvir de longe o bipe do elevador, era Dulce. Através da vidraça de sua sala, eu vi a mulher caminhando em minha direção. Ela estava linda, como sempre.Usava uma saia longa preta, e uma blusa de botão branca.


Seus cabelos estavam presos em um coque bem feito. Como uma típica empresária.


- Bom dia.


Ela falou de forma seca ao entrar na sala.


- Bom dia, Sra. Savinon.


Ela caminhou e sentou na cadeira presidencial. Podia ser loucura, mas Dulce ficava ainda mais sexy naquele lugar.


Aumentava ainda mais o ar poderoso que rodeava aquela mulher.


- O que temos para hoje? - perguntou ela sem olhar em meu rosto.


Ela não estava com o menor humor aquele dia. Imagino que a brincadeira perversa de Giovanna a deixou completamente irritada.


- Às oito, uma reunião com o financeiro. Às 10, o pessoal do marketing vem mostrar a nova proposta. Depois, a Sra.terá um almoço com Richard.


- Cancele!


- Ok, depois disso a Sra. precisa ir à fazenda fornecedora de madeira, o contrato expirou e eles estão pedindo uma renovação urgente, ou o governo para a produção para nós.


Ela fechou as mãos em punhos, provavelmente não gostando nada da ideia.


- Tenho que ir hoje?


- Sim, senhora.


- Como não tenho escolha, ok. Você vai comigo.


Sério isso? Dulce me faria ir do outro lado da cidade, na área rural para resolver isso com ela? Justo hoje?


- Algum problema? Eu não quero interromper algum encontro seu. – Falou ela me encarando.


- Creio que vamos chegar a tempo de eu conseguir ir ao meu encontro. – devolvi a indireta.


- Ótimo.


As horas se arrastaram. Era incrível, o humor de Dulce estava como o céu aquela manhã: totalmente fechado. Perguntava-me se tudo aquilo era culpa de Giovanna, ou se havia outro motivo para tanto mau humor. A mulher não soltou um sorriso a manhã inteira, nem sequer olhava em meus olhos, e cada cinco minutos soltava uma farpa. 


- Como estão as coisas por aí?


Assustei-me ao ouvir Selena tão próxima.


- Estranhas... Dulce está puro mau humor.


- O que você queria? Depois do que fez com ela ontem. –  falou segurando uma risada.


- Eu não sei, Sel, Dulce se irrita mas não fica tanto tempo. Algo está incomodando ela aqui.


- Não seria esse teu sorriso largo aí?


Semicerrei os olhos não entendo.


- Anahí, não seja tola. Para Dulce, você saiu com Angelique ontem à noite, ela deve estar de mau humor devido você estar toda saltitante essa manhã.


Fitei Dulce pensando em tamanha possibilidade, que com toda certeza eu considerava impossível.


- Não acredito que seja isso... Dulce não tem motivos.


- Isso é o que você pensa. Vocês se beijaram,tiveram um final de semana maravilhoso, para depois você estar no maior chamego com a melhor amiga dela? Pense! –  falou saindo.


Ciúmes? Será que Dulce estava com ciúmes? Não era de se negar que a dias atrás Dulce e eu estávamos a todo tempo juntas,mas... não, não, Anahí! Isso seria loucura.


- Vamos, Portilla.


Assustei-me ao ver Dulce em minha frente.


- Já está na hora?


- O que acha?


- Que você está com um péssimo humor.


- Como?


- Nada. –falei por fim.


- Vamos, não quero me atrasar. – ela ordenou.


O caminho era longo demais, estava ficando incômodo ficar naquele silêncio com ela. Duas horas de viagem não era fácil quando a pessoa ao lado poderia pular em seu pescoço a qualquer instante. Era esse o clima entre nós: pesado e totalmente carregado em mau humor.


- Está tudo bem?


- Sim, porque não estaria? – perguntou ela ainda concentrada na estrada.


- Eu não sei, você está estranha.


- Impressão sua,srta. Portilla. Eu estou mais normal do que nunca.


- Literalmente esse não é o seu normal.


- Como pode ter tanta certeza?


- Bom, de todas as vezes, esse está sendo seu pior humor.


- Eu devo ter motivos para isso.


Dulce me fitou intensamente, seus olhos estavam escuros, mas não era como ficava quando olhava para Giovanna. Sua íris estava em uma tonalidade escura e sombria. Ela voltou os olhos para a estrada difícil. Ir com um sedan importado para aquele lugar não havia sido uma boa ideia.


- Merda!


Resmungou ela acelerando o carro.


- Se acalme.


- Meu carro está sendo maltratado nessa porra de estrada, e ainda tem essa chuva maldita.


Desse jeito vamos chegar à noite!


E pelo jeito ela tinha razão, a estrada que estávamos não era das melhores, a chuva era torrencial. O carro de Dulce patinava no meio de tanta lama, e a situação só parecia piorar.


- Oh, meu Deus, isso não deveria acontecer.


- Não vamos morrer, Portilla, fique tranquila. Você vai voltar para seu encontro. 


Revirei os olhos de forma tediosa. Já era quatro e meia da tarde. Estávamos atrasadas uma hora e meia para a tal reunião. E Dulce,no meio daquele estrago, ainda tinha mau humor suficiente para me jogar farpas.


- Sinceramente eu daria meia volta.- Dulce falou irritada.


- Pois somos duas.


- Está com pressa, não?


- Sim, digamos que não é nada agradável ficar dentro de um carro com uma mulher mal humorada com essa chuva torrencial lá fora!


Ela semicerrou os olhos em minha direção de forma surpresa a me ver falar assim.


- Creio que deve ter melhores companhias, não é?


- Sabe que eu tenho mesmo?! – Falei brava, eu já estava cansada de todo aquele mau humor.


- Até imagino quem seja. – ela falou rude.


- Deve imaginar mesmo. – Falei cruzando os braços emburrada.


Ficamos em silêncio por longos minutos, Dulce bufava ao meu lado. O espaço parecia pequeno demais para nós duas.


Seguíamos em linha reta pela enorme estrada. Talvez não estivéssemos tão longe, a pista estava muito molhada, fazendo com que Dulce não corresse o suficiente em seu carro.


O mesmo parecia, a cada momento, ficar cada vez mais lento.


- Se eu for correndo chego mais rápido...


- O que você quer que eu faça? Corra nessa pista molhada? Se quer morrer me avise.


- Que acelere?!


Ela nada falou, apenas acelerou o carro e o mesmo não respondeu.


- Não, não...isso não pode estar acontecendo.– resmungou ela, me fazendo ficar confusa.


O sedan preto gradativamente foi parando. Dulce virou o volante aproveitando para guiá-lo para o acostamento.


- O que está fazendo? Não acha que esta indo devagar demais não? Ainda vai parar?


- Anahí, cala essa boca! – gritou.


Eu fitei a mulher indignada. Quem ela pensava que era para gritar comigo?


- Não grite comigo!


Ela segurou firme, apertando os dedos no volante do carro.


- Olha só, a merda deste carro parou. E eu não faço a menor ideia do que seja. Estamos numa estrada deserta, debaixo de uma chuva torrencial. Então, por favor, não perturbe a minha cabeça. – a mulher pronunciou cada palavra pausadamente como se eu fosse uma doente mental.


- Espera, espera...seu caríssimo carro quebrou? Como vamos voltar pra casa agora Dulce?


- Eu não sei!


- Isso não pode estar acontecendo comigo! – Esbravejei cruzando os braços novamente.


Ela tentou uma, duas, três, quatro vezes e o carro não deu um sinal de vida. Será que poderíamos ter mais azar? Eu estava literalmente perdida.


 


                Dulce POV


 


Eu estava praguejando céus e terra. Não era possível!Meu carro havia parado no meio do nada, e para piorar a situação, estava um temporal lá fora, e ao meu lado, Anahí reclamava feito uma velha resmungona. Eu respirei fundo tentando pedir toda a calma desse mundo para não surtar.


- Você pode parar? Essa droga de carro não vai funcionar!


Anahí falou brava.


- O que você quer que eu faça? – virei para ela. 


- Dê um jeito, eu nem deveria estar aqui!


- E você acha que eu quero estar aqui?


Gritei para ela, que trincou a mandíbula em pura fúria. Anahí então pegou rapidamente sua bolsa no banco traseiro.


- Temos que pedir ajuda. – ela falou vasculhando sua bolsa. – Vamos ligar para Angel.


- O quê? Vamos ligar para um guincho! A sua namoradinha é dona de algum por acaso? –falei irritada.


- Não sei, você que é melhor amiga dela não sabe?


Eu precisava contar de um até mil para não me exaltar com Anahí e seu namorinho idiota.


- Creio que você deve ter mais intimidade com ela do que eu, não é?


- Quem sabe. –  falou pegando seu telefone – Que maravilha! – Exclamou.


- O que houve?


- Não tem sinal aqui, Dulce!


- Você só pode estar brincando comigo...


- Eu estou com cara de quem está brincando?– ela praticamente gritou.


- Meu Deus, você está com um mau humor terrível! – Falei.


- Eu? Você está feito uma velha carrancuda desde que acordou! Descontando sua frustração por sei lá qual motivo em cima de mim!


- Eu tenho motivos para isso!


- Quais são, Dulce? – a morena me encarou furiosa.


- Não interessa! E os seus? Quais são? Angel não é boa de cama?!


Oh, Deus, Merda, merda, merda!


Anahí semicerrou os olhos em minha direção,e naquele azul eu poderia ver o fogo, e não era de um fogo bom que eu estava falando. A mulher respirou fundo, e não fez uma cara nada boa.


- Anahí...me desc...


- Cala essa boca, sua arrogante! O que pensa que você é pra falar assim comigo? – Ela praticamente gritou.


- Abaixe o tom de voz Portilla. – Falei tentando ser calma.


- Eu não vou abaixar porra nenhuma! Você é uma idiota! Como eu posso ficar tanto tempo te aturando? Acha que é dona do mundo? Pois está muito enganada, Dulce María!


Ela estava pura fúria. A mulher jogou seu celular na bolsa, ajeitando seu sobretudo que estava aberto, olhou em volta e abriu a porta do carro se colocando para fora.


- Onde você pensa que vai? – gritei.


- Pra puta que pariu! – ela falou, fechando a porta do carro com a maior força que poderia.


Que mulher difícil! Misericórdia! Onde essa maluca pensa que vai?


Anahí saiu andando debaixo daquele temporal. Ela estava perdidamente irritada comigo, e não era pra menos. As palavras haviam saído sem eu perceber. Buzinei diversas vezes para que ela voltasse, mas a morena era persistente, continuou a caminhada debaixo de toda aquela água.


- Porra! Anahí! – gritei


Ela nem sequer olhou para trás.


- Se ela está pensando que vou atrás dela, está muito enganada! – falei cruzando os braços, ficando por alguns segundos imóvel.


Olhei para ambos os lados, temendo que a mesma saísse sozinha.


- Não acredito que vou fazer isso, meu Deus,eu não acredito! 


Respirei fundo, tomando coragem para fazer tal ato.


Abri a porta do carro e saí atrás da morena enraivada que caminhava rapidamente. O temporal não era dos fracos, a ventania era forte demais, mas nem isso mudava a ideia absurda da mulher a minha frente.


- Anahí volte aqui agora!


Ela fingiu nem ouvir.


- Você é surda? Pare agora!


- Você não manda em mim! – ela gritou a frente.


- Merda, pra onde pensa que vai? – gritei.


Ela parou e virou-se em minha direção encarando-me com tanta fúria que eu poderia até sentir medo se não a conhecesse.


- Quer saber pra onde eu vou? – ela perguntou voltando em minha direção.


- Sim! – afirmei sem recuar.


Fitamo-nos por alguns segundos, travando uma batalha apenas com o olhar, a chuva caía sobre nossas cabeças sem pena ou pudor.


- Pra um lugar onde eu não tenha que aturar essas suas grosserias! – Ela falou saindo.


E como no impulso eu segurei nos braços da mulher com força e a puxei de volta contra meu corpo.


- Você não vai a lugar algum sem mim! Entendeu? – Falei de forma firme.


- Me solte, sua idiota! – ela falou me empurrando com força. – Eu te odeio!


- Eu sei, Anahí, eu sei... - falei selando meus lábios nos dela.


No começo, a mulher recusou, me empurrou chegando a se afastar, mas eu a puxei novamente e a beijei com gana. Anahí havia perdido a batalha e a única alternativa era se entregar, e assim ela fez. Eu levei uma das mãos à cintura dela e a outra a sua nuca, não deixando que seu corpo desgrudasse do meu por se uer uma fração de segundos.


Como eu estava com saudade, meu Deus!Os lábios carnudos e delicados de Anahí se moveram de forma selvagem sobre os meus,me fazendo arfar de alívio.A morena sugava minha língua com tanta vontade que eu poderia me perder ali por horas,apenas sentindo seu gosto.Seus lábios, suas mãos sobre mim. Eu não queria mais parar, não queria deixá-la ir, mas o ar já nos faltava e a chuva só aumentava. Soltei lentamente seu corpo contra minha vontade.


Anahí que estava com os olhos fechados abriu devagar, e me fitou envergonhada.


- Está mais calma agora? – sussurrei para ela.


Ela assentiu.


- O que vamos fazer agora? – Ela perguntou,bem mais calma do que há poucos minutos atrás.


- Eu não sei, temos que procurar um lugar para ficar essa noite.


- Não deve ter, estamos no meio do nada.


- Fique tranquila, eu vou dar um jeito. Vem comigo, vou pegar minhas coisas do carro e vamos caminhando para a cidade mais próxima.


Anahí assentiu, e voltamos ao carro pegando minha bolsa , colocando os pequenos utensílios dentro.


- Vamos andar um pouco, conheço uma cidadezinha aqui perto.


- Eu só não quero ficar aqui.


- Não vamos ficar Annie.


Anahí e eu fizemos uma longa caminha de baixo daquele temporal. Encontrávamo-nos em um estado totalmente deplorável. Nossas roupas totalmente encharcadas e sujas. Mas aquilo não importava, a gente estava bem.


Depois de um bom tempo andando, chegamos a uma pequena cidade vizinha. As casas eram simples, tudo muito com aparência de interior. 


- Pronto, vamos procurar um hotel, pousada...sei lá.


- Vem comigo, vamos perguntar naquele lugar. – ela falou me puxando pela mão.


Perguntamos a um grupo de senhores que conversavam na frente de um botequim de aparência desgastada. Os homens nos indicaram uma pequena pousada do outro lado da rua. O lugar não era dos melhores, mas dava pra passar a noite, tudo era melhor do que ficar de baixo daquele temporal. O que eu menos queria era ter que deixar Anahí ficar doente.


- Boa noite, você poderia me dizer se tem quartos disponíveis? – ela perguntou de forma educada para a mulher que nos olhou assustada.


A moça de aparência jovial olhou em seu pequeno caderno e nos fitou.


- Não temos, senhora, sinto muito.


- Olha, querida, veja mais uma vez. Nós realmente precisamos de um quarto. Nosso carro quebrou na estrada e não temos onde ficar.


- Vou verificar novamente. – a mulher falou educadamente.


- Obrigada.


Anahí me fitou receosa.


- Acabei de verificar, temos sim.


- Ótimo, nos veja dois quartos por favor. –falei rapidamente.


- Desculpe, mas só temos um quarto disponível.


- Um quarto apenas? – perguntei.


- Sim, senhora, um quarto duplo.


Anahí e eu nos fitamos sem saber o que fazer. Se Deus queria me pôr à prova de fogo,eu assim faria.


- Nos veja esse quarto, ok?


A mulher assentiu e continuou a digitar em seu computador.


- Quarto de número 21, senhoras, sejam bem-vindas! - a mulher falou nos entregando a chave.


- Sabe me dizer se tem telefone aqui?


- Tem sim, no quarto temos uma linha. Às vezes, o sinal é ruim, mas se ficar tentando com frequência, ele funciona.


- Maravilha – falei de forma irônica, recebendo uma cutucada de Anahí.


Caminhamos em direção ao quarto onde ficaríamos.O pequeno cômodo não era tão ruim assim, eu já havia ficado em lugares piores, ele poderia até ser confortável.


- Bom, até que aqui não tem baratas. – falei jogando as chaves no criado-mudo depois de fechar a porta.


Anahí soltou uma risada divertida.


- Não deve estar acostumada com quarto tão simples, não? – Ela perguntou.


- Realmente, isso é bem diferente da minha cobertura.


- Muito humilde você –  falou sorrindo de forma doce, eu já estava sentindo saudade daquele sorriso para mim.


- Sempre.


Ela ficou parada me fitando.


- É melhor tomar logo um banho, vai acabar ficando resfriada com essa roupa molhada. –falei me aproximando dela, tirando seu sobretudo.


Ela assentiu e sorriu.


- Eu espero aqui.


A morena assentiu, e então largou a bolsa sobre a pequena cômoda de madeira e entrou no banheiro apertado. Enquanto isso, tirei o sobretudo encharcado e larguei o mesmo no chão. Peguei o pequeno telefone do gancho tentando algumas vezes até o mesmo conseguir sinal.


- Finalmente! Alfredo! Consiga para mim um guincho, e roupas. Meu carro quebrou na estrada para fazenda madeireira. Estou numa espécie de vila em uma pousada.


- Resolveu trocar de vida Savinon? Virar camponesa realmente não se encaixa para você – o homem perguntou rindo.


- Não seja palhaço, Alfredo. Faça o que estou pedindo, traga roupas e peça a Melany para pegar roupas para Anahí também. Pegamos uma chuva forte e estamos sem ter o que vestir.


- Nuas? As duas? Vou ter sonhos perversos essa noite!


- Mato você, Alfredo Flores! Por favor, providencie isso. Amanhã de manhã quero sair daqui.


- Deixe comigo, vou já resolver. Assim que o temporal parar eu sigo até aí com o guincho.


- Obrigada.


- Não há de quê, Chefa, tenha uma boa noite,eu iria dizer para usar camisinha, mas creio que não seja necessário. – falou o homem de forma maliciosa.


- Tchau, Alfredo.


Desliguei a ligação e encostei-me na pequena poltrona. O quão louca aquela vida poderia ser? Será que o destino era tão traiçoeiro a ponto de fazer tudo isso para me colocar junto de Anahí outra vez? Será que já estava escrito assim? Ou havia sido pura casualidade da vida? Ficar em um lugar sem qualquer escolha com ela seria uma bela forma de reconciliação.


"Oh ,meu Deus, me dê uma luz! Mostre-me o que fazer" - pensei


Acordei de meus pensamentos assim que vi Anahí sair do banheiro, a morena estava somente coberta por um pequeno roupão branco. Deixando suas belas pernas à mostra,seus cabelos estavam soltos e desgrenhados.


Droga, aquilo era demais pra mim! Seria esse o sinal?


- Minhas roupas estão todas molhadas – ela falou me fitando tímida.


Ela caminhou até a cômoda onde estava sua bolsa, ficando de costas para mim.


Fiquei calada, apenas a fitando por longos segundos, admirando cada cantinho daquela mulher em minha frente, para então levantar da poltrona e caminhar em sua direção. Ficando mais próxima do que realmente deveria estar.


Anahí abaixou a cabeça ao sentir minha respiração próxima a sua nuca, eu deslizei as mãos por seus braços, subindo de suas mãos até seus ombros.


- Essa noite você não precisa delas Annie... -sussurrei em seu ouvido, fazendo a mesma se arrepiar.


A morena se virou de frente para mim, fitando-me sem falar absolutamente nada. Eu não tinha dúvidas do que queríamos aquela noite.


Levei as mãos para o fio que amarrava o roupão, e, sem tirar os olhos dos de Anahí, deixei que o mesmo caísse aos nossos pés.


Ela olhou no fundo de meus olhos de forma tão intensa que eu poderia me sentir fraca. Eu não sabia se aquilo era certo, eu só faria o que realmente queria aquela noite.


- Se não quiser, eu paro. – falei me inclinando para aspirar lentamente à pele de seu pescoço.


Ela tinha um cheiro tão bom, uma mistura adocicada com o fresquinho de quem havia acabado de sair do banho. Eu beijei seu pescoço e levei as mãos até sua cintura apertando a mesma com força contra mim.


- Você quer, Anahí? – sussurrei para ela que fechou os olhos ao sentir meus lábios em sua pele. – Seja minha essa noite. Diga-me, você quer?   


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


E aí Amores, será que vai rolar???



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Autor(a): Lene Jauregui

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                          Dulce POV     Levei as mãos para o fio que amarrava o roupão, e sem tirar os olhos dos de Anahí, deixei que o mesmo caísse aos nossos pés. Anahi olhou no fundo de meus olhos de forma tão intensa que eu poderia me sentir fraca ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 92



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  • tryciarg89 Postado em 28/07/2023 - 14:47:45

    Simplesmente linda,ameiii demais essa história, parabéns escritora

  • aleayd Postado em 08/09/2021 - 22:06:51

    Olá! Desculpe atrapalhar os comentários, mas estou passando aqui para deixar o link de uma fic que estou escrevendo. Se puderem dar uma passada lá, eu ficaria muitíssimo feliz! A fic é Portiñon. Até pq sou apaixonada por esse trauma. https://fanfics.com.br/fanfic/61398/o-poder-de-um-grande-amor-portinon

  • juuhfdiniz Postado em 06/04/2020 - 22:12:31

    Eu só tenho a agradecer por ter terminado essa história fantástica, eu realmente amei e quero parabenizar vc *-*! Beijos

  • raylane06 Postado em 03/04/2020 - 19:05:41

    Adorando

    • Lene Jauregui Postado em 03/04/2020 - 20:07:17

      Fico muito feliz amoré

  • raylane06 Postado em 01/04/2020 - 00:19:11

    Cadê vc

    • Lene Jauregui Postado em 01/04/2020 - 15:25:59

      Atualizei amoré, Desculpa a demora

  • raylane06 Postado em 31/03/2020 - 12:31:57

    nao consigo le ta cortando ...

    • raylane06 Postado em 31/03/2020 - 13:52:15

      Consegui pelo celular.

  • juuhfdiniz Postado em 31/03/2020 - 12:20:17

    Amei, perfeito, maravilhoso, divino! Continua por favor, está sensacional. Meus parabéns

    • Lene Jauregui Postado em 01/04/2020 - 15:26:54

      Fico felizona por vc ter gostado amoré. Isso me incentiva

  • raylane06 Postado em 30/03/2020 - 14:58:26

    Próximo capítulo e show..

    • Lene Jauregui Postado em 31/03/2020 - 11:59:57

      É isso, postado amoré. Espero que goste

  • leticiaklyn Postado em 30/03/2020 - 14:09:00

    Como assim? Aaaah posta mais por favor!!

    • Lene Jauregui Postado em 31/03/2020 - 11:59:28

      Postado amoré, agora tudo vai fazer sentido

  • juuhfdiniz Postado em 30/03/2020 - 12:10:59

    Kkkkkkkk amei, amei, amei! Perfeito, mas quero a explicação

    • Lene Jauregui Postado em 31/03/2020 - 11:58:41

      Postado amor, tudo explicado.


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